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Por que as mulheres deveriam consumir o rei das frutas?

A maioria das recomendações nutricionais não separam as pessoas por gênero, etnia, fase da vida e situação econômica. Todas as pessoas deveriam ter acesso a alimentos saudáveis que contenham nutrição adequada.

Considerando necessidades nutricionais únicas em diversas fases da vida, as Diretrizes Dietéticas para Americanos (DGA) elaboraram orientações alimentares personalizadas para crianças, mulheres grávidas e adultas mais velhas.

A DGA concentrou-se particularmente nas mulheres grávidas, uma vez que correm maior risco de desenvolver diabetes gestacional, ganho excessivo de peso gestacional, pré-eclâmpsia e hipertensão.

No entanto, estes riscos podem ser significativamente reduzidos seguindo uma dieta de alta qualidade. As mulheres grávidas são incentivadas a aumentar o consumo de folato, proteínas, cálcio, magnésio, vitamina D, ferro, potássio e fibras.

Um aumento no consumo de frutas poderia melhorar significativamente a qualidade da dieta, aumentando a ingestão de nutrientes essenciais.

Além das mulheres grávidas, a DGA também se concentrou em mulheres com mais de 60 anos de idade porque este grupo corre maior risco de desenvolver condições crônicas de saúde, como doenças ósseas/musculares, eventos cardiovasculares e câncer.

“Adultos mais velhos têm menos energia, mas necessidades nutricionais iguais ou superiores quando comparados com os mais jovens. Uma pesquisa recente documentou que os níveis de vários nutrientes, como zinco, ferro, magnésio, cálcio, folato e vitaminas A, C, D e E, estavam abaixo da necessidade média estimada em muitas idosas e mulheres grávidas. Melhorar o aporte nutricional nestes períodos da vida fazem uma grande diferença na saúde global principalmente nas mulheres com lipedema que não querem ganhar peso excessivo na gestação ou ter a fragilidade no tardar da vida devido a baixa massa muscular. A manga preenche esta lacuna de uma forma espetacular: uma xícara de manga contém 277 mg de potássio, 18,2 mg de cálcio, 2,6 g de fibra, 71 µg de folato, 16,5 mg de magnésio e 60,1 mg de vitamina C, com menos de 100 calorias!” – Orienta o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

Baseado no conceito de que a manga é o rei das frutas, um recente estudo levantou a hipótese de que as consumidoras diárias de manga, ou seja, tanto as mulheres em idade fértil (15-44 anos) como as adultas mais velhas (acima de 60 anos), consumiriam mais nutrientes benéficos e teriam uma melhor qualidade da dieta do que as não consumidoras.

Os dados do National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES), gerados entre 1999 e 2018, foram utilizados para desenvolver uma grande coorte de estudo, que ajudou a testar a hipótese acima mencionada.

Resultados

As mulheres consumidoras de manga consumiam uma média de 90g de manga por dia.

As mulheres que consumiam manga tinham uma ingestão superior a 20% de fibra e vitamina C e as consumidoras em idade reprodutiva tiveram uma ingestão de folato, magnésio e potássio superior a 10% em comparação com as não consumidoras. Elas tinham uma menor ingesta de gordura saturada.

A qualidade da dieta foi 16 e 13% maior em consumidoras em idade reprodutiva e adultas mais velhas em comparação com não consumidoras, respectivamente.

Além disso, as consumidoras de manga tiveram menor consumo de carne bovina, aves, peixe e gordura sólida e as consumidoras em idade reprodutiva tiveram maior consumo de grãos integrais em comparação com as não consumidoras.

Este estudo sugere que a incorporação de manga na dieta pode aumentar a ingestão de nutrientes selecionados, bem como a qualidade da dieta em fases específicas da vida de mulheres adultas.

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

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Novo tratamento para TDAH vai ajudar as mulheres com Lipedema

Atomoxetina é um medicamento oral que os médicos podem prescrever para tratar o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) que acabou de ser disponibilizada a venda no Brasil.

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O TDAH é um distúrbio comportamental que envolve hiperatividade, desatenção ou impulsividade. Pessoas com TDAH podem achar difícil ficar paradas, concentrar-se por longos períodos, lembrar de tudo o que precisam fazer ou controlar seu comportamento.

Embora comum em crianças, o TDAH geralmente continua na adolescência e na idade adulta. Estima-se que 8,1% dos adultos com idades entre 18 e 44 anos desenvolverão TDAH em algum momento da vida.

As opções de tratamento do TDAH incluem medicamentos e terapia comportamental.

