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O alimento mais injustiçado do mundo é um aliado da memória das mulheres

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A doença de Alzheimer e várias formas de comprometimento da memória estão se tornando cada vez mais comuns, especialmente entre adultos mais velhos. Os números são alarmantes segundo as previsões.

Image by Freepik

Como o envelhecimento é inevitável, é fundamental encontrar mudanças no estilo de vida que possam reduzir o risco de declínio cognitivo. Pesquisas mostram que altos níveis de colesterol na meia-idade podem dobrar a chance de desenvolver problemas cognitivos mais tarde, mas a ligação entre declínio cognitivo e colesterol alimentar não é clara.

Os ovos, que são ricos em colesterol, foram demonizados no passado sendo sugerido por muitos como um causador de doenças. No entanto, o ovo também contêm nutrientes como carotenoides, colina e omega 3 que apoiam a saúde do cérebro.

Em um recente estudo, os pesquisadores exploraram a relação entre o consumo de ovos e a função cognitiva, com foco nas mudanças ao longo do tempo.

Eles utilizaram dados do Rancho Bernardo Study, que seguiu um desenho de coorte prospectivo e incluiu adultos de classe média e média alta que viviam no sul da Califórnia.

Os participantes foram selecionados com base no consumo de ovos e desempenho em avaliações cognitivas durante visitas que ocorreram em 1988–1991 e 1992–1996. Após excluir participantes com menos de 55 anos, aqueles com dados faltantes e aqueles que sofreram um derrame, 890 participantes (533 mulheres e 357 homens) foram incluídos na análise.

O estudo descobriu que o consumo de ovos teve um impacto diferente na função cognitiva entre homens e mulheres.

Em média, as mulheres que comeram mais ovos experimentaram um declínio menor na fluência verbal ao longo de quatro anos.

Especificamente, para cada aumento no consumo de ovos, houve uma redução leve, mas significativa, na deterioração de suas pontuações de fluência de categoria, o que significa que as mulheres que comeram mais ovos mantiveram sua capacidade de nomear categorias de itens, como animais, melhor do que aquelas que comeram menos ou nenhum ovo.

Essa associação permaneceu significativa mesmo após considerar fatores como idade, educação, dieta, comportamentos de estilo de vida e condições de saúde.

No entanto, o consumo de ovos não afetou significativamente outras medidas cognitivas, como o MMSE ou o Teste B de Trilhas, nem houve qualquer impacto significativo na função cognitiva em homens.

As descobertas sugerem que, embora o consumo de ovos possa ajudar a proteger certas habilidades cognitivas em mulheres, ele não parece ter um amplo impacto na saúde cognitiva geral em adultos mais velhos.

“Devido ao terrorismo nutricional criado no passado, muitas pessoas ficam preocupadas com colesterol e não comem ovos. No estudo 16,5% das mulheres não comiam ovos. A ausência de declínio cognitivo com o consumo de ovos é reconfortante e sugere que, apesar de terem altos níveis de colesterol na dieta, os ovos não têm um efeito prejudicial e podem até ter um papel na manutenção da função cognitiva ao longo do tempo. Os ovos estão prontamente disponíveis e são uma opção de baixo custo para obter proteínas e nutrientes relacionados à saúde em outros estudos. Mas lembrando que os ovos orgânicos apresentam um valor nutricional bem maior que os ovos de granja. A sugestão de consumo é de 3-4 por semana não extrapolando este valor.” – Indica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

Os resultados do estudo se alinham com pesquisas anteriores, mas acrescentam uma perspectiva única ao focar em diferenças específicas de sexo em uma coorte dos EUA. No entanto, nenhum benefício semelhante foi observado em homens, o que é consistente com outros estudos que não mostram nenhuma ligação entre o consumo de ovos e o declínio cognitivo em homens.

O estudo tem vários pontos fortes, incluindo um grande tamanho de amostra, participantes bem caracterizados e análises específicas de sexo. No entanto, as limitações incluem a homogeneidade da população do estudo, a dependência de dados autorrelatados e o período de acompanhamento relativamente curto.

Apesar dessas limitações, as descobertas sugerem que os ovos podem ser uma maneira econômica e acessível de apoiar a saúde cognitiva em mulheres.

Pesquisas futuras devem se concentrar em estudos de longo prazo com populações diversas, incluindo imagens cerebrais, para explorar mais a fundo a relação entre o consumo de ovos e a função cognitiva.

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

 

 

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