Quando a vontade de comer saudável cria tanta regra para você que começa a te fazer mal
A informação sobre o lipedema está chegando cada vez mais a um número maior de pessoas. Junto com o conhecimento vem junto uma sensação de medo e desespero. Muitas “ regras” e “ verdades” começam a surgir aos montes a a vida de algumas mulheres tem se tornado um inferno.
Não pode isso! Fuja daquilo! Essa atividade você não pode!
Certamente, a área que estão mais divulgando informação falsa é sobre a alimentação. Estão criando tantas regras que o fato de alimentar-se já está criando ansiedade em algumas mulheres com lipedema.
O ato de comer saudável está gerando uma piora da qualidade de vida de muita gente.
“Nos últimos anos, os pesquisadores reconheceram que as pessoas podem se tornar excessivamente obcecadas por uma alimentação saudável, a ponto de se tornar prejudicial ao seu bem-estar. Um novo termo surgiu para esse comportamento: ortorexia nervosa. Isso descreve uma obsessão patológica por comer alimentos “limpos” ou “saudáveis”. Infelizmente, tenho visto isso cada vez mais nas mulheres com Lipedema que chegam no consultório. Nenhum plano alimentar restritivo é válido para o longo prazo. Informação sem conhecimento têm feito muito mal para a nossa sociedade como um todo.” – Avisa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
As pessoas que vivem com ortorexia se envolvem em comportamentos alimentares restritivos ou ritualizados e evitam certos alimentos que não se enquadram em sua definição de “limpo” ou “saudável”. Essas dietas podem ser tão rigorosas que afetam a saúde física ou mental das pessoas que as seguem.
A ortorexia não é apenas alguém que segue uma dieta vegana estrita por razões éticas ou come sem glúten porque faz com que se sinta melhor.
Em vez disso, uma pessoa que vive com ortorexia segue obsessivamente as regras que criou ou foram impostas sobre quais alimentos são saudáveis e quais não são. Elas também podem se sentir culpadas e ansiosas quando confrontadas com alimentos que não se encaixam em suas regras.
Esses comportamentos compartilham muitas características com o transtorno alimentar anorexia nervosa. A diferença é que as pessoas que vivem com ortorexia estão focadas na qualidade da alimentação, enquanto as pessoas que vivem com anorexia restringem a quantidade de alimentos que ingerem.
A ortorexia não é encontrada na lista oficial de transtornos alimentares e outras doenças mentais que os psicólogos usam para fazer um diagnóstico. Mas a Associação Nacional de Distúrbios Alimentares aborda isso, e cada vez mais temos pesquisas sendo realizadas.
Sinais de alerta e sintomas
- Verificação compulsiva de listas de ingredientes e rótulos nutricionais;
- Aumento da preocupação com a saúde dos ingredientes;
- Cortar um número crescente de grupos de alimentos (todos os açúcares, todos os carboidratos, todos os laticínios, todas as carnes, todos os produtos de origem animal);
- Incapacidade de comer qualquer coisa além de um grupo restrito de alimentos que são considerados “saudáveis” ou “puros”;
- Interesse incomum na saúde do que os outros estão comendo;
- Passar horas por dia pensando em qual comida pode ser servida nos próximos eventos;
- Mostrar altos níveis de angústia quando alimentos “seguros” ou “saudáveis” não estão disponíveis;
- Seguimento obsessivo de blogs de comida e “estilo de vida saudável” no Twitter e Instagram;
- Preocupações com a imagem corporal podem ou não estar presentes.
“Devemos lembrar que comer é um componente social. Compartilhar refeições é uma maneira universal de nós, humanos, passarmos tempo de qualidade uns com os outros. Aderir a regras alimentares muito rígidas sem flexibilidade pode causar isolamento social e sofrimento emocional. Temos de sempre procurar o equilíbrio.” – Aconselha o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
Atualmente, não há tratamentos clínicos desenvolvidos especificamente para a ortorexia, mas muitos especialistas em transtornos alimentares tratam a ortorexia como uma variedade de anorexia e/ou transtorno obsessivo-compulsivo. Assim, o tratamento geralmente envolve psicoterapia para aumentar a variedade de alimentos ingeridos e exposição a alimentos que provocam ansiedade ou temidos, bem como a restauração do peso, conforme necessário.
Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
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