A prevalência global de diabetes aumenta a cada ano. As estimativas atuais indicam que cerca de 465 milhões de adultos, entre 20 e 79 anos de idade em todo o mundo, vivem atualmente com diabetes.
Apesar dos recentes avanços nos tratamentos antidiabéticos, uma proporção significativa de pacientes continua a apresentar um controle glicêmico abaixo do ideal. Entre várias novas estratégias para o controle glicêmico, o direcionamento da microbiota intestinal por meio de probióticos e outras terapêuticas foi proposto como uma nova abordagem para o controle do diabetes.
No DM1, que se refere à deficiência de insulina, e no DM2, que ocorre devido à resistência à insulina, foram relatadas alterações específicas na composição e função da microbiota intestinal, que são coletivamente chamadas de disbiose intestinal.
“Os probióticos são microrganismos vivos associados a inúmeros benefícios à saúde por meio de sua capacidade de restaurar a homeostase da microbiota intestinal, melhorar a integridade do trato gastrointestinal e reduzir a inflamação. Hoje é impossível tratar alguém de forma adequada sem respeitar a flora intestinal. As mulheres com lipedema, embora raramente tenham diabetes, se beneficiam muito de uma modulação da flora intestinal.” – Explica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
Os simbióticos, que são combinações de probióticos e prebióticos, também estão ganhando atenção no campo do controle do diabetes para aumentar o crescimento e as funções de microrganismos benéficos presentes no trato gastrointestinal.
Um recente artigo de revisão com quase 3000 pessoas (54% mulheres) com diabetes estudadas revelou que a suplementação de probióticos e simbióticos está associada a melhorias significativas nos níveis de glicose plasmática em jejum, insulina sérica e HbA1C.
A análise de subgrupos demonstrou que a eficácia das intervenções testadas varia entre os tipos de cepas microbianas utilizadas e entre países.
As formulações multiespécies foram associadas a uma eficácia superior na melhoria dos níveis de HbA1C em comparação com as formulações monoespécies. Esta observação enfatiza a importância das formulações multiespécies para alcançar o controle glicêmico persistente.
Comparativamente, as formulações monoespécies foram associadas a efeitos mais consistentes em diferentes resultados, sugerindo assim a sua aplicabilidade mais ampla no tratamento da diabetes. Os simbióticos também foram associados a uma maior eficácia do que os probióticos na melhoria dos níveis séricos de insulina.
“O tipo de cepa bacteriana utilizada nas intervenções geralmente emergiu como um determinante significativo. Especificamente, certas cepas de Lactobacillus (por exemplo, Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus casei) e Bifidobacterium lactis mostraram efeitos pronunciados, especialmente em formulações multiespécies que confirmam resultados pré-clínicos” – Analisa.
Os resultados do estudo sugerem que os probióticos e simbióticos podem ser eficazes como terapias complementares para o controle do diabetes. Além disso, o estudo sublinha a necessidade de mais pesquisas personalizadas que considerem variáveis como tipos de cepas e fatores geográficos para aprofundar a compreensão do papel dessas intervenções no tratamento do diabetes.
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