Você vai ao supermercado e no caixa ou na fila do caixa estão expostos diversos produtos ultraprocessados. Chocolate, salgadinho, chiclete, refrigerante, bolacha, etc. Tudo aquilo que você tentou evitar e passou longe durante a sua compra. Você está doente e vai à farmácia comprar uma medicação prescrita. Ao pegar a fila do caixa se depara com o mesmo cenário. Você vai à papelaria comprar caneta colorida e papel sulfite. Ao pegar o corredor do caixa, a mesma cena de terror se repete.
Afinal, o que está acontecendo?!
O consumo de sódio adicionado, açúcar e alimentos ultraprocessados no mundo é alto entre crianças e adultos, o que aumenta a probabilidade de desenvolver doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e outras condições de saúde ao nível populacional.
O ambiente de varejo de alimentos é crucial para melhorar a qualidade da alimentação, já que as lojas fornecem a maior parte dos alimentos e bebidas consumidos.
A área de checkout de uma loja pode impactar significativamente as escolhas do consumidor, pois é o único lugar que os clientes devem cruzar de forma obrigatória e é conhecido por estimular compras por impulso. A avaliação dos requisitos da política de checkout requer um entendimento claro da condição atual dos ambientes de checkout.
Em um recente estudo na California os pesquisadores avaliaram os checkouts de diversas lojas.
Foram incluídas 102 lojas, incluindo drogarias, lojas de comida especializada, supermercados e mercados independentes e mercearias.
Coletores de dados treinados utilizaram a Store CheckOut Tool (SCOUT) para observar e avaliar o padrão de alimentos e bebidas dos caixas. Fotos detalhadas e contextuais foram tiradas pelos coletores de dados de cada produto que aparece nas áreas de checkout amostradas para documentar suas características.
Os produtos foram categorizados e organizados com base em sua saudabilidade. As categorias consistiam em itens não alimentícios ou bebidas e alimentos e bebidas que são as principais fontes de adição de sódio ou açúcar na alimentação, incluindo bebidas adoçadas com açúcar, doces e lanches salgados.
Outros grupos de alimentos e bebidas incluíam: frutas e vegetais, legumes, nozes e sementes, água, leite, bebidas dietéticas, suco 100%, iogurte, queijo, mix de frutas e barras de cereal.
De 39.231 produtos nos checkouts, aproximadamente 80% eram alimentos, enquanto os 20% restantes eram bebidas.
A área de registro e corredor foram os locais mais comuns para exposição de comida e bebida, seguidas pelas extremidades do caixa e expositores autônomos.
Os grupos de alimentos e bebidas mais comuns foram doces, bebidas açucaradas, chicletes, balas, doces, salgadinhos e bebidas dietéticas. Os itens menos frequentes foram opções mais saudáveis, como água, frutas e legumes, nozes e sementes e leite.
No entanto, legumes, queijo, iogurte ou leguminosas foram incluídos em menos de 1% desses locais.
“Houve variações comparativas consideráveis entre esses grupos de lojas. As cadeias de supermercados eram mais propensas a atender aos padrões de caixa saudáveis do que as cadeias de drogarias e supermercados independentes. As redes de drogarias tinham uma probabilidade notavelmente menor de atender aos padrões de caixa saudáveis do que as redes de supermercados. Infelizmente, vemos o mesmo cenário aqui no Brasil. É um absurdo vender chocolate no caixa da farmácia. As pessoas comprarem por impulso.” – Lamenta o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
Infelizmente, a maioria dos alimentos e bebidas encontrados no caixa eram produtos com alto teor de açúcar ou sódio, incluindo doces, bebidas adocicadas, salgadinhos e chicletes. A água representou apenas 3% e as frutas e verduras apenas 1% dos alimentos e bebidas apresentados no checkout. Além disso, a maioria das embalagens de alimentos e bebidas (70%) não atendem o padrão saudável. 89% do exposto eram de embalagens menores de lanches, que podem ter maior probabilidade de serem compradas e consumido por impulso.
Isso precisa ser mudado.
Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:
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