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Critérios para escolher um bom ômega-3

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• Verifique o conteúdo real de EPA e DHA

Nem todo “óleo de peixe” ou “ômega-3” tem quantidade útil de EPA/DHA: o importante é a soma desses dois ácidos graxos por dose.

  • Procure por suplementos que informem claramente quantos miligramas de EPA + DHA há por cápsula/dose.
  • Idealmente, a dose por cápsula deve fornecer uma quantidade significativa — isso ajuda a atingir a ingestão diária recomendada sem ter que tomar muitas cápsulas.

• Prefira fontes confiáveis (pureza e certificações)

Como o óleo de peixe vem do mar, pode haver risco de contaminação por metais pesados, PCBs ou dioxinas — especialmente se a matéria-prima for de baixa qualidade.

Verifique se o produto tem certificações de pureza e testes independentes de contaminantes.

  • Óleos provenientes de peixes menores e de águas menos poluídas costumam ser uma opção mais segura.

• Preste atenção à forma do óleo e estabilidade

Óleos de peixe podem ser apresentados em diferentes formas químicas — algumas mais bem absorvidas pelo corpo do que outras.

  • Prefira formulações de boa bio-disponibilidade e bem estabilizadas contra oxidação. Alguns fabricantes adicionam antioxidantes naturais para preservar o óleo.

• Considere suas necessidades pessoais

O que define a dose “ideal” depende do perfil de saúde, alimentação e objetivos (manutenção, saúde cardiovascular, cérebro, inflamação, etc.).

  • Quem consome pouco peixe ou tem dieta pobre em gorduras boas pode se beneficiar mais com suplemento.
  • Para alguns objetivos específicos (como controle de triglicerídeos, inflamação, saúde cerebral) pode fazer sentido doses maiores, sempre com orientação profissional.

• Confie em marcas transparentes e com boas práticas

Um bom óleo de peixe deve trazer no rótulo:

  • quantidades exatas de EPA e DHA
  • data de fabricação e validade
  • origem da matéria-prima (tipo de peixe, sustentabilidade)
  • certificados de pureza e controle de metais/poluentes

Evite produtos com descrições genéricas (“ômega-3”, “óleo de peixe”) sem detalhamento desses dados.

⚠️ O que evitar ou questionar

  • Suplementos com baixo teor de EPA/DHA (quando a maioria da cápsula é “óleo genérico”) — pode exigir muitas cápsulas para alcançar dose eficaz.
  • Produtos sem certificações ou sem rótulo claro sobre pureza/contaminantes.
  • Óleos de origem duvidosa (peixes grandes que acumulam mercúrio, por exemplo).
  • Suplementação em excesso sem orientação: mais nem sempre é melhor — especialmente em casos de doenças, uso de anticoagulantes ou problemas de saúde.

💡 Resumo prático: para escolher um bom ômega-3, vai além do nome “ômega-3” escrito na embalagem. Conte EPA/DHA, exija transparência de ingrediente e pureza, avalie se faz sentido para seu estilo de vida e saúde — e, se possível, converse com profissional de saúde para dose e necessidade ideais.

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

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Onde você mora impacta o seu peso?

Um estudo australiano investigou até que ponto o lugar onde a pessoa vive influencia seu peso corporal (BMI) — comparado a fatores individuais.
Em outras palavras: o ambiente engorda ou emagrece?
quanto disso é ambiente versus biologia, comportamento e características pessoais?

🧠 Método

✔ Base de dados

Usaram o banco longitudinal australiano HILDA, acompanhando indivíduos entre 2006 e 2019
(mais de 99 mil observações).

✔ Estratégia central

A pesquisa analisa pessoas que mudaram de endereço dentro da Austrália.
Se o local de destino tem média de peso maior ou menor, observa-se:

➡ O peso da pessoa converge para o padrão da nova região?
Se sim, significa que o lugar tem efeito real no BMI.

✔ Abordagens utilizadas

  1. Event study (estudo de evento) → analisa mudanças de peso antes e depois da mudança.
  2. Decomposição estatística → compara áreas de maior vs. menor BMI, maior vs. menor desigualdade, densidade urbana, proximidade a mercados etc.
  3. Modelos de comportamento → avaliam se o local influencia:
    • gasto com alimentos em casa
    • gasto com comida pronta fora de casa
    • nível de atividade física

📍 Resultados Principais

🔥 1. O lugar influencia 15,5% da variação do peso corporal

O estudo mostra que 15,51% da diferença de peso entre regiões da Austrália é explicada por fatores ambientais, não individuais
(ß = 0,1551).

➡ Isso significa que o ambiente tem influência real, quantificável — mas menor que os fatores pessoais, que explicam os outros 84,5%.

