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Reposição Hormonal e Alzheimer

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O momento de início da terapia de reposição hormonal (TRH) pode fazer uma grande diferença no risco de uma mulher desenvolver a doença de Alzheimer. Iniciar o tratamento dentro de cinco anos após a menopausa pode reduzir esse risco em até 32%, enquanto adiá-lo para os 65 anos ou mais pode aumentar o risco em 38%, de acordo com uma nova pesquisa apresentada na 150ª Reunião Anual da American Neurological Association (ANA).

Em uma meta-análise inédita, os pesquisadores investigaram como o momento em que a TRH é iniciada influencia o risco de desenvolvimento do Alzheimer, além de avaliar como a doença progride após seu início. O estudo também incluiu informações recentes sobre os efeitos da TRH nas alterações cerebrais observadas em exames de imagem e testes laboratoriais.

Após a menopausa, os níveis naturais de estrogênio caem de forma acentuada. A TRH mantém os benefícios do estrogênio, como auxiliar na comunicação entre as células cerebrais, reduzir a inflamação e proteger contra danos que podem levar ao Alzheimer. Por outro lado, dez anos ou mais após a menopausa, o cérebro pode já apresentar sinais iniciais da doença, como acúmulo de proteínas anormais ou redução do fluxo sanguíneo cerebral. Nesses casos, a adição de estrogênio pode desencadear inflamação ou sobrecarregar os vasos sanguíneos cerebrais.

“Iniciar a TRH cedo pode oferecer alguma proteção ao cérebro, mas se a mulher já apresenta Alzheimer ou problemas de memória, a terapia não vai desacelerar o processo. É como regar uma planta: funciona enquanto ela está crescendo, mas se já está murchando, pode ser tarde demais.” – Indica o Dr. Daniel Benittii.

Existem diferentes formas de TRH: estrogênio isoladoestrogênio associado à progestina (forma sintética da progesterona) ou estrogênio combinado a moduladores seletivos do receptor de estrogênio (SERM). O tratamento pode ser administrado por comprimidos ou adesivos, sendo comumente usado para aliviar sintomas da menopausa, como ondas de calor e distúrbios do sono, além de ajudar na saúde cardiovascular e prevenção da perda óssea. Atualmente, menos de 5% das mulheres usam TRH, um número bem menor em comparação aos quase 26% em 1999.

Na meta-análise, foram incluídos mais de 50 ensaios clínicos e estudos observacionais, comparando mulheres que utilizaram TRH após a menopausa com aquelas que tomaram placebo ou não receberam tratamento. A idade média dos grupos era de 51 anos. Os pesquisadores avaliaram diagnóstico de Alzheimer, progressão de comprometimento cognitivo leve para demência, além de mudanças na função cerebral detectadas por exames de sangue e neuroimagem.
Nos ensaios clínicos randomizados, observou-se que mulheres que iniciaram a TRH aos 65 anos ou mais tiveram um aumento de 38% no risco de Alzheimer, especialmente quando a terapia incluía progestina.

Nos 45 estudos observacionais que refletiam resultados do mundo real, foi identificado que mulheres que iniciaram a TRH no período próximo à menopausa tiveram uma redução de 22% no risco de Alzheimer mais tarde na vida. Quando combinaram os dois tipos de análise, os pesquisadores concluíram que iniciar a terapia até cinco anos após a menopausa reduziu o risco em 32%.

“As evidências ainda não são fortes o suficiente para recomendar a TRH exclusivamente como forma de prevenir o Alzheimer. Porém, se uma mulher pretende usá-la para tratar os sintomas da menopausa, iniciar logo após a menopausa pode oferecer alguma proteção ao cérebro no futuro” – Conclui o Dr. Daniel 

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

 

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