- Sarcopenia é a perda progressiva de massa e força muscular com o envelhecimento.
- Impacta fortemente morbidade, mortalidade e qualidade de vida em idosos.
- Só foi reconhecida oficialmente como doença em 2016, com a inclusão no CID-10.
- Não existem medicamentos aprovados para tratamento, e a intervenção baseia-se em exercício físico e nutrição adequada.
Epidemiologia e Fisiopatologia
- Prevalência de 11% a 50% em pessoas acima de 80 anos.
- Causas principais:
- Disfunções da junção neuromuscular.
- Inflamação crônica.
- Resistência à insulina.
- Estresse oxidativo.
- Disfunções mitocondriais.
Fatores de Risco para Sarcopenia Primária
- Sedentarismo.
- Redução hormonal (GH, testosterona, IGF-1).
- Diminuição da síntese proteica.
- Disfunção de unidades motoras.
- Condições de nascimento (baixo peso).
- Má nutrição.
Fatores de Risco para Sarcopenia Secundária
- Caquexia: associada a doenças graves como câncer.
- Fragilidade: síndrome de declínio fisiológico.
- Obesidade Sarcopênica: coexistência de perda muscular e aumento da gordura.
Mecanismos Moleculares
- A perda muscular é resultado do desequilíbrio entre síntese e degradação proteica.
- Atrofia muscular envolve ativação da via ubiquitina-proteassoma (MAFbx, MuRF-1).
- Resistência à insulina, inflamação e má nutrição aceleram a perda muscular.
Diagnóstico
- Critérios da EWGSOP2 (2018):
- A força muscular é o principal parâmetro diagnóstico.
- Confirmação com avaliação de massa ou qualidade muscular.
- Métodos:
- Teste de preensão manual.
- Análise por DXA ou BIA.
- Avaliação de desempenho físico (SPPB, velocidade de marcha).
- Critérios específicos foram ajustados para populações asiáticas pelo AWGS 2019.
Histopatologia
- Redução de fibras tipo II.
- Infiltração de gordura intramuscular.
- Degeneração da junção neuromuscular.
- Fibrose muscular.
Intervenções
“Temos o tratamento não farmacológico sendo o treinamento de resistência (musculação) é o método mais eficaz. Quando combinado com suporte nutricional hiperproteico oferece benefícios adicionais. Existem medicações em estduo como moduladores seletivos do receptor androgênico (SARMs) que aumentam massa muscular, com menos efeitos adversos que anabolizantes tradicionais e inibidores da miostatina que bloqueiam a ação da miostatina, estimulando o crescimento muscular. A vitamina D vem como um adjunto promissor para a síntese proteica muscular. O Gh também pode ser utilizado com estudos mostram ganhos de massa magra, mas com potenciais efeitos adversos.” – Explica o Dr Daniel Benitti
- Outros agentes em investigação:
- MT-102 (agente transformador anabólico-catabólico).
- Agonistas de grelina, ômega-3, inibidores da ECA.
3. Mimetizadores de Exercício (“Exercise Mimetics”)
- Agentes que simulam os efeitos do exercício, úteis para pacientes incapazes de se exercitar:
- Agonistas de PPARδ
- Ativadores de AMPK
- Moduladores de PGC-1α, Nrf2 e irisina.
4. Suplementos de Ervas e Nutrição
- Compostos estudados:
- Curcumina (Cúrcuma longa).
- Catequinas (Camellia sinensis).
- Ácido ursólico (Eriobotrya japonica).
- Extrato de Schisandra chinensis.
- Atuam na melhora da força muscular, síntese proteica e redução da inflamação.
- Ainda requerem mais estudos clínicos para recomendações formais.
Conclusões
- Sarcopenia é um problema de saúde pública crescente, especialmente com o envelhecimento global.
- Diagnóstico ainda enfrenta desafios na prática clínica.
- O tratamento mais eficaz é o exercício, mas o desenvolvimento de terapias farmacológicas específicas é uma necessidade urgente.
- Pesquisas futuras devem focar em:
- Biomarcadores de diagnóstico precoce.
- Novos agentes terapêuticos baseados em genética e biologia molecular.
- Estratégias de prevenção e manejo mais individualizadas.
Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:
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