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Quem tem lipedema pode usar anticoncepcional?

Anticoncepcionais hormonais, lipedema e trombose: o alerta necessário

Mulheres com lipedema enfrentam desafios clínicos que vão além da estética e da dor. Um dos riscos frequentemente negligenciados é o aumento da chance de eventos tromboembólicos venosos (TEV), como trombose venosa profunda e embolia pulmonar.

Um estudo recente da Cleveland Clinic mostrou que mulheres obesas com lipedema têm risco significativamente maior de desenvolver TEV, mesmo após ajustes para fatores como idade e comorbidades. O risco foi 20% maior em comparação com mulheres obesas sem lipedema (OR 1,20; IC 95%: 1,03–1,41; p = 0,02).

Diante desse cenário, o uso de anticoncepcionais hormonais, especialmente os que contêm drospirenona, exige extrema cautela. Revisões sistemáticas e estudos populacionais demonstraram que pílulas combinadas com drospirenona estão associadas a um risco aumentado de trombose venosa em comparação com outras formulações. A taxa de eventos trombóticos pode ser até 6 vezes maior em usuárias de drospirenona do que em mulheres que não usam contraceptivos orais. Mesmo quando comparadas a anticoncepcionais de segunda e terceira geração, como os que contêm levonorgestrel, a drospirenona apresentou risco relativo de trombose aumentado (RR até 1,65).

Outro fator de atenção é o uso de estradiol oral, também relacionado a maior risco trombótico devido ao seu metabolismo hepático e aumento na produção de fatores de coagulação. Esse risco é potencializado em mulheres com predisposição inflamatória, como nas que vivem com lipedema.

Recomendações práticas:

  • ⚠️ Evitar o uso de contraceptivos contendo drospirenona em mulheres com lipedema.
  • ⚠️ Considerar vias não orais de estradiol, caso a terapia hormonal seja necessária, para reduzir o risco de trombose.
  • ✅ Avaliar alternativas contraceptivas mais seguras, como dispositivos intrauterinos (DIU) sem hormônio ou com levonorgestrel.
  • 🩺 Realizar triagem individualizada para risco trombótico, especialmente em pacientes com histórico familiar, obesidade, varizes ou imobilidade.

A individualização do cuidado é essencial. Em mulheres com lipedema, o risco trombótico não pode ser negligenciado. O uso de anticoncepcionais deve ser cuidadosamente avaliado, respeitando a fisiopatologia única da doença e as evidências científicas disponíveis.

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Como evitar alimentos com glúten.

Lipedema tem relação com glúten?

Como evitar alimentos com glúten.
O que você deve evitar se pretende seguir uma alimentação sem glúten?

Um recente estudo avaliou a prevalência dos alelos HLA-DQ2 e HLA-DQ8 — ligados à doença celíaca — em mulheres com lipedema, e discutir os potenciais benefícios de uma dieta sem glúten como estratégia terapêutica.

🧪 Métodos

  • População: 95 mulheres com diagnóstico clínico de lipedema.
  • Exclusão de doença celíaca: Sorologia negativa (IgA total e anti-transglutaminase IgA).
  • Genotipagem: PCR-SSOP e NGS para HLA-DQ2 e DQ8.
  • Avaliações clínicas: IMC, volume de membros (bioimpedância), gordura visceral, e sintomas via questionário QuASiL.
  • Estatística: Teste t de Student e qui-quadrado (p < 0,05).

📊 Resultados

  • Prevalência aumentada de HLA em pacientes com lipedema:
    • Essas diferenças foram estatisticamente significativas (p < 0.0001).
  • Não houve diferença significativa em volume de membros, gordura visceral ou escores QuASiL entre os grupos.

🧠 Destaques Clínicos e Discussão

  • O estudo sugere uma ligação entre os alelos HLA-DQ2/DQ8 e o lipedema, especialmente em quadros com maior componente inflamatório.
  • A ingestão de glúten pode aumentar a permeabilidade intestinal, ativar macrófagos (especialmente M2, presentes no lipedema) e estimular angiogênese e fibrose.

