Um recente estudo japonês explorou como a AceCel — um tipo de fibra dietética modificada — afeta a composição da microbiota intestinal e o metabolismo do hospedeiro, especialmente em relação à oxidação de gordura e regulação do peso corporal.
Intervenção: dieta com AceCel vs. controle e acetato de sódio (AceNa).
Análises: composição da microbiota (16S rRNA), metabolômica intestinal (GC-MS), expressão gênica hepática, testes de tolerância à glicose/insulina, entre outros.
Principais Resultados
1. AceCel reduz o ganho de peso corporal
Redução significativa do ganho de peso em camundongos WT e ob/ob.
Diminuição da massa hepática e adiposa sem afetar a massa muscular.
Efeitos não observados com AceNa ou outros tipos de celulose modificada (propionilada ou butirilada).
2. Promoção da oxidação de ácidos graxos
Redução do quociente respiratório (RQ) e aumento da oxidação de gordura durante o ciclo de luz (repouso).
Aumento da expressão hepática de genes envolvidos na oxidação de lipídios: Ppara, Cpt1a, Hmgcs2, Sirt1, Fgf21.
Supressão da oxidação de carboidratos e depleção do glicogênio hepático.
Diminuição de glicose, maltose, sacarose e outros carboidratos disponíveis na luz intestinal.
Isso reduz a entrada de glicose no sangue portal e favorece o uso de lipídios como fonte energética.
4. Efeito mediado pela microbiota
AceCel não teve efeito em camundongos germ-free.
AceCel aumentou a abundância de Bacteroides thetaiotaomicron (BT) e Akkermansia muciniphila, enquanto reduziu Bifidobacterium pseudolongum.
A fermentação bacteriana foi intensificada, com aumento de ácidos orgânicos como succinato e fumarato.
5. Acetato como modulador da função bacteriana
“O acetato aumenta a expressão de genes de transporte e catabolismo de carboidratos (susG, susB, glkA) em Bacteroides. A AceCel estimula o crescimento de Bacteroides e sua capacidade de consumir açúcares, intensificando a fermentação e reduzindo a disponibilidade de carboidratos para o hospedeiro. Uma forma simples de obter a mesma resposta é utilizando vinagre de maçã com uma fibra como biomassa de banana.” – Informa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
Conclusão
A celulose acetilada atua como um prebiótico altamente eficaz na redução da massa corporal e melhora metabólica via modulação da microbiota intestinal, promovendo:
Maior oxidação de gordura
Redução da absorção intestinal de açúcares
Estímulo à fermentação bacteriana benéfica
Seu mecanismo se assemelha ao jejum ou à dieta cetogênica, mas sem reduzir a ingestão alimentar, tornando-se uma alternativa promissora e de fácil adesão no combate à obesidade.
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Praticar musculação ou exercícios físicos enquanto está com gripe não é recomendado. A gripe é uma infecção sistêmica que afeta todo o corpo, e o exercício intenso pode sobrecarregar ainda mais o sistema imunológico, potencialmente agravando os sintomas e prolongando a recuperação.
O que dizem os estudos científicos
Exercício intenso durante a gripe pode ser prejudicial: Pesquisas indicam que atividades físicas extenuantes durante uma infecção gripal podem aumentar a suscetibilidade ao vírus e agravar a doença. ScienceDirect
Exercício leve pode ser benéfico em casos de resfriado comum: Para sintomas leves, como congestão nasal ou dor de garganta sem febre, exercícios leves, como caminhadas, podem ser seguros e até ajudar na recuperação.
Risco de complicações: Exercitar-se com sintomas mais graves, como febre, dores musculares intensas ou fadiga, pode aumentar o risco de complicações, incluindo a possibilidade de desenvolver síndromes pós-virais, como a fadiga crônica.
