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Água com gás ajuda a emagrecer? O que diz a ciência

 

O estudo publicado no BMJ Nutrition, Prevention & Health (2025) pelo Dr. Akira Takahashi investiga os possíveis efeitos da água com gás na perda de peso, explorando como o dióxido de carbono (CO) presente na bebida pode influenciar o metabolismo da glicose e a sensação de saciedade.

🔬 Principais descobertas do estudo:

1️⃣ Água com gás pode aumentar a saciedade

  • O CO₂ presente na água gaseificada se dissolve no estômago, causando dilatação gástrica.
  • Esse efeito pode levar a uma sensação temporária de estômago cheio, reduzindo a fome.
  • Estudos anteriores mostraram que essa sensação pode levar a um menor consumo de alimentos em refeições seguintes.

2️⃣ Influência no metabolismo da glicose

  • Quando ingerida, a água com gás permite que CO entre na corrente sanguínea e seja convertido em bicarbonato (HCO₃⁻) pelos glóbulos vermelhos.
  • Esse processo aumenta o pH intracelular e estimula a glicólise anaeróbica (uso de glicose para produção de energia).
  • Em pacientes submetidos à hemodiálise, um efeito semelhante é observado: o CO₂ absorvido pelo sangue reduz os níveis de glicose, favorecendo sua captação pelas células.
  • No entanto, o impacto da água com gás no metabolismo da glicose é pequeno e não pode ser considerado uma estratégia primária para emagrecimento.

3️⃣ Efeito na regulação da glicemia

  • Alguns estudos sugerem que beber água com gás pode alterar temporariamente os níveis de glicose no sangue.
  • Isso pode ser relevante para pessoas que monitoram sua glicemia, como diabéticos.
  • O impacto a longo prazo ainda não está totalmente compreendido e mais estudos são necessários.

⚠️ Limitações e mitos sobre a água com gás

  • A água com gás não emagrece por si só: Seus efeitos na saciedade e no metabolismo da glicose são pequenos e devem ser acompanhados por uma alimentação equilibrada e exercícios físicos.
  • Não faz mal para os ossos: Diferente do que muitos acreditam, a água gaseificada não reduz a densidade óssea nem causa osteoporose.
  • Não causa celulite: A celulite está mais associada à genética, sedentarismo e dieta rica em gorduras e açúcares do que ao consumo de bebidas gaseificadas.
  • Pode causar desconforto digestivo: Para pessoas com refluxo gastroesofágico ou síndrome do intestino irritável, a ingestão de água com gás pode provocar inchaço e gases.

🎯 Conclusão do estudo

A água com gás pode ajudar indiretamente no controle do peso ao proporcionar saciedade e influenciar o metabolismo da glicose, mas seus efeitos são sutis. Não é uma solução para emagrecimento, e seu impacto deve ser analisado dentro de um contexto maior de hábitos saudáveis.

📌 Dica final: Se você gosta de água com gás, prefira versões sem sódio e sem adoçantes para evitar efeitos negativos e aproveitar seus benefícios!

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

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Quer envelhecer bem?

Um recente estudo investigou os efeitos da vitamina D (2.000 UI/dia), ômega-3 (1g/dia) e exercício domiciliar sobre o envelhecimento biológico medido por relógios epigenéticos de metilação do DNA (DNAm) em adultos mais velhos ao longo de 3 anos.

Objetivo

Embora estudos observacionais e ensaios pequenos sugiram que vitamina D, ômega-3 e exercício podem retardar o envelhecimento biológico, faltam evidências de ensaios clínicos maiores. O objetivo do estudo foi avaliar o impacto isolado e combinado dessas intervenções no envelhecimento biológico medido por relógios epigenéticos de DNA.

