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Bala de melatonina

UM recente estudo “Quantidade de Melatonina e CBD em Gomas de Melatonina Vendidas nos EUA” investiga a precisão dos rótulos de produtos de gomas de melatonina disponíveis no mercado americano, comparando as quantidades declaradas de melatonina e canabidiol (CBD) com as quantidades realmente presentes nesses produtos.

Contexto:

Antes da pandemia de COVID-19, aproximadamente 1,3% das crianças nos EUA utilizavam melatonina, principalmente para auxiliar no sono, reduzir o estresse e promover relaxamento.

Durante a pandemia, o consumo aumentou significativamente, resultando em um crescimento de 530% nas ligações para Centros de Controle de Intoxicações relacionadas à ingestão de melatonina por crianças entre 2012 e 2021. Esses incidentes foram associados a quase 28.000 visitas a departamentos de emergência, mais de 4.000 hospitalizações, 287 admissões em unidades de terapia intensiva e 2 óbitos.

Metodologia:

Em setembro de 2022, os pesquisadores identificaram 30 marcas únicas de gomas de melatonina no Banco de Dados de Rótulos de Suplementos Dietéticos dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA. Dessas, 25 produtos foram adquiridos online e analisados. As gomas foram reconstituídas e submetidas à análises de cromatografia líquida de ultra-alta eficiência para quantificar melatonina, CBD e serotonina.

Resultados:

Variação na Melatonina: Dos 25 produtos analisados, um não continha níveis detectáveis de melatonina, mas apresentava 31,3 mg de CBD. Nos demais produtos, a quantidade de melatonina por porção variou de 1,3 mg a 13,1 mg, representando de 74% a 347% da quantidade declarada no rótulo. Apenas 3 produtos (12%) continham uma quantidade de melatonina dentro de ±10% do valor declarado.“ – Informa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

  • Presença de CBD: Cinco produtos declaravam conter CBD, com quantidades variando de 10,6 mg a 31,3 mg por porção. A quantidade real de CBD variou de 104% a 118% do valor declarado.
  • Serotonina: Nenhum dos produtos analisados apresentou detecção de serotonina.

Discussão:

A maioria dos produtos de gomas de melatonina analisados apresentou rotulagem imprecisa, com a maioria contendo quantidades de melatonina e CBD superiores às declaradas. Estudos anteriores no Canadá encontraram resultados semelhantes, com variações significativas nas quantidades de melatonina em relação ao declarado. A administração de doses tão pequenas quanto 0,1 mg a 0,3 mg de melatonina pode elevar as concentrações plasmáticas a níveis normais noturnos em adultos jovens. Portanto, o consumo dessas gomas conforme as instruções pode expor crianças a doses de melatonina entre 40 e 130 vezes superiores às necessárias. Ingestões não intencionais podem resultar em doses ainda maiores. Além disso, o CBD é aprovado pela FDA apenas para tratar convulsões refratárias causadas por três distúrbios genéticos raros, não havendo aprovação para uso em crianças saudáveis.

Conclusão: Diante desses achados, os clínicos devem alertar os pais de que o uso pediátrico de gomas de melatonina pode resultar na ingestão de quantidades imprevisíveis de melatonina e CBD, potencialmente levando a efeitos adversos inesperados.

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

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Onde vejo as maiores frustrações?

As duas áreas onde mais vejo sofrimento e sonhos despedaçados? Saúde e finanças. 💔💸

Todos os dias, vejo pessoas tentando mudar suas vidas… mas começando pelos motivos errados.

🤸‍♀️ Vai para a academia como punição por ter exagerado no fim de semana, ao invés de enxergar o treino como um ato de amor próprio.
🥗 Começa uma dieta com foco nos -10kg, e não em construir um estilo de vida que sustente o corpo e a mente que ela deseja a longo prazo.

E aí vem o quê? Frustração. Culpa. Desistência.
Porque quando o objetivo está desalinhado, o processo vira sofrimento — e não transformação.

💡 Não é sobre o peso. É sobre a saúde.
💡 Não é sobre o número. É sobre o caminho.