Recomendações práticas
“ Evite exercícios intensos: Durante a gripe, é aconselhável evitar atividades físicas intensas, incluindo musculação pesada. Opte por repouso: Priorize o descanso para permitir que o corpo combata a infecção de forma eficaz. Retorne gradualmente: Após a recuperação completa dos sintomas, retome as atividades físicas de forma gradual, começando com exercícios leves e aumentando a intensidade progressivamente ao longo de duas semanas. Consulte um profissional de saúde: Se houver dúvidas sobre quando e como retomar os exercícios, é importante buscar orientação médica.” – Recomenda o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
Em resumo, durante a gripe, o foco deve ser na recuperação. Retomar a atividade física deve ser uma decisão cuidadosa, baseada na resolução completa dos sintomas e na orientação de profissionais de saúde.
Estratégias Cientificamente Comprovadas para Prevenção de Resfriados e Gripes:
1. Higiene e Barreiras Físicas
Lavar as mãos frequentemente com água e sabão (reduz infecções respiratórias em até 21% – Cochrane Review, 2020).
Sleep 2015: A relação entre duração e qualidade do sono e infecções do trato respiratório superior. fonte
OMEGA 3
Os ácidos graxos EPA e DHA (presentes no ômega-3) são precursores de mediadores chamados SPMs (Specialized Pro-resolving Mediators), como resolvinas, maresinas e protectinas.
Esses compostos ajudam a:
Reduzir inflamações excessivas, sem suprimir a resposta imune.
Acelerar a resolução da inflamação.
Regular a atividade dos linfócitos e dos macrófagos, células fundamentais na defesa contra vírus e bactérias.
Melatonina e magnésio são dois suplementos amplamente utilizados para promover o sono, atuando por mecanismos distintos.
A melatonina regula o ciclo sono-vigília, sendo especialmente eficaz em distúrbios do ritmo circadiano, como jet lag e desalinhamento do ciclo biológico. Ela ajuda a reduzir o tempo necessário para adormecer, embora possa causar efeitos como tontura ou sonolência diurna.
O magnésio, por sua vez, é essencial para o relaxamento muscular e a regulação dos neurotransmissores. Melhora a qualidade do sono, reduz despertares precoces e contribui para controlar a insônia associada à ansiedade.
Enquanto a melatonina é mais indicada para reajustar ciclos de sono, o magnésio atua aprofundando o sono e promovendo relaxamento. Pesquisas indicam que a combinação de ambos, especialmente com vitaminas do complexo B, pode trazer benefícios significativos para quem sofre de insônia.
A melatonina tende a ser mais eficaz em ajustes de curto prazo no sono, enquanto o magnésio oferece vantagens mais amplas, incluindo redução do estresse. Seus efeitos colaterais são geralmente leves, sendo o desconforto gastrointestinal o mais comum em doses elevadas de magnésio.
A escolha entre melatonina e magnésio depende da origem do distúrbio do sono, embora o uso combinado possa oferecer uma solução mais completa para melhorar tanto a qualidade quanto a duração do sono.
Este artigo analisa a eficácia, os mecanismos de ação e a segurança de ambos, avaliando seus efeitos isolados e em conjunto, considerando diferentes faixas etárias, tipos de insônia e níveis de estresse.
Mecanismos de Ação:
A melatonina, produzida principalmente pela glândula pineal, é um hormônio que regula o ritmo circadiano. Sua liberação é estimulada pela escuridão, sinalizando ao cérebro que é hora de dormir. Ela se liga aos receptores localizados no núcleo supraquiasmático do hipotálamo, ajustando o relógio biológico interno e promovendo a sonolência noturna. Essa sincronização dos processos biológicos com o ciclo claro-escuro é essencial para a saúde global.
O magnésio atua principalmente no relaxamento muscular e na transmissão nervosa. Ele equilibra o efeito do cálcio, que induz à contração muscular, ajudando os músculos a relaxarem ao bloquear certos canais de cálcio.
“ No sistema nervoso, o magnésio modula a atividade do neurotransmissor GABA (ácido gama-aminobutírico), fundamental para gerar estados de calma e relaxamento. Isso o torna particularmente eficaz na redução do estresse. O magnésio também mantém a excitabilidade dos neurônios dentro de padrões saudáveis, favorecendo o equilíbrio emocional e cognitivo.