Metodologia

📌 Estudo DO-HEALTH: Ensaio clínico randomizado e controlado com 2.157 adultos saudáveis com ≥70 anos de cinco países europeus.
📌 Amostra: 777 participantes forneceram dados de metilação do DNA antes e após 3 anos de acompanhamento.
📌 Intervenções (2×2×2 fatorial):

  • Vitamina D (2.000 UI/dia) ou placebo
  • Ômega-3 (1g/dia) ou placebo
  • Programa de exercícios domiciliares 3x por semana ou controle

📌 Desfechos principais:

  • Alterações em quatro relógios epigenéticos de DNA:
    1. PhenoAge
    2. GrimAge
    3. GrimAge2
    4. DunedinPACE
  • Alterações em biomarcadores epigenéticos do plasma (ex: PAI-1, leptina, TIMP-1).
  • Comparação das mudanças ao longo de 3 anos entre grupos.

Resultados

“ O Ômega-3 desacelerou o envelhecimento biológico! A suplementação de ômega-3 isoladamente reduziu a progressão do envelhecimento biológico em três relógios epigenéticos (PhenoAge, GrimAge2 e DunedinPACE). Foi uma redução de redução de 2,9 a 3,8 meses na idade biológica ao longo de 3 anos!  Vitamina D e Exercício não tiveram efeitos significativos isoladamente, mas a combinação dos três tratamentos teve efeito aditivo positivo no PhenoAge.

As pessoas subestimam muito o poder das pequenas coisas. No tratamento do lipedema as pequenas coisas quando somadas se multiplicam.” – Comenta o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

4️⃣ Redução de biomarcadores inflamatórios

  • Ômega-3 reduziu marcadores epigenéticos ligados ao envelhecimento e inflamação:
    ✅ PAI-1 (inibidor do ativador do plasminogênio)
    ✅ Leptina
    ✅ TIMP-1 (inibidor tecidual da metaloproteinase-1)
  • A combinação das intervenções também reduziu B2M (β2-microglobulina) e GDF-15 (associados ao envelhecimento).

Discussão e Conclusões

🔹 O efeito do ômega-3 no envelhecimento biológico é consistente com estudos anteriores, que associam ácidos graxos a modificações epigenéticas benéficas.
🔹 O exercício e a vitamina D não tiveram impacto isolado, mas complementaram os efeitos do ômega-3 no PhenoAge.
🔹 As mudanças nos relógios epigenéticos foram modestas (~3 meses ao longo de 3 anos), mas clinicamente relevantes.
🔹 Os participantes com níveis iniciais mais baixos de ômega-3 apresentaram maiores benefícios, sugerindo que a deficiência pode acelerar o envelhecimento epigenético.
🔹 Os resultados reforçam o potencial do ômega-3 como estratégia para retardar o envelhecimento biológico.

Implicações Práticas

🔹 Ômega-3 pode ser uma intervenção acessível para retardar o envelhecimento biológico.
🔹 A combinação de vitamina D, ômega-3 e exercício pode potencializar benefícios em longo prazo.
🔹 Mais estudos são necessários para avaliar se essas mudanças impactam a longevidade e doenças relacionadas ao envelhecimento.

💡 Conclusão: A suplementação diária de 1g de ômega-3 foi a intervenção mais eficaz na desaceleração do envelhecimento epigenético, com efeito potencializado pela combinação com vitamina D e exercícios.

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Você gosta de academia?

Um recente explorou as experiências de mulheres em academias, focando em sua imagem corporal, desafios, julgamentos percebidos e possíveis empoderamentos.

As principais questões analisadas foram:

  1. Como a imagem corporal influencia a experiência das mulheres na academia?
  2. Quais são os desafios que as mulheres enfrentam nesses espaços?
  3. Como o ambiente da academia impacta sua motivação e confiança?

Metodologia

  • Tipo de Estudo: Pesquisa de métodos mistos (qualitativo e quantitativo) com análise temática.
  • Participantes: 279 mulheres (84% frequentadoras ativas de academia).
  • Coleta de Dados: Pesquisa online com 130 perguntas sobre imagem corporal, comportamento na academia e experiências.

Resultados Principais

1. “Nunca é o suficiente” – Sentimento constante de julgamento

🔹 As mulheres relataram sentir-se julgadas tanto pela aparência quanto pelo desempenho.
🔹 Preocupações comuns:

  • Medo de parecerem “gordas” ou “muito musculosas”.
  • Ansiedade ao usar roupas curtas, leggings ou tops.
  • Pressão para atender a padrões corporais inalcançáveis.