🔥 2. Mulheres são muito mais influenciadas pelo ambiente do que homens

Nas análises estratificadas:

  • Mulheres: efeito do ambiente extremamente forte (ß = 0,27)
  • Homens: efeito praticamente inexistente (ß = 0,02)

Isso sugere que mulheres “absorvem” mais o estilo de vida do local onde vivem — alimentação, cultura, disponibilidade de alimentos, infraestrutura etc.

🔥 3. Quanto maior for a distância da mudança, maior o impacto do lugar

O efeito só se tornou estatisticamente forte quando a pessoa mudou >100 km.
Movimentos curtos não alteram a influência do ambiente.

🛒🍔 4. O ambiente influencia fortemente alimentação — mas não atividade física

✔ Gastos com supermercado

➡ 57% da variação é explicada por onde a pessoa vive
(ß = 0,5704)

✔ Consumo de comida pronta fora de casa

➡ Quase 50% influenciado pelo ambiente
(ß = 0,4981)

✔ Atividade física

➡ Não houve influência significativa do ambiente
(ß = 0,2397; NS)

📌 Conclusão importante:
O ambiente molda o que a pessoa come, mas não quanto ela se exercita.

🗺️ 5. Regiões com acesso ruim a frutas/vegetais engordam mais

A decomposição mostra:

  • 29,4% da diferença de peso entre áreas com pior acesso a frutas e vegetais é causada pelo ambiente

Isso reforça que ambientes “obesogênicos” existem — e pesam muito nos hábitos alimentares.

🌆 6. Maior densidade urbana  menor BMI

Áreas mais densas (com mais recursos, mercados, acesso à comida fresca e deslocamentos a pé) apresentaram:

➡ 18% das diferenças de BMI atribuídas só ao ambiente

📌 7. Pessoas que se mudam para áreas mais pesadas ganham peso ao longo do tempo

O efeito não é imediato — o gráfico de 12 anos antes e 12 anos depois mostra:

  • Quase nenhuma tendência prévia
  • Ganho gradual de peso após a mudança

📌 Ou seja: o ambiente atua devagar, mas continuamente.

🧩 Conclusão Geral do Artigo

“O ambiente explica parte importante do peso corporal (15–30%). Mas a maior parte ainda é determinada por fatores individuais. A alimentação é o principal mecanismo ambiental — não exercício. Mulheres são muito mais sensíveis ao ambiente que homens, por isso as mulheres com lipedema devem se atentar. Políticas públicas devem focar em: melhorar acesso a alimentos saudáveis, reduzir comida ultraprocessada e fast food, urbanização mais densa e caminhável.” – Conclui o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

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Tem problema parar a tirzepatida?

Um recente estudo analisou como diferentes graus de reganho de peso após interrupção do tirzepatide afetam parâmetros cardiometabólicos (circunferência abdominal, pressão arterial, lipídeos, glicemia e insulina).

A análise inclui apenas participantes que:

  • Usaram tirzepatide por 36 semanas e atingiram ≥10% de perda de peso.
  • Foram então randomizados para placebo (interrompendo o tirzepatide).

👥 Amostra

  • 308 participantes
  • 71,1% mulheres
  • Idade média: 47 anos
  • Acompanhamento total: 88 semanas

Eles foram divididos em 4 grupos conforme o quanto recuperaram do peso perdido:

  1. <25% de reganho
  2. 25–50%
  3. 50–75%
  4. ≥75%

🟦 Importante: 82,5% dos participantes recuperaram ≥25% do peso perdido ao interromper o tirzepatide.

📉 Resultados durante o tratamento (0–36 semanas)

De forma consistente entre grupos, o tirzepatide levou a:

  • Redução de peso, IMC e circunferência abdominal
  • Queda de pressão arterial
  • Melhora de triglicerídeos, não-HDL, glicemia, HbA1c, insulina e HOMA-IR

Todas as variáveis melhoraram de maneira previsível durante o tratamento.

📈 Resultados após retirada do tirzepatide (36–88 semanas)

O estudo mostra um padrão claro:

🟥 1. Quanto maior o reganho de peso, maior a perda dos benefícios cardiometabólicos.

🔵 Circunferência abdominal

  • Reversão mínima no grupo <25%
  • Aumento de 14,7 cm no grupo ≥75%

🔵 Pressão arterial

  • Aumento significativo da sistólica em todos os grupos
  • Crescente conforme o reganho aumenta (6,8 → 10,4 mmHg)

🔵 Lipídeos

  • Não-HDL voltou a piorar proporcionalmente ao reganho de peso
  • Triglicerídeos aumentaram sobretudo nos grupos de ≥50% de reganho

🔵 Glicemia, HbA1c e insulina

  • A reversão foi rápida — já evidente em 16 semanas após parar o medicamento
  • HbA1c aumentou proporcionalmente ao reganho:
    • +0,14% no grupo <25%
    • +0,35% no grupo ≥75%

🟩 HDL

Curiosamente, aumentou em TODOS os grupos após a retirada — mudança já observada após emagrecimento por dieta.