A melatonina e magnésio contribuem, por vias diferentes e complementares, para a melhora do sono, alívio da tensão e equilíbrio fisiológico. Saber utilizar os dois ajuda muito no tratamento das mulheres com lipedema.” – Informa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
Eficácia em Diferentes Populações:
A melatonina é reconhecida pela capacidade de regular o ciclo sono-vigília. Em pessoas com insônia, ela reduz o tempo para adormecer e melhora a qualidade geral do sono. É particularmente eficaz em quem sofre de síndrome da fase atrasada do sono, jet lag e em trabalhadores em turnos.
Entre idosos, que naturalmente apresentam queda na produção de melatonina, a suplementação melhora tanto a duração quanto a qualidade do sono.
O magnésio, mineral essencial em centenas de processos bioquímicos, desempenha papel importante na regulação do sono ao promover o relaxamento e modular o sistema nervoso.
É especialmente benéfico para indivíduos cuja insônia está associada ao estresse, já que altos níveis de cortisol atrapalham a capacidade de relaxar. O magnésio ajuda a controlar o cortisol, reduzindo a atividade excessiva do sistema nervoso.
A absorção e os níveis de magnésio tendem a diminuir com a idade, tornando a suplementação relevante para idosos com dificuldades para dormir.
→ Em resumo, a melatonina é mais indicada quando há desalinhamento circadiano, como jet lag ou alteração no ciclo de sono, enquanto o magnésio é mais eficaz quando os distúrbios estão relacionados a estresse, tensão muscular ou deficiência nutricional.
Nos idosos, ambos podem ser benéficos, dependendo se a principal deficiência é de melatonina ou de magnésio.
A recomendação ideal é uma abordagem individualizada, baseada na origem do problema do sono.
Referências
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Costello, R. B., Lentino, C. V., Boyd, C. C., O’Connell, M. L., Crawford, C. C., Sprengel, M. L., & Deuster, P. A. (2014). The effectiveness of melatonin for promoting healthy sleep: a rapid evidence assessment of the literature. Nutrition journal, 13, 1-17.
Rosanoff, A. (2021). Perspective: US adult magnesium requirements need updating: impacts of rising body weights and data-derived variance. Advances in Nutrition, 12(2), 298-304.
Chan, V., & Lo, K. (2022). Efficacy of dietary supplements on improving sleep quality: a systematic review and meta-analysis. Postgraduate medical journal, 98(1158), 285-293.
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Os resultados do estudo clínico randomizado VITAL revelaram que a suplementação com vitamina D ajuda a preservar os telômeros, estruturas que protegem as extremidades dos cromossomos e que encurtam naturalmente com o envelhecimento. Esse encurtamento está diretamente relacionado ao desenvolvimento de diversas doenças associadas à idade.
O artigo, publicado no The American Journal of Clinical Nutrition, é baseado em dados de uma subanálise do estudo VITAL, conduzido por pesquisadores do Mass General Brigham e do Medical College of Georgia, e fornece evidências de que a vitamina D pode atuar na redução de um dos principais mecanismos biológicos do envelhecimento.
“O VITAL é o primeiro grande estudo de longo prazo que demonstra que a suplementação com vitamina D protege os telômeros e ajuda a preservar seu comprimento. Isso é especialmente relevante, pois os mesmos pesquisadores já haviam demonstrado que a vitamina D também reduz inflamação e o risco de doenças crônicas associadas ao envelhecimento, como câncer avançado e doenças autoimunes. Níveis adequados de vitamina D são essenciais no tratamento das mulheres com lipedema.” – Afirma o Dr. Daniel Benitti.
Telômeros são sequências repetitivas de DNA que atuam como “capas protetoras” nas extremidades dos cromossomos, prevenindo danos e fusões anormais. À medida que envelhecemos, os telômeros naturalmente encurtam, o que está associado ao maior risco de doenças como câncer, doenças cardiovasculares, diabetes e neurodegenerativas.