“Nosso estudo brasileiro evidenciou uma prevalência alta de TDAH nas mulheres com lipedema. A terapia comportamental deve ser feita por todas as pessoas, mas algumas precisam de medicação que vai ajudar na qualidade de vida e aderência ao tratamento. Antes tínhamos apenas a opção de psicoestimulantes. Esta nova classe medicamentosa vai ajudar bastante as mulheres com lipedema que tem tdah e não se adaptam ou não se encaixam para o uso de psicoestimulantes. Embora os psicoestimulantes tenham efeito mais rápido, a atomoxetina tem um efeito mais duradouro.” – Esclarece o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

A atomoxetina é um inibidor seletivo da recaptação de noradrenalina. Ela atua no tratamento do TDAH e outras condições de saúde mental, aumentando a quantidade disponível de norepinefrina no cérebro. A norepinefrina é um neurotransmissor e hormônio que ajuda você a ficar alerta e manter o controle em situações de alto estresse. Descobriu-se que pessoas com TDAH apresentam níveis baixos de norepinefrina, em média.

Estudos descobriram que a atomoxetina é segura e eficaz para a maioria das pessoas com TDAH, incluindo aquelas que também têm problemas de saúde mental concomitantes comuns, como transtorno bipolar, depressão e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

Além de tratar os principais sintomas do TDAH, como desatenção, a atomoxetina melhora a qualidade de vida e diminui a instabilidade emocional entre crianças e adultos com TDAH.

“Uma revisão de 2015 indicou que cerca de 50% dos adultos com TDAH continuaram a sentir esses efeitos positivos. Seis meses depois de pararem de tomar o medicamento.” – Completa.

Efeitos colaterais

Em ensaios clínicos, a maioria dos efeitos colaterais relatados foram leves.

Para crianças, alguns dos efeitos colaterais mais comuns são:

  • Náusea
  • Cansaço
  • Mau humor
  • Tontura
  • Apetite reduzido
  • Vômito

Para adultos, alguns dos efeitos colaterais mais comuns são:

  • Tontura
  • Efeitos colaterais sexuais (como disfunção erétil)
  • Boca seca
  • Constipação
  • Náusea
  • Apetite reduzido
  • Dificuldade em urinar

Antes de tomar atomoxetina, informe o seu médico se estiver grávida ou planejando engravidar. Você também deve conversar com seu médico sobre quaisquer outros medicamentos que esteja tomando. Se você estiver tomando algum inibidor da monoamina oxidase, seu médico provavelmente lhe dirá para não tomar.

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Melhores fontes de proteína vegetal

Veja como as diferentes fontes de proteína vegana e vegetariana se comparam:

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Feijão:

Apenas meia xícara de qualquer variedade de feijão contém de 6 a 9 gramas de proteína – mais 6 a 8 gramas de fibra para mantê-la saciado. O feijão também pode ajudar a reduzir o colesterol e promover bactérias intestinais saudáveis.

“O feijão é o segredo da longevidade. As áreas de blue zones apresentam um consumo maior de feijão. As mulheres com lipedema deveriam consumir feijão para melhorar a sua saúde global como um todo. Acrescentar feijão na alimentação melhora até o resultado do tratamento de quimioterapia. Sem dúvida o feijão é o melhor superalimento.” – Analisa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

Lentilhas:

Sejam marrons, verdes ou vermelhas, adicionar meia xícara de lentilhas cozidas a sopas ou saladas adiciona cerca de 12 gramas de proteína à sua refeição.

Edamame:

Esses grãos de soja levemente fervidos ou cozidos no vapor – muitas vezes servidos ainda com casca – são um ótimo lanche ou aperitivo. Uma xícara de edamame (sem casca) contém 18 gramas de proteína.

O edameme é uma proteína completa, o que significa que fornece todos os aminoácidos que seu corpo precisa, mas não consegue produzir sozinho.

Tofu:

O tofu, feito a partir da soja, é tão versátil que você pode utilizá-lo no lugar da carne em uma receita ou até mesmo como base para sobremesas cremosas. Você obterá 8 gramas de proteína por porção. Procure variedades orgânicas com listas curtas de ingredientes.

Espirulina:

Aclamada como um superalimento, a espirulina é um tipo de alga marinha verde-azulada. Na forma de pó seco, também é uma fonte de nutrientes.

Duas colheres de sopa contêm apenas 40 calorias, 3,4 gramas de carboidratos e 0,5 gramas de fibra, mas fornecem 8 gramas de proteína por ser tão rica em aminoácidos.

“Muita gente chega no consultório tomando espirulina. No entanto, a espirulina pode interagir com certos medicamentos, especialmente imunossupressores. Pessoas artrite reumatóide, esclerose múltipla, lúpus ou outra doença auto-imune, não deveriam usar. O ideal é sempre passar por avaliação de um médico especialista e não se auto medicar. Pessoas com fenilcetonúria, gestantes ou mulheres amamentando devem evitar a não ser que tenham indicação médica.” – Alerta,

Tempeh:

Feito de soja fermentada e prensada em bloco, o tempeh é rico em proteínas, prebióticos e outros nutrientes. Por ser mais compacto que o tofu, é mais rico em proteínas – uma porção de 90 gramas fornece de 15 a 16 gramas. A textura firme, mas mastigável do Tempeh o torna um excelente complemento para sanduíches e saladas. Ou esmigalhe-o para substituir a carne moída nas receitas.