“A remoção da gordura subcutânea por lipoaspiração não trata a intolerância ou inflamação de base, podendo inclusive redirecionar a inflamação induzida pelo glúten para a gordura visceral;

Estimular o acúmulo de gordura visceral pós-operatória, aumentar o risco de atrofia cerebral, já que a gordura visceral está mais correlacionada com esse desfecho do que idade, IMC ou hipertensão.”  – Explica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

🧩 Conclusão

Pacientes com lipedema que buscam assistência médica apresentam prevalência significativamente aumentada de HLA-DQ2 e HLA-DQ8. Essa associação genética, embora não seja causativa, sugere que a retirada do glúten pode beneficiar pacientes HLA-positivas com lipedema, especialmente aquelas com maior carga inflamatória. Estratégias nutricionais devem ser consideradas antes de intervenções cirúrgicas, uma vez que a lipoaspiração isolada pode deslocar o foco inflamatório para áreas mais perigosas, como a gordura visceral, com impactos sistêmicos e neurológicos.

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O lado bom do Lipedema

🌸 O lado bonito e resiliente do lipedema 🌸

 

Embora o lipedema seja muitas vezes mal compreendido, ele carrega características que tornam as mulheres afetadas únicas, belas e metabolicamente protegidas.

🔹 Estética ginecóide: sinônimo de feminilidade
A distribuição característica do lipedema — concentrada nos quadris, pernas e glúteos — confere à mulher uma silhueta ginecóide, com cintura fina e quadril largo (índice cintura-quadril < 0,7). Essa forma corporal é associada não apenas à fertilidade, mas também à beleza clássica retratada desde as deusas antigas até a arte renascentista.

🔹 Metabolismo mais saudável que o da obesidade comum
Mesmo com índice de massa corporal (IMC) elevado, estudos mostram que mulheres com lipedema apresentam menos alterações metabólicas do que aquelas com obesidade induzida por estilo de vida:

  • Menor prevalência de diabetes (2–6%).
  • Menor risco de dislipidemias e resistência à insulina.
  • Pressão arterial muitas vezes normal em fases iniciais.
    Esses dados sugerem que o tecido adiposo do lipedema, por ser subcutâneo e localizado em áreas ginecóides, pode ter um papel protetor cardiovascular e metabólico.

🔹 Resiliência evolutiva e hormonal
A gordura do lipedema é resistente a dietas restritivas — o que pode ser frustrante no presente, mas uma vantagem em contextos evolutivos. Essa reserva energética pode ter permitido que mulheres preservassem sua fertilidade e a capacidade de amamentar em tempos de escassez alimentar.

🔹 Beleza que desafia o tempo
Muitas mulheres com lipedema relatam menos rugas, pele mais jovem e feições suaves — talvez devido a maior presença de colágeno e hialuronato no tecido subcutâneo. A presença de pele macia e elasticidade preservada é comum, reforçando sua beleza natural.

🔹 Melhora com tratamento clínico
Com protocolos adequados — que envolvem alimentação anti-inflamatória, suporte hormonal e manejo linfático — é possível observar:

✨ O lipedema pode ser um desafio, mas também revela uma biologia feminina resiliente, protetora e poderosa. Com o diagnóstico correto e um tratamento individualizado, é possível florescer com saúde, dignidade e beleza.

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Tratamento adjuvante de câncer de mama

🧠 Contexto e Justificativa:

  • Terapias anti-hormonais, como tamoxifeno e inibidores de aromatase, são consideradas fundamentais no tratamento de câncer de mama hormônio-dependente (receptor hormonal positivo).
  • Um efeito colateral relevante dessas terapias é a síndrome geniturinária da menopausa, que prejudica significativamente a qualidade de vida.
  • O tratamento local com estrogênio vaginal é eficaz para aliviar esses sintomas, porém, seu uso é controverso devido ao receio de possível aumento no risco de recorrência ou mortalidade do câncer de mama.
  • Existem orientações clínicas conflitantes, levando muitas pacientes a evitarem esse tipo de terapia, muitas vezes desnecessariamente.
  • Um recente estudo avaliou se o uso de estrogênio vaginal local em pacientes com câncer de mama está associado a alteração na sobrevida global e na sobrevida específica para câncer de mama.