Estudos anteriores, de menor escala e curto prazo, sugeriam que vitamina D ou ômega 3 poderiam proteger os telômeros, mas os resultados eram inconsistentes. O VITAL é um estudo randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, que acompanhou durante 5 anos mulheres a partir de 55 anos e homens a partir de 50 anos. Nesta subanálise, 1.054 participantes tiveram o comprimento dos telômeros medido no início, no segundo e no quarto ano do estudo.
Os resultados mostraram que, em comparação com o placebo, a suplementação diária com 2.000 UI de vitamina D3 reduziu significativamente o encurtamento dos telômeros ao longo de quatro anos — o equivalente a prevenir quase três anos de envelhecimento celular, comparado ao placebo. Por outro lado, a suplementação com ômega 3 não teve impacto significativo no comprimento dos telômeros.
Segundo os autores os achados sugerem que a suplementação direcionada de vitamina D pode ser uma estratégia promissora para combater processos biológicos do envelhecimento, embora mais pesquisas sejam necessárias para confirmação.
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Um recente estudo investigou se a administração da bactéria não patogênica e imunomoduladora Mycobacterium vaccae (ATCC 15483), conhecida por seus efeitos anti-inflamatórios e de resiliência ao estresse, poderia prevenir:
A dieta ocidental aumentou expressão de leptina e seus níveis plasmáticos.
M. vaccae reduziu significativamente a leptina no tecido adiposo e no sangue, reduzindo o sinal inflamatório e metabólico associado à obesidade.
🦠 Microbioma intestinal:
A dieta ocidental reduziu a diversidade do microbioma, aumentou o índice Firmicutes/Bacteroidetes (Bacillota/Bacteroidota) e promoveu disbiose.
M. vaccae não alterou diretamente o microbioma, sugerindo que seus efeitos atuam a jusante do eixo intestino-imune, não por alterar diretamente as bactérias intestinais.
🧠 Neuroinflamação e comportamento:
A dieta ocidental aumentou marcadores de inflamação no hipotálamo e hipocampo.
M. vaccae reduziu a expressão de genes inflamatórios cerebrais (Nfkbia, Nlrp3, Tnf) e biomarcadores associados à ativação microglial.
Também reduziu comportamentos ansiosos, medidos pelo open field e labirinto em cruz.
💡 Conclusões
“ Mycobacterium vaccae oferece um efeito protetor significativo contra os efeitos metabólicos e neuroinflamatórios de uma dieta rica em gordura e açúcar. Atua reduzindo inflamação sistêmica e cerebral, gordura visceral, leptina e estresse comportamental, sem atuar diretamente no microbioma intestinal. É uma evidência robusta de que bactérias ambientais com propriedades imunorreguladoras podem ser ferramentas futuras na prevenção da obesidade e de doenças metabólicas associadas à inflamação crônica como lipedema.” – Finaliza o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema.
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Um recente estudo investigou se o consumo diário e habitual de alimentos ricos em gordura e açúcar pode alterar os circuitos cerebrais de recompensa e o comportamento alimentar em humanos saudáveis e com peso normal, de forma independente de ganho de peso ou alterações metabólicas.
Metodologia:
Design: Ensaio clínico randomizado, controlado.
Duração: 8 semanas.
Participantes: 57 adultos saudáveis, peso normal.
Intervenção: Grupo 1: Snack rico em gordura e açúcar (HF/HS). Grupo 2: Snack isocalórico, mas baixo em gordura e açúcar (LF/LS).
Não houve diferenças significativas entre os grupos em: IMC, gordura corporal, HOMA-IR, lipídios ou HbA1c.
Pequeno aumento de peso e gordura em ambos os grupos, sem diferença entre eles.
2. Efeito no paladar e na preferência alimentar:
Preferência por alimentos com baixo teor de gordura diminuiu significativamente no grupo HF/HS.