🧩 Resultados sobre toda a duração (0–88 semanas)

  • Quem recuperou ≥75% do peso voltou aos valores basais de praticamente todos os parâmetros cardiometabólicos.
  • Quem recuperou <50% ainda manteve alguns benefícios, embora reduzidos.

📌 Conclusão Central do Artigo

Interromper o tirzepatide leva à recuperação substancial do peso em 1 ano na maioria dos indivíduos — e isso está diretamente ligado a uma reversão proporcional das melhorias metabólicas conquistadas durante o tratamento.

Mesmo com dieta hipocalórica e atividade física contínua, apenas 17,5% mantiveram reganho <25%.

👉 A manutenção dos benefícios exige tratamento contínuo.

🧠 Interpretação Clínica (segundo os autores)

  1. Obesidade é doença crônica — e exige tratamento contínuo.
  2. Repetir ciclos de perder e recuperar peso pode ser metabolicamente prejudicial.
  3. Os dados devem ser usados para orientar decisões compartilhadas médico-paciente sobre aderência e continuidade terapêutica.
  4. A resposta variável entre indivíduos reflete a biologia heterogênea da obesidade.

🧬 Pontos fortes do estudo

  • Seguimento longo (52 semanas após retirada)
  • Amostra grande
  • Design randomizado
  • Avaliação por categorias claras de reganho de peso
  • Dados robustos de múltiplos marcadores cardiometabólicos

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Existe um músculo metabólico?

O formato do músculo glúteo máximo muda de maneiras distintas ao longo do envelhecimento e de acordo com estilo de vida, fragilidade, osteoporose e diabetes tipo 2 — e essas alterações são diferentes entre mulheres e homens, segundo uma nova pesquisa que foi apresentada semana passada no encontro anual da Radiological Society of North America (RSNA).

Os pesquisadores utilizaram mapeamento 3D por ressonância magnética, uma técnica que processa uma série de imagens de RM para criar um modelo anatômico 3D detalhado, permitindo melhor visualização. O mapeamento 3D revelou padrões específicos de sexo no glúteo máximo associados ao diabetes tipo 2, sugerindo que o formato — e não o tamanho — do músculo pode refletir diferenças metabólicas subjacentes.

O glúteo máximo é um dos maiores músculos do corpo humano e desempenha um papel fundamental na saúde metabólica.

Usando dados de 61.290 exames de RM disponíveis no banco de dados UK Biobank, a equipe investigou como a análise por ressonância pode caracterizar as características estruturais e a composição do músculo. Além das imagens médicas, o UK Biobank inclui medidas físicas dos voluntários, dados demográficos, biomarcadores de doenças, histórico médico e respostas a questionários de estilo de vida. Os pesquisadores analisaram 86 variáveis diferentes e mapearam como elas se associam às mudanças no formato muscular ao longo do tempo.

Pessoas com maior aptidão física, medida por atividade física vigorosa e força de preensão manual, apresentaram um glúteo máximo com maior volume estrutural, enquanto envelhecimento, fragilidade e longos períodos sentado estavam ligados ao afinamento do músculo

Entre os participantes com diabetes tipo 2, os homens apresentaram encolhimento do músculo, enquanto as mulheres mostraram aumento do volume muscular — provavelmente devido à infiltração de gordura dentro do músculo. Homens classificados como “frágeis” exibiram um encolhimento mais generalizado do glúteo máximo, ao passo que, nas mulheres, o impacto da fragilidade ficou restrito a áreas menores.

Os resultados indicam que homens e mulheres têm respostas biológicas muito diferentes à mesma doença. Mudanças no formato do glúteo máximo podem indicar declínio funcional precoce e comprometimento metabólico em pessoas com diabetes tipo 2 — refletindo diferenças específicas entre sexos na resposta à tolerância à insulina, que ainda exigem mais estudos.

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Remédio caseiro para Alzheimer?

O Alzheimer (AD) envolve não apenas neurodegeneração, mas também disfunção vascular — incluindo redução de óxido nítrico (NO), que é crucial para vasodilatação e perfusão cerebral.

Estudos prévios mostraram que pessoas com AD apresentam:

  • Menor perfusão cerebral
  • Menor fluxo sanguíneo periférico
  • Menor biodisponibilidade de NO

O NO pode ser aumentado via a ingestão de nitrato inorgânico, especialmente por meio de suco de beterraba rico em nitrato, que é convertido pelos microrganismos da boca e do intestino em nitrito e posteriormente em NO.