🧪 Metodologia:

  • Tipo de estudo: Coorte retrospectiva.
  • Base de dados: SEER-MHOS (Medicare Health Outcomes Survey).
  • Período: 2010–2017.
  • População:
    • 18.620 mulheres com diagnóstico de câncer de mama ≥65 anos.
    • Grupo exposto: 800 mulheres que utilizaram estrogênio vaginal.
    • Grupo controle: 17.820 mulheres que não utilizaram.
  • Desfechos:
    • Primário: Sobrevida global.
    • Secundário: Sobrevida específica do câncer de mama.
  • Análises estatísticas:
    • Testes de Wilcoxon (variáveis contínuas) e qui-quadrado (categóricas).
    • Estimativas de Kaplan-Meier.
    • Modelagem por regressão multivariada com controle para idade, raça, estadiamento, tratamentos (cirurgia, radioterapia, terapia hormonal) e ano de diagnóstico.
    • Análise de riscos competitivos para sobrevida específica.

📊 Resultados Principais:

  • Melhora significativa na sobrevida global:
    • HR = 0,56 | p < 0,0001.
  • Melhora na sobrevida específica do câncer de mama:
    • HR = 0,53 | p = 0,014.
  • Maior benefício quanto maior o tempo de uso (>7 anos):
    • HR = 0,01 | p < 0,0001 (extremamente significativo).
  • Análise do subgrupo com câncer de mama hormônio-dependente:
    • Sobrevida global: HR = 0,62 | p = 0,0007 (significativo).
    • Sobrevida específica do câncer: HR = 0,62 | p = 0,08 (não significativo, mas tendência positiva).

🏁 Conclusão:

“ O uso de estrogênio vaginal local não aumenta o risco de mortalidade geral nem de mortalidade específica por câncer de mamaAo contrário, está associado a uma melhora da sobrevida, tanto geral quanto (em menor grau) específica para câncer, particularmente em mulheres que utilizaram por mais tempo. Esses achados fortalecem uma mudança no paradigma atual, desmistificando o medo do uso do estrogênio local em pacientes com histórico de câncer de mama, com importantes implicações clínicas para qualidade de vida.”  – Conclui o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

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Como maximizar o ganho de massa muscular?

Um recente estudo investigou a associação entre o consumo de gordura na dieta (ajustado por peso corporal) e a massa muscular esquelética (ALMBMI) e força muscular (GSMAXBMI) em adultos de 20 a 59 anos, usando dados da NHANES (2011–2014).

🧬 Métodos

  • População estudada: 5.356 adultos dos EUA (20–59 anos).
  • Avaliação dietética: Dois recordatórios de 24h.
  • Desfechos principais:
    • ALMBMI: Massa magra apendicular ajustada pelo IMC (via DXA).
    • GSMAXBMI: Força de preensão ajustada pelo IMC (dinamômetro manual).
  • Modelos estatísticos: Regressão linear múltipla ponderada e análise de curvas não lineares com pontos de inflexão.

🔍 Resultados principais

📈 Associação geral:

  • O consumo total de gordura (g/kg/dia) se associou positivamente tanto à ALMBMI quanto à GSMAXBMI até certos limites (curva em U invertido).

📌 Pontos de inflexão (threshold):

  • ALMBMI:
    🔺 Aumenta até ~1,88 g/kg/dia → depois estabiliza ou diminui.
  • GSMAXBMI:
    🔺 Aumenta até ~1,64 g/kg/dia → depois estabiliza ou diminui.

🧪 Tipos de gordura:

  • Gorduras saturadas, monoinsaturadas e poli-insaturadas → associação positiva com massa e força muscular.
  • EPA e DHA (ômega-3 de cadeia longa) → associação negativa com força muscular em análise multivariada, exigindo mais estudos.

👥 Subgrupos:

  • Associações mais fortes em:
    • Indivíduos com baixa ingestão proteica (<0.8 g/kg/dia).
    • Indivíduos com alta atividade física.
  • Sem associação significativa em:
    • Homens.
    • Pessoas com ingestão proteica >1,5 g/kg/dia.
    • Jovens <40 anos.

💡 Interpretação dos autores

“O consumo moderado de gordura pode beneficiar a massa e força muscular em adultos jovens e de meia-idade. No entanto, há um limite superior, especialmente em dietas com baixa proteína ou em indivíduos muito ativos. A ingestão excessiva de gordura (>1.88 g/kg/dia) pode não trazer benefícios adicionais e até comprometer a massa muscular. Mas pouca ingesta de gordura <0,7 g/kg também prejudicou a massa muscular e força grip. Tudo é equilíbrio e não podemos demonizar nenhum nutriente.”  Informa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

⚠️ Limitações

  • Estudo transversal: não permite inferir causalidade.
  • Cut-offs de sarcopenia baseados em dados de idosos podem não ser ideais para adultos jovens.
  • Necessidade de ensaios clínicos randomizados para confirmação.

