Quando pensamos em atividade física pensamos em ativar os músculos. Mas nós também ativamos e exercitamos a gordura quando realizamos atividade física!
Depois de realizar experimentos em humanos e ratos, um recente estudo evidenciou que o treinamento físico causa mudanças dramáticas na gordura. Além disso, eles descobriram que essa gordura “treinada” libera fatores na corrente sanguínea que podem ter efeitos positivos na saúde.
Sabe-se que as células adiposas secretam hormônios chamados adipocinas, e que muitas adipocinas aumentam com a obesidade, tendo efeitos nocivos no metabolismo e na saúde.
“Em contraste com os efeitos negativos de muitas adipocinas, esse estudo identificou o fator transformador de crescimento beta 2 (TGF-beta 2) como uma adipocina liberada do tecido adiposo em resposta ao exercício que realmente melhora a tolerância à glicose e metabolismo lipídico. Se associarmos isso com o aumento da produção de adiponectina temos mais um efeito benéfico da atividade física no metabolismo do corpo. Isso pode ajudar bastante as mulheres com lipedema.” – Explica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
O TGF-beta 2 estimulado pelo exercício não apenas melhorou a tolerância à glicose, mas o tratamento de camundongos obesos com TGF beta 2 reduziu os níveis de lipídios no sangue e melhorou muitos outros aspectos do metabolismo.
O exercício modifica a gordura e, como resultado dessa mudança, a gordura libera essas proteínas benéficas na corrente sanguínea. Antes dessa descoberta, concentrávamos apenas nos efeitos positivos dos músculos.
Para realizar o estudo os pesquisadores realizaram uma série de experimentos moleculares em humanos e ratos. Eles identificaram níveis de adipocinas em homens antes e depois de um ciclo de exercícios. Eles também estudaram ratos em exercício.
A análise identificou o TGF beta 2 como uma das proteínas reguladas positivamente no exercício em humanos e ratos. Investigações adicionais confirmaram que os níveis desta adipocina na verdade aumentaram no tecido adiposo, bem como na corrente sanguínea com o exercício, em ambos os casos.
Para descobrir se a proteína promoveu efeitos metabólicos benéficos, trataram os ratos com TGF beta 2. A experiência mostrou uma série de efeitos metabólicos positivos nos ratos, incluindo melhor tolerância à glicose e aumento da metabolização de ácidos gordos.
Em seguida, alimentaram os ratos com uma dieta rica em gordura, fazendo com que os animais desenvolvessem diabetes. Para saber se o TGF beta 2 era realmente responsável pelos efeitos metabólicos, eles trataram os ratos diabéticos com TGF beta 2. Isso reverteu os efeitos metabólicos negativos da dieta rica em gordura, semelhante ao que acontece com o exercício.
Outra descoberta significativa foi que o ácido láctico, libertado durante o exercício, serve como parte integrante do processo. O lactato é liberado pelos músculos durante o exercício e depois viaja para a gordura, onde desencadeia a liberação de TGF beta 2.
Esta pesquisa realmente revoluciona a maneira como pensamos sobre o exercício e os muitos efeitos metabólicos do exercício. E, o que é mais importante, a gordura está realmente desempenhando um papel importante na forma como o exercício funciona.
Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
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