Entretanto, nenhum estudo havia testado antes se indivíduos com AD:

  1. Conseguem converter nitrato → nitrito → NO normalmente
  2. Respondem vascularmente ao suco de beterraba

Um recente artigo respondeu exatamente isso.

👥 Métodos

Participantes

30 indivíduos divididos em 3 grupos:

  • 10 com Alzheimer (AD) – 76 ± 9 anos
  • 10 idosos saudáveis (OLD) – 75 ± 6 anos
  • 10 jovens (YN) – 25 ± 4 anos

Todos foram submetidos a testes após:

  • Suco de beterraba rico em nitrato (BR)
  • Placebo sem nitrato (PLA)

O estudo foi duplo-cego, randomizado, cruzado.

🧪 Avaliações principais

1. Concentração plasmática de nitrato (NO₃⁻) e nitrito (NO₂⁻)

Dosadas do início (T0) até 4 horas pós-ingestão (T1–T4).

2. Responsividade vascular via Single Passive Leg Movement (sPLM)

Método que avalia vasodilatação NO-dependente.
A métrica usada foi o Δpeak, que mede o aumento do fluxo sanguíneo após um movimento passivo de perna.

📊 Resultados

🔸 1. Placebo: nenhuma alteração

Nenhum grupo apresentou mudanças no NO₃⁻, NO₂⁻ ou na resposta vascular.
Ou seja: efeito zero com placebo.

🔸 2. Suco de beterraba aumentou nitrato e nitrito igualmente nos três grupos

Nitrato (NO₃⁻)

  • Aumento rápido e marcante 1 hora após ingestão (T1).
  • O pico se manteve até T4.
  • No T0, indivíduos com AD tinham NO₃⁻ um pouco mais baixo, mas depois do suco todos responderam igual.

📌 Conclusão: Pessoas com Alzheimer conseguem converter nitrato em nitrito tão bem quanto jovens e idosos saudáveis.

🔸 3. Suco de beterraba aumentou a vasodilatação (Δpeak) em todos os grupos

  • Houve aumento significativo do Δpeak após o suco em YN, OLD e AD.
  • A amplitude de melhora (diferença T0 → T1–T4) foi semelhante nos grupos.

👉 Mas:

  • O valor absoluto de Δpeak foi sempre pior em AD que nos outros grupos.
  • E pior em idosos do que em jovens.

Isso aparece claramente nos gráficos das Figuras 1 e 2 do PDF.

📌 Interpretação:
O nitrato aumenta a resposta vascular em pessoas com Alzheimer, mas não normaliza totalmente seu padrão vascular cronicamente deteriorado.

🧠 Discussão: o que o estudo revela?

 1. A conversão nitrato  nitrito NÃO está prejudicada no Alzheimer

Isso sugere que:

  • O microbioma oral e intestinal dos pacientes com AD examinados estava funcional.
  • A via alternativa NO₃⁻ → NO₂⁻ → NO está preservada.

 2. O problema vascular do Alzheimer não é somente falta de NO

Apesar do aumento da biodisponibilidade de NO, a perfusão continua prejudicada.

Causas citadas no artigo:

  • Inflamação crônica
  • Estresse oxidativo
  • Rigidez arterial
  • Alterações estruturais no endotélio
  • Morte celular, disfunção mitocondrial
  • Alterações crônicas do tecido vascular (figuras e seções discursivas do artigo)

📌 Isso indica que o sistema vascular no Alzheimer sofre danos estruturais irreversíveis com apenas 1 dose de nitrato.

 3. Uma única dose de suco de beterraba ajuda, mas não reverte anos de dano vascular

O estudo mostra melhora funcional, mas não restauração da perfusão.

 4. Resultados sugerem benefícios potenciais do uso crônico

O artigo conclui que:

  • A suplementação crônica pode gerar ganhos maiores
  • Ainda não se conhece a segurança e toxicidade a longo prazo
  • Mais estudos são necessários

🧪 Conclusões principais

🔹 1. Suco de beterraba aumenta NO₃⁻, NO₂⁻ e resposta vascular em todos os grupos

YOUNG ≈ OLD ≈ AD (na resposta relativa).

🔹 2. Alzheimer NÃO prejudica a conversão do nitrato em NO

Processo metabólico intacto.

🔹 3. O comprometimento vascular do Alzheimer é estrutural

Mesmo com NO elevado, a vasodilatação absoluta continua reduzida.

🔹 4. Nitrato pode ser uma estratégia terapêutica

Mas uma única dose não reverte décadas de dano vascular.

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Qual o pior carboidrato do mundo?

