Um dos motivos de uma pessoa aumentar a massa de gordura ocorre quando o balanço energético é alterado e a ingestão de energia ultrapassa o gasto, sendo este último influenciado pela taxa metabólica basal, atividade física e termogênese. O excesso de energia dos nutrientes é armazenado principalmente no tecido adiposo branco, levando a um aumento da massa corporal total.
O tecido adiposo marrom regula a homeostase energética e transforma gordura em calor!
Promover a função gordura marrom e/ou bege tem potencial como uma abordagem terapêutica para mitigar a atual epidemia de obesidade.
A melatonina promove a atividade do tecido adiposo marrom, levando à redução da massa corporal e aumento do gasto energético. No entanto, os mecanismos que regem estes efeitos benéficos ainda não estão bem estabelecidos.
O hormônio melatonina é secretado noturnamente pela glândula pineal, regula os ritmos circadianos e funciona como potente antioxidante. Além disso, a melatonina regula o metabolismo energético, limitando a obesidade independentemente da ingestão de alimentos. No entanto, exerce efeitos inconsistentes na atividade locomotora. Estas observações sugerem que a melatonina pode ter ações termogênicas no corpo. A melatonina leva ao aumento do tecido adiposo marrom, que por sua vez leva a melhorias metabólicas, incluindo redução da massa corporal e aumento do gasto energético.
Um recente estudo descobriu uma evidência que pode explicar como a melatonina aumenta a gordura marrom.
O estudo foi feito com Camundongos machos que receberam dieta rica em gordura ou ração normal, acompanhada melatonina por 12 semanas. Camundongos sem o gene FGF21 consumiram uma dieta rica em gordura com ou sem melatonina por 8 semanas.
“O fator de crescimento de fibroblastos 21 (FGF21) regula a diferenciação em adipócitos marrons. O FGF21 regula positivamente o UCP1 e o coativador do receptor γ ativado por proliferador de peroxissoma (PGC) -1α após a exposição ao frio, promovendo assim a termogênese no tecido adiposo. Portanto, este estudo explorou o mecanismo de regulação da função BAT da melatonina e se ela depende do FGF21. Isso vai ajudar muito nos tratamentos para perda de peso, ainda mais nas mulheres com lipedema.” – Analisa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
A melatonina atenuou o ganho de peso, a resistência à insulina, a hipertrofia de adipócitos, a inflamação e a esteatose hepática induzida pela dieta rica em gordura e aumentou o gasto energético. Além disso, a melatonina melhorou a tolerância ao frio e aumentou a termogênese produzindo calor. Notavelmente, a melatonina resultou em uma mudança no metabolismo energético favorecendo a utilização de gordura, e aumentou o FGF21 nos tecidos circulantes e metabólicos e na fosforilação do músculo esquelético da proteína quinase ativada por AMP. No entanto, a melatonina não protegeu contra a obesidade, a resistência à insulina e o gasto energético em camundongos sem o gene FGF21 alimentados com a dieta rica em gordura.
A melatonina suprimiu a obesidade e a resistência à insulina resultantes da alimentação, aumentando a atividade do tecido adiposo marrom e o gasto energético, e esses efeitos foram dependentes do FGF21.
No entanto, isso não significa que as pessoas devam tomar melatonina!
As pessoas devem entender isso como uma necessidade de priorizar o sono! Uma boa noite de sono vai te ajudar a ter níveis adequados de melatonina a não ser que você tenha mais de 55 anos ou esteja em fuso horário diferente do seu.
Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
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