Suplementação ESSENCIAL para mulheres a partir dos 35 anos
A partir dos 35 anos, o corpo da mulher passa por mudanças importantes: há queda gradual nos níveis hormonais, o metabolismo desacelera, a massa muscular tende a diminuir, e surgem sinais de perda de energia, foco e disposição.
É justamente nessa fase que a suplementação estratégica pode atuar como uma aliada poderosa para a saúde, o bem-estar e a longevidade da mulher. Entre os suplementos mais estudados e indicados estão: creatina, ômega-3 e proteína de alta qualidade.
1. Creatina
Embora ainda cercada de mitos, a creatina é segura, acessível e altamente recomendada para mulheres — especialmente após os 35. Ajuda a preservar massa muscular e força, reduzindo o risco de sarcopenia Contribui para melhora da cognição, memória e energia mental Pode aumentar a resistência ao esforço físico, inclusive em treinos leves
Dose sugerida: 3 a 5g por dia, preferencialmente de creatina monohidratada
2. Ômega-3 (EPA/DHA)
O ômega-3 é um ácido graxo essencial que o corpo não produz — e sua deficiência está ligada a diversas condições crônicas. Tem efeito anti-inflamatório potente Auxilia na prevenção de doenças cardiovasculares Contribui para o equilíbrio do humor, combate à ansiedade e proteção cognitiva Pode aliviar sintomas de TPM e menopausa
Dose sugerida: 1 a 3g de EPA/DHA por dia (confira a concentração no rótulo)
3. Proteína de alta qualidade
Com o passar dos anos, muitas mulheres não consomem proteína suficiente para manter os músculos e a vitalidade. Proteína ajuda na preservação da massa magra Aumenta a saciedade e ajuda no controle de peso Contribui para a saúde da pele, cabelos e unhas Pode ser obtida via whey protein, proteína vegetal ou blends com colágeno hidrolisado + proteína isolada
Dose sugerida: Cerca de 1.2 a 1.6g de proteína por kg de peso corporal por dia, com suplementação conforme necessidade.
Conclusão
“A suplementação para mulheres com mais de 35 anos não é luxo — é estratégia de autocuidado e prevenção. Com orientação adequada, esses três suplementos podem fazer uma grande diferença na saúde física, mental e emocional ao longo das décadas seguintes. Essa suplementação não apresenta contra-indicação e independe dos exames de sangue” – Afirma o Dr. Daniel Benitti
Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
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Participantes relataram menos náusea, tontura, desconforto e sonolência no MSAQ
O som teve efeito semelhante ao de medicamentos leves contra enjoo
Parâmetros ideais
“Para obter os efeitos positivos é necessário a frequência de 100 Hz, intensidade de 80–85 dBZ (nível comum em conversas humanas), duração de 1 minuto e exposição bilateral. Coisas simples fazem grande diferenças. É importante ressaltar que o som não afetou a audição e o nível de exposição é considerado seguro pela Organização Mundial da Saúde (OMS).” – Informa o Dr. Daniel Benitti.
Conclusão
A exposição breve a um som puro de 100 Hz pode ser uma ferramenta simples, segura e eficaz para prevenir e reduzir a cinetose, atuando diretamente no sistema vestibular e autônomo.
A tecnologia é promissora para:
Veículos autônomos
Realidade virtual
Jogos, viagens, simuladores
Pessoas com labirintite leve ou sensibilidade ao movimento
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Um recente artigo veio para respodner esta pergunta: “Guideline-Directed Application of Coronary Artery Calcium Scores for Primary Prevention of Atherosclerotic Cardiovascular Disease” – JACC Cardiovasc Imaging, 2025
Objetivo
Avaliar como o score de cálcio coronariano (CAC) pode ser aplicado de forma guiada pelas diretrizes ACC/AHA (EUA) e ESC/EAS (Europa) na prevenção primária de doença cardiovascular aterosclerótica (ASCVD), em pessoas aparentemente saudáveis.
População do estudo
1.903 indivíduos (55–75 anos), sem doença cardiovascular, diabetes ou uso prévio de estatina.
Dados extraídos do Rotterdam Study.