✅ Conclusão

Para adultos de 20 a 59 anos:

  • Ingestão ideal de gordura total≤ 1.88 g/kg/dia.
  • Pessoas com baixa ingestão de proteína ou atividade física intensa devem considerar limites ainda menores(~1.01 g/kg/dia).
  • Dietas equilibradas em gorduras insaturadas, com proteína adequada, são fundamentais para a saúde muscular.

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Excelente Pré-Treino

Um recente estudo avaliou os efeitos do consumo de mel – uma fonte natural de carboidratos (~80%) com propriedades antioxidantes, antimicrobianas e anti-inflamatórias – em parâmetros fisiológicos, imunológicos, perceptivos e de desempenho físico em humanos, no contexto do exercício.

🔍 Metodologia

Revisão sistemática conforme diretrizes PRISMA

Bases pesquisadas: PubMed, MEDLINE, SPORTDiscus.

Foram identificados 273 estudos, dos quais 9 atenderam aos critérios de inclusão e qualidade (PEDro ≥ 5).

Participantes: 186 indivíduos (125 homens, 61 mulheres), majoritariamente atletas amadores.

Modalidades: corrida, ciclismo, futebol, remo, dança, exercícios resistidos.

Intervenções com mel: agudas (pré, durante ou pós-exercício) ou crônicas (até 16 semanas).

 Principais Resultados

Biomarcadores bioquímicos

Agudo: O consumo de mel teve efeitos semelhantes ao de outras fontes de carboidratos em termos de glicemia, insulina, cortisol, IL-6 e respostas imunes. Em alguns casos, o mel mostrou menor elevação de IL-1ra comparado a bebidas comerciais.

Crônico: Suplementação com 70 g de mel pré-treino por 8–16 semanas

Reduziu marcadores inflamatórios (IL-1β, IL-6, IL-10, TNF-α). Aumentou glutationa e capacidade antioxidante total.

Resultados foram mais evidentes em comparação com grupos que não receberam suplemento ou receberam placebo sem carboidrato.

Estudos com doses menores ou mel misturado a outros ingredientes (ex: 30 mL/dia) não mostraram efeitos significativos.

. Desempenho físico

Benefícios modestos observados apenas quando comparado a placebo (água), e não a outros carboidratos. No ciclismo e corrida, o mel ajudou a manter desempenho nos estágios finais do exercício. Em esportes intermitentes (ex: futebol), nenhuma vantagem foi observada sobre bebidas esportivas comerciais.

 Respostas perceptivas

O mel foi geralmente bem tolerado, com percepção de sabor mais doce que água, mas sem aumento de desconforto gastrointestinal. Nenhuma diferença significativa na percepção de esforço ou fadiga. Potencial como suplemento “natural”

“Por conter frutose e glicose, o mel é uma fonte de carboidrato multipla e pode ser uma alternativa “comida de verdade” aos suplementos comerciais. Sua baixa carga glicêmica pode evitar hipoglicemia rebote em esportes intermitentes. Possui potencial antioxidante natural sem os riscos de inibir adaptações como ocorre com doses altas de antioxidantes isolados. Além disso, nesta época do ano diminui reatividade brônquica principalmente se associado a semente de aipo.” Analisa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

📌 Conclusões

Agudamente, o mel é comparável a outras fontes de carboidratos, podendo ajudar a manter glicemia e respostas imunológicas.

Cronicamente, pode reduzir inflamação e estresse oxidativo, mas ainda faltam estudos controlados sobre seus efeitos em desempenho físico e recuperação.

Recomendam-se mais estudos controlando a ingestão total de carboidratos e comparando diferentes fontes e doses.

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Quer envelhecer com saúde?

Um recente estudo avaliou como a quantidade e a qualidade dos carboidratos ingeridos na meia-idade influenciam o envelhecimento saudável, definido como:

  • Ausência de 11 doenças crônicas principais (como câncer, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e neurodegenerativas),
  • Boa função física e cognitiva,
  • Boa saúde mental aos 70 anos ou mais.

👩‍⚕️ População e Metodologia

  • Cohorte: 47.513 enfermeiras com idade média de 48,5 anos em 1984.
  • Período de seguimento: 1984 a 2016 (32 anos).
  • Avaliação dietética: Questionários de frequência alimentar (FFQ) aplicados em 1984 e 1986.
  • Método estatístico: Regressão logística multivariada ajustada por múltiplos fatores de confusão (IMC, estilo de vida, consumo energético, etc.).