🗣️ “Quero ser magra e musculosa, mas não muito larga, porque ainda quero parecer pequena. Isso me estressa muito!”

2. “Muitas críticas” – Autojulgamento e inseguranças

🔹 Mulheres se autoavaliam negativamente em relação ao corpo e roupas.
🔹 Principais preocupações:

  • Barriga (55% das participantes apontaram como o maior incômodo).
  • Comentários negativos sobre suor, estrias, celulite e acne.
  • Medo de parecer iniciante por não usar roupas de marca.

🗣️ “Às vezes eu quero usar uma roupa mais confortável, mas me preocupo em parecer que não sei o que estou fazendo.”

3. “Sempre em exposição” – Assédio e desconforto

🔹 Muitas mulheres relataram experiências de assédio e intimidação na academia.
🔹 Algumas estratégias usadas para evitar olhares e comentários:

  • Escolher horários mais vazios.
  • Usar roupas largas.
  • Evitar a área de pesos livres.

🔹 46% receberam comentários não solicitados sobre sua aparência, principalmente de homens.
🔹 41% disseram que pensam na possibilidade de assédio ao escolher a roupa para ir à academia.

🗣️ “Prefiro cobrir meu corpo para evitar olhares e comentários desagradáveis.”

4. “Às vezes, empoderada” – Superação e confiança

💪 Apesar dos desafios, muitas mulheres encontram força e motivação na academia!
🔹 Ganho de confiança ao aprender a usar equipamentos.
🔹 Sentimento de pertencimento em academias inclusivas e de apoio.
🔹 Mulheres que treinam há mais tempo sentem-se mais empoderadas.

🗣️ “É muito empoderador ocupar um espaço dominado por homens e perceber que sou tão forte quanto eles!”

Conclusões e Recomendações

📌 A academia ainda é um espaço masculino – Mulheres frequentemente sentem-se julgadas e intimidadas.
📌 Mudanças são necessárias para maior inclusão, como:

  • Criar ambientes mais acolhedores e seguros.
  • Promover políticas contra o assédio.
  • Estimular um foco no desempenho e saúde, e não apenas na aparência.
    📌 Mulheres podem se empoderar ao desafiar padrões e conquistar espaço no treino de força.

Reflexão Final

👉 Você já se sentiu julgada ou desconfortável ao treinar na academia? O que poderia ser feito para tornar esses espaços mais acolhedores para as mulheres? 💭

🔍 Fonte: Cowley & Schneider (2025), PLoS ONE.

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As proteínas são iguais?

A síntese de proteína muscular, que é refletida pela taxa de síntese fracionada (FSR) da proteína muscular, é um processo fisiológico induzido pelo consumo de proteína. A síntese de proteína muscular é crucial para renovar o músculo esquelético, substituindo células musculares mais antigas por fibras mais novas e funcionais, independentemente do aumento da massa muscular total.

O maior aumento nos aminoácidos essenciais plasmáticos (EAAs) ocorre após o consumo de alimentos com maior teor de EAAs biodisponíveis. A carne animal, por exemplo, é uma fonte importante de proteína que contém todos os EAAs necessários para o metabolismo adulto.

No entanto, muitas pessoas estão mudando para alternativas à base de plantas, que são projetadas para se assemelhar ao sabor, textura e aparência, e ao teor de proteína de produtos de carne tradicionais. As alternativas à base de soja são o tipo mais comum, pois esses produtos têm um teor de proteína relativamente alto e um perfil de EAA favorável. No entanto, as alternativas à base de soja não induzem o aumento alto e rápido de EAAs plasmáticos após o consumo de carne.

Um recente estudo investigou e comparou os efeitos da ingestão de carne bovina e de um hambúrguer de soja (alternativa à carne) na síntese de proteínas musculares e no metabolismo proteico de todo o corpo.

