
O formato do músculo glúteo máximo muda de maneiras distintas ao longo do envelhecimento e de acordo com estilo de vida, fragilidade, osteoporose e diabetes tipo 2 — e essas alterações são diferentes entre mulheres e homens, segundo uma nova pesquisa que foi apresentada semana passada no encontro anual da Radiological Society of North America (RSNA).
Os pesquisadores utilizaram mapeamento 3D por ressonância magnética, uma técnica que processa uma série de imagens de RM para criar um modelo anatômico 3D detalhado, permitindo melhor visualização. O mapeamento 3D revelou padrões específicos de sexo no glúteo máximo associados ao diabetes tipo 2, sugerindo que o formato — e não o tamanho — do músculo pode refletir diferenças metabólicas subjacentes.
O glúteo máximo é um dos maiores músculos do corpo humano e desempenha um papel fundamental na saúde metabólica.
Usando dados de 61.290 exames de RM disponíveis no banco de dados UK Biobank, a equipe investigou como a análise por ressonância pode caracterizar as características estruturais e a composição do músculo. Além das imagens médicas, o UK Biobank inclui medidas físicas dos voluntários, dados demográficos, biomarcadores de doenças, histórico médico e respostas a questionários de estilo de vida. Os pesquisadores analisaram 86 variáveis diferentes e mapearam como elas se associam às mudanças no formato muscular ao longo do tempo.
Pessoas com maior aptidão física, medida por atividade física vigorosa e força de preensão manual, apresentaram um glúteo máximo com maior volume estrutural, enquanto envelhecimento, fragilidade e longos períodos sentado estavam ligados ao afinamento do músculo
Entre os participantes com diabetes tipo 2, os homens apresentaram encolhimento do músculo, enquanto as mulheres mostraram aumento do volume muscular — provavelmente devido à infiltração de gordura dentro do músculo. Homens classificados como “frágeis” exibiram um encolhimento mais generalizado do glúteo máximo, ao passo que, nas mulheres, o impacto da fragilidade ficou restrito a áreas menores.
Os resultados indicam que homens e mulheres têm respostas biológicas muito diferentes à mesma doença. Mudanças no formato do glúteo máximo podem indicar declínio funcional precoce e comprometimento metabólico em pessoas com diabetes tipo 2 — refletindo diferenças específicas entre sexos na resposta à tolerância à insulina, que ainda exigem mais estudos.
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