O pior carboidrato do mundo não é o açúcar!

O pior carboidrato do mundo é o amido, mas depende do tipo de amido.
Existem dois mundos completamente diferentes:

🔵 A) Amido natural / minimamente processado (batata, mandioca, arroz, banana, aveia, leguminosas)

➡️ Pode ser saudável, dependendo da forma de preparo e da quantidade.

🔴 B) Amido industrializado ultraprocessado

(encontrado em quase todos os alimentos industrializados)
➡️ Esse sim é o pior carboidrato para a saúde humana.
E é pior do que açúcar em vários aspectos.

⚠️ 2. Por que o amido industrializado é prejudicial?

🔴 A) É absorvido mais rápido que açúcar

Amido refinado → alta proporção de amilose/amilopetina quebrada → digestão ultrarrápida →
➡️ picos enormes de glicose,
➡️ picos maiores ainda de insulina,
➡️ rápida fome compensatória.

💥 Índice glicêmico do amido refinado pode ser maior que o do açúcar (sacarose).

🔴 B) Alimenta disbiose e aumenta endotoxemia (LPS)

Durante digestão incompleta, amidos ultraprocessados geram:

➡️ fermentação excessiva,
➡️ disbiose,
➡️ aumento da permeabilidade intestinal,
➡️ mais endotoxina (LPS),
➡️ Inflamação crônica,
➡️ Resistência à insulina,
➡️ Acúmulo de gordura visceral,
➡️ Fadiga e intestino irritável.

🔴 C) Promove glicação avançada (AGEs)

Picos glicêmicos constantes =
➡️ Dano endotelial
➡️ Aceleração do envelhecimento
➡️ Maior risco de trombose
➡️ Risco cardiovascular.

🔴 D) É usado pela indústria para “engordar” os alimentos

Amido modificado = textura, volume, crocância, liga, cremosidade.

Resultado:

  • aumenta caloria sem nutrientes,
  • aumenta palatabilidade viciante,
  • causa hiperfagia (come-se mais),
  • estimula compulsão.

🔴 E) A digestão rápida não dá saciedade real

Amido refinado =
➡️ fome 1–2h depois,
➡️ oscilação glicêmica,
➡️ hipoglicemia reativa,
➡️ maior ingestão calórica total.

⚠️ 3. Onde está o amido nos industrializados? (Quase em tudo)

Alimentos ultraprocessados ricos em amido modificado:

  • Pães industrializados
  • Biscoitos, bolachas, cookies
  • Barras de cereal
  • Cereais matinais
  • Snacks: Cheetos, Doritos, Ruffles
  • Sopa de pacotinho
  • Molhos prontos e temperos
  • Hambúrguer, nuggets, empanados
  • Batata frita industrial (congeladas)
  • Purê de batata instantâneo
  • Macarrão instantâneo (miojo)
  • Tortilhas, wraps
  • Bolos de caixinha
  • Sorvetes
  • Leites vegetais industrializados
  • Fórmulas infantis
  • Produtos sem glúten
  • Produto zero açúcar

Nomes comuns no rótulo:

  • amido modificado
  • maltodextrina
  • amido de milho
  • fécula
  • espessante E1404, E1412, E1420, E1422
  • dextrina

👉 Essas versões têm impacto metabólico completamente diferente do amido natural.

🥔 4. Por que a batata natural NÃO é igual à batata industrializada?

Batata natural (cozida/resfriada):

  • libera glicose de forma mais lenta
  • contém fibra e micronutrientes
  • quando resfriada → gera amido resistente (tipo 3), alimentando Akkermansia e butirato
  • melhora sensibilidade à insulina

Batata industrial (frita ou processada):

  • pré-frita em óleo oxidado + amido modificado
  • alta carga glicêmica
  • alta formação de acrilamida
  • gordura trans aquecida
  • sem fibra
  • ativa inflamação intestinal
  • estimula compulsão alimentar

➡️ A mesma batata muda completamente o efeito metabólico dependendo de como é processada.

🧬 5. Conclusão científica

Amido não é o vilão universal.
O problema está no amido industrializado, que é:

✔ rápido demais
✔ glicêmico demais
✔ pró-inflamatório
✔ pró-disbiose
✔ pobre em nutrientes
✔ usado para enganar o cérebro e aumentar consumo

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Você quer ser gorda como uma porca?

Prepare-se, porque isso pode gerar desconforto… mas também pode salvar vidas.

Você sabia que porcas têm em média 18,2% de gordura corporal?
Sim — é um número científico, medido em estudo científico por DXA, com precisão laboratorial.

E agora vem o choque:

📌 Muitas mulheres hoje estão tentando atingir 15%, 18%, 19% de gordura corporal porque viram no Instagram que isso seria o “corpo ideal”.