Todos tinham níveis de LDL < 190 mg/dL.
Método
Comparou-se a aplicação do CAC segundo:
ACC/AHA (2018): usando PCE (Pooled Cohort Equations) e o novo modelo PREVENT.
ESC/EAS (2021): usando SCORE2/SCORE2-OP.
Avaliou-se quem seria elegível ao CAC, quem foi “reclassificado” (uprisked ou derisked), e os números necessários para tratar (NNT10y) com estatinas.
Derisked: CAC = 0 + não fumante + sem histórico familiar → evitar estatina.
Proporção reclassificada:
ACC/AHA (PREVENT): 88,8% dos homens e 80% das mulheres.
ESC/EAS: 48,5% dos homens e 22,1% das mulheres (uprisked).
Incidência de eventos de ASCVD:
CAC ≥100 → risco semelhante ao de pacientes de alto risco:
Ex: IR de até 27,4 eventos por 1.000 pessoas/ano para mulheres uprisked.
CAC = 0 → risco muito baixo:
Ex: IR de 3,7 por 1.000 pessoas/ano em mulheres derisked pela ESC/EAS.
NNT10y (Número necessário para tratar por 10 anos com estatina de alta intensidade):
Grupo
Homens
Mulheres
ACC/AHA (PREVENT)
11
13
ESC/EAS
12
25
Conclusão
“ O exame mede o nível de cálcio nas artérias do coração.
CAC = 0? Seu risco é baixíssimo.
CAC alto? É sinal de alerta — mesmo sem sintomas!
Pessoas com CAC = 0 tiveram risco 7x menor de eventos cardíacos em 10 anos.
Já quem tinha CAC elevado, mesmo com colesterol “normal”, se beneficiaria com estatinas de alta potência. O CAC evita uso desnecessário de remédios em quem não precisa além de identificar
quem está em risco silencioso e precisa agir já! Prevenção cardiovascular hoje vai além do colesterol. Informação é proteção.” – Conclui o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular, médico especialista em Lipedema.
Pergunte ao seu médico sobre o CAC se você:
Tem mais de 45 anos
Tem histórico familiar de infarto
Está em dúvida se deve ou não usar estatina
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O panorama atual da saúde metabólica no Brasil precisa melhorar. Temos visto tendências em aumentos de obesidade, diabetes, síndrome metabólica e dislipidemia, além dos desafios estruturais do sistema de saúde para enfrentar essas condições.
Apenas 34,3% consomem frutas e vegetais regularmente (≥5 dias/semana).
18,2% consomem alimentos ultraprocessados com frequência.
2. Obesidade crescente
Obesidade (IMC ≥ 30 kg/m²) subiu de 13,9% em 2009 para 19,8% em 2019.
Mais prevalente entre pessoas de 45–64 anos (20,9%).
Jovens (18–24 anos): 8,7%, mas com tendência de crescimento.
3. Síndrome metabólica
Estudo em Florianópolis (2009–2014): prevalência de 30,9%.
Inatividade física aumentou o risco de desenvolver síndrome metabólica em até 2,2 vezes.
4. Diabetes tipo 2
Aumento de 24% na prevalência autorreferida de 2006 (5,5%) a 2019 (7,4%).
Estudo ELSA-Brasil: 20% dos participantes já tinham diabetes tipo 2 no início da coleta (2008–2010).
Estima-se que diabetes causou 65.581 mortes em 2013 (9,1% das mortes entre 35–80 anos; 14,3% se incluído diabetes não diagnosticado).
5. Dislipidemia
Dados do ELSA-Brasil (35–74 anos):
Triglicerídeos elevados: 23,2% (mulheres) e 40,7% (homens)
HDL baixo: 20,7% (mulheres) e 14,7% (homens)
LDL alto: 57,6% (mulheres) e 58,8% (homens)
Estudo ERICA (12–17 anos):
HDL baixo: 46,8%
Colesterol total alto: 20,1%
Triglicerídeos altos: 7,8%
Hipercolesterolemia familiar: 1 em cada 263 pessoas (mais comum em pretos e pardos do que em brancos).
6. Impacto da COVID-19
Obesidade e diabetes aumentaram o risco de formas graves da COVID-19.
