Endometriose VS menopausa

Um recente estudo investigou a associação entre endometriose e o tipo (natural vs. cirúrgica) e idade da menopausa, incluindo o risco de menopausa precoce (<40 anos) e menopausa antecipada (40–44 anos).

🧪 Método:

  • Análise combinada de dados de 279.948 mulheres de 5 grandes coortes de Reino Unido, Austrália, Japão e Suécia.
  • Exclusão de mulheres com histerectomia pré-menopáusica com ovários preservados ou com uso de terapia hormonal sem dados claros de idade menopausal.
  • Modelos estatísticos ajustados para fatores demográficos e reprodutivos, utilizando regressões múltiplas e modelos de riscos competitivos.

📊 Principais Resultados:

🔹 Tipo de menopausa:

  • Mulheres com endometriose apresentaram um risco 7,5 vezes maior de menopausa cirúrgica (HR: 7,54; IC 95%: 6,84–8,32).
  • Menor chance de passar pela menopausa natural (HR: 0,40; IC 95%: 0,33–0,49).

🔹 Idade da menopausa:

  • menopausa cirúrgica ocorreu em média 1,6 anos mais cedo em mulheres com endometriose (β: −1,59).
  • menopausa natural ocorreu em média 0,4 anos mais cedo (β: −0,37).

🔹 Menopausa precoce (<40 anos):

  • Mulheres com endometriose tiveram:
    • 2,1 vezes mais chance de menopausa cirúrgica precoce (OR: 2,11).
    • 1,4 vezes mais chance de insuficiência ovariana primária espontânea (POI) (OR: 1,36).
    • 1,25 vezes mais chance de menopausa natural entre 40–44 anos (OR: 1,25).

🧬 Mecanismos sugeridos:

  • Redução da reserva ovariana (AMH mais baixo, contagem de folículos antrais reduzida).
  • Cirurgias ovarianas (como cistectomia de endometrioma) que afetam a função ovariana.
  • Inflamação pélvica crônica e alterações autoimunes associadas à endometriose.
  • Potencial envolvimento de doenças autoimunes como Hashimoto e lúpus.

🧠 Implicações clínicas:

“Mulheres com endometriose requerem monitoramento ao longo da vida reprodutiva, com atenção especial ao risco aumentado de menopausa precoce e seus desfechos associados, como: Doença cardiovascular, Osteoporose, Depressão e disfunções cognitivas.

A terapia hormonal na menopausa precoce deve ser considerada, preferencialmente combinada (estrogênio + progestagênio) mesmo em mulheres histerectomizadas com histórico de endometriose.” – Analisa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

⚠️ Limitações:

  • Diagnóstico autorreferido em parte dos casos (possível viés de memória).
  • Não foi possível distinguir estágios ou subtipos de endometriose.
  • Falta de dados sobre intervenções cirúrgicas específicas em endometriomas.

✅ Conclusão:

Mulheres com endometriose têm risco significativamente aumentado de:

  • Passar por menopausa cirúrgica.
  • Vivenciar menopausa precoce ou antecipada, mesmo quando natural. Isso reforça a necessidade de estratégias individualizadas e preventivas no cuidado a longo prazo dessas pacientes.

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

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Mulheres com mais de 55 anos!

🔬 O papel do estradiol vaginal na prevenção de infecções urinárias e na saúde íntima da mulher madura

A queda dos níveis de estrogênio na menopausa não afeta apenas o humor ou os fogachos. Ela provoca mudanças profundas na região genital e urinária da mulher, levando ao que chamamos de Síndrome Genitourinária da Menopausa (GSM).

Essa síndrome inclui sintomas como ressecamento vaginal, ardor ao urinar, dor nas relações e infecções urinárias recorrentes. E o mais preocupante: essas alterações não são apenas desconfortáveis — elas aumentam o risco de infecções graves, como sepse, além de comprometer a autoestima, a sexualidade e a qualidade de vida.

