Contexto
- Muitas mulheres sobreviventes de câncer de mama apresentam sintomas severos de menopausa (fogachos, insônia, disfunção sexual, secura vaginal, osteoporose precoce).
- A THM (Terapia de Reposição Hormonal) é o tratamento mais eficaz, mas historicamente contraindicada após câncer de mama pelo risco de estimular recidiva tumoral.
- O consenso multidisciplinar buscou avaliar evidências atuais e orientar decisões clínicas.
Terapia Local (Vaginal: estrogênio ou DHEA)
- Evidência moderada: mínima absorção sistêmica.
- Não aumenta risco de recidiva nem de morte por câncer de mama.
- Altamente eficaz para síndrome geniturinária da menopausa (GSM).
- Pode ser usada inclusive em mulheres sob tamoxifeno ou inibidores de aromatase.
- Estrogênio isolado: improvável aumentar risco de novo câncer.
- Estrogênio + progestina sintética: aumenta risco de novo câncer.
- Risco menor se utilizados hormônios “body-identical” (estradiol transdérmico + progesterona micronizada).
- Pode ser usada com cautela em sintomas incapacitantes → benefício de qualidade de vida pode superar risco.
- Evidência limitada.
- Estrogênio isolado não parece aumentar risco de recidiva.
- Estrogênio + progestina sintética pode aumentar risco de novo câncer.
- Em recidiva ou novo tumor ER+, a evolução é mais agressiva sob THM.
- Uso possível com cautela, priorizando qualidade de vida.
- Maior preocupação:
- Ensaios clínicos mostram risco aumentado de recidiva com THM (estrogênio ± progestógeno).
- O risco é mais alto nos primeiros 5–10 anos após o diagnóstico.
- A magnitude do risco depende do risco basal da paciente (estágio, grau tumoral, fatores clínicos).
- Apesar disso, a melhora da qualidade de vida pode ser substancial.
- Uso possível apenas com muita cautela e decisão compartilhada.
- Evidências baixas, mas não indica aumento do risco de recidiva.
- Pode melhorar libido e disfunção sexual.
- Preferência por formulações transdérmicas “body-identical”.
- Sem THM:
- Reduz-se risco de recidiva, principalmente em câncer ER+.
- Adjuvantes como tamoxifeno e inibidores da aromatase reduzem mortalidade em até 40% em ER+.
- Com THM:
- Vaginal → segura.
- Sistêmica em DCIS ou ER– → risco pequeno, mas não nulo.
- Sistêmica em ER+ → risco significativamente maior de recidiva/mortalidade.
- THM não deve ser proibida de forma absoluta em todas as sobreviventes de câncer de mama.
- Segura: uso vaginal (estrogênio/DHEA).
- Possível com cautela: sistêmica em DCIS ou ER negativo.
- Alto risco: sistêmica em ER positivo → só em casos selecionados e com decisão compartilhada.
- Sempre discutir risco-benefício individual, levando em conta sintomas, impacto na qualidade de vida e risco basal de recidiva.
Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
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