Distúrbios neuropsiquiátricos e neurodegenerativos tornam-se mais comuns com a idade, gerando incapacidades, sobrecarregando cuidadores e elevando custos de saúde. Depressão e ansiedade podem ser sinais iniciais de neurodegeneração — ou até mesmo contribuir para o seu desenvolvimento.
O açafrão, usado há séculos no sul da Ásia, Pérsia e Mediterrâneo, vem ganhando destaque científico por suas propriedades antidepressivas, ansiolíticas e protetoras do sistema nervoso. Seus principais constituintes ativos — crocin, crocetin e safranal — atuam em múltiplos mecanismos: modulam neurotransmissores como serotonina, dopamina e noradrenalina; inibem a enzima acetilcolinesterase; possuem ação antioxidante; reduzem inflamação crônica e modulam a via inflamatória do inflamassoma NLRP3.
Um artigo recente destacou o potencial neuroprotetor do açafrão (Crocus sativus), especiaria tradicionalmente usada na culinária e na medicina natural.
Resultados dos estudos
A revisão analisou ensaios clínicos randomizados, revisões sistemáticas e meta-análises.
- Depressão: o açafrão mostrou eficácia consistente em casos leves a moderados, equivalente à fluoxetina (ISRS), mas com menos efeitos adversos (náusea, cefaleia e alterações de apetite). Também foi bem tolerado em pacientes com comorbidades cardíacas. Em um estudo, a crocin como adjuvante a ISRS demonstrou efeito antidepressivo adicional.
- Declínio cognitivo (MCI e DA): o açafrão apresentou melhora cognitiva comparável a fármacos como donepezila e memantina. Em DA moderada a grave, resultados em escalas cognitivas e funcionais mostraram equivalência entre memantina e açafrão. Os eventos adversos foram semelhantes.
- Em todos os ensaios de cognição, a dose utilizada foi 30 mg/dia, o que reforça a consistência dos achados.
Mecanismos de ação
“ A crocina e safranal aumentam serotonina, dopamina e noradrenalina, com efeito semelhante ao da fluoxetina. Inibem também a acetil colinesterase, aumentando acetilcolina, mecanismo semelhante a donepezila e rivastigmina, relevante para sintomas de Alzheimer. A crocina e crocetin neutralizam radicais livres, reduzem peroxidação lipídica (MDA) e elevam enzimas antioxidantes como SOD e glutationa. Aleem disso reduzem NF-κB, TNF-α, IL-6, IL-1β e inibem a via NLRP3, ao mesmo tempo em que estimulam genes antioxidantes e anti-inflamatórios.
A crocina aumenta BDNF, melhora memória e aprendizagem, reduz excitotoxicidade do glutamato e estimula neurogênese a partir de células-tronco neurais. Praticamente todo mundo se beneficia do uso. Eu recomendo muito no tratamento das mulheres com lipedema.” – Aconselha o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
Conclusão
O açafrão reúne um perfil de segurança favorável e origem natural. O açafrão surge como um potencial adjuvante no tratamento de transtornos de humor e declínio cognitivo, mas ainda não deve substituir terapias convencionais de primeira linha até que haja evidências mais consistentes, incluindo ensaios multicêntricos de longo prazo e estudos que identifiquem biomarcadores de resposta para uma medicina personalizada.
Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
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