Quando você muda o foco para o processo, o resultado vira consequência.

E na vida financeira? É a mesma armadilha, só que com cifrões.

“Faça pix de R$300 e ganhe R$1000 em uma semana.”
“Fique rico com criptomoedas.”

Ganância travestida de oportunidade.

Você sabe que é bom demais pra ser verdade. Mas quando o desejo cega, qualquer mentira bem contada parece verdade.
E aí… perde-se tudo. Tempo, dinheiro, esperança.

🚨 Toda vez que alguém promete um atalho, questione.

Porque quem mais perde é quem insiste em acreditar na mentira só porque ela soa doce demais pra largar.

📌 Quer mudar sua vida de verdade?
Aceite o processo. Abrace o caminho.
Faça o que precisa ser feito. Todos os dias.
E confie: o resultado sempre vem — para quem tem coragem de não desistir.
Na saúde. Na vida. No bolso. 💪💰🧠

Pode usar adoçante na gestação?

 “Consumo de Adoçantes Artificiais na Gravidez e Risco de Sobrepeso na Prole” – British Journal of Nutrition (2024)

Este grande estudo de coorte prospectivo do Danish National Birth Cohort investigou a associação entre o consumo de bebidas com adoçantes artificiais (ASB) ou com açúcar (SSB) durante a gravidez e o risco de sobrepeso nos filhos até os 18 anos.

🧪 Como foi feito o estudo?

  • Mais de 66 mil mulheres grávidas responderam a um questionário alimentar (FFQ) durante a 25ª semana gestacional.
  • O consumo foi classificado em: nenhum, <1/semana, 1-6/semana, ≥1/dia.
  • Foram excluídas mulheres com diabetes.
  • Os filhos foram acompanhados dos 5 meses até os 18 anos, com dados de peso, altura e IMC.

🔍 Principais Resultados

✅ 1. Adoçantes artificiais (ASB) durante a gravidez aumentam o risco de sobrepeso

  • Crianças de mães que consumiram ≥1 bebida com adoçante artificial por dia apresentaram maior risco de sobrepeso aos:
    • 7 anos (OR 1.17),
    • 11 anos (OR 1.19),
    • 14 anos (OR 1.16),
    • 18 anos (OR 1.26), mesmo após ajustes estatísticos.

✅ 2. Açúcar (SSB) teve efeito inverso inesperado

  • Curiosamente, o consumo de ≥1 bebida com açúcar por dia durante a gravidez foi associado a menor risco de sobrepeso nos filhos aos:
    • 11 anos (OR 0.82),
    • 18 anos (OR 0.72), após ajustes.

❗ 3. Sem efeito ao nascimento ou na infância precoce

  • Não houve associação significativa com peso ao nascer, nem com sobrepeso aos 5 ou 12 meses.

🧠 Possíveis explicações discutidas

Exposição fetal aos adoçantes artificiais (através da placenta) pode influenciar o metabolismo, a microbiota e a preferência por sabor doce.  Os efeitos podem ser dose-dependentes, com maior risco em maiores quantidades de adoçantes. Fatores como IMC materno, tabagismo, amamentação e nível socioeconômico foram considerados e ajustados, mas resíduos de confusão não podem ser excluídos. A exposição pós-natal via leite materno também pode contribuir para os efeitos observados. Eu não recomendo o uso de adoçantes. Na verdade qualquer coisa que as pessoas vão atrás pensando na perda de peso, normalmente não faz bem pra elas.” – Explica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

📌 Conclusão

  • O estudo sugere que consumir adoçantes artificiais durante a gravidez está associado a um maior risco de sobrepeso nos filhos, especialmente na adolescência.
  • Apesar dos ajustes, novos estudos são necessários para entender melhor os mecanismos e confirmar os achados.
  • Os autores reforçam a importância de precaução no uso de adoçantes artificiais na gestação, em linha com as diretrizes da OMS que não recomendam seu uso para controle de peso.

