A função dos minerais para a saúde reprodutiva feminina, especialmente durante a menstruação, é uma área complicada de investigação que enfatiza a ligação entre a dieta e a fertilidade feminina. Apesar da ênfase nos micronutrientes para a prevenção de doenças reprodutivas, continua a faltar evidência sistemática sobre o efeito dos minerais durante o período menstrual nas vias de fertilização feminina.
Embora os investigadores tenham investigado extensivamente os minerais relacionados com a fertilidade masculina, o seu envolvimento na saúde reprodutiva das mulheres tem recebido menos atenção, com muitos estudos negligenciando a fase menstrual.
Os hormônios são cruciais na reprodução humana, pois controlam vários processos como menstruação, ovulação, implantação e gestação. Os hormônios também facilitam a maturação folicular e a ovulação, além de apoiar o endométrio para fornecer condições ideais para um óvulo fertilizado.
Os ovários são essenciais para a saúde reprodutiva feminina, pois produzem oócitos para fertilização e sintetizam hormônios como estrogênio e progesterona. Durante a fase folicular, o aumento da produção do hormônio liberador do hormônio gonadotrofina (GnRH) estimula a liberação do hormônio folículo-estimulante (FSH) e do hormônio luteinizante (LH). Comparativamente, a secreção de GnRH é suprimida à medida que os níveis de progesterona aumentam durante a fase lútea.
O estresse oxidativo, que ocorre quando a produção de radicais livres pelo corpo excede sua capacidade de desintoxicar seus efeitos prejudiciais, pode danificar as estruturas celulares e potencialmente afetar a fertilidade. O excesso de ferro, a deficiência de selênio, a escassez de zinco, a ingestão insuficiente de magnésio e os desequilíbrios de cobre afetam indiretamente a fertilidade feminina.
Em um estudo de revisão recente, os pesquisadores discutem o papel de certos minerais no sistema reprodutor feminino.
“Entender inflamação e fisiologia hormonal são fundamentais para o tratamento das mulheres com lipedema. Toda inflamação crônica de baixo grau consome muito os elementos antioxidantes para tentar balancear o estresse oxidativo de longo prazo. Tratar a inflamação e repor os elementos essenciais irão permitir que a mulher com lipedema atinja o ápice da sua saúde e fertilidade.” – Argumenta o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
Zinco
O zinco é essencial para a produção de hormônios, função endometrial e fertilidade, pois regula a produção de LH, FSH e esteroides, ao mesmo tempo que protege o oócito dos danos às espécies reativas de oxigênio (ROS) relacionadas ao estresse oxidativo.
As proteínas do dedo de zinco auxiliam na função do receptor de estrogênio; portanto, manter níveis adequados de zinco é fundamental para a fertilidade. A deficiência de zinco pode causar problemas de saúde reprodutiva, como síntese anormal de LH e FSH, crescimento irregular dos ovários, perturbações do ciclo menstrual e pré-eclâmpsia.
Selênio
O selênio é necessário para produzir selenoproteínas, que convertem a tiroxina em sua forma biologicamente ativa, a triiodotironina (T3). O metabolismo da tireoide é fundamental para manter o equilíbrio hormonal no sistema de fertilidade feminino, pois o hipertireoidismo e o hipotireoidismo podem interromper os ciclos menstruais e afetar a concepção. Assim, manter níveis óptimos de selénio é fundamental para uma ovulação consistente e eficaz.
Iodo
O iodo é essencial para o funcionamento da tireoide e para a produção de hormônios, pois esse mineral interage com hormônios reprodutivos como estrogênio e progesterona. A deficiência de iodo pode causar hipotireoidismo, infertilidade e anomalias reprodutivas.
O consumo adequado de iodo é vital para todas as fases menstruais. Na verdade, estudos em animais indicaram que a terapia com iodo Lugol pode aumentar a fertilidade em vacas com infertilidade inexplicável.
Ferro
O ferro, um componente chave da hemoglobina, é necessário para o transporte de oxigênio dos glóbulos vermelhos e para as atividades fisiológicas. A deficiência de ferro pode causar anemia, redução da qualidade dos ovócitos e redução da frequência de ovulação.
Manter níveis adequados de ferro é fundamental para mulheres que estão tentando engravidar, pois níveis baixos podem levar à infertilidade. Comparativamente, a sobrecarga de ferro pode reduzir a contagem de óvulos em tecnologias de reprodução assistida.
Cálcio
O cálcio é um componente essencial do sistema reprodutor feminino, pois afeta a saúde óssea, a produção hormonal e a fusão dos espermatozoides. A liberação de cálcio faz com que a glândula pituitária libere LH e FSH, estimulando assim os ovários a produzir estrogênio e progesterona.
O cálcio impacta indiretamente o controle hormonal, alterando a ovulação e a função ovariana. Além disso, níveis equilibrados de cálcio são cruciais para uma divisão celular ideal e implantação embrionária.
Magnésio
O magnésio é vital para o equilíbrio hormonal e a fertilidade feminina. Está envolvido em enzimas como a aromatase, que converte andrógenos em estrogênios. O magnésio está envolvido em cerca de 600 atividades enzimáticas, incluindo reparo do ácido desoxirribonucléico (DNA) e metabolismo da glutationa.
O magnésio também pode melhorar a sensibilidade à insulina e minimizar comorbidades. As capacidades antioxidantes deste mineral melhoram indiretamente a fertilidade, protegendo o corpo contra danos oxidativos, preservando a qualidade do oócito, modificando a ovulação e promovendo a saúde endometrial.
Cobre
O cobre é crucial para proteger o corpo contra o estresse oxidativo, funcionando como cofator da enzima superóxido dismutase. O cobre afeta os sistemas antioxidantes, a transdução de sinal e a expressão gênica; entretanto, o excesso de cobre pode ter efeitos pró-oxidativos e prejudicar a função endotelial.
Manganês
O manganês, um mineral valioso, atua como um antioxidante eliminador de radicais livres para proteger as estruturas celulares do estresse oxidativo e potencialmente melhorar o bem-estar reprodutivo feminino. O estresse oxidativo prejudica a função e a qualidade do ovócito, perturbando assim a regulação hormonal da fertilidade feminina.
Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
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