Embora o lipedema seja muitas vezes mal compreendido, ele carrega características que tornam as mulheres afetadas únicas, belas e metabolicamente protegidas.
Estética ginecóide: sinônimo de feminilidade
A distribuição característica do lipedema — concentrada nos quadris, pernas e glúteos — confere à mulher uma silhueta ginecóide, com cintura fina e quadril largo (índice cintura-quadril < 0,7). Essa forma corporal é associada não apenas à fertilidade, mas também à beleza clássica retratada desde as deusas antigas até a arte renascentista.
Metabolismo mais saudável que o da obesidade comum
Mesmo com índice de massa corporal (IMC) elevado, estudos mostram que mulheres com lipedema apresentam menos alterações metabólicas do que aquelas com obesidade induzida por estilo de vida:
Menor prevalência de diabetes (2–6%).
Menor risco de dislipidemias e resistência à insulina.
Pressão arterial muitas vezes normal em fases iniciais.
Esses dados sugerem que o tecido adiposo do lipedema, por ser subcutâneo e localizado em áreas ginecóides, pode ter um papel protetor cardiovascular e metabólico.
Resiliência evolutiva e hormonal
A gordura do lipedema é resistente a dietas restritivas — o que pode ser frustrante no presente, mas uma vantagem em contextos evolutivos. Essa reserva energética pode ter permitido que mulheres preservassem sua fertilidade e a capacidade de amamentar em tempos de escassez alimentar.
Beleza que desafia o tempo
Muitas mulheres com lipedema relatam menos rugas, pele mais jovem e feições suaves — talvez devido a maior presença de colágeno e hialuronato no tecido subcutâneo. A presença de pele macia e elasticidade preservada é comum, reforçando sua beleza natural.
Melhora com tratamento clínico
Com protocolos adequados — que envolvem alimentação anti-inflamatória, suporte hormonal e manejo linfático — é possível observar:
O lipedema pode ser um desafio, mas também revela uma biologia feminina resiliente, protetora e poderosa. Com o diagnóstico correto e um tratamento individualizado, é possível florescer com saúde, dignidade e beleza.
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Terapias anti-hormonais, como tamoxifeno e inibidores de aromatase, são consideradas fundamentais no tratamento de câncer de mama hormônio-dependente (receptor hormonal positivo).
Um efeito colateral relevante dessas terapias é a síndrome geniturinária da menopausa, que prejudica significativamente a qualidade de vida.
O tratamento local com estrogênio vaginal é eficaz para aliviar esses sintomas, porém, seu uso é controverso devido ao receio de possível aumento no risco de recorrência ou mortalidade do câncer de mama.
Existem orientações clínicas conflitantes, levando muitas pacientes a evitarem esse tipo de terapia, muitas vezes desnecessariamente.
Um recente estudo avaliou se o uso de estrogênio vaginal local em pacientes com câncer de mama está associado a alteração na sobrevida global e na sobrevida específica para câncer de mama.
Metodologia:
Tipo de estudo: Coorte retrospectiva.
Base de dados: SEER-MHOS (Medicare Health Outcomes Survey).
Período: 2010–2017.
População:
18.620 mulheres com diagnóstico de câncer de mama ≥65 anos.
Grupo exposto: 800 mulheres que utilizaram estrogênio vaginal.
Grupo controle: 17.820 mulheres que não utilizaram.
Desfechos:
Primário: Sobrevida global.
Secundário: Sobrevida específica do câncer de mama.
Análises estatísticas:
Testes de Wilcoxon (variáveis contínuas) e qui-quadrado (categóricas).
Estimativas de Kaplan-Meier.
Modelagem por regressão multivariada com controle para idade, raça, estadiamento, tratamentos (cirurgia, radioterapia, terapia hormonal) e ano de diagnóstico.
Análise de riscos competitivos para sobrevida específica.
Resultados Principais:
Melhora significativa na sobrevida global:
HR = 0,56 | p < 0,0001.