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Teste Apneia

“teste de apneia expiratória” ou “teste do tempo de apneia após expiração tranquila” é um método simples, sem equipamentos, usado informalmente por alguns profissionais como um indicador da tolerância do corpo ao dióxido de carbono (CO) e da função autonômica respiratória.

🧪 Como é feito o teste:

  1. A pessoa respira normalmente, sem forçar a respiração.
  2. Após uma expiração natural (sem forçar a saída total do ar), ela faz uma pausa e segura a respiração sem inspirar novamente.
  3. Cronometra-se o tempo até surgir o primeiro impulso respiratório (vontade de respirar), não até a pessoa ficar sem ar.
  4. O tempo é registrado.

⏱ Interpretação do tempo:

  • Acima de 30–40 segundos: Excelente tolerância ao CO₂, bom controle autonômico, associado a boa saúde metabólica e cardiovascular.
  • 20–30 segundos: Dentro do esperado, embora possa ser otimizado.
  • 10–20 segundos: Baixa tolerância ao CO₂, pode estar associada a estresse crônico, hiperventilação, inflamação, ansiedade, etc.
  • Abaixo de 10 segundos: Sinal de alerta. Pode estar associado a distúrbios respiratórios, disfunção autonômica, risco aumentado de apneia obstrutiva do sono (AOS), baixa variabilidade cardíaca, inflamação crônica, e menor resiliência ao estresse.

😴 Relação com apneia do sono:

  • Pessoas com apneia obstrutiva do sono muitas vezes apresentam baixa tolerância ao CO e padrões de respiração disfuncionais (hiperventilação crônica durante o dia, por exemplo).
  • Um tempo de apneia menor que 10 segundos sugere baixa capacidade de manter homeostase respiratória, o que pode refletir também numa pior resposta durante eventos de apneia noturna — ou seja, o corpo pode ter menor capacidade de lidar com quedas de oxigênio e aumento de CO₂ durante o sono.
  • Pode estar relacionado à hipersensibilidade dos quimiorreceptores ao CO, o que faz com que a pessoa acorde mais facilmente durante eventos apneicos.

🌿 Relação com a saúde global:

O tempo de apneia após expiração é um marcador funcional da saúde metabólica e nervosa:

  • Pode refletir estado inflamatório sistêmico.
  • Relaciona-se ao nível de estresse crônico, ansiedade, desequilíbrios no eixo HPA.
  • Indica o nível de resiliência do sistema nervoso autônomo.
  • Está ligado ao funcionamento mitocondrial, pois o controle da respiração está intimamente ligado à eficiência energética celular.
  • Pode sugerir predisposição a doenças crônicas como hipertensão, síndrome metabólica e distúrbios do sono.

🧘‍♂️ O que pode melhorar esse tempo:

  • Treinamento respiratório consciente (Buteyko, pranayama, respiração nasal funcional).
  • Redução do estresse e melhora da resposta ao cortisol.
  • Atividade física regular.
  • Sono de qualidade.
  • Alimentação anti-inflamatória e controle glicêmico.
  • Exposição à luz natural e ritmos circadianos regulares.

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Você assiste tv durante a refeição?

Um recente estudo avaliou se assistir televisão enquanto se alimenta aumenta a ingestão de alimentos em comparação com comer sem distrações, por meio de uma revisão sistemática e meta-análise de estudos experimentais com controle rigoroso.

🔍 Metodologia

  • Tipo de estudo: Revisão sistemática e meta-análise baseada em diretrizes PRISMA.
  • Registro: PROSPERO (CRD42023493092).
  • Fontes: PsycINFO, EMBASE, Web of Science, PubMed.
  • Critérios de inclusão: Estudos experimentais (RCTs) comparando ingestão alimentar com e sem exposição à TV, com medidas objetivas de consumo energético.
  • Total de estudos incluídos: 29 para revisão qualitativa e 23 para meta-análise quantitativa.

