mulher-bonita-com-cabelos-grisalhos-e-contas_1194-177914

Dinheiro traz saúde?

“Association between Wealth and Mortality in the United States and Europe”

📚 NEJM 2025;392:1310–1319. DOI: 10.1056/NEJMsa2408259

🎯 Objetivo do Estudo

Investigar como a riqueza influencia a mortalidade entre adultos de 50 a 85 anos nos EUA e em 16 países europeus, entre 2010 e 2022.

🧪 Métodos

Dados dos estudos HRS (Health and Retirement Study) e SHARE (Survey of Health, Ageing and Retirement in Europe)

  • 73.838 participantes (idades entre 50–85 anos)
  • Análise de sobrevivência (Kaplan–Meier) e modelos de risco proporcional de Cox
  • Participantes divididos em quartis de riqueza (Q1 = mais pobres, Q4 = mais ricos)
  • Ajustes por idade, sexo, escolaridade, estado civil, tabagismo, morbidades e localização (rural/urbana)

📊 Resultados principais

  • A riqueza está fortemente associada a menor risco de mortalidade:

Q2 vs Q1: HR 0.80 (IC 95%: 0.76–0.83)

Q3 vs Q1: HR 0.68 (IC 95%: 0.65–0.71)

Q4 vs Q1: HR 0.60 (IC 95%: 0.57–0.63)

  • A diferença entre ricos e pobres foi muito maior nos EUA do que na Europa
  • Americanos mais ricos têm mortalidade semelhante aos europeus mais pobres
  • Americanos mais pobres têm a pior expectativa de vida de todos os grupos analisados

🌍 Diferenças regionais

  • Mortalidade anual (por 1000 pessoas-ano):

EUA: 6,5

Europa Ocidental/Norte: 2,9

Europa do Sul: 4,9

Europa Oriental: 5,8

  • Pior sobrevida: Meio-Oeste e Sul dos EUA
  • Melhor sobrevida: Oeste dos EUA

🔎 Explicações sugeridas

“ O sistema americano de saúde é muito caro. Até mesmo americanos ricos enfrentam barreiras de acesso, altos custos e descontinuidade assistencial. O estilo de vida americano é um dos piores do mundo: dieta, sedentarismo, estresse e uso de medicamentos é mais comuns mesmo entre os ricos nos EUA. A cultura de trabalho intenso e menos tempo livre afetam a longevidade. Americanos são mais propensos a solidão. Tudo isso impacta muito na longevidade.” – Explica o Dr. Daniel Benitti

✅ Conclusão

A riqueza oferece proteção relativa, mas não é suficiente para superar um ambiente estruturalmente adverso como o dos EUA.

  • Políticas sociais, sistema de saúde e ambiente coletivo moldam a sobrevida
  • O estudo mostra que riqueza, sem apoio estrutural, não garante longevidade
  • Mesmo os ricos americanos vivem menos que europeus com menor renda

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

 

Lipedema e queda de cabelo

🧬 Lipedema, anemia e queda de cabelo:
uma ligação que não pode ser ignorada

Quando pensamos em lipedema, a primeira imagem que vem à mente é o acúmulo doloroso de gordura nas pernas, quadris e braços. Mas o que muita gente não sabe é que o lipedema é uma condição sistêmica, inflamatória e profundamente impactante, que vai muito além da aparência corporal.

Um estudo brasileiro recente revelou que mais de 40% das mulheres com lipedema apresentam anemia — um dado que chama atenção. Mas o mais preocupante é que a deficiência de ferro nem sempre se manifesta como anemia. Muitas mulheres têm uma ferritina baixa, sem alterações visíveis no hemograma, e isso já é suficiente para gerar sintomas como queda de cabelo, fadiga, dificuldade de concentração e unhas fracas.

“Isso acontece porque o ferro é essencial para o ciclo de crescimento capilar. A falta dele reduz o tempo de crescimento do fio e antecipa sua queda. Ou seja, mesmo sem estar anêmica, você pode estar perdendo cabelo por falta de ferro — e isso é especialmente comum em quem tem lipedema, já que essa condição aumenta o estresse metabólico, a inflamação crônica e o risco de disfunções digestivas que afetam a absorção de nutrientes.” – Esclarece o Dr. Daniel Benitti.

