Um recente estudo analisou as mudanças no consumo de ovos ao longo de quase meio século, investigando padrões alimentares e fatores que influenciam a ingestão de ovos na população.
Principais perguntas abordadas:
Como o consumo de ovos mudou nos últimos 48 anos?
Quem come mais ovos? Homens ou mulheres? Jovens ou idosos?
O medo do colesterol ainda afeta o consumo de ovos?
Metodologia
Dados coletados em quatro períodos diferentes:
1972–1974: 6.326 participantes responderam sobre sua ingestão semanal de ovos.
1988–1991: Nova coleta de dados com 1.627 participantes.
1992–1996: 1.385 pessoas responderam sobre seu consumo de ovos.
2021: 710 participantes responderam por meio de um questionário enviado por correio.
1. O consumo de ovos caiu e depois subiu novamente
Em 1972–1974, a média de ovos consumidos por semana era 3,6. Entre 1988–1996, o consumo caiu para 1,8 ovos por semana, seguindo as diretrizes contra o colesterol da época. Em 2021, o consumo voltou a subir para 3,5 ovos por semana, um nível próximo ao dos anos 70.
O estudo mostra que as mudanças nas recomendações nutricionais tiveram grande influência no consumo de ovos.
2. O medo do colesterol ainda afeta o consumo de ovos
“ Em 2021, 22% das pessoas ainda limitavam o consumo de ovos. As principais razões eram:
acreditar que ovos têm muito colesterol (10,2%), médicos recomendaram evitar ovos devido ao colesterol (25,5%) e apenas 1,3% relataram alergia a ovos. Apesar de as diretrizes de saúde terem retirado as restrições ao colesterol dietético, o medo do colesterol ainda persiste em parte da população. As recomendações nutricionais estão mudando muito nos últimos anos mas ainda vemos que médicos estão muito desinformados.” – Comenta o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
3. Homens comem mais ovos do que mulheres
Em todos os períodos analisados, os homens consumiram mais ovos do que as mulheres. Em 1972–1974, os homens comiam 4,1 ovos/semana, enquanto as mulheres comiam 3,2 ovos/semana. Em 2021, essa diferença permaneceu: homens comeram 4,1 ovos/semana, e mulheres 3,0 ovos/semana.
O motivo dessa diferença não foi explorado no estudo, mas pode estar relacionado a hábitos culturais ou preferências alimentares.
4. Ovos são uma excelente fonte de nutrientes, mas ainda enfrentam barreiras
Ovos contêm proteína de alta qualidade, vitaminas, colina e antioxidantes. São uma opção acessível e nutritiva, especialmente para idosos. Mas muitas pessoas ainda evitam ovos devido a informações desatualizadas sobre colesterol.
O estudo destaca que é urgente educar melhor a população sobre os benefícios dos ovos e corrigir a desinformação que ainda existe.
Conclusões
A história do consumo de ovos reflete a influência das diretrizes nutricionais nas escolhas alimentares da população.
Durante décadas, os ovos foram considerados vilões por causa do colesterol. Isso fez o consumo despencar. Agora que as diretrizes mudaram e reconheceram os benefícios dos ovos, o consumo voltou a crescer. No entanto, o medo do colesterol ainda persiste para muitas pessoas, e isso precisa mudar.
O que podemos aprender? O consumo de ovos é seguro para a maioria das pessoas. As recomendações nutricionais podem mudar ao longo do tempo, por isso é essencial se manter atualizado. A educação nutricional ainda tem um longo caminho a percorrer.
Mensagem Final: Os ovos estão de volta!
Depois de décadas de desinformação, está claro: os ovos são um dos alimentos mais completos e nutritivos que existem. Você ainda tem medo do colesterol dos ovos? Está na hora de repensar isso.
Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
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O artigo“Consenso Brasileiro de Lipedema pela metodologia Delphi”, publicado na Jornal Vascular Brasileiro (J Vasc Bras, 2025;24:e20230183), apresenta um importante avanço na compreensão e no manejo do lipedema, uma condição frequentemente subdiagnosticada e confundida com obesidade ou linfedema.
Resumo Detalhado do Consenso
Objetivo:
Estabelecer diretrizes claras para o diagnóstico, tratamento e manejo do lipedema, utilizando a metodologia Delphi, baseada na opinião de especialistas.