Metodologia

  • Tipo de Estudo: Ensaio clínico randomizado e controlado.
  • Participantes: 24 adultos saudáveis (18-40 anos, IMC entre 20-32).
  • Grupos de Intervenção:
    • Grupo 1: Consumiu um hambúrguer de carne bovina de 4 oz (113g).
    • Grupo 2: Consumiu um hambúrguer de soja de 4 oz (113g).
    • Grupo 3: Consumiu dois hambúrgueres de soja (totalizando 8 oz ou 226g).
  • Medições:
    • Síntese proteica muscular (FSR – Fractional Synthetic Rate): Foi medida com infusão de isótopos estáveis.
    • Síntese e degradação proteica do corpo inteiro: Avaliada com marcadores plasmáticos de aminoácidos essenciais (EAA).

Resultados Principais

  1. A carne bovina estimulou a síntese proteica muscular mais do que 113g de soja

    • O aumento na taxa de síntese proteica muscular (FSR) após 4 oz de carne foi significativamente maior do que após 4 oz de soja (p = 0.021).
    • O grupo da carne teve um aumento médio de 0.020 ± 0.016%/h na FSR.
    • O grupo da soja de 4 oz teve um aumento de apenas 0.003 ± 0.010%/h, não significativo em relação ao jejum.
  1. A ingestão de 8 oz de soja gerou uma resposta anabólica semelhante à da carne.

    • A taxa de síntese proteica após 8 oz de soja foi 0.013 ± 0.016%/h, estatisticamente similar ao grupo da carne (p = 0.454).
    • “Isso sugere que é necessário o dobro da quantidade de proteína de soja para alcançar o mesmo efeito anabólico da carne. Isso é fundamental entender principalmente nas pessoas que querem diminuir a massa de gordura. Se não tiver um estímulo de massa muscular, cerca de 30% do peso perdido é de músculo. Isso impede a manutenção do peso perdido e aumenta a a fragilidade da pessoa. Tomo muito cuidado com isso principalmente nas mulheres com lipedema.” – Explica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

  1. Os níveis de aminoácidos essenciais (EAA) no sangue foram mais altos no grupo da carne.

    • A concentração máxima de EAA foi significativamente maior no grupo da carne (p < 0.05).
    • O aumento da FSR foi correlacionado com o aumento de EAA no plasma (r = 0.411, p = 0.046).
  1. O balanço proteico corporal foi melhor após 8 oz de soja.

    • O grupo da soja de 8 oz apresentou um balanço proteico líquido maior do que o grupo da carne bovina (p < 0.001).
    • No entanto, esse grupo também consumiu significativamente mais calorias (462 kcal vs. 279 kcal da carne).

Discussão

  • Qualidade da Proteína:

    • A carne bovina é uma fonte de proteína mais eficiente para estimular a síntese proteica muscular devido ao seu perfil completo de aminoácidos essenciais e melhor biodisponibilidade.
    • A soja requer o dobro da quantidade para gerar um efeito similar.
  • Efeito dos Aminoácidos:

    • O estudo questiona a hipótese de que a leucina seria o principal gatilho da síntese proteica. Apesar de a soja conter boas quantidades desse aminoácido, a resposta anabólica foi menor do que a da carne.
    • A absorção periférica dos aminoácidos da soja pode ser menor devido à maior retenção hepática e menor digestibilidade.
  • Implicações para Dietas Baseadas em Plantas:

    • “Pessoas que evitam carne podem alcançar bons resultados anabólicos, mas precisam consumir quantidades maiores de proteínas vegetais. O impacto calórico da soja deve ser considerado, já que o consumo de 8 oz resultou em 60% mais calorias do que a carne.” – Argumenta.

Conclusão

  • Uma porção de carne de 4 oz estimula mais a síntese proteica muscular do que uma porção equivalente de soja.
  • A soja pode ter um efeito similar ao da carne, mas apenas em quantidades dobradas.
  • O consumo de carne proporciona um aumento mais rápido e eficiente de aminoácidos essenciais na circulação, favorecendo a síntese muscular.

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Banho ideias

As pessoas frequentemente têm mais ideias no banho devido a uma combinação de fatores psicológicos, neurológicos e contextuais que promovem a criatividade e o pensamento livre. Aqui estão os principais motivos:

1. Relaxamento e Liberação do Estresse

  • Durante o banho, o corpo libera dopamina, um neurotransmissor associado ao prazer e à criatividade.
  • O ambiente relaxante do banho reduz os níveis de cortisol (hormônio do estresse), permitindo que a mente funcione de forma mais aberta e criativa.