Grãos:

Você provavelmente pensa nos grãos principalmente como carboidratos, mas eles também contêm uma grande quantidade de proteínas. Uma porção de meia xícara de aveia, por exemplo, adiciona 5 gramas de proteína à sua refeição matinal. Um quarto de xícara (cru) de cevada ou quinoa também adiciona 5 a 6 gramas. Teff, milho, amaranto e outros grãos milenares também são ótimas opções para incrementar suas refeições.

Ervilhas:

As ervilhas têm má reputação, mas são uma ótima fonte de proteína: uma xícara de ervilhas cozidas contém 8 gramas.

Nozes:

Embora seja tecnicamente uma leguminosa, o amendoim contém a maior quantidade de proteína de todas as nozes comumente consumidas (9 gramas por porção de um quarto de xícara). Amêndoas e pistache ficam logo atrás com 7 e 6 gramas, respectivamente. Pegue um punhado como lanche ou decore sua aveia matinal com uma colher de sopa de manteiga de nozes para adicionar proteínas e gorduras de enchimento.

Sementes:

Assim como as nozes, as sementes são uma ótima fonte de proteínas e gorduras insaturadas. Para um lanche, opte por sementes de girassol, que contêm 8 gramas de proteína por 30g, ou sementes de abóbora, que contêm 7 gramas por 30g. Você também pode polvilhar sementes de cânhamo, que têm cerca de 10 gramas por 30g, em sua aveia ou torrada matinal.

Bebidas vegetais:

Alguns substitutos do leite, como o leite de soja e o leite de ervilha, contêm quase tanta proteína quanto o leite de vaca. Procure variedades sem açúcar ou levemente adoçadas.

Legumes:

Eles não são as fontes mais abundantes de proteína, mas se você seguir uma dieta rica em vegetais, obterá deles uma quantidade razoável de proteína. Por exemplo, uma xícara de couve de Bruxelas cozida contribui com 4 gramas de proteína para a sua refeição. Uma xícara de milho equivale a 5 gramas. Verduras folhosas como espinafre e agrião têm poucas calorias, mas têm alto teor de proteína por caloria.

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Perder peso é bom?

Hoje metade do mundo está fazendo alguma dieta para perder peso.
Mas existe um grupo de pessoas que está perdendo peso sem fazer dieta.

Quem nunca ouviu alguém dizer: “A vó está magrinha!” Será que isso é um sinal de alerta?!

O aumento da expectativa de vida que vivemos desde a revolução industrial mudou o cenário de doenças. Hoje uma em cada cinco mortes se deve ao câncer, as estimativas apontam para um crescimento de 122% de casos novos de 1996 a 2020 com uma previsão de ser a principal causa de morte no país em 2030!

Na maioria dos casos, o câncer é diagnosticado após o aparecimento dos sintomas. Entre os sintomas comuns na apresentação está a perda de peso não intencional, que tem sido associada a um maior risco de diagnóstico de câncer durante o subsequente de poucos meses.

Um recente estudo foi motivado pelo fato de os registos seriados de peso não terem sido explorados para produzir dados sobre a associação da perda de peso com o câncer e pela necessidade de incluir todos os diagnósticos de câncer num grande grupo. A intenção de perder peso também deve ser levada em consideração ao tentar quantificar a associação com o câncer.

Foram incluídos no estudo mulheres com idade mínima de 40 anos do Nurses’ Health Study, acompanhadas ao longo de 38 anos, e homens do Health Professionals Follow-Up Study, também com 40 anos ou mais, acompanhados por 28 anos. Todos os participantes foram verificados quanto à mudança de peso, conforme determinado pelos pesos registrados duas vezes por ano.

Os pesquisadores estratificaram a mudança de peso por intenção de fazê-lo, considerando mudanças na atividade física e na qualidade da dieta. Se ambos mudassem, era atribuída alta intencionalidade, com média e baixa intencionalidade se apenas um ou nenhum mudasse.

O estudo incluiu mais de 157.000 participantes, com idade média de 62 anos. Mais de 70% eram mulheres. O acompanhamento abrangeu um total de 1,64 milhões de pessoas-ano. Cerca de 5% dos pacientes com câncer recém-diagnosticados perderam 10% do peso corporal ou mais durante os 12 meses anteriores ao diagnóstico do câncer.

Durante este período cumulativo, ocorreram quase 16.000 novos diagnósticos de câncer, ou seja, 964 por 100.000 pessoas-ano. No entanto, a taxa de incidência aumentou para 1.300 por 100.000 pessoas-ano quando limitada àqueles diagnosticados dentro de 12 meses após mudança recente de peso, totalizando mais de 10% do peso corporal. Em contraste, entre aqueles que não perderam peso nos últimos 12 meses, a incidência de câncer foi de aproximadamente 870 por 100.000 PY.

Assim, houve um excesso de quase 500 casos por 100.000 pessoas-ano entre pessoas que perderam recentemente 10% ou mais do peso corporal.

