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Será que a alimentação influencia na endometriose?

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A endometriose é uma condição crônica em que o tecido endometrial cresce fora da cavidade uterina. A inflamação crônica está associada à endometriose, assim como o estresse oxidativo excessivo em lesões ectópicas.

Organização Mundial da Saúde estima que 10% das mulheres em idade reprodutiva em todo o mundo sofre desta doença, que pode causar dor intensa e infertilidade, afeta o sistema imunológico e o trato digestivo e atualmente não tem cura.

As intervenções dietéticas podem reduzir a inflamação, aliviar a dor e proporcionar outros benefícios no tratamento da endometriose, melhorando a qualidade de vida das pacientes.

No entanto, substâncias como o bisfenol A (BPA), a dioxina e os ftalatos podem ser ingeridos juntamente com os alimentos e ter efeitos adversos devido às suas propriedades desreguladoras do sistema endócrino.

Para identificar pesquisas relevantes sobre esses temas, um recente estudo realizou uma pesquisa bibliográfica em duas bases de dados, Web of Sciences e PubMed, selecionando 171 artigos publicados entre 2013 e 2023. O número final de artigos incluídos foi 171. De todas as publicações incluídas, 81 eram revisões e metanálises, 14 eram estudos em modelos animais e 76 eram artigos de pesquisa.

O que eles descobriram

Estudos em animais mostram que a suplementação de vitamina C e D pode inibir o tamanho ou volume das lesões endometrióticas. Em humanos, a suplementação de vitaminas C, D e E tem sido associada a níveis mais baixos de marcadores inflamatórios, estresse oxidativo e dor.

A vitamina D também diminui a produção de citocinas pró-inflamatórias, como a interleucina-17 (IL-17) e IL-6, e pode reduzir a capacidade de invasão das células endometriais.

A deficiência de vitamina D, por outro lado, pode causar lesões endometrióticas maiores nos ovários. As vitaminas B1, B2, B6, B9 e B12 podem proteger contra o desenvolvimento da endometriose.

Elementos como enxofre, cálcio, sódio, magnésio, potássio, fósforo e cloreto são necessários em grandes quantidades na dieta. Os desequilíbrios nesses nutrientes podem piorar os sintomas da endometriose, incluindo fadiga, distensão abdominal, dor e inflamação.

Microelementos como cromo, cobre, selênio, ferro e manganês, necessários em pequenas quantidades, podem influenciar o desenvolvimento da doença.

“Estudos demonstraram níveis séricos mais baixos de zinco (22-43%) em pacientes com endometriose em comparação com mulheres saudáveis de controle. Da mesma forma, as concentrações de zinco no fluido folicular foram mais baixas em mulheres com endometriose em comparação com aquelas que tinham infertilidade tubária. As deficiências de selênio podem estar associadas à infertilidade relacionada à endometriose. São muitas semelhanças com o Lipedema. A diferença é o foco da inflamação no corpo.” – Informa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

Pacientes com endometriose tendem a ter níveis mais elevados de cobre no sangue, na urina e no fluido folicular. O ferro, que causa estresse oxidativo, é frequentemente encontrado em lesões ectópicas, líquido folicular, líquido peritoneal e sangue em pacientes com endometriose, mas não foi associado à dieta.

A endometriose tem sido associada a alergias ao níquel, para as quais dietas com baixo teor de níquel podem ser benéficas. Um pequeno conjunto de evidências sugere que níveis elevados de cromo podem ser um fator de risco para a doença.

“Evitar bijuterias também pode auxiliar estar pacientes, pois muitas apresentam contaminação por metais pesados que irão funcionar como xenoestrógenos piorando os sintomas da endometriose e lipedema.” – Aconselha.

A suplementação com Omega 3 reduz citocinas pró-inflamatórias como a IL-6. Suplementos de ômega-3-PUFA também podem suprimir a adesão endometrial. No entanto, o efeito da suplementação no alívio da dor não foi bem estudado.

O consumo de fibras de frutas tem efeito protetor.

O aumento do consumo de queijo, laticínios com alto teor de gordura e laticínios totais está associado a um risco reduzido de endometriose. O efeito protetor dos laticínios é particularmente forte para produtos com maior teor de gordura, mas não para produtos com baixo teor de gordura.

Observou-se que a ingestão de proteína animal é menor em mulheres com endometriose, mas o consumo de aves é um fator de risco para a doença. A substituição da carne vermelha por itens como ovos ou peixe pode ser protetora.

Apesar das muitas descobertas descritas nesta revisão, novas pesquisas interdisciplinares sobre este tema parecem ser extremamente importantes, pois no futuro poderão resultar no desenvolvimento de terapias personalizadas de apoio ao tratamento da endometriose.

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

 

 

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