A vitamina K dietética é um modulador do eixo dieta-microbioma-saúde.
Nos últimos anos pesquisadores estão buscando evidências de como isso afeta a composição microbiana do intestino e as atividades metabólicas implicadas nos resultados de saúde do indivíduo, especialmente nos adultos mais velhos.
As pessoas com mais de 60 anos superaram as crianças com menos de cinco anos em 2020, e essa população idosa quase dobrará, superando os jovens em 2050.
Assim, há uma necessidade urgente de implementar intervenções no estilo de vida que possam efetivamente reduzir, prevenir ou reverter doenças crônicas relacionadas ao envelhecimento e perturbações fisiológicas.
Dieta ou padrão alimentar é um forte determinante da saúde humana ideal. Uma dieta pobre, ou seja, pobre em vegetais/frutas, grãos integrais e rica em alimentos processados, açúcar e sódio, é o segundo fator de risco para morte em 13,5% e 14,6% em mulheres e homens em todo o mundo.
O impacto da alimentação saudável como estratégia preventiva e terapêutica no combate ao envelhecimento pode ser imenso. O microbioma intestinal é outro fator-chave que media a relação entre dieta e saúde relacionada à idade.
Assim, desvendar a interação entre dieta, microbioma intestinal e saúde do hospedeiro pode ajudar a elaborar uma estratégia saudável para promover o envelhecimento saudável e diminuir a lacuna entre saúde e expectativa de vida.
Vegetais verdes são a principal fonte de vitamina K ou vitamina K1 (filoquinona).
Enquanto a vitamina K1 é uma fonte dietética de vitamina K, as menaquinonas ou vitamina K2 são um subproduto da biossíntese do microbioma intestinal. O queijo é uma boa fonte de K2.
A distribuição das formas de vitamina K no fígado difere do plasma, onde a vitamina K1 é predominantemente retida no fígado. Já a vitamina K2 é distribuída por toda a circulação conjugada com lipídeos plasmáticos e em tecidos extra-hepáticos, como osso e vasculatura
Embora os estudos tenham implicado muitos outros compostos bioativos na pesquisa sobre o envelhecimento, estudos observacionais descobriram que a vitamina K e as proteínas dependentes de vitamina K (VKDPs) estão associadas a um amplo espectro de doenças relacionadas à idade. No entanto, as evidências do impacto direto da vitamina K na senescência celular permanecem desconhecidas.
“Embora o impacto salutogênico da vitamina K na saúde humana permaneça incerto, estudos estabeleceram seu efeito nas características do envelhecimento, como instabilidade genômica, senescência celular, disfunção mitocondrial e desregulação epigenética.
A vitamina K impulsiona os processos de envelhecimento celular e macromolecular através da absorção direta de espécies reativas de oxigênio (ROS) e mitigando seus danos. Sua atividade anti-inflamatória também detém as cargas inflamatórias crônicas de baixo nível que acompanham o envelhecimento. Além disso, a vitamina K inibe a atividade do fator nuclear kappa B (NF-кB). Dificilmente uma pessoa com disbiose apresenta níveis normais de vitamina K.” – Informa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
O corpo humano armazena pequenas quantidades de vitamina K e suas reservas se esgotam rapidamente na falta de suplementação alimentar. No entanto, curiosamente, o corpo humano possui um sistema de reciclagem de vitamina K que permite a utilização de pequenas quantidades de vitamina K na γ-carboxilação de VKDPs e minimiza os efeitos adversos da ingestão dietética insuficiente de vitamina K.
Os VKDPs estão envolvidos em várias vias fisiopatológicas, por exemplo, a protrombina é um VKDP do sistema de coagulação e as proteínas Gla extra-hepáticas, como a proteína Gla da matriz (MGP) desempenham um papel essencial na saúde óssea e vascular.
Além disso, K1 ou K2 derivados da dieta podem ajudar a combater a doença de Alzheimer (AD) em adultos mais velhos. Assim, a adesão a uma alimentação de boa qualidade pode melhorar o bem-estar e promover um envelhecimento saudável.
fonte doi: 10.3390/nu15122727.
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