Quando categorizados por intencionalidade, aqueles que perderam esta quantidade de peso nos últimos 12 meses com marcadores de baixa intencionalidade tiveram uma incidência de câncer de quase 2.300 por 100.000 pessoas-ano, mas apenas 1.200 por 100.000 pessoas-ano para aqueles que não perderam peso. Ou seja, houve quase 1.500 casos a mais de câncer recém-diagnosticados por 100.000 pessoas-ano entre aqueles que perderam peso sem querer.

“Os cânceres entre as pessoas que perderam peso tinham maior probabilidade de ocorrer no trato gastrointestinal superior, ou seja, esôfago, estômago, fígado e vias biliares, e pâncreas. Estes compreendiam 173 por 100.000 pessoas-ano na categoria de perda de peso recente, mas apenas 36 por 100.000 pessoas-ano entre os outros. Assim, houve um excesso de cerca de 140 casos por 100.000 pessoas-ano no grupo de perda de peso. Quanto maior a perda de peso, maior a taxa de incidência aumentou. As pessoas tem de ficar atentas quando elas mesmas ou algum familiar perde peso de forma não intencional. As únicas pessoas que têm uma proteção natural contra todos os tipos de câncer são as mulheres com lipedema.” – Analisa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

A perda de peso e um histórico de tabagismo também previram uma maior taxa de incidência de câncer do que a perda de peso sem histórico de tabagismo.

Entre as pessoas com 60 anos ou mais, mais de 3% das pessoas que perderam 10% ou mais do seu peso corporal involuntariamente seriam diagnosticadas com câncer nos próximos 12 meses.

“Pessoas com 60 anos ou mais com perda de peso inexplicável devem ser submetidos a avaliação para câncer” – Alerta.

Exceções importantes a esse padrão foram os cânceres de mama, trato urogenital, cérebro e melanoma.

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Você dorme bem?

Saiba que você deveria valorizar mais o seu sono

Pessoas que têm mais distúrbios do sono na faixa dos 30 e 40 anos podem ter maior probabilidade de ter problemas de memória e pensamento uma década depois, de acordo com uma nova pesquisa publicada na Neurology.

O estudo envolveu 526 pessoas com idade média de 40 anos. Elas foram acompanhadas por 11 anos.

Os pesquisadores analisaram a duração e a qualidade do sono dos participantes. Os participantes usaram um monitor de atividade de pulso por três dias consecutivos em duas ocasiões com aproximadamente um ano de intervalo para calcular suas médias. Os participantes dormiram em média seis horas.

Os participantes também relataram os horários de dormir e acordar em um diário de sono e preencheram uma pesquisa de qualidade do sono com pontuações variando de zero a 21, com pontuações mais altas indicando pior qualidade do sono. Um total de 239 pessoas, ou 46%, relataram sono insatisfatório com pontuação superior a cinco.

Os participantes também completaram uma série de testes de memória e pensamento.

Os pesquisadores também analisaram a fragmentação do sono, que mede interrupções curtas e repetitivas do sono. Eles analisaram tanto a porcentagem de tempo gasto em movimento quanto a porcentagem de tempo gasto sem se mover por um minuto ou menos durante o sono. Depois de somar essas duas porcentagens, os pesquisadores descobriram que os participantes tinham uma fragmentação média do sono de 19%.

Os pesquisadores então dividiram os participantes em três grupos com base na pontuação de fragmentação do sono.

Das 175 pessoas com o sono mais perturbado, 44 tiveram um desempenho cognitivo fraco 10 anos depois, em comparação com 10 das 176 pessoas com o sono menos perturbado.

Depois de ajustar para idade, sexo, raça e educação, as pessoas que tiveram o sono mais perturbado tiveram mais do dobro das probabilidades de ter um desempenho cognitivo fraco quando comparadas com aquelas com o sono menos perturbado.

Não houve diferença no desempenho cognitivo na meia-idade para aqueles do grupo intermediário em comparação com o grupo com menos perturbações do sono.

“Dado que os sinais da doença de Alzheimer começam a acumular-se no cérebro várias décadas antes do início dos sintomas, compreender a ligação entre o sono e a cognição no início da vida é fundamental para compreender o papel dos problemas do sono como fator de risco para a doença. Essa nova descoberta indica que a qualidade, e não apenas quantidade, do sono é mais importante para a saúde cognitiva na meia-idade” – Informa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

Mais pesquisas são necessárias para avaliar a ligação entre os distúrbios do sono e a cognição em diferentes fases da vida e para identificar se existem períodos críticos da vida em que o sono está mais fortemente associado à cognição.

O estudo não prova que a qualidade do sono causa declínio cognitivo. Mostra apenas uma associação.

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Posso usar Estévia?

Nos últimos anos tivemos diversos estudos demonstrando malefícios do consumo de adoçantes

Mas nenhum deles informou algo sobre estévia.

Num estudo recente, os investigadores investigaram o impacto de 12 semanas de consumo regular de estévia, na composição, diversidade e estrutura da comunidade da microbiota intestinal humana em adultos saudáveis e com peso normal.