Desafios no Sistema de Saúde
“ O Brasil realiza o 2º maior número de cirurgias bariátricas do mundo (68.530 em 2019). Porém, 90% dessas cirurgias são feitas no setor privado. O Brasil não precisa de mais cirurgia bariátrica. As pessoas precisam entender que precisam de um estilo de vida melhor e levar mais a sério a questão saúde. As únicas pessoas que apresentam uma proteção natural a obesidade são as mulheres com lipedema. Mas todos precisam se conscientizar. “ – Informa o Dr. Daniel Benitti
As novas diretrizes (2020) do Ministério da Saúde recomendam:
Um recente estudo investigou como o jejum intermitente (JI) influencia a ativação plaquetária e o risco de trombose, especialmente em pacientes com doença arterial coronariana (DAC), por meio de interações com o metabolismo intestinal e a microbiota, com foco no metabólito ácido indol-3-propiônico (IPA).
Metodologia
Estudo conduzido em:
Pacientes com DAC (n=160)
Camundongos ApoE−/− (modelo de aterosclerose)
Intervenção: jejum intermitente (alternando dias de alimentação livre com jejum de 24h)
Avaliação:
Agregação plaquetária
Formação de trombos (mesentério e cérebro)
Níveis plasmáticos de IPA
Sinalização intracelular em plaquetas
Colonização intestinal com Clostridium sporogenes
Modelo de lesão miocárdica por isquemia/reperfusão (I/R)
Principais Descobertas
1. JI inibe ativação plaquetária
Redução significativa na agregação plaquetária após 10 dias de JI em pacientes com DAC e camundongos ApoE−/−.
Menor formação de trombos em modelos induzidos com FeCl₃.
2. Mecanismo: aumento do IPA
“O jejum intermitente aumentou a produção de ácido indol-3-propiônico (IPA) pelo intestino, via crescimento de Clostridium sporogenes. O ácido indol-3-propiônico reduziu a ativação plaquetária ao se ligar ao receptor nuclear PXR (pregnane X receptor) nas plaquetas. Isso é fantástico para quem tem aterosclerose e lipedema que são pessoas com maior risco de trombose. O efeito do jejum foi equivalente ao do clopidogrel mas de forma natural.” – Explica o Dr Daniel Benitti
3. IPA → PXR → inibição de vias de sinalização
IPA inibe vias como:
Src/Lyn/Syk
LAT/PLCγ/PKC/Ca²⁺
Isso reduz:
Ativação de integrinas
Liberação de grânulos plaquetários
Formação de coágulos
4. Efeitos cardiovasculares positivos
JI reduziu a lesão miocárdica em modelos de isquemia/reperfusão
IPA oral teve efeito similar ao clopidogrel, e sua combinação foi sinérgica
JI aumentou a abundância de Clostridium sporogenes
Esse microrganismo é essencial para produzir IPA
A eliminação da microbiota com antibióticosaboliu os efeitos protetores
Implicações Clínicas
O JI pode ser uma estratégia dietética para reduzir hiperatividade plaquetária e risco trombótico em pacientes com DAC
O IPA surge como alvo terapêutico promissor
Clostridium sporogenes pode ser considerado como probiótico funcional cardiovascular
Limitações
Evidência clínica ainda preliminar
Estudos em humanos de maior duração são necessários
Há estudos contraditórios sobre os efeitos do JI em doenças cardiovasculares (incluindo riscos em jejum prolongado)
Conclusão
O estudo revela um mecanismo inédito pelo qual o jejum intermitente protege contra trombose, por meio da microbiota intestinal e do metabólito IPA, que age diretamente sobre as plaquetas. Isso abre caminho para novas terapias naturais ou microbianas para doenças cardiovasculares.
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UM recente estudo “Quantidade de Melatonina e CBD em Gomas de Melatonina Vendidas nos EUA” investiga a precisão dos rótulos de produtos de gomas de melatonina disponíveis no mercado americano, comparando as quantidades declaradas de melatonina e canabidiol (CBD) com as quantidades realmente presentes nesses produtos.