Melhora na sobrevida específica do câncer de mama:
HR = 0,53 | p = 0,014.
Maior benefício quanto maior o tempo de uso (>7 anos):
HR = 0,01 | p < 0,0001 (extremamente significativo).
Análise do subgrupo com câncer de mama hormônio-dependente:
Sobrevida global: HR = 0,62 | p = 0,0007 (significativo).
Sobrevida específica do câncer: HR = 0,62 | p = 0,08 (não significativo, mas tendência positiva).
Conclusão:
“ O uso de estrogênio vaginal local não aumenta o risco de mortalidade geral nem de mortalidade específica por câncer de mama. Ao contrário, está associado a uma melhora da sobrevida, tanto geral quanto (em menor grau) específica para câncer, particularmente em mulheres que utilizaram por mais tempo. Esses achados fortalecem uma mudança no paradigma atual, desmistificando o medo do uso do estrogênio local em pacientes com histórico de câncer de mama, com importantes implicações clínicas para qualidade de vida.” – Conclui o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
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Um recente estudo investigou a associação entre o consumo de gordura na dieta (ajustado por peso corporal) e a massa muscular esquelética (ALMBMI) e força muscular (GSMAXBMI) em adultos de 20 a 59 anos, usando dados da NHANES (2011–2014).
Métodos
População estudada: 5.356 adultos dos EUA (20–59 anos).
Avaliação dietética: Dois recordatórios de 24h.
Desfechos principais:
ALMBMI: Massa magra apendicular ajustada pelo IMC (via DXA).
GSMAXBMI: Força de preensão ajustada pelo IMC (dinamômetro manual).
Modelos estatísticos: Regressão linear múltipla ponderada e análise de curvas não lineares com pontos de inflexão.
Resultados principais
Associação geral:
O consumo total de gordura (g/kg/dia) se associou positivamente tanto à ALMBMI quanto à GSMAXBMI até certos limites (curva em U invertido).
Pontos de inflexão (threshold):
ALMBMI: Aumenta até ~1,88 g/kg/dia → depois estabiliza ou diminui.
GSMAXBMI: Aumenta até ~1,64 g/kg/dia → depois estabiliza ou diminui.
Tipos de gordura:
Gorduras saturadas, monoinsaturadas e poli-insaturadas → associação positiva com massa e força muscular.
EPA e DHA (ômega-3 de cadeia longa) → associação negativa com força muscular em análise multivariada, exigindo mais estudos.
Subgrupos:
Associações mais fortes em:
Indivíduos com baixa ingestão proteica (<0.8 g/kg/dia).
“O consumo moderado de gordura pode beneficiar a massa e força muscular em adultos jovens e de meia-idade. No entanto, há um limite superior, especialmente em dietas com baixa proteína ou em indivíduos muito ativos. A ingestão excessiva de gordura (>1.88 g/kg/dia) pode não trazer benefícios adicionais e até comprometer a massa muscular. Mas pouca ingesta de gordura <0,7 g/kg também prejudicou a massa muscular e força grip. Tudo é equilíbrio e não podemos demonizar nenhum nutriente.” Informa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
Limitações
Estudo transversal: não permite inferir causalidade.
Cut-offs de sarcopenia baseados em dados de idosos podem não ser ideais para adultos jovens.
Necessidade de ensaios clínicos randomizados para confirmação.
Conclusão
Para adultos de 20 a 59 anos:
Ingestão ideal de gordura total: ≤ 1.88 g/kg/dia.
Pessoas com baixa ingestão de proteína ou atividade física intensa devem considerar limites ainda menores(~1.01 g/kg/dia).
Dietas equilibradas em gorduras insaturadas, com proteína adequada, são fundamentais para a saúde muscular.
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Um recente estudo avaliou os efeitos do consumo de mel – uma fonte natural de carboidratos (~80%) com propriedades antioxidantes, antimicrobianas e anti-inflamatórias – em parâmetros fisiológicos, imunológicos, perceptivos e de desempenho físico em humanos, no contexto do exercício.