A percepção de sabor (gordura e doçura) não foi alterada, mas o prazer (liking) e o desejo (wanting) por alimentos com baixo teor de gordura caiu no grupo HF/HS.
Não houve efeito significativo sobre a preferência por diferentes concentrações de açúcar.
3. Alterações nos circuitos cerebrais (fMRI):
Resposta à antecipação e consumo de alimento palatável (milkshake):
Aumentou no grupo HF/HS (e não no LF/LS) nas seguintes regiões: Área tegmental ventral (VTA) e substantia nigra (SN) – sistema dopaminérgico. Córtex pré-frontal dorsolateral (dlPFC) – controle e decisão. Tálamo (núcleo ventral posterolateral) – integração sensorial. Córtex occipital – processamento visual. Córtex insular (posterior e anterior) – interocepção e percepção sensorial.
Resposta no aprendizado associativo (tarefa não relacionada a alimentos):
Maior codificação de erros de previsão (Prediction Errors) após HF/HS, indicando: Alterações no sistema de aprendizado dopaminérgico. Maior sensibilidade a pistas sensoriais (mesmo não alimentares).
“ Mesmo sem ganho de peso ou alteração metabólica, o consumo diário de alimentos ricos em gordura e açúcar: Reduz a preferência por alimentos menos gordurosos.
Aumenta a reatividade cerebral a alimentos altamente palatáveis. Reconfigura os circuitos de aprendizado e recompensa, tornando os indivíduos mais sensíveis a estímulos alimentares e não alimentares. As pessoas não imaginam o estrago que isso faz na vida delas. Isso sugere que a própria dieta, independentemente de obesidade, pode ser um fator causal na alteração dos circuitos cerebrais, causando um círculo vicioso que vai sempre terminar em infelicidade” – Alerta o Dr. Daniel Benitti.
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Um recente estudo desenvolveu modelos preditivos para identificar fatores que determinam a adesão às diretrizes de atividade física (AF)utilizando algoritmos de machine learning (ML) com base em dados subjetivos (questionários).
Base de dados
Fonte: NHANES (National Health and Nutrition Examination Survey – EUA)
Período: 2009–2018
Amostra final: 11.638 adultos (após exclusões por doenças, gestação e dados incompletos)
Demográficas: sexo, idade, raça, estado civil, escolaridade, renda, emprego
Estilo de vida e antropometria: tabagismo, consumo de álcool, tempo de sono, comportamento sedentário (SB), circunferência da cintura e IMC
Desfecho: tempo semanal de atividade física ponderada pela intensidade (IWPA) com base em autorrelato
Adesão definida como ≥150 min/sem de AF moderada ou ≥75 min/sem de AF vigorosa
Fatores mais preditivos
Fator
Tendência de corte mais crítica
1 Tempo sentado (SB)
> 6–8 horas/dia (sugere menor adesão)
2 Idade
> 40 anos (com maior declínio após os 50)
3 Sexo
Feminino (maior risco de inatividade)
4 Escolaridade
Menor que ensino superior (associado à menor AF)
5. IMC e circunferência da cintura – Quanto maior menor a AF
Curiosidade:
Modelos com variáveis de estilo de vida + antropometria superaram modelos com apenas dados demográficos.
Opinião
“Penso diferente do resultado do estudo. Muita gente começa a treinar pensando apenas na estética.
Quer ver resultados rápidos no espelho, perder peso em semanas, mudar o corpo num passe de mágica. Mas a verdade é difícil de engolir: O corpo demora a mudar. A aparência é o último sinal de que você está cuidando de você. E é justamente aí que muitos desistem. Somente continua quem entende que se exercitar não é sobre aparência, é sobre propósito. É sobre ter mais energia, dormir melhor, controlar ansiedade, envelhecer com autonomia, ser exemplo para quem esta ao seu redor. Quando você muda o motivo, muda o resultado.” – Finaliza o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
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Um recente estudo espanhol avaliou os efeitos antiobesidade de um colágeno bovino modificado tecnologicamente para apresentar baixa digestibilidade e alta capacidade de expansão (swelling) em meio ácido, simulando o estômago. A hipótese é que ele induz saciedade e reduz o apetite ao aumentar de volume no estômago.