Se você tem lipedema e está notando queda de cabelo, o ideal é ir além do hemograma. Peça ao seu médico, exames de ferritina, transferrina e saturação de ferro. A reposição correta pode transformar não apenas a saúde do seu cabelo, mas também sua disposição, sua imunidade e sua autoconfiança.

Cuidar do ferro é cuidar da base da sua energia vital — e no lipedema, isso é ainda mais urgente.

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

A vacina da gripe previne a gripe?

Um estudo que ainda não foi publicado investigou a efetividade da vacina contra a gripe entre os funcionários da Cleveland Clinic durante a temporada de vírus respiratórios de 2024–2025.

👥 População

  • 53.402 funcionários (com dados completos de idade e sexo)
  • 82,1% foram vacinados até o fim do estudo
  • A maioria recebeu vacina trivalente inativada
  • População predominantemente jovem (média de 42 anos) e feminina (75%)

🧪 Método

  • Estudo de coorte prospectivo, de 1º de outubro de 2024 a 26 de março de 2025
  • Vacinação tratada como covariável dependente do tempo
  • Análise estatística: modelo de Cox proporcional de riscos
  • Desfecho: tempo até diagnóstico de influenza confirmado por PCR

📊 Resultados

  • Total de casos de influenza: 1.079 (2,02%)
  • 98,8% dos casos foram influenza A
  • Incidência cumulativa de influenza foi maior entre vacinados
  • HR ajustado (vacinação vs. não vacinação): 1,27 (IC 95%: 1,07–1,51), p = 0,007
  • Efetividade da vacina (VE): VE = 1 – HR = 1 – 1,27 = -26,9\% \quad \text{(IC 95%: -55,0% a -6,6%)}

“A vacina foi associada a maior risco de contrair influenza nesta temporada, ao contrário do esperado. A curva de incidência acumulada mostra que os casos aumentaram mais rapidamente entre os vacinados do que entre os não vacinados ao longo dos 180 dias. Precisamos ser mais críticos com campanhas de tratamento em massa. Esse estudo ressalta isso muito bem.” – Alerta o Dr. Daniel Benitti.

🔎 Discussão

  • A vacina não foi eficaz nesta temporada, possivelmente devido:
    • A um mau pareamento entre a cepa vacinal e a cepa circulante
    • À imunossenescência parcial mesmo em adultos saudáveis
    • A fatores comportamentais e exposição ocupacional
  • Destaca-se que a vacina pode ter sido superestimada em anos anteriores por estudos com desenho test-negative, que tendem a inflar a eficácia

⚠️ Limitações

  • Apenas empregados da Cleveland Clinic (população jovem, saudável)
  • Não avaliou hospitalizações ou gravidade
  • Uso limitado de testes domiciliares pode ter subestimado casos

📌 Conclusão

A vacinação contra a influenza não demonstrou proteção entre adultos saudáveis nesta temporada — e esteve associada a maior risco de infecção. Os autores recomendam cautela na extrapolação dos dados, mas reforçam a importância de reavaliar a eficácia das vacinas anualmente, dada a variabilidade sazonal das cepas.

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

Probiotico faz bem?

🎯 Objetivo do Estudo

Um recente estudo avaliou os efeitos de um probiótico multiespécies sobre o humor e o processamento emocional em adultos saudáveis, com foco especial no uso de relatos diários de humor, além dos tradicionais questionários psicométricos. O estudo investigou se monitoramento contínuo poderia detectar efeitos sutis que escapam aos métodos convencionais.

👥 Metodologia

  • Tipo de estudo: Randomizado, duplo-cego, controlado por placebo
  • Amostra: 88 adultos saudáveis (22,3 ± 3,1 anos; 44 por grupo)
  • Duração: 4 semanas
  • Intervenção:
    • Grupo probiótico: 2 g/dia do produto Ecologic® Barrier (Winclove Probiotics B.V.) contendo 2,5 × 10 UFC/g de nove cepas bacterianas:
      1. Bifidobacterium bifidum W23
      2. Bifidobacterium lactis W51
      3. Bifidobacterium lactis W52
      4. Lactobacillus acidophilus W37
      5. Levilactobacillus brevis W63 (anteriormente Lactobacillus brevis)
      6. Lacticaseibacillus casei W56 (anteriormente Lactobacillus casei)
      7. Ligilactobacillus salivarius W24 (anteriormente Lactobacillus salivarius)
      8. Lactococcus lactis W19
      9. Lactococcus lactis W58
    • Grupo placebo: 2 g de amido de milho e maltodextrina, com aparência e sabor idênticos ao probiótico.