Metodologia:
Foram criadas 90 afirmações sobre lipedema por especialistas da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV).
113 profissionais avaliaram essas afirmações por meio do SurveyMonkey, buscando um consenso de 75% de concordância para inclusão no documento final.
81 afirmações foram validadas, enquanto 9 ainda precisam de mais pesquisa.
Principais Achados do Consenso
1. O Lipedema é uma doença distinta da obesidade
O lipedema não é causado pela obesidade, nem o contrário.
Pacientes podem ter IMC normal, mas com acúmulo desproporcional de gordura nas pernas e braços.
Mulheres são as mais afetadas e fatores hormonais como puberdade, gravidez e menopausa influenciam a progressão da doença.
2. Diagnóstico Preciso e Subdiagnóstico
O lipedema afeta 12,3% da população feminina adulta no Brasil.
A condição é frequentemente confundida com obesidade, linfedema ou insuficiência venosa crônica.
O diagnóstico precoce pode prevenir a progressão e melhorar a qualidade de vida.
3. O tratamento conservador é prioritário
A cirurgia não deve ser a primeira opção – o tratamento deve focar em: Atividade física de baixo impacto (hidroginástica, caminhada, yoga) Terapia compressiva Nutrição anti-inflamatória Suporte psicológico Fisioterapia especializada
A lipoaspiração com preservação linfática pode ser considerada apenas em casos avançados e quando há impacto funcional significativo.
Muitas pacientes relatam depressão, ansiedade e isolamento social devido à falta de reconhecimento médico e estigma social.
O apoio psicológico é essencial no tratamento.
5. Mais pesquisas são necessárias
A comunidade médica ainda não tem um entendimento completo da fisiopatologia do lipedema.
Mais estudos são necessários para entender o papel da inflamação, genética e metabolismo na doença.
Conclusão: Um Novo Marco no Tratamento do Lipedema
O Consenso Brasileiro de Lipedema representa um grande avanço para a medicina brasileira, trazendo diretrizes baseadas em ciência e consenso de especialistas. Com ele, espera-se que o lipedema seja mais reconhecido, diagnosticado precocemente e tratado de forma adequada, melhorando a qualidade de vida das pacientes.
Se você sente que pode ter lipedema, procure um especialista! Informação salva vidas!
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O estudo publicado no BMJ Nutrition, Prevention & Health (2025) pelo Dr. Akira Takahashi investiga os possíveis efeitos da água com gás na perda de peso, explorando como o dióxido de carbono (CO₂) presente na bebida pode influenciar o metabolismo da glicose e a sensação de saciedade.
Principais descobertas do estudo:
Água com gás pode aumentar a saciedade
O CO₂ presente na água gaseificada se dissolve no estômago, causando dilatação gástrica.
Esse efeito pode levar a uma sensação temporária de estômago cheio, reduzindo a fome.
Estudos anteriores mostraram que essa sensação pode levar a um menor consumo de alimentos em refeições seguintes.
Influência no metabolismo da glicose
Quando ingerida, a água com gás permite que CO₂ entre na corrente sanguínea e seja convertido em bicarbonato (HCO₃⁻) pelos glóbulos vermelhos.
Esse processo aumenta o pH intracelular e estimula a glicólise anaeróbica (uso de glicose para produção de energia).
Em pacientes submetidos à hemodiálise, um efeito semelhante é observado: o CO₂ absorvido pelo sangue reduz os níveis de glicose, favorecendo sua captação pelas células.
No entanto, o impacto da água com gás no metabolismo da glicose é pequeno e não pode ser considerado uma estratégia primária para emagrecimento.
Efeito na regulação da glicemia
Alguns estudos sugerem que beber água com gás pode alterar temporariamente os níveis de glicose no sangue.
Isso pode ser relevante para pessoas que monitoram sua glicemia, como diabéticos.
O impacto a longo prazo ainda não está totalmente compreendido e mais estudos são necessários.
Limitações e mitos sobre a água com gás
A água com gás não emagrece por si só: Seus efeitos na saciedade e no metabolismo da glicose são pequenos e devem ser acompanhados por uma alimentação equilibrada e exercícios físicos.
Não faz mal para os ossos: Diferente do que muitos acreditam, a água gaseificada não reduz a densidade óssea nem causa osteoporose.