2. Estado Mental Difuso

  • Atividades como tomar banho, caminhar ou dirigir entram em um estado conhecido como atenção difusa.
  • Esse estado permite que o cérebro trabalhe de forma mais associativa, conectando ideias que, em outras situações, podem não parecer relacionadas.

3. Ausência de Distrações

  • No banho, você está longe de telas, notificações e outras distrações.
  • A mente pode se concentrar em pensamentos internos e vagar livremente, o que facilita “insights” criativos.

4. Estímulo Físico e Mental

  • A sensação da água quente no corpo aumenta a circulação sanguínea, incluindo no cérebro, o que pode melhorar a função cognitiva.
  • Esse estímulo físico, combinado com a repetição de movimentos simples (ensaboar-se, enxaguar), cria um ambiente ideal para reflexões criativas.

5. Subconsciente em Ação

  • Muitas vezes, as ideias no banho surgem porque o subconsciente continua trabalhando em problemas ou pensamentos pendentes.
  • O banho permite que esses processos subconscientes emergem à consciência de forma espontânea.

6. Desligamento do “Modo Analítico”

  • Fora do banho, estamos frequentemente focados em resolver problemas de forma lógica e linear.
  • No banho, esse “modo analítico” é suspenso, permitindo que pensamentos mais livres e criativos ganhem espaço.

Conclusão

O banho combina um ambiente relaxante, ausência de distrações e estímulo físico suave, criando o cenário perfeito para que ideias surjam espontaneamente. Por isso, muitas pessoas relatam ter “insights” ou resolver problemas complexos enquanto estão sob o chuveiro.

Se você deseja capturar essas ideias, considere manter um bloco de notas à mão após o banho ou usar apps de gravação de voz para registrá-las rapidamente! 😊

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Quanto tempo demora para criar um hábito?

 

O artigo “Time to Form a Habit: A Systematic Review and Meta-Analysis of Health Behaviour Habit Formation and Its Determinants” explora o processo de formação de hábitos relacionados à saúde e os fatores que influenciam esse processo. Aqui estão os principais pontos abordados:

Objetivo do Estudo

O estudo visa determinar o tempo necessário para formar hábitos saudáveis e identificar os fatores que afetam o sucesso desse processo, analisando diferentes tipos de comportamentos relacionados à saúde.

Resultados Principais

  1. Tempo para Formar um Hábito:

    • Mediana: 59 a 66 dias.
    • Média: 106 a 154 dias.
    • Intervalo: 4 a 335 dias, dependendo do tipo de comportamento e do indivíduo.
  1. Melhorias nos Hábitos:

    • A análise mostrou um aumento significativo nos escores de formação de hábitos pós-intervenção, com um efeito médio a grande (SMD = 0,69, intervalo de confiança de 95%: 0,49–0,88).
  1. Fatores Determinantes:

    • Repetição: Crucial para automatizar comportamentos.
    • Escolha pessoal: Hábitos auto-selecionados têm maior chance de sucesso.
    • Horário: Práticas realizadas pela manhã mostraram maior eficácia.
    • Consistência no contexto: Repetição em ambientes estáveis fortalece a formação do hábito.
  1. Tipos de Hábitos Estudados:

Conclusões

  • A formação de hábitos saudáveis é um processo que requer tempo (em média 2 a 5 meses) e é fortemente influenciado por fatores contextuais e pessoais.
  • Intervenções eficazes devem incluir estratégias de longo prazo e suporte contínuo para garantir a formação de hábitos automáticos e sustentáveis.

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Chocolate ajuda quem corre?