Contexto:
Antes da pandemia de COVID-19, aproximadamente 1,3% das crianças nos EUA utilizavam melatonina, principalmente para auxiliar no sono, reduzir o estresse e promover relaxamento.
Durante a pandemia, o consumo aumentou significativamente, resultando em um crescimento de 530% nas ligações para Centros de Controle de Intoxicações relacionadas à ingestão de melatonina por crianças entre 2012 e 2021. Esses incidentes foram associados a quase 28.000 visitas a departamentos de emergência, mais de 4.000 hospitalizações, 287 admissões em unidades de terapia intensiva e 2 óbitos.
Metodologia:
Em setembro de 2022, os pesquisadores identificaram 30 marcas únicas de gomas de melatonina no Banco de Dados de Rótulos de Suplementos Dietéticos dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA. Dessas, 25 produtos foram adquiridos online e analisados. As gomas foram reconstituídas e submetidas à análises de cromatografia líquida de ultra-alta eficiência para quantificar melatonina, CBD e serotonina.
Resultados:
“Variação na Melatonina: Dos 25 produtos analisados, um não continha níveis detectáveis de melatonina, mas apresentava 31,3 mg de CBD. Nos demais produtos, a quantidade de melatonina por porção variou de 1,3 mg a 13,1 mg, representando de 74% a 347% da quantidade declarada no rótulo. Apenas 3 produtos (12%) continham uma quantidade de melatonina dentro de ±10% do valor declarado.“ – Informa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
Presença de CBD: Cinco produtos declaravam conter CBD, com quantidades variando de 10,6 mg a 31,3 mg por porção. A quantidade real de CBD variou de 104% a 118% do valor declarado.
Serotonina: Nenhum dos produtos analisados apresentou detecção de serotonina.
Discussão:
A maioria dos produtos de gomas de melatonina analisados apresentou rotulagem imprecisa, com a maioria contendo quantidades de melatonina e CBD superiores às declaradas. Estudos anteriores no Canadá encontraram resultados semelhantes, com variações significativas nas quantidades de melatonina em relação ao declarado. A administração de doses tão pequenas quanto 0,1 mg a 0,3 mg de melatonina pode elevar as concentrações plasmáticas a níveis normais noturnos em adultos jovens. Portanto, o consumo dessas gomas conforme as instruções pode expor crianças a doses de melatonina entre 40 e 130 vezes superiores às necessárias. Ingestões não intencionais podem resultar em doses ainda maiores. Além disso, o CBD é aprovado pela FDA apenas para tratar convulsões refratárias causadas por três distúrbios genéticos raros, não havendo aprovação para uso em crianças saudáveis.
Conclusão: Diante desses achados, os clínicos devem alertar os pais de que o uso pediátrico de gomas de melatonina pode resultar na ingestão de quantidades imprevisíveis de melatonina e CBD, potencialmente levando a efeitos adversos inesperados.
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As duas áreas onde mais vejo sofrimento e sonhos despedaçados? Saúde e finanças.
Todos os dias, vejo pessoas tentando mudar suas vidas… mas começando pelos motivos errados.
Vai para a academia como punição por ter exagerado no fim de semana, ao invés de enxergar o treino como um ato de amor próprio. Começa uma dieta com foco nos -10kg, e não em construir um estilo de vida que sustente o corpo e a mente que ela deseja a longo prazo.
E aí vem o quê? Frustração. Culpa. Desistência.
Porque quando o objetivo está desalinhado, o processo vira sofrimento — e não transformação.
Não é sobre o peso. É sobre a saúde. Não é sobre o número. É sobre o caminho.
Quando você muda o foco para o processo, o resultado vira consequência.
E na vida financeira? É a mesma armadilha, só que com cifrões.
“Faça pix de R$300 e ganhe R$1000 em uma semana.”
“Fique rico com criptomoedas.”
Ganância travestida de oportunidade.
Você sabe que é bom demais pra ser verdade. Mas quando o desejo cega, qualquer mentira bem contada parece verdade.
E aí… perde-se tudo. Tempo, dinheiro, esperança.
Toda vez que alguém promete um atalho, questione.