Avaliações incluíram:

  • Questionários psicológicos (ex: CES-D, STAI, PANAS, MAIA, LEIDS-R, BVAQ)
  • Testes de processamento emocional (dot-probe e reconhecimento de expressões faciais)
  • Relatos diários de humor e características intestinais

🔍 Principais Resultados

✅ Redução no humor negativo (detectada apenas nos relatos diários)

  • Após 2 semanas, houve redução significativa do humor negativo no grupo probiótico.
  • Nenhum impacto significativo no humor positivo ou na maioria dos questionários convencionais.
  • O modelo estatístico mostrou interação grupo × tempo significativa apenas para o humor negativo (P = 0.009) .

⚠️ Questionários tradicionais mostraram baixa sensibilidade

  • Poucas diferenças significativas entre grupos. Apenas:
    • Redução na subescala “não-distraído” do MAIA no grupo probiótico (P = 0.017)
    • Tendência de melhora no reconhecimento de emoções no grupo probiótico (P < 0.05)

🔁 Certos perfis psicológicos responderam melhor

  • Pessoas com maior aversão ao risco (LEIDS-R) tiveram maior redução do humor negativo (P = 0.013) .

🧠 Discussão

  • “ Os efeitos positivos dos probióticos em adultos saudáveis são melhor detectados por monitoramento contínuo, em vez de avaliações pontuais. A melhora no humor negativo após 2 semanas sugere uma janela de resposta semelhante à de antidepressivos, possivelmente por mecanismos comuns como modulação inflamatória e sinalização vagal. Praticamente todas as mulheres com lipedema se beneficiam de probioticos e devem ser prescritos por um médico especializado.” – Recomenda o Dr. Daniel Benitti.

📌 Conclusões

  • Probióticos multiespécies podem reduzir o humor negativo em adultos saudáveis, especialmente em indivíduos com perfil psicológico mais vulnerável (ex: risco cognitivo, aversão ao risco).
  • O uso de relatos diários de humor é recomendado para detectar efeitos emocionais de intervenções em populações não clínicas.
  • A inclusão de monitoramento diário deve ser considerada em estudos futuros sobre saúde mental e suplementos nutricionais

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

silver-number-5-blue-style-3d-render_47987-12619

5 dias que podem prejudicar uma vida inteira

Um recente estudo investigou como 5 dias de alimentação hipercalórica rica em alimentos ultraprocessados afetam a ação da insulina no cérebroa distribuição de gordura corporal e a sensibilidade à insulina periférica, em homens saudáveis de peso normal.

👨‍🔬 Metodologia

  • 29 homens (19–27 anos, IMC 19–25)
  • Divididos em:
    • Grupo HCD (high-caloric diet): 18 participantes consumiram +1500 kcal/dia com snacks doces e gordurosos por 5 dias
    • Grupo controle: 11 participantes mantiveram dieta habitual
  • Três fases de avaliação:
    • Linha de base
    • Logo após os 5 dias de HCD
    • Após 7 dias de retorno à dieta normal
  • Utilizaram insulina intranasal (INI) e fMRI para medir a atividade cerebral estimulada por insulina
  • Avaliações adicionais: gordura hepática por ressonância, composição corporal, OGTT, aprendizado de recompensa

🔍 Principais achados

🧠 Ação da insulina no cérebro

  • Após o HCD, houve:
    •  resposta à insulina em regiões como córtex insular, ponte e opérculo rolândico (indicando hiperatividade inicial)
    •  resposta à insulina no hipocampo e giro fusiforme 1 semana após o fim do HCD (sugere desenvolvimento de resistência cerebral à insulina)
  • Essas alterações ocorreram sem mudanças no peso corporal ou sensibilidade periférica à insulina

🍬 Dieta e comportamento

  • “A alimentação hipercalórica aumentou a gordura hepática significativamente.