Os compostos doces da estévia, conhecidos como glicosídeos de esteviol, entram intactos no cólon, onde as bactérias intestinais os degradam em glicose e esteviol. Em seguida, são absorvidos no fígado, onde se conjugam com o ácido glicurônico para facilitar a secreção.

Dado que a estévia contacta apenas brevemente a microbiota intestinal, seria intrigante saber se isso é suficiente para induzir alterações na composição da microflora intestinal.

Dada a potencial ligação entre o consumo de adoçantes e a microbiota intestinal, são necessários estudos para compreender os efeitos dos diferentes adoçantes na microbiota.

“Em um estudo recente os pesquisadores examinaram os efeitos do consumo de aspartame, sucralose e sacarina na composição da microbiota intestinal; no entanto, os ensaios em humanos não avaliaram as alterações da microbiota intestinal após o consumo regular de estévia. Os resultados para sacarina e sucralose são muito ruins para a resposta a glicemia e o aspartame é muito ruim para a microbiota. Isso é muito importante pois a maioria das pessoas que querem emagrecer usam adoçantes. O uso destes adoçantes dificulta o tratamento das mulheres com lipedema.” – Alerta o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

No presente ensaio clínico randomizado e controlado, os pesquisadores recrutaram adultos saudáveis com idades entre 18 e 40 anos, com índice de massa corporal (IMC) na faixa de 18,5 a 24,9 kg/m2, que eram consumidores não habituais de adoçantes e não faziam dietas restritivas.

Os participantes do grupo de estévia tiveram que consumir cinco gotas de estévia disponível comercialmente duas vezes ao dia e abster-se de suplementos probióticos, enquanto os participantes do grupo de controle não precisaram de mudanças na dieta.

Todos participaram de três visitas de estudo: uma no início do estudo, uma às seis semanas e outra às 12 semanas.

No total, 28 participantes completaram este ensaio; consequentemente, a equipe obteve amostras fecais de 14 participantes do grupo de estévia e 13 do grupo de controle, além de 26 amostras de controle para análise de dados da microbiota por meio do sequenciamento do ácido ribonucleico ribossômico 16S (rRNA).

Resultados

A composição taxonômica dos dados da microbiota compreendeu 15 filos, 130 gêneros, 27 classes, 42 ordens e 68 famílias.

Os grupos de estévia e controle tinham proporções comparáveis de filos no início do estudo (zero semanas); no entanto, no início do estudo e às 12 semanas, ou seja, em ambos os momentos, a proporção de Actinobactérias permaneceu menor nas amostras fecais dos participantes do grupo estévia. Além disso, as amostras fecais do grupo estévia praticamente não continham Proteobactérias.

As abundâncias relativas nos níveis de classe, ordem e família foram comparáveis em ambos os grupos.

No entanto, ao nível do gênero, os autores notaram algumas diferenças às 12 semanas, com a presença de Clostridium e Dorea no grupo de estévia e a ausência de Clostridium e Megamonas no grupo de controlo.

“Análises adicionais de abundância diferencial revelaram que o consumo de estévia levou a uma diminuição de Akkermansia e a um aumento de Faecalibacterium; entretanto, o único gênero significativamente diferente às 12 semanas foi Butyricoccus, uma espécie produtora de butirato.” – Explica.

Além disso, o modelo de floresta aleatória encontrou associações notáveis entre a microbiota intestinal e o grupo da estévia, identificando com precisão a microbiota com aproximadamente 75% de precisão; Dehalobacterium, Methanobrevibacter, Oscillospira e Oxalobacter foram os táxons mais fortemente associados.

 

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O que seus filhos comem hoje impactam a vida deles

Hoje 40% das crianças com menos de 12 anos são obesas.
Esse número é muito triste e assustador.

Mais da metade do mundo está com sobrepeso e esses números somente aumentam.

As pessoas colocam a culpa na gordura, mas a quantidade de gordura num corpo reflete quantidade de inflamação que esse corpo já recebeu.

A cada mês temos novas descobertas sobre o impacto deste estilo de vida moderno na saúde das pessoas e cada vez mais vemos que esses impactos se iniciam cedo.

De acordo com um recente estudo financiado pela British Heart Foundation e liderado pela Universidade de Bristol, dietas ricas em calorias, gordura e açúcar na infância podem causar danos à função dos vasos sanguíneos, conhecidos por aumentar o risco de ataques cardíacos e derrames precoces, já na adolescência!