Metodologia
Revisão sistemática conforme diretrizes PRISMA
Bases pesquisadas: PubMed, MEDLINE, SPORTDiscus.
Foram identificados 273 estudos, dos quais 9 atenderam aos critérios de inclusão e qualidade (PEDro ≥ 5).
Intervenções com mel: agudas (pré, durante ou pós-exercício) ou crônicas (até 16 semanas).
Principais Resultados
Biomarcadores bioquímicos
Agudo: O consumo de mel teve efeitos semelhantes ao de outras fontes de carboidratos em termos de glicemia, insulina, cortisol, IL-6 e respostas imunes. Em alguns casos, o mel mostrou menor elevação de IL-1ra comparado a bebidas comerciais.
Crônico: Suplementação com 70 g de mel pré-treino por 8–16 semanas
Resultados foram mais evidentes em comparação com grupos que não receberam suplemento ou receberam placebo sem carboidrato.
Estudos com doses menores ou mel misturado a outros ingredientes (ex: 30 mL/dia) não mostraram efeitos significativos.
. Desempenho físico
Benefícios modestos observados apenas quando comparado a placebo (água), e não a outros carboidratos. No ciclismo e corrida, o mel ajudou a manter desempenho nos estágios finais do exercício. Em esportes intermitentes (ex: futebol), nenhuma vantagem foi observada sobre bebidas esportivas comerciais.
Respostas perceptivas
O mel foi geralmente bem tolerado, com percepção de sabor mais doce que água, mas sem aumento de desconforto gastrointestinal. Nenhuma diferença significativa na percepção de esforço ou fadiga. Potencial como suplemento “natural”
“Por conter frutose e glicose, o mel é uma fonte de carboidrato multipla e pode ser uma alternativa “comida de verdade” aos suplementos comerciais. Sua baixa carga glicêmica pode evitar hipoglicemia rebote em esportes intermitentes. Possui potencial antioxidante natural sem os riscos de inibir adaptações como ocorre com doses altas de antioxidantes isolados. Além disso, nesta época do ano diminui reatividade brônquica principalmente se associado a semente de aipo.” Analisa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
Conclusões
Agudamente, o mel é comparável a outras fontes de carboidratos, podendo ajudar a manter glicemia e respostas imunológicas.
Cronicamente, pode reduzir inflamação e estresse oxidativo, mas ainda faltam estudos controlados sobre seus efeitos em desempenho físico e recuperação.
Recomendam-se mais estudos controlando a ingestão total de carboidratos e comparando diferentes fontes e doses.
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Um recente estudo avaliou como a quantidade e a qualidade dos carboidratos ingeridos na meia-idade influenciam o envelhecimento saudável, definido como:
Ausência de 11 doenças crônicas principais (como câncer, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e neurodegenerativas),
Cohorte: 47.513 enfermeiras com idade média de 48,5 anos em 1984.
Período de seguimento: 1984 a 2016 (32 anos).
Avaliação dietética: Questionários de frequência alimentar (FFQ) aplicados em 1984 e 1986.
Método estatístico: Regressão logística multivariada ajustada por múltiplos fatores de confusão (IMC, estilo de vida, consumo energético, etc.).
🥦 Principais Achados
✅ Associação positiva com envelhecimento saudável:
Carboidratos totais: Cada aumento de 10% das calorias provenientes de carboidratos aumentou as chances de envelhecimento saudável (OR: 1,17).
Carboidratos de alta qualidade (frutas, vegetais, grãos integrais, leguminosas): OR: 1,31.
Fibras totais e específicas (de frutas, vegetais e cereais): ORs variando de 1,07 a 1,17 por desvio padrão.
Carboidratos de frutas, vegetais e grãos integrais: Aumento de até 37% na chance de envelhecimento saudável.
❌ Associação negativa com envelhecimento saudável:
Carboidratos refinados: OR: 0,87.
Vegetais ricos em amido (como batata, milho): OR: 0,90.