Mas a ciência traz boas notícias. Um estudo recente apresentado no Congresso da Associação Americana de Urologia com mais de 2 milhões de mulheres mostraram que aquelas que usavam estradiol vaginal apresentaram:

✔️ Quase 50% menos risco de sepse
✔️ Menor necessidade de hospitalização
✔️ Risco de morte reduzido em mais de 70%

Além disso, segundo o guideline da American Urological Association, o estrogênio vaginal é altamente eficaz no tratamento da GSM, com segurança comprovada, inclusive para mulheres com histórico de câncer (sob orientação médica).

Estamos falando de um tratamento local, de baixa dose, com poucos efeitos colaterais e impacto direto na saúde íntima, urinária e até sistêmica.

👉 Se você está na menopausa e sofre com infecções urinárias, dor vaginal ou desconforto ao urinar, não ignore. Procure um profissional.
Você não precisa conviver com isso — existe tratamento, existe solução.

“As mulheres com lipedema também se beneficiam e devem realizar a reposição hormonal. A reposição hormonal bem feita e no momento correto fazem uma diferença positiva no tratamento.”  Finaliza o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

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A maior contradição atual nas mulheres

Você já parou para pensar nessa contradição?

No Brasil, mais de 60 milhões de mulheres estão em idade reprodutiva, e cerca de 1 em cada 3 utiliza anticoncepcionais hormonais orais. Essas pílulas contêm hormônios sintéticos, como o etinilestradiol e diversas progestinas químicas (levonorgestrel, ciproterona, drospirenona), que não existem no corpo humano naturalmente.

📌 São compostos altamente potentes, com o etinilestradiol sendo até 100 vezes mais potente que o estradiol natural.
📌 Seu principal objetivo? Desligar o ciclo hormonal da mulher, bloqueando ovulação e suprimindo a produção natural de estrogênio e progesterona.

Agora olhe para o outro lado da moeda:

🎯 No Brasil 30 milhões de brasileiras estão na menopausa, fase em que os hormônios naturalmente caem drasticamente e a mulher passa a apresentar sintomas intensos e maior risco de doenças, existem hoje opções de Terapia de Reposição Hormonal (TRH) com:

✅ Hormônios bioidênticos, como o 17β-estradiol (idêntico ao produzido pelos ovários) e a progesterona micronizada
✅ Doses fisiológicas, ou seja, similares às que o corpo produzia naturalmente
✅ Vias seguras, como adesivos ou géis transdérmicos, que não passam pelo fígado e não aumentam o risco cardiovascular

🔍 E, mesmo assim…

📉 Apenas cerca de 11% das mulheres na menopausa fazem reposição hormonal no Brasil.
📉 E apenas 22% das que tratam os sintomas da menopausa optam pela TRH.
📉 Enquanto isso, milhões passaram décadas tomando hormônios sintéticos mais potentes, todos os dias, com o objetivo de impedir a fertilidade natural.

Resumo do paradoxo:

Fase da vidaTipo de hormônio mais usadoPotência hormonalObjetivo principal
Período reprodutivoEtinilestradiol + progestinas sintéticasAlta (etinilestradiol até 100x mais potente)Suprimir o ciclo, bloquear ovulação
MenopausaEstradiol bioidêntico + progesteronaFisiológicaRestaurar equilíbrio e prevenir doenças

Usamos hormônios potentes e artificiais para silenciar um sistema saudável, mas temos medo de repor hormônios naturais em um corpo deficiente.

Está na hora de mudar essa lógica. Reposição hormonal bem indicada e acompanhada não é um luxo — é prevenção, saúde e longevidade. Uma reposição hormonal bem feita faz parte do tratamento das mulheres com lipedema durante o climatério e menopausa.” – Conclui o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

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Qual a relação da musica com seu intestino?