🥦 Principais Achados

 Associação positiva com envelhecimento saudável:

  • Carboidratos totais: Cada aumento de 10% das calorias provenientes de carboidratos aumentou as chances de envelhecimento saudável (OR: 1,17).
  • Carboidratos de alta qualidade (frutas, vegetais, grãos integrais, leguminosas): OR: 1,31.
  • Fibras totais e específicas (de frutas, vegetais e cereais): ORs variando de 1,07 a 1,17 por desvio padrão.
  • Carboidratos de frutas, vegetais e grãos integrais: Aumento de até 37% na chance de envelhecimento saudável.

 Associação negativa com envelhecimento saudável:

  • Carboidratos refinados: OR: 0,87.
  • Vegetais ricos em amido (como batata, milho): OR: 0,90.
  • Índice glicêmico (IG) alto: OR: 0,76 (quintil mais alto vs mais baixo).
  • Relação carboidrato/fibra elevada: OR: 0,71.

🔄 Análises de Substituição

“A substituição isocalórica de carboidratos refinados, gordura total, proteína animal ou gordura trans por carboidratos de alta qualidade aumentou as chances de envelhecimento saudável em 8% a 16%. Já substituir proteína ou gordura insaturada por carboidrato total teve impacto negativo. O efeito benéfico pode ser atribuído ao maior consumo de fibras e alimentos com baixo índice glicêmico, que modulam a inflamação, microbiota intestinal, metabolismo da glicose e saúde vascular. A fibra também está associada a maior expectativa de vida, menor risco de depressão, melhora da memória e função física em idosos. Infelizmente as pessoas comem muito menos fibra do que deveriam.” – Analisa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema

📌 Conclusão

Este estudo robusto sugere que a qualidade dos carboidratos ingeridos na meia-idade é um importante preditor de envelhecimento saudável. Dietas ricas em fibras e carboidratos provenientes de alimentos integrais estão associadas a melhores desfechos em saúde física, mental e cognitiva a longo prazo.

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Gene do Alzheimer?

Um recente estudo investigou como as diferentes isoformas do gene APOE (ε2, ε3, ε4 e knockout) afetam a transcrição gênica e a estrutura da cromatina em micróglias humanas no contexto da doença de Alzheimer (DA), usando um modelo de camundongos com microglia humana xenotransplantada.

🔬 Metodologia

  • Derivação de micróglias humanas a partir de iPSCs com genótipos APOE2, APOE3, APOE4 e APOE-knockout (KO).
  • Transplante das micróglias em camundongos App^NL-G-F, modelo de DA com placas amiloides.
  • Análise aos 12 meses pós-transplante usando:
    • RNA-seq para perfil transcriptômico
    • ATAC-seq para perfil epigenômico (acessibilidade cromatínica)
    • Ensaios funcionais de fagocitose

📌 Principais resultados

1. 🧬 APOE2 promove um fenótipo protetor nas micróglias

  • Maior expressão de genes relacionados à:
    • Fagocitose
    • Migração celular
    • Regulação anti-inflamatória (ex: IL10RA)
  • A cromatina nas micróglias APOE2 estava mais acessível em loci ligados a respostas imunológicas positivas e ativação do receptor de vitamina D (VDR).

2. 🔥 APOE4 prejudica a função microglial

  • Redução na expressão de genes cruciais para:
    • Homeostase
    • Migração
    • Resolução da inflamação
  • Perfil transcricional similar ao APOE-KO, sugerindo que APOE4 se comporta como uma forma de perda de função parcial.
  • Cromatina menos acessível em regiões pró-resolução e enriquecida para genes associados ao risco genético de Alzheimer (ex: BIN1, CD33).

3. 🧪 Análise funcional: fagocitose

  • Micróglias APOE2 demonstraram maior capacidade de fagocitose de partículas bacterianas e mielina do que APOE3 e APOE4.
  • APOE4 mostrou a menor atividade fagocítica entre os grupos.

4. 🧠 Interseção com dados genéticos de risco

  • As regiões com maior acessibilidade cromatínica nos grupos APOE-KO e APOE4 coincidiam com loci identificados em GWAS da doença de Alzheimer.
  • APOE2, ao contrário, mostrou padrão transcricional distante dos genes de risco.