Mas existe um problema gigantesco aqui:

❗ O corpo feminino NÃO foi feito para funcionar com gordura tão baixa.

Segundo uma grande meta-análise com 923 mil pessoas, o menor risco de mortalidade em mulheres ocorre em torno de 25% de gordura corporal — não 18%. Não 15%. Não 12%.
25%.

Quando uma mulher desce para abaixo de 20%, o corpo entende isso como:

  • ⚠️ Escassez energética
  • ⚠️ Risco biológico
  • ⚠️ Ambiente inseguro para ciclos hormonais

E as consequências não são estéticas — são médicas:

  • ❌ Amenorreia
  • ❌ Queda de densidade óssea
  • ❌ Risco aumentado de morte
  • ❌ Metabolismo entrando em modo de emergência
  • ❌ Perda de libido, energia e humor
  • ❌ Comprometimento da fertilidade

E para piorar, muitas começam a recorrer a anabolizantes, que trazem:

  • 💔 Danos cardiovasculares permanentes
  • 💀 Risco aumentado de arritmias, infartos e AVC
  • 🧬 Supressão hormonal
  • 🩺 Alterações hepáticas

A pergunta é: como chegamos até aqui?

Simples:
Uma indústria trilionária percebeu que existe lucro em vender corpos impossíveis, irreais, não saudáveis, reduzidos a likes.

E isso está destruindo:

A ciência já respondeu. É a mídia que está mentindo para você.

🔬 O corpo mais saudável para a mulher NÃO é o de atleta seca.
🔬 Não é o Body Fat de competição.
🔬 Não é o “tanquinho feminino”.

É aquele em que o corpo funciona:
➡️ hormônios estáveis
➡️ ciclo menstrual ativo
➡️ boa densidade óssea
➡️ metabolismo eficiente
➡️ saúde cardiovascular protegida

E isso, segundo a melhor ciência disponível, está em torno de 25% de gordura corporal.

Se você precisa lutar contra o seu corpo todos os dias, esse corpo não é saudável.

Pare de perseguir um padrão que vai te deixar doente.

O problema nunca foi o seu corpo.
O problema é a mentira que te venderam.

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Gestrinona trata lipedema?

Lipedema é uma condição crônica, progressiva, quase exclusiva em mulheres, caracterizada pelo acúmulo de tecido adiposo nas extremidades inferiores. Nos últimos anos, o uso off-label da gestrinona, um esteroide sintético com ação androgênica, anti estrogênica e antiprogestagênica, tem sido promovido para o tratamento do lipedema, especialmente em implantes subcutâneos — apesar de não haver aprovação regulatória ou evidência científica que sustente tal indicação.

Um recente estudo investigou, de forma sistemática, se há evidência científica que comprove a eficácia e segurança da gestrinona no tratamento do lipedema.

🧪 Metodologia

  • Tipo de estudo: Revisão sistemática baseada nas diretrizes PRISMA.
  • Bases de dados pesquisadas: PubMed, MEDLINE, Cochrane Library, LILACS, ClinicalTrials.gov, ReBEC, Google Scholar e diretrizes clínicas de sociedades nacionais/internacionais.
  • Período de busca: Até 30 de julho de 2025.
  • Critérios de inclusão: Ensaios clínicos randomizados, estudos observacionais, revisões sistemáticas, séries de casos e diretrizes que avaliassem especificamente o uso de gestrinona no lipedema.
  • Resultados: Nenhum estudo atendeu aos critérios de inclusão. Não foram encontrados ensaios clínicos, estudos observacionais, revisões ou mesmo relatos de caso que avaliassem a gestrinona para essa finalidade. Tampouco foram identificados estudos em andamento.

📉 Resultados

  • Dos nove registros identificados (quatro em bases indexadas e cinco em literatura cinzenta), nenhum forneceu evidência clínica sobre a gestrinona no tratamento do lipedema.
  • Guias e consensos clínicos analisados (como SBACV, SBEM e Associação Brasileira de Lipedema) são unânimes ao desaconselhar o uso da gestrinona para lipedema, destacando a ausência de respaldo científico.

🩺 Tratamentos baseados em evidência para lipedema

Segundo os consensos nacionais e internacionais, os tratamentos recomendados incluem:

  1. Terapia compressiva (meias ou bandagens).
  2. Fisioterapia descongestiva complexa (CDT).
  3. Exercícios físicos adaptados, de baixo impacto.
  4. Orientação nutricional (dieta anti-inflamatória).
  5. Suporte psicológico.
  6. Lipoaspiração com preservação linfática, apenas em casos refratários e após pelo menos 12 meses de tratamento conservador.