Um recente estudo investigou se diferentes tons de música (D, A e G) da composição Mozart K.448 poderiam modular a barreira intestinala imunidade intestinal e a microbiota em camundongos.

🧪 Metodologia

  • Animal modelo: 100 camundongos Kunming (KM).
  • Grupos:
    • C (controle): sem música.
    • D: expostos ao tom D de Mozart K.448.
    • A: expostos ao tom A de Mozart K.448.
    • G: expostos ao tom G de Mozart K.448.
  • Intervenção: Música tocada 2 horas/dia (65 dB), dos 1 até 63 dias de idade.
  • Avaliações: Histologia do íleo, expressão de proteínas da barreira intestinal, permeabilidade intestinal (D-lactato, DAO, endotoxina), imunidade (IgA, IgG) e análise da microbiota intestinal (sequenciamento 16S rDNA).

🔬 Principais Resultados

1. Estrutura do Íleo

  • Nenhuma alteração morfológica significativa foi observada nos tecidos intestinais dos grupos musicais comparado ao controle.

2. Barreira Intestinal

  • Músicas em tom D, A e G aumentaram significativamente a expressão de genes da barreira intestinal (Claudin-1, Claudin-12, ZO-1, ZO-2, Occludin e Mucin2).
  • grupo D apresentou o maior aumento nos níveis de expressão.
  • A permeabilidade intestinal (indicada por níveis séricos de D-lactato e DAO) foi significativamente reduzida no grupo D.

3. Proteínas de Estresse (HSPs)

  • O grupo D apresentou níveis mais baixos de HSP60 e HSP90, sugerindo menor estresse intestinal.

4. Imunidade

  • IgA (principal imunoglobulina da mucosa) foi significativamente aumentada nos grupos musicais.
  • IgG foi particularmente elevado no grupo D, indicando melhora da resposta imune intestinal.

5. Microbiota Intestinal

  • A música alterou a composição da microbiota:
    • Aumentou a abundância de Lactobacillus e Sporosarcina (bactérias benéficas).
    • Reduziu a razão Firmicutes/Bacteroidota no grupo D em comparação ao controle, um sinal positivo para saúde metabólica.
  • Entretanto, não houve diferença significativa na diversidade alfa (α) e beta (β) da microbiota entre os grupos.

“2025 é o ano da música1 A música, especialmente o tom D de Mozart K.448, fortalece a função da barreira intestinal, reduz a permeabilidade, promove a imunidade intestinal e favorece a colonização de microbiota benéfica. Isso sugere que o ambiente sonoro pode ser uma ferramenta não invasiva e de baixo custo para modular positivamente a saúde intestinal. Tons musicais diferentes têm efeitos distintos, com o tom D sendo o mais eficaz. Isso pode ajudar muito no tratamento das mulheres com lipedema que apresentam disbiose com uma alta frequência.” – Resume o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

🎯 Caso você não saiba:

  • Tom D (Ré): música filtrada para destacar sons na faixa de 293 Hz.
  • Tom A (Lá): música filtrada para destacar sons na faixa de 440 Hz (curiosamente, o A440 é o padrão internacional para afinação musical).
  • Tom G (Sol): música enfatizando sons em 392 Hz.

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Voce tem força?

  • Sarcopenia é a perda progressiva de massa e força muscular com o envelhecimento.
  • Impacta fortemente morbidade, mortalidade e qualidade de vida em idosos.
  • Só foi reconhecida oficialmente como doença em 2016, com a inclusão no CID-10.
  • Não existem medicamentos aprovados para tratamento, e a intervenção baseia-se em exercício físico e nutrição adequada.

Epidemiologia e Fisiopatologia

  • Prevalência de 11% a 50% em pessoas acima de 80 anos.
  • Causas principais:
    • Disfunções da junção neuromuscular.
    • Inflamação crônica.
    • Resistência à insulina.
    • Estresse oxidativo.
    • Disfunções mitocondriais.