📊 Principais Resultados

  • Meta-análise total (k=57): Não mostrou efeito significativo global da TV na ingestão alimentar (g = 0.10, IC 95%: −0.05 a 0.24), com alta heterogeneidade.
  • Análise sem confusores (k=29): Considerando apenas TV (sem brinquedos ou anúncios), o efeito foi pequeno porém significativo (g = 0.13, IC 95%: 0.03–0.24).
  • Destaque para ingestão tardia: Assistir TV durante a refeição aumentou significativamente o consumo na próxima refeição (g = 0.30), mas não teve efeito relevante na refeição imediata (g = 0.10).

🔎 Moderação e Variáveis Relevantes

  • Timing (imediato vs tardio): Efeito mais forte na refeição seguinte.
  • Desenho do estudo: Efeitos mais claros em estudos entre sujeitos (between-subjects).
  • Risco de viés: Estudos com menor viés mostraram efeitos mais consistentes.
  • Gênero, idade, IMC: Não foram moderadores significativos.

🧠 Mecanismos Propostos

  • Distração e atenção reduzida: Assistir TV reduz a consciência da ingestão alimentar.
  • Memória prejudicada: Participantes lembram menos o que comeram, levando a maior consumo posterior.
  • Desregulação da saciedade: Sinais fisiológicos de saciedade são suprimidos.

🧩 Conteúdo da TV e Variedade Alimentar

  • TV entediante → maior ingestão.
  • Variedade de alimentos também influencia: variedade alta pode mascarar o efeito da TV.
  • Presença de anúncios e brinquedos não mostrou efeito consistente, mas aumentou a heterogeneidade dos dados.

✅ Conclusões

  • Assistir TV enquanto come aumenta a ingestão alimentar, especialmente na refeição subsequente.
  • O efeito é pequeno, mas significativo, com implicações para estratégias de controle de peso e hábitos alimentares.
  • Foco em atenção plena durante as refeições pode ser uma ferramenta útil para reduzir o risco de sobrealimentação.

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Cuidado com oscilações de peso

Variações Extremas de Peso Aumentam o Risco de Morte em Pessoas Obesas com Doença Cardiovascular

🧪 Publicação: BMJ Heart
🏥 Instituição: Anglia Ruskin University (ARU)
👨‍⚕️ Autores: Prof. Barbara Pierscionek, Dr. Rudolph Schutte, Dr. Jufen Zhang (autor principal)
👥 Amostra: 8.297 participantes do UK Biobank
⏳ Acompanhamento: Quase 14 anos

 

📌 Objetivo do Estudo

Investigar como mudanças extremas de peso (ganho ou perda) afetam o risco de mortalidade em pessoas obesas com doença cardiovascular pré-existente.

📊 Principais Descobertas

1️⃣ Ganho de peso > 10kg:

  • Triplica o risco de morte por causas cardiovasculares
  • Dobra o risco de morte por todas as causas em comparação a quem manteve o peso estável

2️⃣ Perda de peso > 10kg:

  • Aumenta em 54% o risco de mortalidade por todas as causas
  • Indica que tanto o ganho quanto a perda significativa de peso são prejudiciais nesse grupo

⚠️ Fatores Associados ao Ganho de Peso

  • IMC mais alto
  • Tabagismo
  • Histórico de consumo de álcool
  • Idade mais jovem

📈 Contexto de Saúde Pública

  • Em 1993, 15% dos ingleses eram obesos; em 2022, o número subiu para 29%
  • Mais de 2/3 dos adultos acima de 35 anos no Reino Unido estão com sobrepeso ou obesos
  • A obesidade custa ao NHS (sistema de saúde britânico) cerca de £6,5 bilhões por ano
  • Globalmente, espera-se que mais da metade da população adulta esteja acima do peso até 2050

🩺 Implicações Clínicas

“Manter o peso estável, mesmo dentro da faixa de obesidade, pode ser mais seguro para pessoas com doenças cardiovasculares.  Mudanças drásticas no peso, seja para mais ou para menos, podem aumentar o risco de mortalidade. Temos de tomar cuidado com tratamentos agressivos. Variações drásticas de peso, como na lipoaspiração volumosa nas mulherres com lipedema podem ter impactos grandes na saúde. Tudo que é lento, o corpo sofre menos.” – Alerta o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

Com o crescimento do uso de medicamentos que promovem rápida perda de peso, como os agonistas de GLP-1, médicos devem acompanhar de perto pacientes com doenças cardiovasculares que desejam emagrecer.