Um recente estudo explorou o impacto do consumo de chocolate amargo (70% cacau) na função arterial de corredores de resistência, revelando benefícios significativos para a saúde cardiovascular e o desempenho atlético. Os principais achados incluem:

Principais Resultados

  • Melhora na Rigidez Arterial:

    • Redução de 11,82% na velocidade da onda de pulso (PWV) (p < 0,001).
    • Redução de 19,47% no índice de aumento (AIx) (p < 0,001).
  • Pressão Arterial:

    • Diminuição da pressão arterial braquial sistólica em 2,12% e diastólica em 2,79% (p < 0,05).
    • Pressão arterial central também reduziu significativamente.
  • Desempenho Aeróbico:

    • Aumento de VO2max em 2,31% (p < 0,05).
    • Melhor tempo de exercício (2,16%) e limiar anaeróbico (6,91% no tempo e 6,93% no VO2max).
  • Efeitos Específicos em Corredores Acima de 40 Anos:

    • Maior impacto na função arterial e desempenho, refletindo benefícios adicionais nesta faixa etária.

Mecanismos

“O chocolate 70% é  rico em polifenóis e rico em antioxidantes, como catequinas e epicatequinas, que aumentam a biodisponibilidade de óxido nítrico (NO), promovendo vasodilatação e elasticidade arterial. Isso reduz o estresse oxidativo e a inflamação vascular, melhorando a saúde das artérias. O chocolate 70% faz bem pra todo mundo. Melhora o humor e diminui o risco de diabetes. Mas o seu consumo não pode ser exagerado.” – Pondera o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

  • Melhora na Circulação:

    • O aumento no fluxo sanguíneo permite uma entrega mais eficiente de oxigênio e nutrientes aos músculos durante exercícios de resistência.

Implicações Práticas

  • Saúde Cardiovascular:

    • Corredores podem incorporar 50 g de chocolate amargo na dieta para benefícios cardiovasculares.
  • Performance Atlética:

    • Pequenos ganhos no VO2max e na elasticidade arterial podem ter impactos significativos em competições de longa distância.
  • Considerações:

    • O chocolate amargo é calórico (292 kcal/50 g), então deve ser consumido com moderação.

Conclusão

O consumo diário de 50 g de chocolate amargo por duas semanas melhora significativamente a função arterial e o desempenho físico em corredores de resistência, destacando seu potencial como uma abordagem dietética complementar para otimizar a saúde cardiovascular e a performance atlética.

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Ciclar sementes durante o ciclo menstrual

O ciclo de sementes envolve o consumo de certas sementes durante as fases folicular e lútea do ciclo menstrual para dar suporte às flutuações hormonais naturais do corpo.

O ciclo de sementes é uma abordagem natural e cada vez mais popular para dar suporte a hormônios reprodutivos equilibrados. O ciclo de sementes é feito pelo consumo de certas sementes durante várias fases específicas do ciclo menstrual. Este artigo explica como o ciclo de sementes funciona e fornece dicas sobre como fazer o ciclo de sementes de forma eficaz.

Compreendendo o ciclo menstrual

Para entender o ciclo das sementes, precisamos primeiro entender o ciclo menstrual. O ciclo menstrual acontece durante a vida reprodutiva da mulher e envolve uma série de mudanças hormonais e estruturais no sistema reprodutivo feminino. O ciclo menstrual regula a produção e a liberação de óvulos, bem como a liberação periódica dos hormônios estrogênio e progesterona. O ciclo menstrual pode ser dividido em duas fases principais, a fase folicular e a fase lútea, cada uma durando cerca de duas semanas .

Fase folicular (dias 1-14):

A fase folicular começa no primeiro dia da menstruação, quando o revestimento do útero (endométrio) se desprende, levando ao sangramento menstrual. Esta fase dura até a ovulação, que normalmente ocorre por volta do dia 14. Durante esse tempo, o hormônio estrogênio aumenta, ajudando a reconstruir e engrossar o revestimento uterino. A glândula pituitária libera o hormônio folículo-estimulante (FSH), que estimula os ovários a produzir folículos, cada um contendo um óvulo imaturo. Um desses óvulos amadurecerá e será liberado durante a ovulação.

Fase lútea (dias 15-28):

A fase lútea começa após a ovulação e dura até o início da próxima menstruação. Durante essa fase, o hormônio progesterona aumenta, preparando o útero para uma possível gravidez. Se o óvulo não for fertilizado, os níveis de progesterona caem, levando à eliminação do revestimento uterino e ao início de um novo ciclo menstrual.