Fatores de Risco para Sarcopenia Primária

  • Sedentarismo.
  • Redução hormonal (GH, testosterona, IGF-1).
  • Diminuição da síntese proteica.
  • Disfunção de unidades motoras.
  • Condições de nascimento (baixo peso).
  • Má nutrição.

Fatores de Risco para Sarcopenia Secundária

  • Caquexia: associada a doenças graves como câncer.
  • Fragilidade: síndrome de declínio fisiológico.
  • Obesidade Sarcopênica: coexistência de perda muscular e aumento da gordura.

Mecanismos Moleculares

  • A perda muscular é resultado do desequilíbrio entre síntese e degradação proteica.
  • Atrofia muscular envolve ativação da via ubiquitina-proteassoma (MAFbx, MuRF-1).
  • Resistência à insulina, inflamação e má nutrição aceleram a perda muscular.

Diagnóstico

  • Critérios da EWGSOP2 (2018):
    • A força muscular é o principal parâmetro diagnóstico.
    • Confirmação com avaliação de massa ou qualidade muscular.
  • Métodos:
    • Teste de preensão manual.
    • Análise por DXA ou BIA.
    • Avaliação de desempenho físico (SPPB, velocidade de marcha).
  • Critérios específicos foram ajustados para populações asiáticas pelo AWGS 2019.

Histopatologia

  • Redução de fibras tipo II.
  • Infiltração de gordura intramuscular.
  • Degeneração da junção neuromuscular.
  • Fibrose muscular.

Intervenções

“Temos o tratamento não farmacológico sendo o treinamento de resistência (musculação) é o método mais eficaz. Quando combinado com suporte nutricional hiperproteico oferece benefícios adicionais. Existem medicações em estduo como moduladores seletivos do receptor androgênico (SARMs) que aumentam massa muscular, com menos efeitos adversos que anabolizantes tradicionais e inibidores da miostatina que bloqueiam a ação da miostatina, estimulando o crescimento muscular. A vitamina D vem como um adjunto promissor para a síntese proteica muscular. O Gh também pode ser utilizado com estudos mostram ganhos de massa magra, mas com potenciais efeitos adversos.” – Explica o Dr Daniel Benitti

  • Outros agentes em investigação:
    • MT-102 (agente transformador anabólico-catabólico).
    • Agonistas de grelina, ômega-3, inibidores da ECA.

3. Mimetizadores de Exercício (“Exercise Mimetics”)

  • Agentes que simulam os efeitos do exercício, úteis para pacientes incapazes de se exercitar:
    • Agonistas de PPARδ
    • Ativadores de AMPK
    • Moduladores de PGC-1αNrf2 e irisina.

4. Suplementos de Ervas e Nutrição

  • Compostos estudados:
    • Curcumina (Cúrcuma longa).
    • Catequinas (Camellia sinensis).
    • Ácido ursólico (Eriobotrya japonica).
    • Extrato de Schisandra chinensis.
  • Atuam na melhora da força muscular, síntese proteica e redução da inflamação.
  • Ainda requerem mais estudos clínicos para recomendações formais.

Conclusões

  • Sarcopenia é um problema de saúde pública crescente, especialmente com o envelhecimento global.
  • Diagnóstico ainda enfrenta desafios na prática clínica.
  • O tratamento mais eficaz é o exercício, mas o desenvolvimento de terapias farmacológicas específicas é uma necessidade urgente.
  • Pesquisas futuras devem focar em:
    • Biomarcadores de diagnóstico precoce.
    • Novos agentes terapêuticos baseados em genética e biologia molecular.
    • Estratégias de prevenção e manejo mais individualizadas.

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5 exames para mulheres 35+

💡 Você tem mais de 35 anos? Então este exame pode mudar o rumo da sua saúde.