Não causa celulite: A celulite está mais associada à genética, sedentarismo e dieta rica em gorduras e açúcares do que ao consumo de bebidas gaseificadas.
Pode causar desconforto digestivo: Para pessoas com refluxo gastroesofágico ou síndrome do intestino irritável, a ingestão de água com gás pode provocar inchaço e gases.
Conclusão do estudo
A água com gás pode ajudar indiretamente no controle do peso ao proporcionar saciedade e influenciar o metabolismo da glicose, mas seus efeitos são sutis. Não é uma solução para emagrecimento, e seu impacto deve ser analisado dentro de um contexto maior de hábitos saudáveis.
Dica final: Se você gosta de água com gás, prefira versões sem sódio e sem adoçantes para evitar efeitos negativos e aproveitar seus benefícios!
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Um recente estudo investigou os efeitos da vitamina D (2.000 UI/dia), ômega-3 (1g/dia) e exercício domiciliar sobre o envelhecimento biológico medido por relógios epigenéticos de metilação do DNA (DNAm) em adultos mais velhos ao longo de 3 anos.
Objetivo
Embora estudos observacionais e ensaios pequenos sugiram que vitamina D, ômega-3 e exercício podem retardar o envelhecimento biológico, faltam evidências de ensaios clínicos maiores. O objetivo do estudo foi avaliar o impacto isolado e combinado dessas intervenções no envelhecimento biológico medido por relógios epigenéticos de DNA.
Metodologia
Estudo DO-HEALTH: Ensaio clínico randomizado e controlado com 2.157 adultos saudáveis com ≥70 anos de cinco países europeus. Amostra: 777 participantes forneceram dados de metilação do DNA antes e após 3 anos de acompanhamento. Intervenções (2×2×2 fatorial):
Vitamina D (2.000 UI/dia) ou placebo
Ômega-3 (1g/dia) ou placebo
Programa de exercícios domiciliares 3x por semana ou controle
Desfechos principais:
Alterações em quatro relógios epigenéticos de DNA:
PhenoAge
GrimAge
GrimAge2
DunedinPACE
Alterações em biomarcadores epigenéticos do plasma (ex: PAI-1, leptina, TIMP-1).
Comparação das mudanças ao longo de 3 anos entre grupos.
Resultados
“ O Ômega-3 desacelerou o envelhecimento biológico! A suplementação de ômega-3 isoladamente reduziu a progressão do envelhecimento biológico em três relógios epigenéticos (PhenoAge, GrimAge2 e DunedinPACE). Foi uma redução de redução de 2,9 a 3,8 meses na idade biológica ao longo de 3 anos! Vitamina D e Exercício não tiveram efeitos significativos isoladamente, mas a combinação dos três tratamentos teve efeito aditivo positivo no PhenoAge.
As pessoas subestimam muito o poder das pequenas coisas. No tratamento do lipedema as pequenas coisas quando somadas se multiplicam.” – Comentao Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
Redução de biomarcadores inflamatórios
Ômega-3 reduziu marcadores epigenéticos ligados ao envelhecimento e inflamação: PAI-1 (inibidor do ativador do plasminogênio) Leptina TIMP-1 (inibidor tecidual da metaloproteinase-1)
A combinação das intervenções também reduziu B2M (β2-microglobulina) e GDF-15 (associados ao envelhecimento).
Discussão e Conclusões
O efeito do ômega-3 no envelhecimento biológico é consistente com estudos anteriores, que associam ácidos graxos a modificações epigenéticas benéficas. O exercício e a vitamina D não tiveram impacto isolado, mas complementaram os efeitos do ômega-3 no PhenoAge. As mudanças nos relógios epigenéticos foram modestas (~3 meses ao longo de 3 anos), mas clinicamente relevantes. Os participantes com níveis iniciais mais baixos de ômega-3 apresentaram maiores benefícios, sugerindo que a deficiência pode acelerar o envelhecimento epigenético. Os resultados reforçam o potencial do ômega-3 como estratégia para retardar o envelhecimento biológico.
Implicações Práticas
Ômega-3 pode ser uma intervenção acessível para retardar o envelhecimento biológico. A combinação de vitamina D, ômega-3 e exercício pode potencializar benefícios em longo prazo. Mais estudos são necessários para avaliar se essas mudanças impactam a longevidade e doenças relacionadas ao envelhecimento.