🧠 Conclusão

Este é o primeiro estudo a mostrar que, em pessoas obesas com doenças cardiovasculares, tanto o ganho quanto a perda acentuada de peso podem aumentar o risco de morte.
💡 A recomendação para esse grupo é evitar flutuações extremas de peso e buscar estratégias de manejo de peso sob supervisão médica rigorosa.

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Sono vs hospital

Um recente estudo publicado na JAMA Network Open (2025) analisou as interrupções do sono em idosos hospitalizados, especialmente durante as primeiras noites após a admissão. Utilizando dados de prontuários eletrônicos (EHRs), a pesquisa avaliou os fatores que impactam a qualidade do sono em um grande sistema hospitalar.

Principais Descobertas do Estudo

🔹 1. Qualidade do Sono em Pacientes Hospitalizados

Foram analisadas 19.017 internações e 73.151 noites de hospitalização.

O tempo médio de sono ininterrupto foi de apenas 3,8 horas na primeira noite e 4,3 horas nos dias seguintes.

Apenas 2,9% dos pacientes conseguiram dormir 7 horas ou mais na primeira noite, um número muito abaixo do recomendado.

🔹 2. Principais Motivos de Interrupção do Sono

✅ Medições de sinais vitais – Foi a principal causa de interrupção em todas as noites.

✅ Administração de medicamentos – Outro fator significativo.

✅ Mudanças de quarto e exames de imagem – Ocorreram em menor frequência, mas ainda impactaram o sono.

🔹 3. Pacientes na emergência tiveram pior sono

65,1% dos pacientes ficaram mais de 3 horas aguardando leito na emergência antes da internação.

Esses pacientes tiveram mais interrupções e menor tempo de sono em comparação com aqueles que foram transferidos rapidamente.

Conclusões do Estudo

📌 Idosos hospitalizados têm seu sono constantemente interrompido, especialmente na primeira noite.

📌 As medições de sinais vitais e administração de medicamentos são os principais fatores de interrupção.

📌 Pacientes que passam mais tempo na emergência antes da internação dormem ainda pior.

📌 Novas estratégias para melhorar o descanso hospitalar são essenciais para reduzir os impactos negativos da privação do sono.

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Quiz da Maromba

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Um recente estudo publicado na Scientific Reports investiga o conhecimento de frequentadores de academias sobre mitos e verdades no treinamento de resistência (RT). A pesquisa foi realizada na Áustria, com 721 participantes, e revelou uma grande discrepância entre o conhecimento científico disponível e o que é aplicado na prática.

Principais Descobertas do Estudo

🔹 1. Baixo nível de conhecimento sobre ciência do treinamento

  • Apenas 5 das 14 afirmações analisadas foram corretamente identificadas pela maioria dos participantes.
  • Algumas crenças erradas ainda são muito difundidas entre os praticantes de musculação.

🔹 2. Mitos e Verdades Identificados
✅ Verdades corretamente identificadas (pela maioria dos participantes):
✔️ Proteína auxilia no aumento da força e hipertrofia.
✔️ Creatina melhora o desempenho e a força.
✔️ Treinamento com amplitude total de movimento (ROM) é superior ao treino com amplitude parcial para hipertrofia.
❌ Mitos refutados pela maioria:
✔️ “Treinamento de resistência reduz a flexibilidade” (FALSO).
✔️ “Treino com baixa carga e alto volume é tão eficaz quanto treino com carga alta para ganho de força” (FALSO).