Porque quem mais perde é quem insiste em acreditar na mentira só porque ela soa doce demais pra largar.
Quer mudar sua vida de verdade?
Aceite o processo. Abrace o caminho.
Faça o que precisa ser feito. Todos os dias.
E confie: o resultado sempre vem — para quem tem coragem de não desistir.
Na saúde. Na vida. No bolso.
“Consumo de Adoçantes Artificiais na Gravidez e Risco de Sobrepeso na Prole” – British Journal of Nutrition (2024)
Este grande estudo de coorte prospectivo do Danish National Birth Cohort investigou a associação entre o consumo de bebidas com adoçantes artificiais (ASB) ou com açúcar (SSB) durante a gravidez e o risco de sobrepeso nos filhos até os 18 anos.
Como foi feito o estudo?
Mais de 66 mil mulheres grávidas responderam a um questionário alimentar (FFQ) durante a 25ª semana gestacional.
O consumo foi classificado em: nenhum, <1/semana, 1-6/semana, ≥1/dia.
Foram excluídas mulheres com diabetes.
Os filhos foram acompanhados dos 5 meses até os 18 anos, com dados de peso, altura e IMC.
Principais Resultados
1. Adoçantes artificiais (ASB) durante a gravidez aumentam o risco de sobrepeso
Crianças de mães que consumiram ≥1 bebida com adoçante artificial por dia apresentaram maior risco de sobrepeso aos:
7 anos (OR 1.17),
11 anos (OR 1.19),
14 anos (OR 1.16),
18 anos (OR 1.26), mesmo após ajustes estatísticos.
2. Açúcar (SSB) teve efeito inverso inesperado
Curiosamente, o consumo de ≥1 bebida com açúcar por dia durante a gravidez foi associado a menor risco de sobrepeso nos filhos aos:
11 anos (OR 0.82),
18 anos (OR 0.72), após ajustes.
3. Sem efeito ao nascimento ou na infância precoce
Não houve associação significativa com peso ao nascer, nem com sobrepeso aos 5 ou 12 meses.
Possíveis explicações discutidas
“Exposição fetal aos adoçantes artificiais (através da placenta) pode influenciar o metabolismo, a microbiota e a preferência por sabor doce. Os efeitos podem ser dose-dependentes, com maior risco em maiores quantidades de adoçantes. Fatores como IMC materno, tabagismo, amamentação e nível socioeconômico foram considerados e ajustados, mas resíduos de confusão não podem ser excluídos. A exposição pós-natal via leite materno também pode contribuir para os efeitos observados. Eu não recomendo o uso de adoçantes. Na verdade qualquer coisa que as pessoas vão atrás pensando na perda de peso, normalmente não faz bem pra elas.” – Explica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
Conclusão
O estudo sugere que consumir adoçantes artificiais durante a gravidez está associado a um maior risco de sobrepeso nos filhos, especialmente na adolescência.
Apesar dos ajustes, novos estudos são necessários para entender melhor os mecanismos e confirmar os achados.
Os autores reforçam a importância de precaução no uso de adoçantes artificiais na gestação, em linha com as diretrizes da OMS que não recomendam seu uso para controle de peso.
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O “teste de apneia expiratória” ou “teste do tempo de apneia após expiração tranquila” é um método simples, sem equipamentos, usado informalmente por alguns profissionais como um indicador da tolerância do corpo ao dióxido de carbono (CO₂) e da função autonômica respiratória.
Como é feito o teste:
A pessoa respira normalmente, sem forçar a respiração.
Após uma expiração natural (sem forçar a saída total do ar), ela faz uma pausa e segura a respiração sem inspirar novamente.
Cronometra-se o tempo até surgir o primeiro impulso respiratório (vontade de respirar), não até a pessoa ficar sem ar.
O tempo é registrado.
Interpretação do tempo:
Acima de 30–40 segundos: Excelente tolerância ao CO₂, bom controle autonômico, associado a boa saúde metabólica e cardiovascular.
20–30 segundos: Dentro do esperado, embora possa ser otimizado.
10–20 segundos: Baixa tolerância ao CO₂, pode estar associada a estresse crônico, hiperventilação, inflamação, ansiedade, etc.
