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Posso usar Estévia?

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Nos últimos anos tivemos diversos estudos demonstrando malefícios do consumo de adoçantes

Mas nenhum deles informou algo sobre estévia.

Num estudo recente, os investigadores investigaram o impacto de 12 semanas de consumo regular de estévia, na composição, diversidade e estrutura da comunidade da microbiota intestinal humana em adultos saudáveis e com peso normal.

Os compostos doces da estévia, conhecidos como glicosídeos de esteviol, entram intactos no cólon, onde as bactérias intestinais os degradam em glicose e esteviol. Em seguida, são absorvidos no fígado, onde se conjugam com o ácido glicurônico para facilitar a secreção.

Dado que a estévia contacta apenas brevemente a microbiota intestinal, seria intrigante saber se isso é suficiente para induzir alterações na composição da microflora intestinal.

Dada a potencial ligação entre o consumo de adoçantes e a microbiota intestinal, são necessários estudos para compreender os efeitos dos diferentes adoçantes na microbiota.

“Em um estudo recente os pesquisadores examinaram os efeitos do consumo de aspartame, sucralose e sacarina na composição da microbiota intestinal; no entanto, os ensaios em humanos não avaliaram as alterações da microbiota intestinal após o consumo regular de estévia. Os resultados para sacarina e sucralose são muito ruins para a resposta a glicemia e o aspartame é muito ruim para a microbiota. Isso é muito importante pois a maioria das pessoas que querem emagrecer usam adoçantes. O uso destes adoçantes dificulta o tratamento das mulheres com lipedema.” – Alerta o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

No presente ensaio clínico randomizado e controlado, os pesquisadores recrutaram adultos saudáveis com idades entre 18 e 40 anos, com índice de massa corporal (IMC) na faixa de 18,5 a 24,9 kg/m2, que eram consumidores não habituais de adoçantes e não faziam dietas restritivas.

Os participantes do grupo de estévia tiveram que consumir cinco gotas de estévia disponível comercialmente duas vezes ao dia e abster-se de suplementos probióticos, enquanto os participantes do grupo de controle não precisaram de mudanças na dieta.

Todos participaram de três visitas de estudo: uma no início do estudo, uma às seis semanas e outra às 12 semanas.

No total, 28 participantes completaram este ensaio; consequentemente, a equipe obteve amostras fecais de 14 participantes do grupo de estévia e 13 do grupo de controle, além de 26 amostras de controle para análise de dados da microbiota por meio do sequenciamento do ácido ribonucleico ribossômico 16S (rRNA).

Resultados

A composição taxonômica dos dados da microbiota compreendeu 15 filos, 130 gêneros, 27 classes, 42 ordens e 68 famílias.

Os grupos de estévia e controle tinham proporções comparáveis de filos no início do estudo (zero semanas); no entanto, no início do estudo e às 12 semanas, ou seja, em ambos os momentos, a proporção de Actinobactérias permaneceu menor nas amostras fecais dos participantes do grupo estévia. Além disso, as amostras fecais do grupo estévia praticamente não continham Proteobactérias.

As abundâncias relativas nos níveis de classe, ordem e família foram comparáveis em ambos os grupos.

No entanto, ao nível do gênero, os autores notaram algumas diferenças às 12 semanas, com a presença de Clostridium e Dorea no grupo de estévia e a ausência de Clostridium e Megamonas no grupo de controlo.

“Análises adicionais de abundância diferencial revelaram que o consumo de estévia levou a uma diminuição de Akkermansia e a um aumento de Faecalibacterium; entretanto, o único gênero significativamente diferente às 12 semanas foi Butyricoccus, uma espécie produtora de butirato.” – Explica.

Além disso, o modelo de floresta aleatória encontrou associações notáveis entre a microbiota intestinal e o grupo da estévia, identificando com precisão a microbiota com aproximadamente 75% de precisão; Dehalobacterium, Methanobrevibacter, Oscillospira e Oxalobacter foram os táxons mais fortemente associados.

 

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

 

 

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