As artérias transportam sangue rico em oxigênio e nutrientes do coração para o resto do corpo. As artérias enrijecem naturalmente à medida que envelhecemos, mas isso pode ser agravado pelo tabagismo ou por doenças como diabetes. Artérias rígidas podem aumentar a pressão arterial, aumentar a carga de trabalho do coração e aumentar o risco de ataques cardíacos e derrames. Sempre consideramos isso como uma doença de idoso mas saber que isso já se inicia na infância nos faz entender que devemos tomar medidas urgentes para não acabar com a saúde de uma geração que ainda não envelheceu mas já é velha. As únicas mulheres que apresentam uma proteção disso são as mulheres com lipedema mas elas vão apresentar um acúmulo muito grande de inflamação nas pernas que prejudica muito a qualidade de vida delas”

Pesquisadores da Universidade de Bristol investigaram ligações entre a dieta infantil e a rigidez arterial na adolescência. Eles descobriram que uma dieta rica em calorias, gordura e açúcar, e pobre em fibras, às idades de 7 e 10 anos, estava associada a artérias mais rígidas aos 17 anos.

Além disso, os padrões alimentares mediterrânicos e anti-inflamatórios pareciam proteger a saúde do coração, e as crianças cujas dietas eram mais semelhantes a estes padrões tinham artérias menos rígidas e mais elásticas aos 17 anos.

“Essa pesquisa destaca a importância de desenvolver hábitos alimentares bem equilibrados desde a infância para reduzir o risco de futuros problemas cardíacos. A rigidez arterial é um sinal importante de dano aos vasos sanguíneos com potencial para efeitos duradouros.

Está associada a uma variedade de condições graves, incluindo insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral e demência vascular.” – Alerta o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

Os pesquisadores coletaram informações sobre as dietas de mais de 4.700 crianças envolvidas no estudo de saúde Children of the 90s. As dietas foram estudadas quando atingiram as idades de sete, 10 e 13 anos. A rigidez arterial e a espessura da parede arterial foram então medidas em milhares dessas crianças aos 17 e 24 anos.

A dieta foi avaliada usando cinco escores de qualidade diferentes. As pontuações refletiram o quão estreitamente a dieta da criança estava alinhada com cinco padrões alimentares, cada um conhecido por ajudar a proteger a saúde do coração ou aumentar o risco de problemas cardíacos.

As crianças com dietas ricas em calorias, gordura e açúcar e pobres em fibras aos 7 e 10 anos tinham artérias mais rígidas aos 17 anos, em comparação com crianças que comeram alimentos menos calóricos, gordurosos e açucarados na infância. Em pesquisas anteriores com essas crianças, esse padrão alimentar rico em calorias foi associado ao excesso de peso na infância e na adolescência.

Alguns dos outros padrões alimentares investigados também estavam ligados à saúde dos vasos sanguíneos. Crianças de 7 anos que tinham uma dieta mais mediterrânea: que inclui frutas e vegetais, feijões e lentilhas, peixe e gorduras insaturadas e menos carne e produtos à base de carne, tiveram redução da rigidez arterial aos 17 anos.

Da mesma forma, seguir uma dieta com mais nutrientes anti-inflamatórios aos 10 anos de idade foi associado à redução da rigidez arterial aos 17 anos.

Os alimentos considerados anti-inflamatórios incluem frutas e vegetais, especialmente frutas vermelhas e uma variedade de vegetais de cores vivas, bem como nozes, sementes, especiarias e frutos do mar.

Em geral, as crianças com dietas mais saudáveis, de acordo com o sistema de pontuação do estudo, eram mais propensas a ser do sexo feminino, ter um IMC mais baixo e ter uma mãe com maior nível de escolaridade e que provinha de um contexto socioeconômico mais elevado.

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Uma dica para uma boa saúde óssea

Nos últimos 10 anos dobrou o número de mortes de idosos por quedas.

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Na população acima de 65 anos, queda já é a terceira causa de morte.(fonte) Mas o que podemos fazer?

Demência, osteoporose e fraturas por fragilidade são doenças crônicas, muitas vezes coexistindo em idosos. Estas condições representam morbilidade grave, incapacidade a longo prazo e mortalidade, com implicações socioeconômicas relevantes. Existe uma relação importante entre comprometimento cognitivo, demência e baixa densidade mineral óssea (DMO) e fraturas por fragilidade.

A massa óssea, crucial para a resistência óssea ao longo da vida, atinge o pico no início da idade adulta e depende em grande parte do acúmulo na infância, influenciando o aparecimento da osteoporose e o risco de fraturas. Fatores do início da vida, incluindo nutrição, atividade física, genética e meio ambiente, são significativos neste acúmulo.

Estudos relacionam a exposição infantil a espaços verdes a benefícios neurocognitivos, mentais, sociocomportamentais e emocionais, juntamente com menor risco de obesidade, redução da pressão arterial e aumento da atividade física.

É necessária mais investigação para compreender de forma abrangente como a exposição precoce a espaços verdes influencia a acumulação de massa óssea e os seus efeitos a longo prazo na prevenção da osteoporose e das fraturas.

Num recente estudo, um grupo de investigadores examinou a associação entre a exposição precoce a espaços verdes residenciais e alterações na densidade mineral óssea em crianças pequenas.