Índice glicêmico (IG) alto: OR: 0,76 (quintil mais alto vs mais baixo).
Relação carboidrato/fibra elevada: OR: 0,71.
🔄 Análises de Substituição
“A substituição isocalórica de carboidratos refinados, gordura total, proteína animal ou gordura trans por carboidratos de alta qualidade aumentou as chances de envelhecimento saudável em 8% a 16%. Já substituir proteína ou gordura insaturada por carboidrato total teve impacto negativo. O efeito benéfico pode ser atribuído ao maior consumo de fibras e alimentos com baixo índice glicêmico, que modulam a inflamação, microbiota intestinal, metabolismo da glicose e saúde vascular. A fibra também está associada a maior expectativa de vida, menor risco de depressão, melhora da memória e função física em idosos. Infelizmente as pessoas comem muito menos fibra do que deveriam.” – Analisa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema
📌 Conclusão
Este estudo robusto sugere que a qualidade dos carboidratos ingeridos na meia-idade é um importante preditor de envelhecimento saudável. Dietas ricas em fibras e carboidratos provenientes de alimentos integrais estão associadas a melhores desfechos em saúde física, mental e cognitiva a longo prazo.
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Um recente estudo investigou como as diferentes isoformas do gene APOE (ε2, ε3, ε4 e knockout) afetam a transcrição gênica e a estrutura da cromatina em micróglias humanas no contexto da doença de Alzheimer (DA), usando um modelo de camundongos com microglia humana xenotransplantada.
Metodologia
Derivação de micróglias humanas a partir de iPSCs com genótipos APOE2, APOE3, APOE4 e APOE-knockout (KO).
Transplante das micróglias em camundongos App^NL-G-F, modelo de DA com placas amiloides.
Análise aos 12 meses pós-transplante usando:
RNA-seq para perfil transcriptômico
ATAC-seq para perfil epigenômico (acessibilidade cromatínica)
Ensaios funcionais de fagocitose
Principais resultados
1. APOE2 promove um fenótipo protetor nas micróglias
Enriquecimento significativo de sítios de ligação do receptor de vitamina D (VDR) em micróglias APOE2.
APOE2 upregula genes-alvo do VDR, como IL10RA, que possui ação anti-inflamatória, sugerindo um possível mecanismo protetor epigenético.
Conclusões
“A APOE2 induz um perfil epigenético e transcricional mais favorável, com funções imunológicas preservadas e anti-inflamatórias. A APOE4 está associado a perda funcional de micróglias, com menor resposta fagocítica e inflamação aumentada. Modular a via do receptor de vitamina D (VDR) pode ser uma estratégia terapêutica promissora, especialmente em portadores de APOE4.
Os dados mostram que o risco genético de Alzheimer mediado por APOE pode estar fortemente relacionado à reprogramação epigenética das micróglias. As mulheres com lipedema são as únicas pessoas que possuem uma proteção natural contra Alzheimer.” – Explica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
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Um recente estudo japonês explorou como a AceCel — um tipo de fibra dietética modificada — afeta a composição da microbiota intestinal e o metabolismo do hospedeiro, especialmente em relação à oxidação de gordura e regulação do peso corporal.
Intervenção: dieta com AceCel vs. controle e acetato de sódio (AceNa).
Análises: composição da microbiota (16S rRNA), metabolômica intestinal (GC-MS), expressão gênica hepática, testes de tolerância à glicose/insulina, entre outros.
Principais Resultados
1. AceCel reduz o ganho de peso corporal
Redução significativa do ganho de peso em camundongos WT e ob/ob.
Diminuição da massa hepática e adiposa sem afetar a massa muscular.
Efeitos não observados com AceNa ou outros tipos de celulose modificada (propionilada ou butirilada).
2. Promoção da oxidação de ácidos graxos
Redução do quociente respiratório (RQ) e aumento da oxidação de gordura durante o ciclo de luz (repouso).
Aumento da expressão hepática de genes envolvidos na oxidação de lipídios: Ppara, Cpt1a, Hmgcs2, Sirt1, Fgf21.