Abaixo de 10 segundos: Sinal de alerta. Pode estar associado a distúrbios respiratórios, disfunção autonômica, risco aumentado de apneia obstrutiva do sono (AOS), baixa variabilidade cardíaca, inflamação crônica, e menor resiliência ao estresse.
Relação com apneia do sono:
Pessoas com apneia obstrutiva do sono muitas vezes apresentam baixa tolerância ao CO₂ e padrões de respiração disfuncionais (hiperventilação crônica durante o dia, por exemplo).
Um tempo de apneia menor que 10 segundos sugere baixa capacidade de manter homeostase respiratória, o que pode refletir também numa pior resposta durante eventos de apneia noturna — ou seja, o corpo pode ter menor capacidade de lidar com quedas de oxigênio e aumento de CO₂ durante o sono.
Pode estar relacionado à hipersensibilidade dos quimiorreceptores ao CO₂, o que faz com que a pessoa acorde mais facilmente durante eventos apneicos.
Relação com a saúde global:
O tempo de apneia após expiração é um marcador funcional da saúde metabólica e nervosa:
Pode refletir estado inflamatório sistêmico.
Relaciona-se ao nível de estresse crônico, ansiedade, desequilíbrios no eixo HPA.
Indica o nível de resiliência do sistema nervoso autônomo.
Está ligado ao funcionamento mitocondrial, pois o controle da respiração está intimamente ligado à eficiência energética celular.
Pode sugerir predisposição a doenças crônicas como hipertensão, síndrome metabólica e distúrbios do sono.
Um recente estudo avaliou se assistir televisão enquanto se alimenta aumenta a ingestão de alimentos em comparação com comer sem distrações, por meio de uma revisão sistemática e meta-análise de estudos experimentais com controle rigoroso.
Metodologia
Tipo de estudo: Revisão sistemática e meta-análise baseada em diretrizes PRISMA.
Registro: PROSPERO (CRD42023493092).
Fontes: PsycINFO, EMBASE, Web of Science, PubMed.
Critérios de inclusão: Estudos experimentais (RCTs) comparando ingestão alimentar com e sem exposição à TV, com medidas objetivas de consumo energético.
Total de estudos incluídos: 29 para revisão qualitativa e 23 para meta-análise quantitativa.
Principais Resultados
Meta-análise total (k=57): Não mostrou efeito significativo global da TV na ingestão alimentar (g = 0.10, IC 95%: −0.05 a 0.24), com alta heterogeneidade.
Análise sem confusores (k=29): Considerando apenas TV (sem brinquedos ou anúncios), o efeito foi pequeno porém significativo (g = 0.13, IC 95%: 0.03–0.24).
Destaque para ingestão tardia: Assistir TV durante a refeição aumentou significativamente o consumo na próxima refeição (g = 0.30), mas não teve efeito relevante na refeição imediata (g = 0.10).
Moderação e Variáveis Relevantes
Timing (imediato vs tardio): Efeito mais forte na refeição seguinte.
Desenho do estudo: Efeitos mais claros em estudos entre sujeitos (between-subjects).
Risco de viés: Estudos com menor viés mostraram efeitos mais consistentes.
Gênero, idade, IMC: Não foram moderadores significativos.
Mecanismos Propostos
Distração e atenção reduzida: Assistir TV reduz a consciência da ingestão alimentar.
Memória prejudicada: Participantes lembram menos o que comeram, levando a maior consumo posterior.
Desregulação da saciedade: Sinais fisiológicos de saciedade são suprimidos.
Conteúdo da TV e Variedade Alimentar
TV entediante → maior ingestão.
Variedade de alimentos também influencia: variedade alta pode mascarar o efeito da TV.
Presença de anúncios e brinquedos não mostrou efeito consistente, mas aumentou a heterogeneidade dos dados.
Conclusões
Assistir TV enquanto come aumenta a ingestão alimentar, especialmente na refeição subsequente.
O efeito é pequeno, mas significativo, com implicações para estratégias de controle de peso e hábitos alimentares.
Foco em atenção plena durante as refeições pode ser uma ferramenta útil para reduzir o risco de sobrealimentação.
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