Todo mundo quer ser saudável. Nunca se gastou tanto com saúde, mas nunca vimos uma população tão doente. Infelizmente as pessoas estão buscando resultados sem ter os princípios básicos necessários.
O primeiro de todos é uma boa qualidade do sono.
Muitas pessoas dormem menos de 7 horas por dia, uma condição frequentemente denominada curta duração do sono. 33,2% dos adultos dormem pouco!
Períodos prolongados de sono insuficiente estão associados a vários riscos para a saúde, incluindo um risco aumentado de diabetes tipo 2 (DT2). Uma meta-análise de estudos prospectivos envolvendo 482.502 participantes com períodos de acompanhamento variando de 2,5 a 16,0 anos demonstrou que cada hora de sono com duração inferior a 7 horas por dia estava associada a uma probabilidade de 1,09 vezes de desenvolver DM2.
Padrões semelhantes foram observados ao investigar a associação entre a duração do sono medida objetivamente e DM2 no UK Biobank. Participantes com duração diária de sono inferior a 7 a 8 horas demonstraram uma taxa de risco (HR) de 1,21 para o desenvolvimento de DM2.
No entanto, persistem desafios para alcançar a duração de sono recomendada, incluindo fatores como horários de trabalho, responsabilidades de cuidados infantis e pressões econômicas. Dadas essas restrições, aderir a um estilo de vida saudável poderia ser uma abordagem alternativa para mitigar o risco de DM2 entre indivíduos com curta duração do sono.
Pensando nisso, em um recente estudo, os investigadores levantaram a hipótese de que seguir hábitos alimentares saudáveis estaria associado a um menor risco de desenvolver DM2 entre indivíduos que dormem pouco.
O estudo de coorte com mais de 240.000 pessoas (52%, mulheres) incluiu avaliações de hábitos alimentares, duração diária do sono e incidência de DM2 como desfecho primário de interesse.
Para a avaliação do sono, foi solicitado aos participantes com idades entre 38 e 71 anos (média de 60 anos)que relatassem quantas horas dormiam em cada 24 horas, incluindo cochilos.
Pessoas que dormiam de sete a oito horas tinham uma duração de sono “normal”, enquanto seis horas eram consideradas sono “levemente curto”, cinco horas de sono “moderado curto” e três a quatro horas de sono “extremamente curto”.
Pouco mais de três quartos da amostra foram categorizados como pessoas com sono normal; cerca de 20% tiveram sono leve e curto, 4% tiveram sono moderadamente curto e menos de 1% tiveram sono extremamente curto.
A principal descoberta deste estudo indica que pessoas com sono habitualmente curto podem ter risco aumentado de desenvolver DM2, mesmo que mantenham uma dieta saudável.
“O sono inadequado pode prejudicar a sensibilidade à insulina a nível celular, alterar o metabolismo energético do músculo esquelético para a oxidação, aumentar a atividade do sistema nervoso simpático e modificar as comunidades da microbiota no intestino. Nada é tão nocivo para a saúde de alguém quanto a privação de sono. As pessoas hoje focam muito em resultados e números e não nos hábitos. Sempre priorizo isso no tratamento do lipedema. Não adianta pensar em números se não fazemos o básico. O sono é o mais básico de tudo.” – Explica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
Uma vez que aumentar a duração do sono pode não ser viável para muitas pessoas, muitas precisam compreender que a sua saúde deveria ser priorizada. Sem sono é impossível ter uma boa saúde. Pessoas com trabalhos noturnos deveriam ter um tempo máximo para isso.
Além disso, pesquisas futuras devem abordar outras causas de sono inadequado não relacionadas às necessidades econômicas e de cuidados, como a apneia obstrutiva do sono.
Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
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