Supressão da oxidação de carboidratos e depleção do glicogênio hepático.
Diminuição de glicose, maltose, sacarose e outros carboidratos disponíveis na luz intestinal.
Isso reduz a entrada de glicose no sangue portal e favorece o uso de lipídios como fonte energética.
4. Efeito mediado pela microbiota
AceCel não teve efeito em camundongos germ-free.
AceCel aumentou a abundância de Bacteroides thetaiotaomicron (BT) e Akkermansia muciniphila, enquanto reduziu Bifidobacterium pseudolongum.
A fermentação bacteriana foi intensificada, com aumento de ácidos orgânicos como succinato e fumarato.
5. Acetato como modulador da função bacteriana
“O acetato aumenta a expressão de genes de transporte e catabolismo de carboidratos (susG, susB, glkA) em Bacteroides. A AceCel estimula o crescimento de Bacteroides e sua capacidade de consumir açúcares, intensificando a fermentação e reduzindo a disponibilidade de carboidratos para o hospedeiro. Uma forma simples de obter a mesma resposta é utilizando vinagre de maçã com uma fibra como biomassa de banana.” – Informa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
Conclusão
A celulose acetilada atua como um prebiótico altamente eficaz na redução da massa corporal e melhora metabólica via modulação da microbiota intestinal, promovendo:
Maior oxidação de gordura
Redução da absorção intestinal de açúcares
Estímulo à fermentação bacteriana benéfica
Seu mecanismo se assemelha ao jejum ou à dieta cetogênica, mas sem reduzir a ingestão alimentar, tornando-se uma alternativa promissora e de fácil adesão no combate à obesidade.
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Melatonina e magnésio são dois suplementos amplamente utilizados para promover o sono, atuando por mecanismos distintos.
A melatonina regula o ciclo sono-vigília, sendo especialmente eficaz em distúrbios do ritmo circadiano, como jet lag e desalinhamento do ciclo biológico. Ela ajuda a reduzir o tempo necessário para adormecer, embora possa causar efeitos como tontura ou sonolência diurna.
O magnésio, por sua vez, é essencial para o relaxamento muscular e a regulação dos neurotransmissores. Melhora a qualidade do sono, reduz despertares precoces e contribui para controlar a insônia associada à ansiedade.
Enquanto a melatonina é mais indicada para reajustar ciclos de sono, o magnésio atua aprofundando o sono e promovendo relaxamento. Pesquisas indicam que a combinação de ambos, especialmente com vitaminas do complexo B, pode trazer benefícios significativos para quem sofre de insônia.
A melatonina tende a ser mais eficaz em ajustes de curto prazo no sono, enquanto o magnésio oferece vantagens mais amplas, incluindo redução do estresse. Seus efeitos colaterais são geralmente leves, sendo o desconforto gastrointestinal o mais comum em doses elevadas de magnésio.
A escolha entre melatonina e magnésio depende da origem do distúrbio do sono, embora o uso combinado possa oferecer uma solução mais completa para melhorar tanto a qualidade quanto a duração do sono.
Este artigo analisa a eficácia, os mecanismos de ação e a segurança de ambos, avaliando seus efeitos isolados e em conjunto, considerando diferentes faixas etárias, tipos de insônia e níveis de estresse.
Mecanismos de Ação:
A melatonina, produzida principalmente pela glândula pineal, é um hormônio que regula o ritmo circadiano. Sua liberação é estimulada pela escuridão, sinalizando ao cérebro que é hora de dormir. Ela se liga aos receptores localizados no núcleo supraquiasmático do hipotálamo, ajustando o relógio biológico interno e promovendo a sonolência noturna. Essa sincronização dos processos biológicos com o ciclo claro-escuro é essencial para a saúde global.
O magnésio atua principalmente no relaxamento muscular e na transmissão nervosa. Ele equilibra o efeito do cálcio, que induz à contração muscular, ajudando os músculos a relaxarem ao bloquear certos canais de cálcio.