⚠️ Discussão e Implicações

“O uso crescente da gestrinona em lipedema parece ser motivado por marketing estético e pressão comercial, e não por evidência científica.

A ausência de qualquer estudo clínico ou relato de caso que sustente sua eficácia ou segurança para essa condição é alarmante, especialmente considerando o risco de efeitos adversos relacionados a esteroides anabolizantes.

A gestrinona é substância proibida pela WADA e seu uso indiscriminado levanta preocupações éticas sérias, principalmente em um grupo de pacientes vulneráveis como mulheres com lipedema.” – Alerta o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

❗ Conclusão

Não há qualquer base científica que justifique o uso de gestrinona para o tratamento de lipedema.
Sua prescrição representa risco potencial à saúde e deve ser evitada. Até que estudos clínicos controlados e aprovados por comitês de ética sejam conduzidos, o tratamento deve permanecer baseado em abordagens comprovadas, seguras e multidisciplinares.

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

 

Existe algum remédio que ajuda a tratar lipedema?

Um recente estudo avaliou a eficácia do Pycnogenol® (extrato de Pinus pinaster rico em polifenóis, proantocianidinas e ácidos fenólicos) no controle de sintomas e na composição corporal de mulheres com lipedema, comparado a placebo.

Métodos

Desenho

  • Ensaio clínico randomizado, duplo-cego, controlado por placebo.
  • Duração: 60 dias.
  • Local: clínica especializada em Vitória – ES.

Participantes

  • 100 mulheres, 18–40 anos, diagnosticadas clinicamente com lipedema por dois angiologistas.
  • 93 completaram, mas foi usada imputação múltipla monotônica para lidar com perdas.
  • Exclusões: gestação, lactação, uso de anabolizantes, anorexígenos ou tratamento prévio para lipedema.

Intervenção

  • Pycnogenol® 50 mg (Flebon®), 1 comprimido a cada 8 horas.
  • Grupo placebo recebeu comprimidos idênticos em cor, odor e formato.

Avaliações

  1. QuASiL – questionário validado (Amato et al.) de 15 itens que mede intensidade dos sintomas (0–150).
  2. Bioimpedância tetrapolar – peso, gordura total e segmentar.
  3. Consultas presenciais no início, 30 e 60 dias, além de ligações semanais para adesão.

Resultados

1. Baseline

  • Grupos homogêneos em idade, sintomas, hábitos e antropometria.
  • Peso inicial mais baixo no grupo Pycnogenol® (76,7 vs 83,7 kg), mas % de gordura total e segmentar iguais, garantindo comparabilidade.

2. Evolução dos Sintomas — QuASiL

Placebo

  • Piorou progressivamente:
    • 88,1 → 90,9 → 92,9 pontos.

Pycnogenol®

  • Melhora rápida e contínua:
    • 88,8 → 69,5 → 63,2 pontos (p < 0.001).

Melhoras específicas por sintoma

Após 30 e 60 dias houve melhora significativa e dose-dependente em:

  • dor,
  • sensibilidade/dormência,
  • hematomas,
  • sensação de peso,
  • fadiga,
  • queimação,
  • câimbras,
  • frio nas pernas,
  • edema,
  • irritação cutânea,
  • dificuldade para caminhar,
  • satisfação com a aparência das pernas.

(Todas essas variáveis mostraram mudanças estatisticamente significativas nos gráficos do QuASiL)

3. Peso, IMC e Gordura Corporal

Placebo

  • Aumento leve:
    • peso, IMC e % gordura aumentaram entre 30 e 60 dias.

Pycnogenol®

  • Peso estável.
  • Redução do % de gordura corporal, especialmente entre 30→60 dias.

Interpretação

O Pycnogenol® parece modular:

  • inflamação,
  • retenção hídrica,
  • microcirculação,
  • metabolismo lipolítico
    → levando à redução de gordura medida por bioimpedância.

Discussão

O estudo demonstra:

1. Melhora clínica relevante

O Pycnogenol® atinge múltiplos mecanismos fundamentais do lipedema:

  • inflamação crônica,
  • estresse oxidativo,
  • microangiopatia e fragilidade vascular,
  • linfostase,
  • dor e edema.

O resultado é um melhor controle sintomático e impacto significativo na qualidade de vida.

2. Efeito metabólico

O artigo discute a ação do Pycnogenol®:

  • ativa PKA/cAMP → estimula HSL → lipólise,
  • melhora metabolismo glicídico e lipídico,
  • pode contribuir para controle de peso e composição corporal.

3. Importância clínica

  • Lipedema é uma doença subdiagnosticada.
  • O Pycnogenol® surge como opção adjuvante eficaz, especialmente para quem não terá acesso imediato a cirurgia.