  • Houve diminuição a sensibilidade a recompensas alimentares e aumento a sensibilidade à punição. Essas alterações de comportamento persistiram mesmo após o retorno à dieta habitual. 5 dias podem prejudicar uma vida inteira. Imagina esse comportamento que normalmente dura mais que 5 dias como quem viaja e fala que deve aproveitar…” – Explica o Dr. Daniel Benitti

🧠🧠 Integridade da substância branca

  • Após o HCD, observou-se redução da integridade da substância branca (diminuição da anisotropia fracionada e aumento da difusividade média) em:
    • Corpo caloso
    • Fascículo fronto-occipital inferior
    • Corona radiata anterior

📌 Conclusões

  • Apenas 5 dias de consumo de snacks ultraprocessados e hipercalóricos foram suficientes para:
    • Aumentar a gordura hepática
    • Induzir disfunção na resposta cerebral à insulina
    • Alterar aprendizado de recompensa e punição
    • Afetar microestrutura cerebral, mesmo sem alteração de peso ou metabolismo periférico
  • Sugere que mudanças iniciais no cérebro precedem o ganho de peso e podem estar envolvidas no desenvolvimento da obesidade e doenças metabólicas.

⚠️ Limitações

  • Apenas homens foram estudados (mulheres excluídas por influência do ciclo hormonal)
  • Pequeno número de participantes (n = 29)
  • Não foi possível avaliar efeitos inflamatórios profundos ou efeitos de longo prazo

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

Romã vs envelhecimento

“Pomegranate Extract Supplementation Reduces Inflammatory Cytokines and Systolic Blood Pressure in Healthy Adults with Elevated Inflammation: A Randomized Controlled Trial”

🎯 Objetivo do estudo

Avaliar se a suplementação com extrato de romã padronizado durante 12 semanas pode reduzir inflamação crônica de baixo grau (inflammaging) e melhorar parâmetros cardiovasculares em adultos saudáveis, mas com citocinas inflamatórias elevadas.

👥 População

  • 78 participantes, entre 55 e 70 anos, saudáveis, mas com níveis elevados de:
    • IL-6 ≥ 1.5 pg/mL e/ou
    • IL-1β ≥ 0.8 pg/mL
  • Randomizados em 2 grupos:
    • Grupo intervenção: 740 mg/dia de extrato de romã (contendo punicalaginas e ácido elágico)
    • Grupo placebo

🧪 Parâmetros avaliados

  1. Citocinas inflamatórias: IL-6, IL-1β, IL-8, TNF-α
  2. Pressão arterial (sistólica e diastólica)
  3. Parâmetros metabólicos: glicemia, insulina, lipídios
  4. Segurança e efeitos adversos

🔍 Resultados principais

✅ 1. Redução significativa de citocinas inflamatórias

  • IL-6: reduziu significativamente no grupo romã (p = 0.014)
  • IL-1β: também caiu significativamente (p = 0.030)
  • IL-8 e TNF-α: não sofreram alterações relevantes

✅ 2. Redução da pressão arterial sistólica

  • Redução significativa de ~5 mmHg em quem tinha PAS ≥ 130 mmHg no início
  • Nenhuma mudança importante na pressão diastólica

🟰 3. Nenhuma alteração em parâmetros metabólicos

  • Glicemia, insulina, colesterol e triglicérides permaneceram estáveis em ambos os grupos

✅ 4. Boa tolerância

  • Nenhum evento adverso grave foi relatado
  • Alta adesão (acima de 90%) ao protocolo de suplementação

🧠 Interpretação e mecanismos sugeridos

  • A romã é rica em punicalaginas e ácido elágico, compostos polifenólicos com ação:
    • Antioxidante
    • Anti-inflamatória (via NF-κB)
    • Estimuladora da via do óxido nítrico (NO) → melhora da função vascular
  • A melhora da pressão arterial pode ser secundária à melhora do estado inflamatório e função endotelial.

📌 Conclusão

suplementação com extrato de romã por 12 semanas:

  • Reduz citocinas inflamatórias chave (IL-6 e IL-1β)
  • Diminui a pressão arterial sistólica em indivíduos com níveis elevados
  • Pode ser um intervenção funcional segura e eficaz contra o envelhecimento inflamatório (inflammaging), com foco cardiovascular e imunológico

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

 Suplementação ESSENCIAL para mulheres a partir dos 35 anos 

💪✨ Suplementação ESSENCIAL para mulheres a partir dos 35 anos ✨💪

A partir dos 35 anos, o corpo da mulher passa por mudanças importantes: há queda gradual nos níveis hormonais, o metabolismo desacelera, a massa muscular tende a diminuir, e surgem sinais de perda de energia, foco e disposição.