Como funciona o ciclo de sementes

“ O ciclo de sementes envolve o consumo de sementes específicas durante as fases folicular e lútea para dar suporte às flutuações hormonais naturais do corpo. Ao fazer o ciclo de sementes, a maioria das pessoas consome 1-2 colheres de sopa de sementes moídas diariamente — sementes de linhaça e sementes de abóbora durante a fase folicular, e sementes de girassol e gergelim durante a fase lútea. As sementes podem ser incorporadas à sua dieta adicionando-as às suas refeições e lanches preferidos. As semente de linhaça são excelentes para as mulheres com lipedema.” – Explica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

Fase um do ciclo de sementes: fase folicular (dias 1-14)

Durante a fase folicular, o foco do ciclo de sementes é dar suporte à produção equilibrada de estrogênio. Sementes de linhaça e sementes de abóbora são ideais para esta fase devido às suas propriedades nutricionais.

Sementes de linhaça:

As sementes de linhaça são pequenas, mas poderosas quando se trata de conteúdo nutricional. Elas são ricas em lignanas, que são compostos que ajudam a equilibrar os níveis de estrogênio. Lignanas têm uma ação dupla: podem se ligar ao excesso de estrogênio no corpo, ajudando a eliminá-lo, e também podem ter um efeito estrogênico suave, apoiando a produção natural de estrogênio do corpo.

Além disso, as sementes de linhaça são uma excelente fonte de ácidos graxos ômega-3, que apoiam uma resposta inflamatória saudável e promovem a saúde geral.

Sementes de abóbora:

As sementes de abóbora são potências nutricionais. Elas são ricas em zinco, um nutriente que auxilia na formação do corpo lúteo. O corpo lúteo produz progesterona após a ovulação.

Além do zinco, as sementes de abóbora são ricas em magnésio, que auxilia muitas funções corporais, bem como um humor equilibrado.

Fase dois do ciclo de sementes: fase lútea (dias 15-28)

Durante a fase lútea, o foco muda para apoiar a produção de progesterona e equilibrar os níveis de estrogênio. Sementes de girassol e sementes de gergelim são recomendadas para esta fase.

Sementes de girassol:

As sementes de girassol são ricas em nutrientes e fornecem uma variedade de benefícios à saúde. Elas são ricas em vitamina E, que desempenha um papel no equilíbrio dos hormônios, apoiando a produção de progesterona. O selênio, outro nutriente essencial nas sementes de girassol, apoia a função saudável do fígado e, como tal, pode apoiar a desintoxicação eficaz do excesso de estrogênio.

As sementes de girassol também são uma boa fonte de magnésio, que pode ajudar a reduzir os sintomas ocasionais da TPM, como cólicas menstruais e alterações de humor.

Sementes de gergelim:

As sementes de gergelim, como as sementes de linhaça, são ricas em lignanas. As lignanas podem ajudar a modular os níveis de estrogênio. As sementes de gergelim também fornecem zinco, auxiliando na produção e equilíbrio geral dos hormônios.

Dica:

Moa suas sementes: Moer sementes ajuda seu corpo a digeri-las de forma mais eficaz e absorver seus nutrientes. Use um moedor de café ou de especiarias para moer sementes de linhaça e gergelim. As sementes moídas devem ser armazenadas na geladeira ou no freezer para evitar oxidação e manter o frescor.

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

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Carne vegetal faz bem?

Há evidências crescentes sugerindo que alimentos ultraprocessados (UPF) são ruins para a nossa saúde; mas se você seguir uma dieta vegana, isso ainda é verdade? As Carnes a Base de Plantas (PBMA) são consideradas alimentos ultraprocessados e podem estar associadas a danos semelhantes.

No primeiro estudo desse tipo pesquisadores da Universidade de Surrey, analisando os dados de mais de 3000 vegetarianos, descobriram que vegetarianos que consumiam PBMAs tinham um risco 42% maior de depressão em comparação com vegetarianos que não consumiam.

O estudo não encontrou diferenças significantes na ingestão de sódio, açúcar livre, açúcar total ou ácidos graxos saturados entre os vegetarianos que comiam PBMAs e aqueles que não comiam.

