Provavelmente, durante a pandemia os casos de distúrbio alimentar pioraram. Principalmente em crianças e adolescentes. Precisamos conversar mais e divulgar a informação sobre este assunto de extrema importância, ainda mais nesse momento de predomínio das mídias sociais e restrições.
Tiramos as crianças e adolescentes da rotina deles e impusemos diversas restrições e perda de convívio social. Infelizmente agora vamos começar a aprender com os nossos erros.
Um novo estudo confirma mais uma consequência da pandemia de crianças e adolescentes: os distúrbios alimentares e as hospitalizações aumentaram acentuadamente em 2020.
O estudo realizado no Canadá descobriu que novos diagnósticos de anorexia quase dobraram durante a primeira onda da pandemia. E a taxa de hospitalização entre esses pacientes foi quase três vezes maior, em comparação com os anos anteriores.
As descobertas se somam a três estudos menores dos Estados Unidos e da Austrália – todos os quais encontraram um aumento nas hospitalizações por transtornos alimentares durante a pandemia.
O estudo atual, no entanto, se concentrou apenas em crianças com um novo diagnóstico de anorexia. Esses jovens, provavelmente, já tinham uma luta interna com a imagem corporal, ansiedade ou outros problemas de saúde mental antes da pandemia. A pandemia descompensou tudo isso ao acabar com a rotina e privar o convívio social.
“Tivemos uma mudança abrupta de tudo. Toda a rotina mudou: refeições, exercícios, padrões de sono e conexões com amigos. E como a depressão e a ansiedade muitas vezes ‘se sobrepõem’ aos distúrbios alimentares, qualquer piora dessas condições de saúde mental também pode ter contribuído para a anorexia em algumas crianças. Além disso, associamos o medo constante de estar doente ou perder um ente querido”, alerta o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância.
O transtorno alimentar de anorexia é caracterizado por forte restrição de calorias e dos alimentos que uma pessoa ingere associado a um medo intenso de ganho de peso.
No estudo foram analisados novos casos de anorexia entre crianças de 9 a 18 anos entre março de 2020 (quando as restrições à pandemia se estabeleceram) e novembro de 2020. Eles compararam esses números com os anos pré-pandemia, desde 2015.
Durante a pandemia, os hospitais tiveram uma média de 41 novos casos de anorexia por mês! Eram 25 pré-pandemia. As crianças eram metade desses casos!
Em um outro estudo relataram um aumento nas hospitalizações por distúrbios alimentares durante os primeiros 12 meses da pandemia. As admissões por distúrbios alimentares mais do que dobraram, em comparação com 2017 a 2019.
“As interrupções nas rotinas normais das crianças provavelmente contribuíram para o aumento dos distúrbios alimentares. Vemos o mesmo em adultos que não tem uma rotina. Provavelmente já tínhamos um número enorme de adolescentes e crianças brigando com a própria imagem corporal. Os pais precisam identificar isso antes que vire um distúrbio. Nas mulheres com Lipedema o dismorfismo corporal é muito prevalente, embora sejam mulheres muito bonitas”, indica o Dr. Daniel Benitti.
https://ocirurgiaovascular.com.br/2021/10/16/o-que-e-bullying-alimentar/
Torcemos para que a rotina das crianças volte ao normal e seja uma prioridade nacional. É inaceitável não tomar uma atitude frente ao que estamos observando.
Os distúrbios alimentares demoram para acontecer. Não se iniciam da noite para o dia, mas certamente tivemos um gatilho que pode ser modificado nos adaptando e orientando as crianças o valor real de ter um “corpo bonito”. Preste atenção se os seus filhos estão ficando muito rígidos com a alimentação, procurando atividade física em excesso e preocupação excessiva com peso. Quanto antes vir a intervenção, melhor será o resultado.
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Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
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