O “teste de apneia expiratória” ou “teste do tempo de apneia após expiração tranquila” é um método simples, sem equipamentos, usado informalmente por alguns profissionais como um indicador da tolerância do corpo ao dióxido de carbono (CO₂) e da função autonômica respiratória.
Como é feito o teste:
- A pessoa respira normalmente, sem forçar a respiração.
- Após uma expiração natural (sem forçar a saída total do ar), ela faz uma pausa e segura a respiração sem inspirar novamente.
- Cronometra-se o tempo até surgir o primeiro impulso respiratório (vontade de respirar), não até a pessoa ficar sem ar.
- O tempo é registrado.
Interpretação do tempo:
- Acima de 30–40 segundos: Excelente tolerância ao CO₂, bom controle autonômico, associado a boa saúde metabólica e cardiovascular.
- 20–30 segundos: Dentro do esperado, embora possa ser otimizado.
- 10–20 segundos: Baixa tolerância ao CO₂, pode estar associada a estresse crônico, hiperventilação, inflamação, ansiedade, etc.
- Abaixo de 10 segundos: Sinal de alerta. Pode estar associado a distúrbios respiratórios, disfunção autonômica, risco aumentado de apneia obstrutiva do sono (AOS), baixa variabilidade cardíaca, inflamação crônica, e menor resiliência ao estresse.
Relação com apneia do sono:
- Pessoas com apneia obstrutiva do sono muitas vezes apresentam baixa tolerância ao CO₂ e padrões de respiração disfuncionais (hiperventilação crônica durante o dia, por exemplo).
- Um tempo de apneia menor que 10 segundos sugere baixa capacidade de manter homeostase respiratória, o que pode refletir também numa pior resposta durante eventos de apneia noturna — ou seja, o corpo pode ter menor capacidade de lidar com quedas de oxigênio e aumento de CO₂ durante o sono.
- Pode estar relacionado à hipersensibilidade dos quimiorreceptores ao CO₂, o que faz com que a pessoa acorde mais facilmente durante eventos apneicos.
Relação com a saúde global:
O tempo de apneia após expiração é um marcador funcional da saúde metabólica e nervosa:
- Pode refletir estado inflamatório sistêmico.
- Relaciona-se ao nível de estresse crônico, ansiedade, desequilíbrios no eixo HPA.
- Indica o nível de resiliência do sistema nervoso autônomo.
- Está ligado ao funcionamento mitocondrial, pois o controle da respiração está intimamente ligado à eficiência energética celular.
- Pode sugerir predisposição a doenças crônicas como hipertensão, síndrome metabólica e distúrbios do sono.
O que pode melhorar esse tempo:
- Treinamento respiratório consciente (Buteyko, pranayama, respiração nasal funcional).
- Redução do estresse e melhora da resposta ao cortisol.
- Atividade física regular.
- Sono de qualidade.
- Alimentação anti-inflamatória e controle glicêmico.
- Exposição à luz natural e ritmos circadianos regulares.
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