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O cérebro da mulher muda?

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Um novo estudo realizado por cientistas da Weill Cornell Medicine lança luz sobre as mudanças na atividade cerebral que ocorrem durante a menopausa. A pesquisa, publicada no grupo Nature, utilizou pela primeira vez uma ferramenta pioneira de imagem cerebral para rastrear a atividade estrogênica em mulheres saudáveis.

A menopausa é caracterizada por um declínio no estrogênio

A maioria das mulheres passa pela menopausa na meia-idade, uma transição marcada pelo declínio dos níveis de estrogênio. Este processo é uma parte natural do envelhecimento, resultando no fim da menstruação.

A transição da menopausa está associada a vários sintomas, incluindo afrontamentos, períodos irregulares, ansiedade, alterações de humor e alterações de peso, e pode durar cerca de sete anos. Durante esse período, as mulheres podem apresentar sintomas da menopausa, mesmo que a menstruação não tenha parado totalmente. A menopausa é oficialmente diagnosticada somente depois que a mulher não teve ciclo menstrual por 12 meses consecutivos.

A menopausa também está associada a sintomas neuropsiquiátricos, como confusão mental e depressão. O 17β-estradiol (E2) é a forma biologicamente mais ativa de estrogênio e pesquisas anteriores destacaram seu papel em várias funções neurológicas e cognitivas. Durante a transição da menopausa, os níveis de E2 caem consideravelmente, sugerindo uma possível causa para estes sintomas neurológicos.

A densidade dos receptores de estrogênio reflete os estágios da menopausa

A tomografia por emissão de pósitrons (PET) é a única técnica disponível que permite a análise in vivo da expressão do receptor de estrogênio (RE). REs são encontrados em várias áreas do cérebro. Os receptores ligam-se ao E2, mediando seus muitos efeitos neurológicos. Até agora, os exames RE-PET foram realizados apenas em pacientes com câncer de mama.

Os pesquisadores examinaram os cérebros de 54 mulheres saudáveis, com idades entre 40 e 65 anos, usando imagens PET com um traçador específico de ligação ao RE chamado 18F-fluoroestradiol (FES) para registrar a densidade dos RE em várias regiões do cérebro. As participantes, 18 mulheres na pré-menopausa, 18 na perimenopausa e 18 na pós-menopausa, também preencheram um questionário de saúde da menopausa e a Escala de Avaliação da Menopausa para fornecer mais informações sobre os sintomas e alterações relacionadas à menopausa.

Mulheres na pós-menopausa apresentaram densidade de RE significativamente maior no cérebro em comparação com mulheres na pré-menopausa.

Um aumento na densidade do hipocampo e do córtex frontal também foi associado a uma diminuição nas pontuações em alguns testes cognitivos, incluindo pontuações de memória. Altas densidades no tálamo foram associadas a mudanças de humor, como depressão.

“Os resultados sugerem que o aumento na densidade do RE pode ser uma resposta compensatória ao declínio dos níveis de estrogênio no cérebro. Os investigadores conseguiram prever o estado pré-menopausa versus pós-menopausa, com 100% de precisão, utilizando uma medição baseada na densidade do RE em quatro regiões cerebrais principais: a glândula pituitária, o núcleo caudado, o córtex cingulado posterior e o córtex frontal médio. Os efeitos do aumento da densidade do RE foram independentes da idade e, em vez disso, dependeram do estágio da menopausa em que as participantes se encontravam. Esse estudo é importante, pois hoje vemos muitas mulheres sendo submetidas a bloqueios hormonais sem necessidade e ninguém avalia o que está ocorrendo no cérebro destas mulheres. Hoje sabemos que o estrogênio protege o cérebro das mulheres de demência. Vejo, infelizmente mulheres com lipedema utilizando gestrinona sem nenhuma indicação.”  – Comenta o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

O estudo oferece uma demonstração de prova de princípio utilizando um método confiável e minimamente invasivo, que permitiu aos pesquisadores investigar os mecanismos moleculares subjacentes aos sintomas neurológicos associados à menopausa.

“Em um futuro próximo, poderemos saber, por exemplo, se a densidade do RE muda com a terapia com estrogênio e se isso leva a menos sintomas e melhor desempenho em testes cognitivos.” – Afirma.

A equipe observou que os RE permaneceram abundantes no cérebro, mesmo até uma década, após a menopausa. Combinados com as descobertas de que a densidade do RE aumentou durante a perimenopausa, os resultados sugerem que a “janela de oportunidade” para a terapia com estrogênio pode ser mais longa do que se acreditava inicialmente.

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

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