De 2014 a 2021, 1.492 crianças de quatro a seis anos foram elegíveis, sendo que 972 atenderam aos critérios de acompanhamento. Destes, participaram 541 duplas e a densidade mineral óssea radial foi avaliada em 327 crianças. Esta coorte era representativa da Flandres, Bélgica.

Os dados foram coletados por meio de questionário semiestruturado, abrangendo detalhes de estilo de vida, sociodemográficos e de saúde. Foram registradas a etnia das crianças, com base nas origens dos avós, e a exposição passiva à fumaça domiciliar. O tempo diário de tela, o consumo de laticínios, a suplementação vitamínica e os níveis de escolaridade materna também foram anotados. O peso e a altura das crianças foram medidos para cálculo do índice de massa corporal.

A densidade mineral óssea, indicativa da resistência óssea, foi avaliada por ultrassonografia quantitativa, um método livre de radiação adequado para crianças pequenas.

O estudo também se concentrou na exposição a espaços verdes residenciais, calculada a partir de dados de cobertura do solo de alta resolução. O espaço verde ao redor da residência de cada criança foi quantificado em raios variados, utilizando software de Sistema de Informação Geográfica.

A exposição a espaços verdes residenciais foi positivamente associada à densidade mineral óssea após ajuste para fatores como idade, peso, sexo, altura, etnia e escolaridade materna da criança. A ligação mais forte foi observada com o espaço verde total num raio de 500 metros, onde um aumento de 21,2% no espaço verde foi associado a um aumento de 27,38 m/s na densidade mineral óssea. Os grandes espaços verdes mostraram tendências semelhantes. A baixa área verde mostrou associações significativas apenas nas faixas de 1.000 e 3.000 metros.

O risco de ter baixa densidade mineral óssea foi inversamente relacionado à exposição a espaços verdes. Um aumento no espaço verde total num raio de 1000 metros foi associado a um risco 67% menor de densidade mineral óssea abaixo do percentil 10 específico do sexo! – Destaca o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

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Tratamento para Artrite

Nova descoberta pode ajudar as pessoas com artrite

Image by Freepik

A osteoartrite avançada do joelho é uma das principais causas de dor e incapacidade em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde 365 milhões de adultos têm osteoartrite sintomática do joelho. Destes, 344 milhões apresentam sintomas moderados ou severos e prevê-se que mais de metade dos diagnosticados sejam eventualmente submetidos a uma cirurgia de prótese total do joelho. 60% das pessoas com osteoartrite são mulheres e a incidência de osteoartrite de joelho nas mulheres com lipedema é alta!

Analgésicos e mudanças no estilo de vida, como exercícios e redução do excesso de peso, têm sido há muito tempo as terapias mais comumente usadas para tratar a rigidez articular e a dor causada por doenças degenerativas, mas há uma necessidade de terapias que possam prevenir a ruptura articular que ocorre na osteoartrite.

Pesquisadores de Yale identificaram um medicamento alvo que pode aliviar a degeneração articular associada à osteoartrite, relatada em 3 de janeiro na revista Nature.

Sabe-se que proteínas especializadas conhecidas como canais de sódio, encontradas nas membranas celulares, produzem impulsos elétricos em células “excitáveis” nos músculos, no sistema nervoso e no coração. E em pesquisas anteriores, pesquisadores de Yale, identificaram o papel fundamental de um canal de sódio específico, chamado Nav1.7, na transmissão de sinais de dor.

Os mesmos pesquisadores descobriram que os mesmos canais Nav1.7 também estão presentes em células não excitáveis que produzem colágeno e ajudam a manter as articulações do corpo.

No novo estudo, os investigadores eliminaram os genes Nav1.7 destas células produtoras de colágeno e reduziram significativamente os danos nas articulações em dois modelos de osteoartrite em ratos.

“A osteoartrite, a forma mais comum de artrite, é uma doença degenerativa causada pela ruptura da cartilagem que facilita o atrito entre as articulações. Ocorre mais comumente nos joelhos, quadris e mãos. A prevalência é alta nas mulheres com lipedema e acaba incapacitando a vida das pessoas. Neste estudo, eles demonstraram que os medicamentos usados para bloquear o Nav1.7 – incluindo a carbamazepina, um bloqueador dos canais de sódio atualmente usado para tratar a epilepsia, forneceu proteção substancial contra danos nas articulações nos ratos. Isso abrirá porta para uma nova opção terapêutica.” – Explica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

O bloqueio do Nav1.7 evita a destruição das células da cartilagem em um ambiente inflamatório, mas permite que as vias anabólicas normais prossigam. Este achado foi estabelecido em modelos animais, bem como em condrócitos humanos primários de pacientes com osteoartrite.

Uma exploração mais profunda mostrou que o bloqueio do Nav1.7 modula as vias de sinalização do íon cálcio dentro dos condrócitos. Isto, por sua vez, leva à secreção alterada de proteínas e outras moléculas biologicamente ativas, como HSP (proteína de choque térmico) 70 e midkine, pelos condrócitos. O resultado é a melhoria da qualidade da cartilagem e a redução da destruição, retardando a progressão da osteoartrite e aliviando a dor.