5. 🌞 Vitamina D e epigenética

  • Enriquecimento significativo de sítios de ligação do receptor de vitamina D (VDR) em micróglias APOE2.
  • APOE2 upregula genes-alvo do VDR, como IL10RA, que possui ação anti-inflamatória, sugerindo um possível mecanismo protetor epigenético.

📚 Conclusões

“A APOE2 induz um perfil epigenético e transcricional mais favorável, com funções imunológicas preservadas e anti-inflamatórias. A APOE4 está associado a perda funcional de micróglias, com menor resposta fagocítica e inflamação aumentada. Modular a via do receptor de vitamina D (VDR) pode ser uma estratégia terapêutica promissora, especialmente em portadores de APOE4.

Os dados mostram que o risco genético de Alzheimer mediado por APOE pode estar fortemente relacionado à reprogramação epigenética das micróglias. As mulheres com lipedema são as únicas pessoas que possuem uma proteção natural contra Alzheimer.” – Explica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

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Emagrecer sem Esforço

Um recente estudo japonês explorou como a AceCel — um tipo de fibra dietética modificada — afeta a composição da microbiota intestinal e o metabolismo do hospedeiro, especialmente em relação à oxidação de gordura e regulação do peso corporal.

🧪 Metodologia

  • Modelos experimentais: camundongos selvagens (C57BL/6), camundongos obesos (ob/ob) e camundongos germ-free (GF).
  • Intervenção: dieta com AceCel vs. controle e acetato de sódio (AceNa).
  • Análises: composição da microbiota (16S rRNA), metabolômica intestinal (GC-MS), expressão gênica hepática, testes de tolerância à glicose/insulina, entre outros.

🧠 Principais Resultados

1. AceCel reduz o ganho de peso corporal

  • Redução significativa do ganho de peso em camundongos WT e ob/ob.
  • Diminuição da massa hepática e adiposa sem afetar a massa muscular.
  • Efeitos não observados com AceNa ou outros tipos de celulose modificada (propionilada ou butirilada).

2. Promoção da oxidação de ácidos graxos

  • Redução do quociente respiratório (RQ) e aumento da oxidação de gordura durante o ciclo de luz (repouso).
  • Aumento da expressão hepática de genes envolvidos na oxidação de lipídios: Ppara, Cpt1a, Hmgcs2, Sirt1, Fgf21.
  • Supressão da oxidação de carboidratos e depleção do glicogênio hepático.

3. Redução dos açúcares simples no intestino

  • Diminuição de glicose, maltose, sacarose e outros carboidratos disponíveis na luz intestinal.
  • Isso reduz a entrada de glicose no sangue portal e favorece o uso de lipídios como fonte energética.

4. Efeito mediado pela microbiota

  • AceCel não teve efeito em camundongos germ-free.
  • AceCel aumentou a abundância de Bacteroides thetaiotaomicron (BT) e Akkermansia muciniphila, enquanto reduziu Bifidobacterium pseudolongum.
  • A fermentação bacteriana foi intensificada, com aumento de ácidos orgânicos como succinato e fumarato.

5. Acetato como modulador da função bacteriana

“O acetato aumenta a expressão de genes de transporte e catabolismo de carboidratos (susG, susB, glkA) em Bacteroides. A AceCel estimula o crescimento de Bacteroides e sua capacidade de consumir açúcares, intensificando a fermentação e reduzindo a disponibilidade de carboidratos para o hospedeiro. Uma forma simples de obter a mesma resposta é utilizando vinagre de maçã com uma fibra como biomassa de banana.” – Informa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

💡 Conclusão

celulose acetilada atua como um prebiótico altamente eficaz na redução da massa corporal e melhora metabólica via modulação da microbiota intestinal, promovendo:

  • Maior oxidação de gordura
  • Redução da absorção intestinal de açúcares
  • Estímulo à fermentação bacteriana benéfica

Seu mecanismo se assemelha ao jejum ou à dieta cetogênica, mas sem reduzir a ingestão alimentar, tornando-se uma alternativa promissora e de fácil adesão no combate à obesidade.

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Melatonina e Magnésio: Eficácia, Mecanismos e Segurança no Sono

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Melatonina e magnésio são dois suplementos amplamente utilizados para promover o sono, atuando por mecanismos distintos.