A partir dos 35 anos, o corpo feminino começa a passar por mudanças hormonais silenciosas que antecedem o climatério — fase de transição natural antes da menopausa. Muitas vezes, essa fase começa sem sintomas evidentes, mas com alterações metabólicas sutis que podem impactar sua saúde a longo prazo.

Por isso, alguns exames simples, mas poderosos, devem fazer parte da sua rotina:

🧪 1. Insulina em jejum

Mesmo com glicose normal, a insulina pode estar alta. Isso indica resistência insulínica, um dos primeiros sinais de desequilíbrio hormonal e metabólico.

  • ❗ Mulheres com insulina alta tendem a ter mais dificuldade para emagrecer, mais retenção de líquidos, fadiga e aumento de risco para diabetes tipo 2 e síndrome dos ovários policísticos.

🧪 2. Triglicerídeos

Esse é o primeiro lipídio a se alterar quando há excesso de carboidrato, resistência à insulina ou estresse crônico.

  • ❗ Triglicerídeos altos aumentam o risco de síndrome metabólica, doenças cardiovasculares e gordura no fígado.

🧪 3. HDL (colesterol bom)

Ele não é apenas “bom” — ele protege seus vasos sanguíneos e seu cérebro.

  • ❗ HDL baixo em mulheres acima dos 35 pode ser sinal de inflamação crônica, sedentarismo ou alteração hormonal.

🧪 4. PCR-us (proteína C reativa ultrassensível)

Esse exame detecta inflamação de baixo grau, aquela que você não sente, mas que está acelerando o envelhecimento interno.

  • ❗ PCR alta é comum no início do climatério e pode estar relacionada a enxaquecas, ansiedade, retenção, dores articulares e risco cardiovascular aumentado.

🧪 5. Ferritina

Indica os estoques de ferro do seu corpo. Nas mulheres, é comum estar baixa mesmo sem anemia.

  • ❗ Baixa ferritina está ligada a queda de cabelo, ansiedade, tonturas, palidez, menor tolerância ao exercício — e pode agravar sintomas hormonais

⚠️ Por que isso importa para o climatério?

Com a queda gradual dos estrogênios e da progesterona, o metabolismo da mulher muda:

  • Aumenta a inflamação
  • Piora a sensibilidade à insulina
  • Reduz a queima de gordura
  • Aumenta o risco de doenças cardiovasculares (a principal causa de morte em mulheres pós-menopausa)

✅ Conclusão:

Esses exames não são “opcionais” — são ferramentas essenciais de prevenção e planejamento de saúde hormonal.
Fazer esse acompanhamento a partir dos 35 anos permite agir cedo, com ajustes na alimentação, exercícios, suplementos e, se necessário, terapias hormonais individualizadas.

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Vitamina D e câncer de intestino

Um recente estudo explorou o papel da vitamina D na prevenção do câncer colorretal (CCR), com foco em:

  • Mecanismos imunológicos
  • Vias inflamatórias
  • Efeitos da suplementação
  • Interação com dieta e microbiota

🧬 Mecanismos protetores da vitamina D contra o CCR

MecanismoAção
🧠 ImunomodulaçãoEstimula T reguladoras, suprime Th1/Th17, reduz IL-6, TNF-α, IL-12
🔥 Anti-inflamatórioInibe prostaglandinas, NF-κB e citocinas pró-inflamatórias
💀 Indução de apoptose↑ BAX/BAK e ↓ BCL-2
🚫 Antiangiogênico↓ VEGF e sinalização pró-vascular
🧪 Regulação da diferenciação celularPreserva integridade epitelial e reduz proliferação
🔄 Modulação do Wnt/β-cateninaReduz atividade tumoral e invasividade

📊 Evidências clínicas (principais achados)