“ Os pesquisadores descobriram, no entanto, que aqueles que comem PBMAs tinham pressão arterial e níveis de proteína C-reativa (PCR) mais altos, um marcador de inflamação, e níveis mais baixos de apolipoproteína A, uma proteína associada ao HDL, um colesterol “bom”; o consumo de PBMA, no entanto, também foi associado a um risco reduzido de síndrome do intestino irritável (SII) em 40%. Vejo muitas mulheres com lipedema com medo de comer carne vermelha e acabam procurando alternativas industrializadas que na verdade são menos saudáveis.” – Informa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

O consumo de carnes vegetais processadas não apresentou riscos claros para a saúde geral, mas as evidências sugerem que seu impacto na saúde mental e inflamação merece atenção. Estudos adicionais são necessários para entender melhor os mecanismos subjacentes e os efeitos a longo prazo dessas alternativas alimentares.

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O Uso de Tetris como Terapia Pós-Trauma

Pesquisas recentes têm explorado o uso de Tetris, um jogo eletrônico simples e amplamente conhecido, como uma ferramenta terapêutica para reduzir os sintomas de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e prevenir a formação de memórias traumáticas intrusivas após eventos traumáticos.

Como o Tetris Funciona no Contexto do Trauma?

  1. Interferência com a Consolidação da Memória:
    • Quando alguém experimenta um evento traumático, as memórias desse evento passam por um processo de consolidação no cérebro, especialmente nas primeiras horas após o ocorrido.
    • O Tetris, por envolver alta demanda cognitiva e visual-espacial, compete com os recursos do cérebro necessários para consolidar memórias visuais traumáticas.
    • Isso reduz a probabilidade de memórias traumáticas intrusivas (flashbacks) se estabelecerem.
  1. Evidências Científicas:
    • Estudos mostraram que jogar Tetris logo após um evento traumático (geralmente nas primeiras 6 horas) pode diminuir a frequência e a intensidade dos flashbacks associados ao trauma.
    • O jogo parece funcionar ao interromper o processamento de memórias traumáticas visuais no hipocampo, sem impactar a memória geral ou a capacidade de aprender com o evento.
  1. Simplicidade e Aplicação Prática:
    • O Tetris é acessível, barato e fácil de usar, tornando-o uma ferramenta promissora em cenários de emergência, como hospitais, ambulâncias ou locais de acidentes.
    • Ele pode ser integrado como uma intervenção breve e não invasiva antes de abordagens terapêuticas mais intensivas.

Estudos Relevantes

  • Holmes et al. (2009): Um dos estudos pioneiros mostrou que jogar Tetris logo após assistir a um vídeo traumático reduziu a frequência de flashbacks relacionados ao conteúdo do vídeo.
  • Iyadurai et al. (2018): Este estudo clínico randomizado com vítimas de acidentes de trânsito demonstrou que as pessoas que jogaram Tetris no hospital relataram menos memórias intrusivas nas semanas seguintes.

Vantagens do Uso do Tetris

  • Não Invasivo: Não envolve medicamentos ou intervenções psicológicas complexas.
  • Acessível: Disponível em dispositivos móveis, computadores e consoles.
  • Eficaz para Prevenção: Pode ser usado logo após o trauma para prevenir o desenvolvimento de sintomas de TEPT.
  • Estímulo Cognitivo Positivo: Além de ajudar na regulação emocional, o jogo pode distrair e promover alívio imediato.

Limitações

  • Janela Temporal Limitada: A eficácia do Tetris é maior quando usado nas primeiras horas após o evento traumático.
  • Não substitui terapias tradicionais: É uma ferramenta complementar, não uma solução para traumas mais complexos.
  • Foco em Memórias Visuais: O impacto em memórias traumáticas não visuais ou emoções profundas ainda precisa ser melhor estudado.

Conclusão

O Tetris representa uma abordagem inovadora e promissora para intervenções pós-trauma. Embora não substitua terapias tradicionais como a terapia cognitivo-comportamental (TCC), ele pode ser uma ferramenta poderosa para mitigar sintomas iniciais e evitar o desenvolvimento de TEPT.

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