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Hoje é muito difícil encontrar uma mulher que não utiliza ou não utilizou anticoncepcionais.

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O uso de anticoncepcionais mudou a realidade das mulheres nos últimos anos e muitos médicos e pacientes sempre se sentiram confortáveis com a sua utilização sem receio de efeitos colaterais.

No entanto, o uso crônico de qualquer medicação, ainda mais hormônios pode causar efeitos colaterais indesejados e aumentar riscos de outras doenças.

O uso de contraceptivos orais combinados, contendo estrogênio e progestagênio, foi previamente associado a um pequeno aumento no risco de câncer de mama, mas há dados limitados sobre o efeito dos contraceptivos hormonais apenas com progestagênio. No entanto, o uso de contraceptivos só de progestagênio aumentou substancialmente nos últimos anos, com quase tantas prescrições de contraceptivos orais só de progestágeno quanto de anticoncepcionais orais combinados em 2020.

Em um recente estudo da Universidade de Oxford na Inglaterra, os pesquisadores analisaram dados de um banco de dados de cuidados primários do Reino Unido analisando 9.498 mulheres com menos de 50 anos com câncer de mama invasivo diagnosticado entre 1996-2017, e compararam com os dados de outras 18.171 mulheres como controle.

Com cinco anos de uso de contraceptivos orais combinados ou apenas de progestágeno, a incidência de câncer de mama em 15 anos foi estimada em 8 casos por 100.000 usuárias de contraceptivos hormonais na idade de 16 a 20 anos e 265 casos por 100.000 usuárias aos 35 a 39 anos. As chances de câncer de mama foram aumentadas de forma semelhante e significativa, independentemente de o contraceptivo usado ser uma preparação oral combinada (estrogênio e progestágeno) (OR = 1,23 IC 95% 1,14-1,32, p < 0,001), uma preparação oral apenas de progestágeno ( OR= 1,26 95% CI 1,16-1,37, p<0,001), um progestágeno injetado (OR= 1,25 95% CI 1,07-1,45, p=0,004) ou um dispositivo intra-uterino liberador de progestágeno (OR=1,32 95% CI 1,17 -1,49, p<0,001). Esses resultados foram combinados com os de estudos anteriores de países de alta renda, que incluíram mulheres de uma faixa etária mais ampla.

“Há um aumento relativo de 20% a 30% no risco de câncer de mama associado aos contraceptivos combinados e somente de progesterona, qualquer que seja a via de administração. O risco é maior em mulheres de 35 a 39 anos de idade embora a incidência em 15 anos seja de no máximo 265 casos por 100.000 usuários. Eu particularmente não recomendo o uso de anticoncepcionais depois dos 30 anos de idade. Logicamente existem exceções e devemos individualizar.” – Explica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

Dado que o risco subjacente de câncer de mama aumenta com o avanço da idade, o risco excessivo absoluto associado ao uso de qualquer tipo de contraceptivo oral será menor em mulheres que o usam em idades mais jovens do que em idades mais avançadas. Os riscos devem ser vistos no contexto dos benefícios bem estabelecidos do uso de anticoncepcionais nos anos reprodutivos das mulheres.

OBS:

Foi considerada a possibilidade de que os cânceres de mama possam ser diagnosticados seletivamente entre mulheres que procuram regularmente prescrições de seus médicos. Pode-se esperar que qualquer detecção seletiva seja maior para preparações orais que requerem prescrições mais frequentes do que para preparações de ação prolongada (como DIUs), mas essas diferenças não foram encontradas.

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

 

 

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