  • Meta-análise: níveis mais altos de 25(OH)D = redução de até 39% no risco de CCR
  • Em pacientes com CCR:
    • Níveis séricos elevados (>30 ng/mL) → melhor sobrevida global e menor recorrência
    • Cada 1 ng/mL a mais → redução de 8% no risco de CCR
  • Suplementação (500–2000 UI/dia) → menor incidência e melhor sobrevida (HR = 0.91)
  • SUNSHINE Trial: 4000 UI/dia = ↑ 2 meses de sobrevida livre de progressão em câncer metastático

🧫 Interação com a microbiota intestinal

  • A vitamina D fortalece a barreira intestinal, reduz inflamação e modula a microbiota:
    • ↑ Bifidobacterium, Anaerostipes
    • ↓ Fusobacterium nucleatum, Prevotella
  • Essa modulação melhora a resposta imune antitumoral

🧪 Interações com quimioterapia e sirtuínas

  • Sirtuína 1 (SIRT1): ativada por vitamina D → regulação epigenética e proliferação tumoral
  • Vitamina D + neferina (alcaloide): sinergismo em reduzir metástase e invasão tumoral

🍽️ Dieta e vitamina D

  • Dietas ricas em peixes, cogumelos, ovos, óleo de fígado de bacalhau e laticínios fortificados fornecem boas quantidades
  • Dieta mediterrânea → efeito sinérgico com vitamina D na redução do risco de CCR

🧮 Recomendações práticas

“A suplementação entre 800–2000 UI/dia é segura e benéfica, especialmente em pacientes com deficiência. Os níveis ideais são de 30–50 ng/mL de 25(OH)D. Níveis adequados de viatmina D são fundamentais para as mulheres com lipedema, pois normalmente elas apresentam níveis mais baixos e para diminuir a adiposidade corporal é fundamental a vitamina D estar acima de 30.”  – Explica o Dr. Daniel Benitti.

É importante monitorar os níveis de vitamina D em:

  • Pessoas com doenças inflamatórias intestinais
  • Pacientes com histórico familiar de CCR
  • Populações com baixa exposição solar ou pele escura

✅ Conclusão

A vitamina D atua em múltiplas frentes — imunidade, inflamação, integridade intestinal e regulação epigenética — na prevenção e prognóstico do câncer colorretal.
Suplementação e otimização da dieta são estratégias preventivas promissoras, com base científica sólida.

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Você escuta bem?

🔊 O som não entra apenas pelos seus ouvidos – ele pode realmente “conversar” com suas células.

Uma nova pesquisa da Universidade de Kyoto mostra que ondas acústicas, mesmo aquelas na faixa audível, podem alterar o comportamento celular. Usando equipamentos especialmente desenvolvidos, os cientistas descobriram que o som pode suprimir a formação de células de gordura e influenciar a atividade genética. Essas descobertas surpreendentes abrem caminho para tratamentos não invasivos que utilizam o som para afetar nosso corpo em nível celular.

🔉 Um som que você pode sentir

Você provavelmente já sentiu isso — ao ficar perto de um avião decolando ou ao lado de caixas de som potentes em um show — quando o som se torna tão intenso que parece vibrar por todo o seu corpo. Nesses momentos, você não está apenas ouvindo com os ouvidos — seu corpo inteiro sente o som. E, como sugere essa nova pesquisa, suas células podem realmente estar respondendo a ele também.

No essencial, o som é composto por ondas mecânicas — compressões e rarefações — que se propagam através de substâncias como o ar, a água ou os tecidos. Ele é uma característica fundamental do mundo físico e uma fonte crucial de informação para os organismos vivos. Mas os cientistas estão apenas começando a entender como o som também pode influenciar o corpo em nível celular.

🔬 Investigando os efeitos do som sobre as células

Com base em um trabalho anterior de 2018, pesquisadores da Universidade de Kyoto estão explorando como as células respondem ao som, inspirados pelos avanços da mecanobiologia e por estudos sobre o som conduzido pelo corpo — ou seja, como as vibrações se movem através dos tecidos. Os achados sugerem que a pressão gerada pelas ondas sonoras pode ser suficiente para desencadear respostas dentro das próprias células.