É justamente nessa fase que a suplementação estratégica pode atuar como uma aliada poderosa para a saúde, o bem-estar e a longevidade da mulher. Entre os suplementos mais estudados e indicados estão: creatina, ômega-3 e proteína de alta qualidade.

🧠💪 1. Creatina

Embora ainda cercada de mitos, a creatina é segura, acessível e altamente recomendada para mulheres — especialmente após os 35.
🔹 Ajuda a preservar massa muscular e força, reduzindo o risco de sarcopenia
🔹 Contribui para melhora da cognição, memória e energia mental
🔹 Pode aumentar a resistência ao esforço físico, inclusive em treinos leves

Dose sugerida: 3 a 5g por dia, preferencialmente de creatina monohidratada

❤️🧠 2. Ômega-3 (EPA/DHA)

O ômega-3 é um ácido graxo essencial que o corpo não produz — e sua deficiência está ligada a diversas condições crônicas.
🔹 Tem efeito anti-inflamatório potente
🔹 Auxilia na prevenção de doenças cardiovasculares
🔹 Contribui para o equilíbrio do humor, combate à ansiedade e proteção cognitiva
🔹 Pode aliviar sintomas de TPM e menopausa

Dose sugerida: 1 a 3g de EPA/DHA por dia (confira a concentração no rótulo)

🍽️🏋️‍♀️ 3. Proteína de alta qualidade

Com o passar dos anos, muitas mulheres não consomem proteína suficiente para manter os músculos e a vitalidade.
🔹 Proteína ajuda na preservação da massa magra
🔹 Aumenta a saciedade e ajuda no controle de peso
🔹 Contribui para a saúde da pele, cabelos e unhas
🔹 Pode ser obtida via whey protein, proteína vegetal ou blends com colágeno hidrolisado + proteína isolada

Dose sugerida: Cerca de 1.2 a 1.6g de proteína por kg de peso corporal por dia, com suplementação conforme necessidade.

🌿 Conclusão

“A suplementação para mulheres com mais de 35 anos não é luxo — é estratégia de autocuidado e prevenção. Com orientação adequada, esses três suplementos podem fazer uma grande diferença na saúde física, mental e emocional ao longo das décadas seguintes. Essa suplementação não apresenta contra-indicação e independe dos exames de sangue” – Afirma o Dr. Daniel Benitti

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

 

medium-shot-woman-sitting-chair_23-2149073233

1 Minuto

“Apenas 1 minuto de exposição a um tom puro de 100 Hz pode melhorar a cinetose (enjoo de movimento)”


📄 Publicado em Environmental Health and Preventive Medicine (2025)
👨‍🔬 Realizado por pesquisadores da Universidade de Nagoya, Japão

🎯 Objetivo

Investigar se a exposição breve a um som puro de 100 Hz pode:

  • Ativar a função vestibular (equilíbrio)
  • Reduzir sintomas de cinetose (enjoo provocado por movimento, como em veículos, simuladores e balanços)

🧪 Metodologia

O estudo teve 3 fases:

  1. Ex vivo (em laboratório com orelha interna de camundongos):
    • Identificou que 100 Hz ativa fortemente as células vestibulares (ligadas ao equilíbrio)
  1. Testes em camundongos vivos:
    • A exposição por 5 minutos a 100 Hz antes de movimentos bruscos reduziu o desequilíbrio causado
    • O efeito protetor durou até 2 horas
  1. Ensaios clínicos com humanos (n=82):
    • Participantes expostos a 1 minuto de som a 100 Hz com 80–85 dBZ antes de:
      • Balanço oscilante
      • Simulador de direção
      • Carro em movimento
    • Foram avaliados por:
      • Posturografia (equilíbrio)
      • Variabilidade da frequência cardíaca (HRV) (atividade autonômica)
      • Questionário MSAQ (sintomas de enjoo)