⚠ Afirmações que a maioria errou ou não soube responder corretamente:

“O timing da ingestão de proteína influencia a hipertrofia.” (A maioria acreditou que sim, mas a ciência mostra que o total de proteínas ingeridas ao longo do dia é mais importante). Carboidratos melhoram o desempenho no treinamento de resistência.” (A maioria acreditou que sim, mas o impacto pode variar dependendo do tipo de treino). Magnésio previne cãibras.” (A maioria acreditou que sim, mas a relação não é tão clara na literatura científica).”  Explica o Dr Daniel Benitti

🔹 3. Fatores que influenciam o conhecimento sobre musculação

  • Homens e mulheres responderam de forma semelhante na maioria das perguntas.
  • Pessoas mais jovens (menores de 40 anos) acertaram mais questões do que as mais velhas.
  • Frequentadores de academias geralmente treinam sem orientação baseada em ciência, o que pode levar à disseminação de mitos.

Conclusões do Estudo

📌 Há uma lacuna significativa entre o conhecimento científico e a prática do treinamento de resistência.
📌 Muitos praticantes ainda acreditam em mitos desatualizados sobre nutrição, suplementação e treinamento.
📌 Melhor comunicação científica e estratégias educacionais são necessárias para levar informações mais precisas aos praticantes de academia.

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3 dias sem celular

1️⃣ Introdução

📌 O uso excessivo de smartphones (ESU) tem sido comparado a transtornos aditivos devido às suas semelhanças em termos de padrões de compulsão, desejo e impacto psicossocial.

📌 Estudos anteriores indicam que pessoas com ESU apresentam mudanças na estrutura e função cerebral em regiões ligadas à recompensa, impulsividade e processamento emocional – padrões similares aos observados em transtornos por uso de substâncias e vício em jogos eletrônicos.

📌 Um recente estudo verificou se a privação do smartphone por 72 horas levaria a mudanças na atividade cerebral em regiões associadas à dependência, recompensa e controle inibitório.

2️⃣ Metodologia

📌 Participantes: 25 jovens adultos (13 mulheres e 12 homens), recrutados entre 18 e 30 anos.
📌 Critérios de inclusão:
✔️ Uso regular de smartphones
✔️ Ausência de transtornos psiquiátricos graves ou dependência química
✔️ Fluência em alemão
✔️ Ausência de contraindicações para ressonância magnética

📌 Intervenção:
🔹 Os participantes passaram 72 horas sem usar seus smartphones ou dispositivos equivalentes.
🔹 Durante esse período, seu estado emocional, comportamento e reatividade a estímulos foram avaliados.

📌 Avaliação:
🔬 Exames de ressonância magnética funcional (fMRI) foram realizados antes e depois da restrição para medir a atividade cerebral frente a imagens de smartphones ligados e desligados.
📊 Medidas psicométricas foram utilizadas para avaliar craving (desejo de uso), sintomas depressivos e padrões de comportamento compulsivo.

3️⃣ Principais Resultados

📌 1. Mudanças na Atividade Cerebral Após 72h Sem Smartphone
✔️ Aumento significativo da atividade no núcleo accumbens e no córtex cingulado anterior (p < 0.001) – regiões associadas à recompensa, desejo e processamento emocional.
✔️ A atividade no córtex parietal superior estava correlacionada com maior craving pelo smartphone (p < 0.05).
✔️ A ativação do núcleo accumbens também foi associada a níveis mais altos de sintomas depressivos.

📌 2. Relação com Neurotransmissores
✔️ As mudanças observadas na atividade cerebral estavam associadas a sistemas de dopamina e serotonina (pFDR < 0.05), neurotransmissores fundamentais para a regulação da recompensa e comportamento compulsivo.
✔️ A ativação do córtex cingulado anterior sugere um mecanismo de abstinência similar ao de substâncias psicoativas.

📌 3. Impacto Comportamental
✔️ Não houve aumento significativo nos sintomas de abstinência ou no desejo consciente pelo smartphone (craving).
✔️ Entretanto, mudanças na atividade neural indicam que a privação do smartphone ativa mecanismos cerebrais de desejo e impulsividade.

