portrait-middle-aged-woman-with-bare-shoulders-blue-shirt-sitting-floor

Gene do Alzheimer?

Rate this post

Um recente estudo investigou como as diferentes isoformas do gene APOE (ε2, ε3, ε4 e knockout) afetam a transcrição gênica e a estrutura da cromatina em micróglias humanas no contexto da doença de Alzheimer (DA), usando um modelo de camundongos com microglia humana xenotransplantada.

🔬 Metodologia

  • Derivação de micróglias humanas a partir de iPSCs com genótipos APOE2, APOE3, APOE4 e APOE-knockout (KO).
  • Transplante das micróglias em camundongos App^NL-G-F, modelo de DA com placas amiloides.
  • Análise aos 12 meses pós-transplante usando:
    • RNA-seq para perfil transcriptômico
    • ATAC-seq para perfil epigenômico (acessibilidade cromatínica)
    • Ensaios funcionais de fagocitose

📌 Principais resultados

1. 🧬 APOE2 promove um fenótipo protetor nas micróglias

  • Maior expressão de genes relacionados à:
    • Fagocitose
    • Migração celular
    • Regulação anti-inflamatória (ex: IL10RA)
  • A cromatina nas micróglias APOE2 estava mais acessível em loci ligados a respostas imunológicas positivas e ativação do receptor de vitamina D (VDR).

2. 🔥 APOE4 prejudica a função microglial

  • Redução na expressão de genes cruciais para:
    • Homeostase
    • Migração
    • Resolução da inflamação
  • Perfil transcricional similar ao APOE-KO, sugerindo que APOE4 se comporta como uma forma de perda de função parcial.
  • Cromatina menos acessível em regiões pró-resolução e enriquecida para genes associados ao risco genético de Alzheimer (ex: BIN1, CD33).

3. 🧪 Análise funcional: fagocitose

  • Micróglias APOE2 demonstraram maior capacidade de fagocitose de partículas bacterianas e mielina do que APOE3 e APOE4.
  • APOE4 mostrou a menor atividade fagocítica entre os grupos.

4. 🧠 Interseção com dados genéticos de risco

  • As regiões com maior acessibilidade cromatínica nos grupos APOE-KO e APOE4 coincidiam com loci identificados em GWAS da doença de Alzheimer.
  • APOE2, ao contrário, mostrou padrão transcricional distante dos genes de risco.

5. 🌞 Vitamina D e epigenética

  • Enriquecimento significativo de sítios de ligação do receptor de vitamina D (VDR) em micróglias APOE2.
  • APOE2 upregula genes-alvo do VDR, como IL10RA, que possui ação anti-inflamatória, sugerindo um possível mecanismo protetor epigenético.

📚 Conclusões

“A APOE2 induz um perfil epigenético e transcricional mais favorável, com funções imunológicas preservadas e anti-inflamatórias. A APOE4 está associado a perda funcional de micróglias, com menor resposta fagocítica e inflamação aumentada. Modular a via do receptor de vitamina D (VDR) pode ser uma estratégia terapêutica promissora, especialmente em portadores de APOE4.

Os dados mostram que o risco genético de Alzheimer mediado por APOE pode estar fortemente relacionado à reprogramação epigenética das micróglias. As mulheres com lipedema são as únicas pessoas que possuem uma proteção natural contra Alzheimer.” – Explica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

Leave A Comment

Your email address will not be published. Required fields are marked *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.