🔍 Resultados Principais

✅ Efeito sobre o equilíbrio

  • A exposição ao som de 100 Hz reduziu significativamente a área de oscilação postural após movimento (indicador de desequilíbrio)
  • O efeito foi mais forte em pessoas com alta suscetibilidade à cinetose

✅ Efeito sobre o sistema nervoso autônomo

  • Melhorou o padrão de frequência cardíaca, sugerindo:
    • Redução da hiperatividade simpática
    • Aumento do tônus parassimpático (relaxamento)

✅ Efeito sobre sintomas subjetivos

  • Participantes relataram menos náusea, tontura, desconforto e sonolência no MSAQ
  • O som teve efeito semelhante ao de medicamentos leves contra enjoo

🔈 Parâmetros ideais

“Para obter os efeitos positivos é necessário a frequência de 100 Hz, intensidade de  80–85 dBZ (nível comum em conversas humanas), duração de 1 minuto e exposição bilateral. Coisas simples fazem grande diferenças. É importante ressaltar que o som não afetou a audição e o nível de exposição é considerado seguro pela Organização Mundial da Saúde (OMS).” – Informa o Dr. Daniel Benitti.

💡 Conclusão

exposição breve a um som puro de 100 Hz pode ser uma ferramenta simples, segura e eficaz para prevenir e reduzir a cinetose, atuando diretamente no sistema vestibular e autônomo.

A tecnologia é promissora para:

  • Veículos autônomos
  • Realidade virtual
  • Jogos, viagens, simuladores
  • Pessoas com labirintite leve ou sensibilidade ao movimento

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

view-anatomic-heart-model-educational-purpose-with-magnifying-glass_23-2149894503

Quem precisa de estatina?

Um recente artigo veio para respodner esta pergunta: “Guideline-Directed Application of Coronary Artery Calcium Scores for Primary Prevention of Atherosclerotic Cardiovascular Disease” – JACC Cardiovasc Imaging, 2025

🎯 Objetivo

Avaliar como o score de cálcio coronariano (CAC) pode ser aplicado de forma guiada pelas diretrizes ACC/AHA (EUA) e ESC/EAS (Europa) na prevenção primária de doença cardiovascular aterosclerótica (ASCVD), em pessoas aparentemente saudáveis.

👥 População do estudo

  • 1.903 indivíduos (55–75 anos), sem doença cardiovascular, diabetes ou uso prévio de estatina.
  • Dados extraídos do Rotterdam Study.
  • Todos tinham níveis de LDL < 190 mg/dL.

🧪 Método

  • Comparou-se a aplicação do CAC segundo:
    • ACC/AHA (2018): usando PCE (Pooled Cohort Equations) e o novo modelo PREVENT.
    • ESC/EAS (2021): usando SCORE2/SCORE2-OP.
  • Avaliou-se quem seria elegível ao CAC, quem foi “reclassificado” (uprisked ou derisked), e os números necessários para tratar (NNT10y) com estatinas.

🔍 Resultados principais

🔹 Proporção de indivíduos elegíveis ao CAC:

DiretrizHomens (%)Mulheres (%)
ACC/AHA (PCE)18,3%11,9%
ACC/AHA (PREVENT)13,4%3,4%
ESC/EAS (SCORE2)46,6%44,9%

🔹 Reclassificação após o CAC:

  • Uprisked: CAC > 100 ou ≥ 75º percentil → estatina recomendada.
  • Derisked: CAC = 0 + não fumante + sem histórico familiar → evitar estatina.
  • Proporção reclassificada:
    • ACC/AHA (PREVENT): 88,8% dos homens e 80% das mulheres.
    • ESC/EAS: 48,5% dos homens e 22,1% das mulheres (uprisked).

🔹 Incidência de eventos de ASCVD:

  • CAC ≥100 → risco semelhante ao de pacientes de alto risco:
    • Ex: IR de até 27,4 eventos por 1.000 pessoas/ano para mulheres uprisked.
  • CAC = 0 → risco muito baixo:
    • Ex: IR de 3,7 por 1.000 pessoas/ano em mulheres derisked pela ESC/EAS.

🔹 NNT10y (Número necessário para tratar por 10 anos com estatina de alta intensidade):

GrupoHomensMulheres
ACC/AHA (PREVENT)1113
ESC/EAS1225

📌 Conclusão

“ O exame mede o nível de cálcio nas artérias do coração.