A eficácia da carbamazepina na prevenção da destruição da cartilagem em modelos animais de Osteoartrite sugere que ela poderia ser utilizada para o tratamento de osteoartrite em humanos, mas ainda necessitamos de validação adicional.

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Será que a alimentação influencia na endometriose?

A endometriose é uma condição crônica em que o tecido endometrial cresce fora da cavidade uterina. A inflamação crônica está associada à endometriose, assim como o estresse oxidativo excessivo em lesões ectópicas.

Organização Mundial da Saúde estima que 10% das mulheres em idade reprodutiva em todo o mundo sofre desta doença, que pode causar dor intensa e infertilidade, afeta o sistema imunológico e o trato digestivo e atualmente não tem cura.

As intervenções dietéticas podem reduzir a inflamação, aliviar a dor e proporcionar outros benefícios no tratamento da endometriose, melhorando a qualidade de vida das pacientes.

No entanto, substâncias como o bisfenol A (BPA), a dioxina e os ftalatos podem ser ingeridos juntamente com os alimentos e ter efeitos adversos devido às suas propriedades desreguladoras do sistema endócrino.

Para identificar pesquisas relevantes sobre esses temas, um recente estudo realizou uma pesquisa bibliográfica em duas bases de dados, Web of Sciences e PubMed, selecionando 171 artigos publicados entre 2013 e 2023. O número final de artigos incluídos foi 171. De todas as publicações incluídas, 81 eram revisões e metanálises, 14 eram estudos em modelos animais e 76 eram artigos de pesquisa.

O que eles descobriram

Estudos em animais mostram que a suplementação de vitamina C e D pode inibir o tamanho ou volume das lesões endometrióticas. Em humanos, a suplementação de vitaminas C, D e E tem sido associada a níveis mais baixos de marcadores inflamatórios, estresse oxidativo e dor.

A vitamina D também diminui a produção de citocinas pró-inflamatórias, como a interleucina-17 (IL-17) e IL-6, e pode reduzir a capacidade de invasão das células endometriais.

A deficiência de vitamina D, por outro lado, pode causar lesões endometrióticas maiores nos ovários. As vitaminas B1, B2, B6, B9 e B12 podem proteger contra o desenvolvimento da endometriose.

Elementos como enxofre, cálcio, sódio, magnésio, potássio, fósforo e cloreto são necessários em grandes quantidades na dieta. Os desequilíbrios nesses nutrientes podem piorar os sintomas da endometriose, incluindo fadiga, distensão abdominal, dor e inflamação.

Microelementos como cromo, cobre, selênio, ferro e manganês, necessários em pequenas quantidades, podem influenciar o desenvolvimento da doença.

“Estudos demonstraram níveis séricos mais baixos de zinco (22-43%) em pacientes com endometriose em comparação com mulheres saudáveis de controle. Da mesma forma, as concentrações de zinco no fluido folicular foram mais baixas em mulheres com endometriose em comparação com aquelas que tinham infertilidade tubária. As deficiências de selênio podem estar associadas à infertilidade relacionada à endometriose. São muitas semelhanças com o Lipedema. A diferença é o foco da inflamação no corpo.” – Informa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

Pacientes com endometriose tendem a ter níveis mais elevados de cobre no sangue, na urina e no fluido folicular. O ferro, que causa estresse oxidativo, é frequentemente encontrado em lesões ectópicas, líquido folicular, líquido peritoneal e sangue em pacientes com endometriose, mas não foi associado à dieta.

A endometriose tem sido associada a alergias ao níquel, para as quais dietas com baixo teor de níquel podem ser benéficas. Um pequeno conjunto de evidências sugere que níveis elevados de cromo podem ser um fator de risco para a doença.

“Evitar bijuterias também pode auxiliar estar pacientes, pois muitas apresentam contaminação por metais pesados que irão funcionar como xenoestrógenos piorando os sintomas da endometriose e lipedema.” – Aconselha.

A suplementação com Omega 3 reduz citocinas pró-inflamatórias como a IL-6. Suplementos de ômega-3-PUFA também podem suprimir a adesão endometrial. No entanto, o efeito da suplementação no alívio da dor não foi bem estudado.

O consumo de fibras de frutas tem efeito protetor.

O aumento do consumo de queijo, laticínios com alto teor de gordura e laticínios totais está associado a um risco reduzido de endometriose. O efeito protetor dos laticínios é particularmente forte para produtos com maior teor de gordura, mas não para produtos com baixo teor de gordura.

Observou-se que a ingestão de proteína animal é menor em mulheres com endometriose, mas o consumo de aves é um fator de risco para a doença. A substituição da carne vermelha por itens como ovos ou peixe pode ser protetora.

Apesar das muitas descobertas descritas nesta revisão, novas pesquisas interdisciplinares sobre este tema parecem ser extremamente importantes, pois no futuro poderão resultar no desenvolvimento de terapias personalizadas de apoio ao tratamento da endometriose.

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