🧪 Como o experimento funcionou

A equipe primeiro instalou um transdutor de vibração de cabeça para baixo em uma prateleira. Depois, usando um reprodutor de áudio digital conectado a um amplificador, eles enviaram sinais sonoros através do transdutor para um diafragma acoplado a uma placa de cultura celular. Isso permitiu que os pesquisadores emitissem pressão acústica na faixa de sons fisiológicos diretamente sobre as células cultivadas.

Após o experimento, os pesquisadores analisaram os efeitos do som sobre as células usando sequenciamento de RNA, microscopia e outros métodos. Os resultados revelaram respostas celulares específicas à estimulação acústica na faixa audível.

🧈 Suprimindo a formação de células de gordura

Em particular, a equipe observou que o som suprimiu significativamente a diferenciação de adipócitos — o processo pelo qual pré-adipócitos se transformam em células de gordura — revelando a possibilidade de usar o som para controlar estados celulares e teciduais.

A equipe de pesquisa também identificou cerca de 190 genes sensíveis ao som, observou o efeito do som no controle da atividade de adesão celular, e documentou o mecanismo subcelular através do qual os sinais sonoros são transmitidos.

🧠 Repensando a percepção do som

“Além de fornecer evidências convincentes de que as células percebem o som, este estudo também desafia o conceito tradicional de que a percepção sonora nos seres vivos depende apenas de órgãos receptores, como o ouvido e o cérebro. As pessoas precisam entender que o corpo responde e estímulos, inclusive sonoro. As palavras podem mudar o nosso DNA. Sempre falo para as mulheres com lipedema serem leves consigo mesmas, pois isso auxilia o tratamento. Como o som é imaterial, a estimulação acústica é uma ferramenta não invasiva, segura e imediata, e provavelmente trará benefícios à medicina e à saúde” – Conclui o Dr. Daniel Benitti.

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Musculação estraga os dentes?

Um recente estudo avaliou o potencial erosivo de bebidas energéticas e pré-treino por meio da medição do pH, além de analisar a frequência e o padrão de consumo dessas bebidas por atletas amadores.

🔬 Metodologia

  • Design: Estudo transversal, com análise laboratorial e questionário.
  • Bebidas analisadas: 67 no total (43 energéticos, 24 pré-treinos).
  • Participantes: 113 atletas amadores (65% homens), com idade ≥15 anos, praticando esportes regularmente por pelo menos 6 meses.
  • Avaliações:
    • Medição de pH das bebidas com potenciômetro.
    • Questionário validado abordando consumo, frequência, marcas e momento de ingestão.

⚗️ Resultados do pH

  • Média geral de pH:
    • Energéticos: 3,3
    • Pré-treinos: 4,5
    • Média total: 3,73
  • 100% dos energéticos tinham pH ≤ 4,0 (altamente erosivos).
  • 87,5% dos pré-treinos tinham pH < 5,5, sendo considerados também potencialmente erosivos.

🧾 Padrões de Consumo

  • Frequência de uso:
    • 51% dos participantes usavam suplementos (energéticos ou pré-treinos).
    • 40,7% consumiam 3–5 vezes/semana.
    • 22% consumiam ≥6 vezes/semana.
  • Momento de consumo:
    • Maioria consumia antes do treino (59%).
    • 31% durante e 10% após.

🔍 Por tipo de esporte:

  • Atletas de resistência consumiam com maior frequência (≥6x/semana) comparado aos de força (1–2x/semana).
  • Homens consumiam mais que mulheres, tanto energéticos quanto pré-treinos.

📊 Por idade:

  • Participantes ≥30 anos consumiam mais frequentemente bebidas ácidas.
  • Monster Energy foi o suplemento mais popular, seguido por MyProtein e Prozis.