CAC = 0? Seu risco é baixíssimo.

CAC alto? É sinal de alerta — mesmo sem sintomas!

Pessoas com CAC = 0 tiveram risco 7x menor de eventos cardíacos em 10 anos.

Já quem tinha CAC elevado, mesmo com colesterol “normal”, se beneficiaria com estatinas de alta potência. O CAC evita uso desnecessário de remédios em quem não precisa além de identificar

quem está em risco silencioso e precisa agir já! Prevenção cardiovascular hoje vai além do colesterol.  Informação é proteção.”  – Conclui o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular, médico especialista em Lipedema.

Pergunte ao seu médico sobre o CAC se você:

✔️ Tem mais de 45 anos

✔️ Tem histórico familiar de infarto

✔️ Está em dúvida se deve ou não usar estatina

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

Saude-no-brasil-1500x600

Saúde do povo brasileiro

panorama atual da saúde metabólica no Brasil precisa melhorar. Temos visto tendências em aumentos de obesidade, diabetes, síndrome metabólica e dislipidemia, além dos desafios estruturais do sistema de saúde para enfrentar essas condições.

📈 Principais Achados

🔹 1. Estilo de vida e fatores de risco (Vigitel 2019)

  • 44,8% da população relatou atividade física insuficiente.
    • Mulheres: 52,2%
    • Homens: 36,1%
  • Apenas 34,3% consomem frutas e vegetais regularmente (≥5 dias/semana).
  • 18,2% consomem alimentos ultraprocessados com frequência.

🔹 2. Obesidade crescente

  • Obesidade (IMC ≥ 30 kg/m²) subiu de 13,9% em 2009 para 19,8% em 2019.
  • Mais prevalente entre pessoas de 45–64 anos (20,9%).
  • Jovens (18–24 anos): 8,7%, mas com tendência de crescimento.

🔹 3. Síndrome metabólica

  • Estudo em Florianópolis (2009–2014): prevalência de 30,9%.
  • Inatividade física aumentou o risco de desenvolver síndrome metabólica em até 2,2 vezes.

🔹 4. Diabetes tipo 2

  • Aumento de 24% na prevalência autorreferida de 2006 (5,5%) a 2019 (7,4%).
  • Estudo ELSA-Brasil: 20% dos participantes já tinham diabetes tipo 2 no início da coleta (2008–2010).
  • Estima-se que diabetes causou 65.581 mortes em 2013 (9,1% das mortes entre 35–80 anos; 14,3% se incluído diabetes não diagnosticado).

🔹 5. Dislipidemia

  • Dados do ELSA-Brasil (35–74 anos):
    • Triglicerídeos elevados: 23,2% (mulheres) e 40,7% (homens)
    • HDL baixo: 20,7% (mulheres) e 14,7% (homens)
    • LDL alto: 57,6% (mulheres) e 58,8% (homens)
  • Estudo ERICA (12–17 anos):
    • HDL baixo: 46,8%
    • Colesterol total alto: 20,1%
    • Triglicerídeos altos: 7,8%
  • Hipercolesterolemia familiar: 1 em cada 263 pessoas (mais comum em pretos e pardos do que em brancos).

🔹 6. Impacto da COVID-19

  • Obesidade e diabetes aumentaram o risco de formas graves da COVID-19.

🏥 Desafios no Sistema de Saúde

  • “ O Brasil realiza o 2º maior número de cirurgias bariátricas do mundo (68.530 em 2019). Porém, 90% dessas cirurgias são feitas no setor privado. O Brasil não precisa de mais cirurgia bariátrica. As pessoas precisam entender que precisam de um estilo de vida melhor e levar mais a sério a questão saúde. As únicas pessoas que apresentam uma proteção natural a obesidade são as mulheres com lipedema. Mas todos precisam se conscientizar. “ – Informa o Dr. Daniel Benitti

  • As novas diretrizes (2020) do Ministério da Saúde recomendam:

🧠 Conclusão

O Brasil vive as consequências metabólicas de uma transição epidemiológica rápida e desigual.

🔴 É urgente investir em:

  • Educação em saúde
  • Acesso igualitário a tratamentos
  • Promoção de estilo de vida saudável
  • Prevenção de doenças crônicas não transmissíveis

 

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail: