Algum médico já perguntou isso para você?
O uso de escova de dente, pasta de dente e fio dental para a higiene bucal é feito por 53% dos brasileiros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa Nacional de Saúde, que conta com dados de 2013.
Segundo a pesquisa, os homens usam menos os artigos de higiene bucal que as mulheres. Enquanto 57,1% delas declararam os cuidados com a boca, 48,4% dos homens afirmaram usar escova, pasta e fio de dental.
Conforme a pesquisa, há diferença no uso desses artigos de higiene conforme o nível de escolaridade. Enquanto 83,2% das pessoas com nível superior usavam os três, o percentual cai para 29,2% entre a população sem instrução e com ensino fundamental incompleto.
Vários estudos enfatizam a importância do cuidado e manejo oral perioperatório em pacientes com cânceres malignos, bem como doenças respiratórias, gastrointestinais e cardiovasculares.
Muitos desses estudos enfocaram o momento da escovação no contexto da desmineralização dos dentes. No entanto, esses relatórios não exploraram a relação entre o tempo de escovação e doenças sistêmicas, incluindo doenças cardiovasculares.
Em um recente estudo publicado no grupo Nature, os pesquisadores determinaram se a frequência de escovar os dentes aumenta o risco de doenças cardiovasculares (DCVs) em pacientes com 20 anos ou mais que foram hospitalizados para cirurgia, exame ou tratamento médico.
O estudo realizado em Osaka no Japão foi com 1675 participantes que foram divididos em 4 grupos. O grupo MN relatou escovar os dentes duas vezes ao dia, uma vez ao acordar e outra à noite, enquanto o grupo Noite relatou escovar os dentes apenas uma vez à noite. O grupo Manhã (M) relatou escovar os dentes somente ao acordar, enquanto o grupo Nenhum não escovava os dentes.
O número de participantes em cada grupo foi de 409, 751, 164 e 259, respectivamente. O número de homens no grupo M foi quatro vezes maior que o de mulheres nesse grupo.
Os grupos Noite e MN apresentaram o maior percentual de indivíduos que relataram escovar os dentes após o almoço, 44,9% e 24%, respectivamente. Poucos participantes do estudo nos grupos M e Nenhum relataram escovar os dentes após o almoço.
Os pesquisadores avaliaram a idade, o sexo, o histórico de tabagismo e os resultados do acompanhamento de cada participante. Além disso, quatro investigadores independentes revisaram retrospectivamente os registros odontológicos e médicos de todos os participantes do estudo.
Um dentista investigou a saúde bucal, a frequência pré-hospitalização e o tempo de escovação, a profundidade das bolsas periodontais, a extensão da mobilidade dentária e a contagem de dentes.
Vários eventos cardiovasculares foram considerados no estudo, que incluiu hospitalização relacionada a doenças cardiovasculares por insuficiência cardíaca, arritmia, infarto do miocárdio, angina pectoris e doenças valvulares e aórticas que requereram cirurgia.
Resultados
Os grupos MN e Noite tiveram taxas de sobrevida significativamente maiores em comparação com o grupo Nenhum.
Foi demonstrado que o café da manhã e o almoço aumentam o risco de depósitos intraorais que permanecem na boca ao longo do dia e, como resultado, aumentam o risco de cárie dentária e outras doenças periodontais. Assim, a escovação apenas pela manhã ao acordar é insuficiente e implica em má higiene bucal. Além disso, escovar os dentes à noite é crucial para manter uma boa saúde bucal, o que corrobora a hipótese de que a carga bacteriana intraoral aumenta durante o sono devido à redução do fluxo salivar.
“Os resultados do estudo reiteram que, embora seja necessário escovar os dentes antes do café da manhã, escovar os dentes à noite antes de dormir é ainda mais importante para prevenir doenças cardiovasculares. Não perguntamos como médicos se as pessoas escovam os dentes, mas os dados do IBGE somados a estes estudos recentes mostram que devemos começar a questionar e orientar mais os nossos pacientes. Não escovar os dentes inflama o corpo e não apenas os dentes.” – Alerta o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
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