4️⃣ Conclusões e Implicações

📌 O que aprendemos?
✔️ A privação do smartphone por 72 horas provoca mudanças na atividade neural em áreas ligadas ao vício e desejomesmo sem sintomas comportamentais explícitos.
✔️ As regiões afetadas são as mesmas envolvidas em transtornos de dependência, sugerindo que o uso excessivo de smartphones pode compartilhar mecanismos neurológicos com vícios comportamentais e químicos.
✔️ A relação com dopamina e serotonina reforça a ideia de que a abstinência pode gerar um impacto emocional e fisiológico significativo.

📌 O que isso significa na prática?
🔹 A dependência de smartphones pode não ser apenas psicológica, mas também neuroquímica.
🔹 Restringir o uso pode ser desafiador neurologicamente, mas pode ajudar a reduzir padrões compulsivos ao longo do tempo.
🔹 Mais estudos são necessários para explorar estratégias eficazes de desintoxicação digital e seu impacto na saúde mental.

📌 Conclusão Final:
Este estudo comprova que a abstinência de smartphones causa mudanças significativas na atividade cerebral, especialmente em áreas associadas ao desejo e recompensa. Os achados sugerem que o uso excessivo de smartphones pode ser um comportamento viciante, compartilhando mecanismos neuroquímicos com transtornos de dependência.

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Você sabe o tamanho dos dedos da sua mão?

A eficiência do fornecimento de oxigênio aos tecidos é um fator na gravidade de doenças importantes e problemas cardiovasculares.

Em 1870 um anatomista alemão evidenciou uma característica de proporções diferentes nos dedos das mão entre os sexos masculino e feminino.

Desde então temos mais de 1.400 artigos em pouco mais de 20 anos que vincularam a proporção dos dedos a atributos como personalidade, habilidades cognitivas e orientação sexual, bem como ao risco de doenças cardiovasculares, câncer e esclerose lateral amiotrófica.

Os cientistas consideram que a relação entre o comprimento dos dedos indicador e anular de uma pessoa, conhecida como relação 2D:4D, está correlacionada a diversas condições de saúde embora provavelmente você nuca ouviu falar sobre o assunto.

Considerado o combustível preferido para células nervosas e musculares, exercícios vigorosos resultam na liberação de lactato na corrente sanguínea, mas altos níveis podem indicar que o corpo está em um estado de estresse.

Os cientistas estão tentando descobrir se é possível prever quanto lactato uma pessoa produzirá com base nos atributos físicos de comprimento e altura dos dedos.

“Um estudo de 2024 mostrou que alguns jogadores de futebol mostraram aumentos muito pequenos no lactato, enquanto outros registraram um aumento rápido. Nos homens, a proporção de dígitos ou 2D:4D — o comprimento relativo do indicador (ou segundo dedo) e do dedo anular (4º) — foi o preditor mais forte do lactato. Temos um estudo também recente que evidenciou que as mulheres com proporções mais baixas de 2D:4D têm personalidade mais forte e são mais resistentes ao estresse!” – Comenta o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

Um recente estudo em mulheres colocou elas em esteiras numa velocidade de 16km/h e mediu os níveis de lactato no sangue. Havia dois preditores de produção de lactato, altura e 2D:4D. Os níveis de lactato eram baixos para mulheres altas e mulheres com um dedo anular longo em relação ao dedo indicador. Acredita-se que o elo aqui seja o equilíbrio testosterona-estrogênio no intra-útero e na puberdade.

Um dedo anular longo é um marcador de níveis mais altos de testosterona pré-natal, e um dedo indicador longo é um marcador de níveis mais altos de estrogênio pré-natal. Geralmente, em comparação com as mulheres, os homens têm dedos anulares mais longos, enquanto que, em comparação com os homens, as mulheres têm dedos indicadores mais longos.

Homens que tiveram altos níveis de testosterona e baixos níveis de estrogênio (dedos anulares longos) antes do nascimento e mulheres que tiveram altos níveis de testosterona e baixos níveis de estrogênio antes do nascimento (dedos anulares longos) e na puberdade (mulheres altas) produziram baixos níveis de lactato em um teste incremental de esteira.

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

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