“ No sistema nervoso, o magnésio modula a atividade do neurotransmissor GABA (ácido gama-aminobutírico), fundamental para gerar estados de calma e relaxamento. Isso o torna particularmente eficaz na redução do estresse. O magnésio também mantém a excitabilidade dos neurônios dentro de padrões saudáveis, favorecendo o equilíbrio emocional e cognitivo.
A melatonina e magnésio contribuem, por vias diferentes e complementares, para a melhora do sono, alívio da tensão e equilíbrio fisiológico. Saber utilizar os dois ajuda muito no tratamento das mulheres com lipedema.” – Informa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
Eficácia em Diferentes Populações:
A melatonina é reconhecida pela capacidade de regular o ciclo sono-vigília. Em pessoas com insônia, ela reduz o tempo para adormecer e melhora a qualidade geral do sono. É particularmente eficaz em quem sofre de síndrome da fase atrasada do sono, jet lag e em trabalhadores em turnos.
Entre idosos, que naturalmente apresentam queda na produção de melatonina, a suplementação melhora tanto a duração quanto a qualidade do sono.
O magnésio, mineral essencial em centenas de processos bioquímicos, desempenha papel importante na regulação do sono ao promover o relaxamento e modular o sistema nervoso.
É especialmente benéfico para indivíduos cuja insônia está associada ao estresse, já que altos níveis de cortisol atrapalham a capacidade de relaxar. O magnésio ajuda a controlar o cortisol, reduzindo a atividade excessiva do sistema nervoso.
A absorção e os níveis de magnésio tendem a diminuir com a idade, tornando a suplementação relevante para idosos com dificuldades para dormir.
→ Em resumo, a melatonina é mais indicada quando há desalinhamento circadiano, como jet lag ou alteração no ciclo de sono, enquanto o magnésio é mais eficaz quando os distúrbios estão relacionados a estresse, tensão muscular ou deficiência nutricional.
Nos idosos, ambos podem ser benéficos, dependendo se a principal deficiência é de melatonina ou de magnésio.
A recomendação ideal é uma abordagem individualizada, baseada na origem do problema do sono.
Referências
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Masters, A., Pandi-Perumal, S. R., Seixas, A., Girardin, J. L., & McFarlane, S. I. (2014). Melatonin, the hormone of darkness: from sleep promotion to ebola treatment. Brain disorders & therapy, 4(1), 1000151. https://doi.org/10.4172/2168-975X.1000151
Hausenblas, H. A., Lynch, T., Hooper, S., Shrestha, A., Rosendale, D., & Gu, J. (2024). Magnesium-L-threonate improves sleep quality and daytime functioning in adults with self-reported sleep problems: A randomized controlled trial. Sleep Medicine: X, 8, 100121.
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Zhang, Y., Chen, C., Lu, L., Knutson, K.L., Carnethon, M.R., Fly, A.D., Luo, J., Haas, D.M., Shikany, J.M. and Kahe, K. (2022). Association of magnesium intake with sleep duration and sleep quality: findings from the CARDIA study. Sleep, 45(4), zsab276.
Costello, R. B., Lentino, C. V., Boyd, C. C., O’Connell, M. L., Crawford, C. C., Sprengel, M. L., & Deuster, P. A. (2014). The effectiveness of melatonin for promoting healthy sleep: a rapid evidence assessment of the literature. Nutrition journal, 13, 1-17.
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Chan, V., & Lo, K. (2022). Efficacy of dietary supplements on improving sleep quality: a systematic review and meta-analysis. Postgraduate medical journal, 98(1158), 285-293.
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Os resultados do estudo clínico randomizado VITAL revelaram que a suplementação com vitamina D ajuda a preservar os telômeros, estruturas que protegem as extremidades dos cromossomos e que encurtam naturalmente com o envelhecimento. Esse encurtamento está diretamente relacionado ao desenvolvimento de diversas doenças associadas à idade.