🦷 Discussão

  • “Bebidas com pH < 5,5 são reconhecidamente associadas ao desgaste erosivo do esmalte dentário. Além disso, o exercício reduz o fluxo salivar, potencializando o risco de erosão ao consumir bebidas ácidas. A maioria dos pré-treinos avaliados também apresentaram acidez suficiente para serem considerados erosivos. A saúde bucal tem sido associada com inflamação crônica de baixo grau podendo inclusive piorar o lipedema. Pequenas ações podem ajudar a neutralizar o efeito nocivo dos pré-treinos nos dentes.” – Resume o Dr. Daniel Benitti

✅ Conclusões

  • Energéticos e pré-treinos apresentam potencial significativo de desgaste dentário.
  • Há uma tendência preocupante de alto consumo entre atletas amadores, especialmente os de esportes de resistência.
  • É essencial que profissionais da saúde oral orientem os pacientes, especialmente esportistas, sobre os riscos associados ao consumo frequente de bebidas ácidas.
  • O estudo sugere também regulação mais rigorosa sobre publicidade dessas bebidas para o público jovem.

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

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Dinheiro traz saúde?

“Association between Wealth and Mortality in the United States and Europe”

📚 NEJM 2025;392:1310–1319. DOI: 10.1056/NEJMsa2408259

🎯 Objetivo do Estudo

Investigar como a riqueza influencia a mortalidade entre adultos de 50 a 85 anos nos EUA e em 16 países europeus, entre 2010 e 2022.

🧪 Métodos

Dados dos estudos HRS (Health and Retirement Study) e SHARE (Survey of Health, Ageing and Retirement in Europe)

  • 73.838 participantes (idades entre 50–85 anos)
  • Análise de sobrevivência (Kaplan–Meier) e modelos de risco proporcional de Cox
  • Participantes divididos em quartis de riqueza (Q1 = mais pobres, Q4 = mais ricos)
  • Ajustes por idade, sexo, escolaridade, estado civil, tabagismo, morbidades e localização (rural/urbana)

📊 Resultados principais

  • A riqueza está fortemente associada a menor risco de mortalidade:

Q2 vs Q1: HR 0.80 (IC 95%: 0.76–0.83)

Q3 vs Q1: HR 0.68 (IC 95%: 0.65–0.71)

Q4 vs Q1: HR 0.60 (IC 95%: 0.57–0.63)

  • A diferença entre ricos e pobres foi muito maior nos EUA do que na Europa
  • Americanos mais ricos têm mortalidade semelhante aos europeus mais pobres
  • Americanos mais pobres têm a pior expectativa de vida de todos os grupos analisados

🌍 Diferenças regionais

  • Mortalidade anual (por 1000 pessoas-ano):

EUA: 6,5

Europa Ocidental/Norte: 2,9

Europa do Sul: 4,9

Europa Oriental: 5,8

  • Pior sobrevida: Meio-Oeste e Sul dos EUA
  • Melhor sobrevida: Oeste dos EUA

🔎 Explicações sugeridas

“ O sistema americano de saúde é muito caro. Até mesmo americanos ricos enfrentam barreiras de acesso, altos custos e descontinuidade assistencial. O estilo de vida americano é um dos piores do mundo: dieta, sedentarismo, estresse e uso de medicamentos é mais comuns mesmo entre os ricos nos EUA. A cultura de trabalho intenso e menos tempo livre afetam a longevidade. Americanos são mais propensos a solidão. Tudo isso impacta muito na longevidade.” – Explica o Dr. Daniel Benitti

✅ Conclusão

A riqueza oferece proteção relativa, mas não é suficiente para superar um ambiente estruturalmente adverso como o dos EUA.

  • Políticas sociais, sistema de saúde e ambiente coletivo moldam a sobrevida
  • O estudo mostra que riqueza, sem apoio estrutural, não garante longevidade
  • Mesmo os ricos americanos vivem menos que europeus com menor renda

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