Conclusão: A suplementação diária de 1g de ômega-3 foi a intervenção mais eficaz na desaceleração do envelhecimento epigenético, com efeito potencializado pela combinação com vitamina D e exercícios.
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Um recente explorou as experiências de mulheres em academias, focando em sua imagem corporal, desafios, julgamentos percebidos e possíveis empoderamentos.
As principais questões analisadas foram:
Como a imagem corporal influencia a experiência das mulheres na academia?
Quais são os desafios que as mulheres enfrentam nesses espaços?
Como o ambiente da academia impacta sua motivação e confiança?
Metodologia
Tipo de Estudo: Pesquisa de métodos mistos (qualitativo e quantitativo) com análise temática.
Participantes: 279 mulheres (84% frequentadoras ativas de academia).
Coleta de Dados: Pesquisa online com 130 perguntas sobre imagem corporal, comportamento na academia e experiências.
Resultados Principais
1. “Nunca é o suficiente” – Sentimento constante de julgamento
As mulheres relataram sentir-se julgadas tanto pela aparência quanto pelo desempenho. Preocupações comuns:
Medo de parecerem “gordas” ou “muito musculosas”.
Ansiedade ao usar roupas curtas, leggings ou tops.
Pressão para atender a padrões corporais inalcançáveis.
“Quero ser magra e musculosa, mas não muito larga, porque ainda quero parecer pequena. Isso me estressa muito!”
2. “Muitas críticas” – Autojulgamento e inseguranças
Mulheres se autoavaliam negativamente em relação ao corpo e roupas. Principais preocupações:
Barriga (55% das participantes apontaram como o maior incômodo).
Comentários negativos sobre suor, estrias, celulite e acne.
Medo de parecer iniciante por não usar roupas de marca.
“Às vezes eu quero usar uma roupa mais confortável, mas me preocupo em parecer que não sei o que estou fazendo.”
3. “Sempre em exposição” – Assédio e desconforto
Muitas mulheres relataram experiências de assédio e intimidação na academia. Algumas estratégias usadas para evitar olhares e comentários:
Escolher horários mais vazios.
Usar roupas largas.
Evitar a área de pesos livres.
46% receberam comentários não solicitados sobre sua aparência, principalmente de homens. 41% disseram que pensam na possibilidade de assédio ao escolher a roupa para ir à academia.
“Prefiro cobrir meu corpo para evitar olhares e comentários desagradáveis.”
4. “Às vezes, empoderada” – Superação e confiança
Apesar dos desafios, muitas mulheres encontram força e motivação na academia! Ganho de confiança ao aprender a usar equipamentos. Sentimento de pertencimento em academias inclusivas e de apoio. Mulheres que treinam há mais tempo sentem-se mais empoderadas.
“É muito empoderador ocupar um espaço dominado por homens e perceber que sou tão forte quanto eles!”
Conclusões e Recomendações
A academia ainda é um espaço masculino – Mulheres frequentemente sentem-se julgadas e intimidadas. Mudanças são necessárias para maior inclusão, como:
Criar ambientes mais acolhedores e seguros.
Promover políticas contra o assédio.
Estimular um foco no desempenho e saúde, e não apenas na aparência. Mulheres podem se empoderar ao desafiar padrões e conquistar espaço no treino de força.
Reflexão Final
Você já se sentiu julgada ou desconfortável ao treinar na academia? O que poderia ser feito para tornar esses espaços mais acolhedores para as mulheres?
Fonte: Cowley & Schneider (2025), PLoS ONE.
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A síntese de proteína muscular, que é refletida pela taxa de síntese fracionada (FSR) da proteína muscular, é um processo fisiológico induzido pelo consumo de proteína. A síntese de proteína muscular é crucial para renovar o músculo esquelético, substituindo células musculares mais antigas por fibras mais novas e funcionais, independentemente do aumento da massa muscular total.
O maior aumento nos aminoácidos essenciais plasmáticos (EAAs) ocorre após o consumo de alimentos com maior teor de EAAs biodisponíveis. A carne animal, por exemplo, é uma fonte importante de proteína que contém todos os EAAs necessários para o metabolismo adulto.