O artigo, publicado no The American Journal of Clinical Nutrition, é baseado em dados de uma subanálise do estudo VITAL, conduzido por pesquisadores do Mass General Brigham e do Medical College of Georgia, e fornece evidências de que a vitamina D pode atuar na redução de um dos principais mecanismos biológicos do envelhecimento.
“O VITAL é o primeiro grande estudo de longo prazo que demonstra que a suplementação com vitamina D protege os telômeros e ajuda a preservar seu comprimento. Isso é especialmente relevante, pois os mesmos pesquisadores já haviam demonstrado que a vitamina D também reduz inflamação e o risco de doenças crônicas associadas ao envelhecimento, como câncer avançado e doenças autoimunes. Níveis adequados de vitamina D são essenciais no tratamento das mulheres com lipedema.” – Afirma o Dr. Daniel Benitti.
Telômeros são sequências repetitivas de DNA que atuam como “capas protetoras” nas extremidades dos cromossomos, prevenindo danos e fusões anormais. À medida que envelhecemos, os telômeros naturalmente encurtam, o que está associado ao maior risco de doenças como câncer, doenças cardiovasculares, diabetes e neurodegenerativas.
Estudos anteriores, de menor escala e curto prazo, sugeriam que vitamina D ou ômega 3 poderiam proteger os telômeros, mas os resultados eram inconsistentes. O VITAL é um estudo randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, que acompanhou durante 5 anos mulheres a partir de 55 anos e homens a partir de 50 anos. Nesta subanálise, 1.054 participantes tiveram o comprimento dos telômeros medido no início, no segundo e no quarto ano do estudo.
Os resultados mostraram que, em comparação com o placebo, a suplementação diária com 2.000 UI de vitamina D3 reduziu significativamente o encurtamento dos telômeros ao longo de quatro anos — o equivalente a prevenir quase três anos de envelhecimento celular, comparado ao placebo. Por outro lado, a suplementação com ômega 3 não teve impacto significativo no comprimento dos telômeros.
Segundo os autores os achados sugerem que a suplementação direcionada de vitamina D pode ser uma estratégia promissora para combater processos biológicos do envelhecimento, embora mais pesquisas sejam necessárias para confirmação.
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Um recente estudo investigou se a administração da bactéria não patogênica e imunomoduladora Mycobacterium vaccae (ATCC 15483), conhecida por seus efeitos anti-inflamatórios e de resiliência ao estresse, poderia prevenir:
A dieta ocidental aumentou expressão de leptina e seus níveis plasmáticos.
M. vaccae reduziu significativamente a leptina no tecido adiposo e no sangue, reduzindo o sinal inflamatório e metabólico associado à obesidade.
🦠 Microbioma intestinal:
A dieta ocidental reduziu a diversidade do microbioma, aumentou o índice Firmicutes/Bacteroidetes (Bacillota/Bacteroidota) e promoveu disbiose.
M. vaccae não alterou diretamente o microbioma, sugerindo que seus efeitos atuam a jusante do eixo intestino-imune, não por alterar diretamente as bactérias intestinais.
🧠 Neuroinflamação e comportamento:
A dieta ocidental aumentou marcadores de inflamação no hipotálamo e hipocampo.
M. vaccae reduziu a expressão de genes inflamatórios cerebrais (Nfkbia, Nlrp3, Tnf) e biomarcadores associados à ativação microglial.
Também reduziu comportamentos ansiosos, medidos pelo open field e labirinto em cruz.
💡 Conclusões
“ Mycobacterium vaccae oferece um efeito protetor significativo contra os efeitos metabólicos e neuroinflamatórios de uma dieta rica em gordura e açúcar. Atua reduzindo inflamação sistêmica e cerebral, gordura visceral, leptina e estresse comportamental, sem atuar diretamente no microbioma intestinal. É uma evidência robusta de que bactérias ambientais com propriedades imunorreguladoras podem ser ferramentas futuras na prevenção da obesidade e de doenças metabólicas associadas à inflamação crônica como lipedema.” – Finaliza o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema.
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