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Novo auxiliar no tratamento de câncer colorretal

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Obesidade, dieta inadequada ou problemas gastrointestinais podem causar distúrbios no equilíbrio microbiano normal de uma pessoa.

Esses fatores aumentam o risco de câncer colorretal (CCR) que tem uma incidência aumentada nos últimos anos em pessoas com menos de 50 anos de idade.

Para as pessoas que tiveram ou têm CCR, estas alterações causam inflamação e podem afetar a sobrevivência. Mesmo após o tratamento do câncer ou a remoção de pólipos pré-cancerosos, uma dieta pobre e um microbioma intestinal desequilibrado podem ter efeitos negativos nos esforços de prevenção tanto de doenças cardiovasculares como de câncer.

Os feijões são cheios de fibras, aminoácidos e outros nutrientes que sustentam o intestino, que podem ajudar as bactérias benéficas do cólon a florescer, apoiando a saúde imunológica e regulando a inflamação. Apesar de acessíveis e econômicas, as leguminosas são frequentemente evitadas pelas pessoas, em parte devido aos efeitos colaterais gastrointestinais leves ou agudos, que podem ser atenuados pelo preparo adequado e pelo consumo consistente.

Um recente estudo publicado no grupo Lancet BE GONE realizado no MD Anderson Câncer Center acompanhou 48 homens e mulheres com mais de 30 anos que preenchiam os critérios de obesidade através do índice de massa corporal (IMC) ou tamanho da cintura e que tinham histórico de lesões intestinais. Isso incluiu pacientes com histórico de CCR (75%) e/ou pólipos pré-cancerosos de alto risco do cólon, ou reto detectados na colonoscopia. Durante oito semanas, os participantes seguiram sua dieta regular ou incluíram uma xícara diária de feijão branco orgânico cozido sob pressão (16 g fibra; 14 g proteína; 220 kcal).

Os pacientes puderam escolher e preparar suas próprias refeições, com acompanhamento rigoroso e aconselhamento do nutricionista do estudo. A cada quatro semanas, os participantes forneceram amostras de fezes e sangue em jejum para avaliar alterações no microbioma intestinal, bem como metabólitos e marcadores do hospedeiro. Os participantes foram considerados aderentes se consumissem pelo menos 80% do feijão durante o período de intervenção e seguissem o regime prescrito pelo menos cinco dias por semana. Nenhum efeito colateral grave foi relatado.

“O pequeno feijão branco utilizado no estudo é rico em lisina, ferro, fosfatidilserina, apigenina, saponinas, ácido ferúlico e ácido p-cumárico em comparação com outras leguminosas e fontes de alimentos prebióticos, fornecendo várias propriedades únicas de relevância para o microbioma, risco cardiometabólico e câncer.  Estudos pré-clínicos demonstram que a suplementação de feijão em uma dieta rica em gordura é suficiente para melhorar a saúde intestinal e mitigar a gravidade do fenótipo inflamatório e obeso. O feijão é o segredo da longevidade e auxilia muito no tratamento das mulheres com lipedema também.” – Informa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

Dos 55 pacientes randomizados por sequência de intervenção, 87% completaram o ensaio de 16 semanas, demonstrando um aumento na diversidade durante a intervenção e mudanças em múltiplas bactérias indicativas de eficácia prebiótica, incluindo aumento de Faecalibacterium, Eubacterium e Bifidobacterium (todos p < 0,05).

O metaboloma circulante mostrou mudanças paralelas nos metabólitos derivados de nutrientes e microbiomas, incluindo aumento do ácido pipecólico e diminuição do indol (todos p < 0,002) que regrediram ao retornar à dieta habitual. Não foram observadas alterações significativas nas lipoproteínas circulantes em 8 semanas; no entanto, os biomarcadores proteômicos da resposta inflamatória intestinal e sistêmica, o fator de crescimento de fibroblastos-19 aumentaram e o receptor-α da interleucina-10 diminuiu.

“No entanto, assim que os participantes pararam de comer feijão, os efeitos positivos desapareceram rapidamente, destacando a necessidade de educar os pacientes sobre como manter hábitos saudáveis.” – Ressalta.

Estas descobertas sublinham o papel prebiótico e potencial terapêutico do feijão para melhorar o microbioma intestinal e regular os marcadores do hospedeiro associados à obesidade metabólica e ao câncer colorrectal, ao mesmo tempo que enfatizam ainda mais a necessidade de ajustes dietéticos consistentes e sustentáveis em pacientes de alto risco.

 

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

 

 

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