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Você toma iodo? Será que precisa?

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O iodo é um nutriente essencial que auxilia na produção de hormônios da tireoide e está associado a doenças metabólicas como diabetes, obesidade, dislipidemia e hipertensão.

No entanto, os processos subjacentes a estas relações são desconhecidos. O iodo exerce efeitos imunomoduladores, antioxidantes e diferenciadores em diversos tecidos e órgãos, e altera os níveis de tiroxina (T4) e tri-iodotironina (T3), os principais reguladores do metabolismo energético.

A síndrome metabólica (SM), que inclui hipertensão, obesidade abdominal, hiperlipidemia e hiperglicemia, tem aumentado em todo o mundo e pode levar a doenças cardiovasculares, malignidades e morte.

Estresse oxidativo, doenças inflamatórias crônicas e mudanças na dieta são fatores de risco para síndrome metabólica.

O estado nutricional do iodo pode explicar parcialmente a incidência da síndrome metabólica.

Em um estudo recentemente publicado, os pesquisadores exploraram o impacto dos níveis de iodo na saúde metabólica.

“A dose dietética recomendada de iodo varia entre 150 e 299 μg/dia, com um consumo moderadamente aumentado, reduzindo potencialmente o risco de câncer da próstata e da mama. Estudos sugerem uma associação em forma de U entre concentração urinária de iodo e prevalência de síndrome metabólica, com ponto baixo de 300 a 499 μg/L. Como qualquer coisa na vida, tudo é uma questão de equilíbrio. Os extremos são ruins. Existem muitas pessoas consumindo lugol sem indicação. Uma gota de lugol tem em média 5mg de iodo, quase 200x a dose recomendada!“ – Informa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

O iodo exerce efeitos antioxidantes, antimicrobianos, imunomoduladores e reguladores moleculares. O iodo altera a proporção de bactérias patogênicas e benéficas para restaurar o microbioma intestinal e reduzir os parâmetros de resistência à insulina, obesidade e síndrome metabólica.

O iodo também reduz a inflamação ao diminuir o estresse oxidativo e do retículo endoplasmático causado por radicais livres, como espécies reativas de oxigênio (ROS). Ele atua na via do fator 2 relacionado à proteína 1-NF-E2 associada à ECH semelhante a Kelch (KEAP1-NRF2) para aumentar as atividades de enzimas antioxidantes, como superóxido dismutase (SOD), catalase (Cat) e glutationa peroxidase (GSH-Px).

Além disso, o iodo altera os níveis induzíveis da óxido nítrico sintase (iNOS) e da ciclooxigenase-2 (COX2), regulando as vias da proteína quinase ativada por mitógeno (MAPK) e do fator nuclear kappa B (NF-κB) para reduzir a inflamação crônica e melhorar a saúde metabólica.

O mineral atua nos receptores de desiodinase tipo 2 (D2) que convertem T4 em T3 biologicamente ativo para melhorar o controle de peso e a termogênese adaptativa. O iodo também interage com os receptores γ ativados por proliferadores de peroxissoma (PPARγ) para aumentar a diferenciação de adipócitos, a captação de ácidos graxos e o metabolismo da glicose, melhorando a sensibilidade à insulina.

Conclusões

No geral, os resultados da revisão indicam que o iodo afeta a obesidade, o metabolismo lipídico e o metabolismo da glicose. Os efeitos antioxidantes, imunomoduladores, restauradores do intestino e antimicrobianos do iodo explicam os efeitos do mineral.

O iodo regula o estado oxidativo relacionado a variações na sensibilidade ou no metabolismo da insulina. No entanto, a escassez de iodo e os excessos persistentes de iodo podem aumentar o risco de doenças da tireoide.

Assim, é fundamental manter os níveis de iodo num intervalo apropriado ao nível da população. Futuros estudos prospectivos e pesquisas de mecanismos devem desenvolver um padrão nutricional de iodo seguro e apoiado em evidências.

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

 

 

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