  • melatonina regula o ciclo sono-vigília, sendo especialmente eficaz em distúrbios do ritmo circadiano, como jet lag e desalinhamento do ciclo biológico. Ela ajuda a reduzir o tempo necessário para adormecer, embora possa causar efeitos como tontura ou sonolência diurna.
  • magnésio, por sua vez, é essencial para o relaxamento muscular e a regulação dos neurotransmissores. Melhora a qualidade do sono, reduz despertares precoces e contribui para controlar a insônia associada à ansiedade.

👉 Enquanto a melatonina é mais indicada para reajustar ciclos de sono, o magnésio atua aprofundando o sono e promovendo relaxamento. Pesquisas indicam que a combinação de ambos, especialmente com vitaminas do complexo B, pode trazer benefícios significativos para quem sofre de insônia.

✔️ A melatonina tende a ser mais eficaz em ajustes de curto prazo no sono, enquanto o magnésio oferece vantagens mais amplas, incluindo redução do estresse. Seus efeitos colaterais são geralmente leves, sendo o desconforto gastrointestinal o mais comum em doses elevadas de magnésio.

👉 A escolha entre melatonina e magnésio depende da origem do distúrbio do sono, embora o uso combinado possa oferecer uma solução mais completa para melhorar tanto a qualidade quanto a duração do sono.

Este artigo analisa a eficácia, os mecanismos de ação e a segurança de ambos, avaliando seus efeitos isolados e em conjunto, considerando diferentes faixas etárias, tipos de insônia e níveis de estresse.

🔬 Mecanismos de Ação:

  • melatonina, produzida principalmente pela glândula pineal, é um hormônio que regula o ritmo circadiano. Sua liberação é estimulada pela escuridão, sinalizando ao cérebro que é hora de dormir. Ela se liga aos receptores localizados no núcleo supraquiasmático do hipotálamo, ajustando o relógio biológico interno e promovendo a sonolência noturna. Essa sincronização dos processos biológicos com o ciclo claro-escuro é essencial para a saúde global.
  • magnésio atua principalmente no relaxamento muscular e na transmissão nervosa. Ele equilibra o efeito do cálcio, que induz à contração muscular, ajudando os músculos a relaxarem ao bloquear certos canais de cálcio.

“ No sistema nervoso, o magnésio modula a atividade do neurotransmissor GABA (ácido gama-aminobutírico), fundamental para gerar estados de calma e relaxamento. Isso o torna particularmente eficaz na redução do estresse. O magnésio também mantém a excitabilidade dos neurônios dentro de padrões saudáveis, favorecendo o equilíbrio emocional e cognitivo.

A melatonina e magnésio contribuem, por vias diferentes e complementares, para a melhora do sono, alívio da tensão e equilíbrio fisiológico. Saber utilizar os dois ajuda muito no tratamento das mulheres com lipedema.”  – Informa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

🎯 Eficácia em Diferentes Populações:

  • melatonina é reconhecida pela capacidade de regular o ciclo sono-vigília. Em pessoas com insônia, ela reduz o tempo para adormecer e melhora a qualidade geral do sono. É particularmente eficaz em quem sofre de síndrome da fase atrasada do sono, jet lag e em trabalhadores em turnos.

👉 Entre idosos, que naturalmente apresentam queda na produção de melatonina, a suplementação melhora tanto a duração quanto a qualidade do sono.

  • magnésio, mineral essencial em centenas de processos bioquímicos, desempenha papel importante na regulação do sono ao promover o relaxamento e modular o sistema nervoso.

👉 É especialmente benéfico para indivíduos cuja insônia está associada ao estresse, já que altos níveis de cortisol atrapalham a capacidade de relaxar. O magnésio ajuda a controlar o cortisol, reduzindo a atividade excessiva do sistema nervoso.

✔️ A absorção e os níveis de magnésio tendem a diminuir com a idade, tornando a suplementação relevante para idosos com dificuldades para dormir.

→ Em resumo, a melatonina é mais indicada quando há desalinhamento circadiano, como jet lag ou alteração no ciclo de sono, enquanto o magnésio é mais eficaz quando os distúrbios estão relacionados a estresse, tensão muscular ou deficiência nutricional.

👉 Nos idosos, ambos podem ser benéficos, dependendo se a principal deficiência é de melatonina ou de magnésio.

✅ A recomendação ideal é uma abordagem individualizada, baseada na origem do problema do sono.

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