No entanto, muitas pessoas estão mudando para alternativas à base de plantas, que são projetadas para se assemelhar ao sabor, textura e aparência, e ao teor de proteína de produtos de carne tradicionais. As alternativas à base de soja são o tipo mais comum, pois esses produtos têm um teor de proteína relativamente alto e um perfil de EAA favorável. No entanto, as alternativas à base de soja não induzem o aumento alto e rápido de EAAs plasmáticos após o consumo de carne.
Um recente estudo investigou e comparou os efeitos da ingestão de carne bovina e de um hambúrguer de soja (alternativa à carne) na síntese de proteínas musculares e no metabolismo proteico de todo o corpo.
Metodologia
Tipo de Estudo: Ensaio clínico randomizado e controlado.
Participantes: 24 adultos saudáveis (18-40 anos, IMC entre 20-32).
Grupos de Intervenção:
Grupo 1: Consumiu um hambúrguer de carne bovina de 4 oz (113g).
Grupo 2: Consumiu um hambúrguer de soja de 4 oz (113g).
Grupo 3: Consumiu dois hambúrgueres de soja (totalizando 8 oz ou 226g).
Medições:
Síntese proteica muscular (FSR – Fractional Synthetic Rate): Foi medida com infusão de isótopos estáveis.
Síntese e degradação proteica do corpo inteiro: Avaliada com marcadores plasmáticos de aminoácidos essenciais (EAA).
Resultados Principais
A carne bovina estimulou a síntese proteica muscular mais do que 113g de soja
O aumento na taxa de síntese proteica muscular (FSR) após 4 oz de carne foi significativamente maior do que após 4 oz de soja (p = 0.021).
O grupo da carne teve um aumento médio de 0.020 ± 0.016%/h na FSR.
O grupo da soja de 4 oz teve um aumento de apenas 0.003 ± 0.010%/h, não significativo em relação ao jejum.
A ingestão de 8 oz de soja gerou uma resposta anabólica semelhante à da carne.
A taxa de síntese proteica após 8 oz de soja foi 0.013 ± 0.016%/h, estatisticamente similar ao grupo da carne (p = 0.454).
“Isso sugere que é necessário o dobro da quantidade de proteína de soja para alcançar o mesmo efeito anabólico da carne. Isso é fundamental entender principalmente nas pessoas que querem diminuir a massa de gordura. Se não tiver um estímulo de massa muscular, cerca de 30% do peso perdido é de músculo. Isso impede a manutenção do peso perdido e aumenta a a fragilidade da pessoa. Tomo muito cuidado com isso principalmente nas mulheres com lipedema.” – Explica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
Os níveis de aminoácidos essenciais (EAA) no sangue foram mais altos no grupo da carne.
A concentração máxima de EAA foi significativamente maior no grupo da carne (p < 0.05).
O aumento da FSR foi correlacionado com o aumento de EAA no plasma (r = 0.411, p = 0.046).
O balanço proteico corporal foi melhor após 8 oz de soja.
O grupo da soja de 8 oz apresentou um balanço proteico líquido maior do que o grupo da carne bovina (p < 0.001).
No entanto, esse grupo também consumiu significativamente mais calorias (462 kcal vs. 279 kcal da carne).
Discussão
Qualidade da Proteína:
A carne bovina é uma fonte de proteína mais eficiente para estimular a síntese proteica muscular devido ao seu perfil completo de aminoácidos essenciais e melhor biodisponibilidade.
A soja requer o dobro da quantidade para gerar um efeito similar.
Efeito dos Aminoácidos:
O estudo questiona a hipótese de que a leucina seria o principal gatilho da síntese proteica. Apesar de a soja conter boas quantidades desse aminoácido, a resposta anabólica foi menor do que a da carne.
A absorção periférica dos aminoácidos da soja pode ser menor devido à maior retenção hepática e menor digestibilidade.
Implicações para Dietas Baseadas em Plantas:
“Pessoas que evitam carne podem alcançar bons resultados anabólicos, mas precisam consumir quantidades maiores de proteínas vegetais. O impacto calórico da soja deve ser considerado, já que o consumo de 8 oz resultou em 60% mais calorias do que a carne.” – Argumenta.
Conclusão
Uma porção de carne de 4 oz estimula mais a síntese proteica muscular do que uma porção equivalente de soja.
A soja pode ter um efeito similar ao da carne, mas apenas em quantidades dobradas.
O consumo de carne proporciona um aumento mais rápido e eficiente de aminoácidos essenciais na circulação, favorecendo a síntese muscular.
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