Métodos
Estudo duplo-cego randomizado com 64 adultos com sobrepeso ou obesidade (IMC 25–34,9).
Intervenção por 12 semanas:
Grupo colágeno: 2 barras por dia (20g de colágeno/dia) + recomendações alimentares.
Grupo controle: só água antes das refeições + mesmas recomendações.
Avaliações: peso, IMC, composição corporal (DEXA), pressão arterial, índice de fígado gorduroso (FLI), leptina, saciedade (QSA), e ghrelina em ratos.
Colágeno reduziu significativamente os níveis pós-prandiais de ghrelina comparado à caseína (p < 0.01)
Mecanismos sugeridos
“O colágeno incha em meio ácido, gerando sensação mecânica de estômago cheio. A baixa digestibilidade prolonga a permanência gástrica, prolongando saciedade. Houve aumento da da leptina que é um hormônio relacionado à saciedade. O aporte proteico (20g/dia) a mais contribuiu para evitar perda muscular. Além disso, provavelmente ocorreu uma modulação do microbioma pelo aumento do aporte proteico e isso gerou a diminuição da inflamação hepática e pressão arterial sistêmica. Esses resultados são promissores e facilmente colocados em prática. Gosto muito de associar colágeno na alimentação das mulheres com lipedema.” – Comenta o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
Conclusão
A suplementação diária com 20g de colágeno com baixa digestibilidade e alta capacidade de expansão promoveu perda de peso, redução de gordura visceral, melhora da composição corporal, menor apetite, redução da pressão arterial sistólica e potencial efeito hepatoprotetor — mesmo sem dieta hipocalórica.
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Um recente estudo investigou se o consumo de abacate durante a gestação está associado a menor risco de alergias alimentares e outras condições alérgicas em crianças, com base na coorte prospectiva KuBiCo (Kuopio Birth Cohort), na Finlândia.
👩👦👦 Métodos
Participantes: 2272 gestantes acompanhadas entre 2013 e 2022.
Consumo de abacate: avaliado por questionário alimentar (FFQ) no 1º e 3º trimestres.
Consumidoras: qualquer ingestão (>0 g) em pelo menos um trimestre.
Não consumidoras: zero ingestão nos dois trimestres.
Desfechos alérgicos infantis avaliados aos 12 meses:
Rinite (não relacionada a resfriados)
Sibilância paroxística
Eczema atópico
Alergia alimentar diagnosticada por médico
Ajustes foram feitos para diversos fatores: idade materna, IMC, escolaridade, tabagismo, parto cesáreo, qualidade da dieta (AHEI-P), aleitamento, entre outros.
📊 Principais Resultados
✅ Alergia alimentar
Crianças de mães que consumiram abacate na gestação tiveram 43,6% menos chance de desenvolver alergia alimentar no primeiro ano de vida.
OR ajustado: 0,564 (IC 95%: 0,336–0,946; p=0,030)
⚠️ Sibilância
Também foi observada menor prevalência de sibilância (13,3% vs. 9,8%), mas essa diferença perdeu significância após ajustes.
❌ Rinite e eczema
Nenhuma associação significativa foi observada para esses dois desfechos.
🔬 Mecanismos sugeridos
“O efeito protetor do abacate pode estar relacionado a fibra alimentar (9,3 g por fruta) que modula o microbioma intestinal materno e favorece a maturação imunológica fetal. Gorduras monoinsaturadas (13,3 g) que modulam a resposta imune. Antioxidantes (vitamina E, zinco) que influenciam a programação imunológica intrauterina via epigenética. Além disso o abacate é a fruta mais rica em magnésio e apresenta um perfil nutricional semelhante ao da dieta mediterrânea, conhecida por proteger contra alergias.” – Finaliza o Dr. Daniel
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✨ Zinco e Beleza Feminina: O Mineral que Atua de Dentro para Fora
O zinco é um micronutriente essencial com impacto profundo na saúde da pele, dos cabelos, das unhas e até da estética facial. Embora muitas vezes lembrado por seu papel imunológico, o zinco tem funções bioquímicas estratégicas na beleza feminina, atuando na regeneração celular, produção de colágeno, equilíbrio hormonal e integridade de barreiras — incluindo a barreira cutânea e intestinal.