Limitações

  • Estudo de um único centro.
  • Amostra regional.
  • Diferença de peso no baseline.
  • Necessidade de estudos multicêntricos, longos e estratificados por estágio de lipedema.

Conclusão Geral

O Pycnogenol®:

 Reduz intensamente sintomas do lipedema

(dor, peso, edema, queimação, hematomas, fadiga)

 Melhora a qualidade de vida de forma robusta

(queda de ~25 pontos no QuASiL em 60 dias)

 Reduz gordura corporal

principalmente em membros inferiores.

 Estabiliza peso e IMC

enquanto o placebo piora.

 É seguro, bem tolerado e acessível

em forma farmacêutica amplamente disponível.

Este é o primeiro ensaio clínico randomizado avaliando Pycnogenol® em lipedema, e abre caminho para inclusão formal como adjuvante terapêutico.

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

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Seria possível melhorar os fogachos sem hormônios?

Ondas de calor são sintomas altamente prevalentes e debilitantes na menopausa, afetando até 80% das mulheres e podendo persistir por 4 a 7 anos. Terapia hormonal é o melhor tratamento mas ainda temos muitas mulheres com medo de utilizar e poucos médicos prescrevendo de forma adequada. Esse cenário cria a necessidade de alternativas não hormonais eficazes.

Um recente estudo estudo avaliou a hipnose autoadministrada, acessível via gravações de áudio para controle das ondas de calor em mulheres na menopausa.

2. Objetivo do Estudo

Comparar:

  • Hipnose autoadministrada (áudios com indução, relaxamento e visualização de resfriamento)
    vs
  • Sham hypnosis (áudios de white noise apresentados como hipnose)

Principais desfechos:

  • Redução da pontuação das ondas de calor (frequência × intensidade)
  • Interferência no dia a dia (HFRDIS)
  • Percepção subjetiva de benefício
  • Interação entre adesão e efeito

3. Desenho do Estudo

  • Ensaio clínico randomizado
  • 250 mulheres pós-menopausa
  • Realizado em 2 centros (Baylor University e University of Michigan)
  • Duração da intervenção: 6 semanas
  • Follow-up: 12 semanas
  • Critério de inclusão: ≥4 ondas de calor/dia ou ≥28/semana

Braços:

  1. Hipnose autoadministrada (20 min/dia)
  2. Sham hypnosis (ruído branco 20 min/dia)

Grupo cego (participantes não sabiam qual era o ativo).

4. Resultados Principais

🔥 4.1 Redução da pontuação das ondas de calor

Após 6 semanas:

  • Hipnose: redução de 53,4%
  • Sham: redução de 40,9%
  • P = 0.04

Após 12 semanas:

  • Hipnose: redução de 60,9%
  • Sham: redução de 44,2%

Mais da metade das mulheres com hipnose atingiram ≥50% de redução, considerado clinicamente significativo:

  • 60,4% no grupo hipnose
  • 42,2% no controle

🌡️ 4.2 Frequência por gravidade

  • Melhora em todas as intensidades.
  • O maior benefício foi para episódios moderados.
  • Mulheres com hipnose tiveram queda mais rápida e sustentada.

🎗️ 4.3 Subgrupo com câncer de mama

Esse grupo respondeu ainda melhor:

  • Redução muito superior à do grupo controle (P=0.002).
  • Pontuações caíram de 98 → 35 em 6 semanas no grupo hipnose.

🧭 4.4 Interferência no dia a dia (HFRDIS)

  • Hipnose: redução de 56,6%
  • Sham: redução de 48,8%

A maior melhora no grupo hipnose ocorreu em:

  • Lazer (62,6% de melhora)
  • Atividades sociais
  • Humor
  • Qualidade de vida como um todo

 4.5 Percepção de benefício

“Melhorou moderadamente” ou “melhorou muito”:

  • 90,3% no grupo hipnose
  • 64,3% no controle

Mulheres que disseram estar “muito melhor”:

  • 32% hipnose
  • 18,4% controle

✔️ 4.6 Segurança

  • Apenas efeitos adversos leves (insônia, dores — não relacionados ao tratamento).
  • Nenhum evento moderado ou grave.

5. Conclusões

“ A hipnose autoadministrada é altamente eficaz, reduzindo sintomas em mais de 50%.

Melhora a qualidade de vida de forma significativa.

É segura, incluindo para mulheres com histórico de câncer de mama.

Representa uma alternativa não hormonal de alta acessibilidade.

O estudo reforça diretrizes da Menopause Society, que já recomendam hipnose como intervenção de primeira linha não hormonal. Devemos sempre valorizar tratamento não medicamentosos pois eles podem também ser a porta de entrada para tratamentos mais eficazes.” – Finaliza o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

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