💇♀️ Zinco e Cabelos: Crescimento e Proteção dos Folículos
O zinco é fundamental para o ciclo de crescimento capilar, especialmente nas fases anágena (crescimento) e catágena (regressão):
Estimula a proliferação de células da papila dérmica, essenciais para a ativação e manutenção do crescimento dos fios.
Atua como antioxidante local, protegendo o bulbo piloso contra danos inflamatórios e oxidativos.
Reduz a produção de DHT (di-hidrotestosterona) no couro cabeludo ao inibir a enzima 5α-redutase, responsável pela conversão da testosterona em DHT — que em excesso leva à miniaturização dos folículos e queda capilar, especialmente em mulheres com predisposição androgênica.
💊 Vitamina B6 (piridoxina) potencializa essa inibição da 5α-redutase, reforçando o efeito antiqueda do zinco. Essa combinação é útil em casos de:
Eflúvio telógeno
Alopecia androgenética feminina
Pós-parto e pós-COVID
🧬 Pele, Acne e Barreira Cutânea
O zinco atua em vários níveis na homeostase da pele:
Regula a diferenciação e renovação de queratinócitos, ajudando a manter uma epiderme uniforme e saudável.
Possui ação anti-inflamatória direta, sendo útil em quadros de acne, dermatite seborreica, rosácea e psoríase.
Estimula enzimas antioxidantes (como SOD e catalase), que combatem o estresse oxidativo e previnem o envelhecimento cutâneo precoce.
Fortalece a barreira cutânea, prevenindo perda transepidérmica de água (TEWL) e infecções oportunistas.
Reforça junções oclusivas dos enterócitos, reduzindo a permeabilidade intestinal (“leaky gut”).
Ajuda a evitar endotoxemia metabólica, que agrava processos inflamatórios sistêmicos (inclusive na pele).
Suporte essencial em condições como dermatite atópica, acne inflamatória e hipersensibilidades alimentares.
💉 Zinco e Toxina Botulínica: Um Aliado Estético
Estudos indicam que o zinco pode aumentar a eficácia da toxina botulínica (Botox®), quando presente em níveis ideais no organismo:
A toxina botulínica tipo A precisa de zinco como cofator para agir sobre os terminais nervosos colinérgicos.
A deficiência de zinco pode levar a resposta clínica reduzida ou duração encurtada do efeito estético.
Algumas formulações (ex: zinco + fitase) são usadas de forma adjunta à aplicação da toxina para otimizar resultados.
🧠 Outros Benefícios Estéticos do Zinco
“Cicatrização: acelera reparo tecidual, útil em pós-procedimentos (peelings, lasers, microagulhamento). Unhas: evita fragilidade, descamação e manchas brancas (leuconíquia).
Controle hormonal: modula secreção de insulina, prolactina e estrogênio — com impacto indireto na oleosidade, acne e saúde capilar. O zinco é um mineral-chave na estética funcional feminina — atuando como anti-inflamatório, regulador hormonal, protetor de barreiras e cofator metabólico essencial. Seus efeitos vão do folículo piloso ao intestino, da derme à sinapse, promovendo beleza com base na biologia. Avaliar os níveis de zinco é fundamental no tratamento das mulheres com lipedema.” – Acrescenta o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
📌 Avaliar e otimizar os níveis de zinco — seja via dieta (sementes, frutos do mar, leguminosas) ou suplementação — é um passo simples, mas de grande impacto para a saúde e a estética da mulher moderna.
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