Talvez saber como está o seu olfato seja mais importante do que saber os seus exames de sangue.
Em um recente artigo de revisão pesquisadores da Universidade da Califórnia discutiram as ligações entre condições genéticas, físicas e neurológicas com perda olfativa e inflamação.
Eles concluíram que inflamação, ambiente e neuroanatomia podem conectar a perda do olfato a várias condições e que estimular os sentidos olfativos pode ser útil no tratamento e prevenção desses problemas de saúde, reduzindo a inflamação no cérebro e no corpo.
A disfunção olfativa está relacionada a 139 condições médicas, incluindo condições genéticas ou hereditárias, físicas e neurológicas. Pesquisas extensas apoiam conexões com condições como rinite, depressão, Parkinson, Alzheimer e COVID.
Em muitos casos, a perda olfativa pode aparecer antes que os sintomas das condições sejam experimentados. Isso indica que a perda do olfato pode prever declínios cognitivos futuros e até mesmo mortalidade.
“O sistema olfativo pode ser impactado por condições que afetam tanto o cérebro quanto o corpo. Condições neurológicas e somáticas podem prejudicar o sistema olfativo, enquanto a disfunção olfativa pode aumentar o risco de desenvolver algumas doenças. A disfunção olfativa é frequentemente ligada à inflamação, vista em condições como distúrbios hereditários e neurológicos. Sempre me chamou muita atenção a capacidade olfativa das mulheres com lipedema. Quanto mais apurado o olfato, mais saudável a pessoa.” – Afirma o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
A inflamação pode danificar o sistema olfativo por meio de agentes inalados (como odores ou poluição) ou sangue.
O treinamento olfativo mostra eficácia dependente da idade, especialmente para indivíduos mais jovens com deficiências olfativas. Certos aromas (gengibre, lavanda e eucalipto) têm efeitos anti-inflamatórios em estudos com animais, sugerindo potenciais papéis terapêuticos.
Em estudos animais, a suplementação com ômega-3 preveniu a perda de memória e olfativa.
A perda olfativa está associada ao declínio da memória, particularmente na demência, devido a vias cerebrais diretas entre os centros de olfato e memória.
Regiões cerebrais envolvidas na memória (amígdala e hipocampo) se deterioram com a perda olfativa. Fatores como infecções, estresse, poluição e tabagismo podem prejudicar tanto a olfação quanto a memória.
Estudos longitudinais mostram que a perda olfativa relacionada à COVID-19 prevê danos em regiões cerebrais relacionadas à memória, ligando a COVID-19 ao declínio cognitivo e ao aumento do risco de doença de Alzheimer.
Treino Olfatório
O treino olfatório, ou o processo de estimulação do olfato, melhora os sintomas cognitivos.
“A exposição a óleos essenciais pode melhorar a saúde do cérebro ao equilibrar os neurotransmissores, reduzir o estresse oxidativo e a inflamação e aumentar a cognição, a memória e a neuroproteção.” – Indica
Também há benefícios para a memória em adultos mais velhos, pois a estimulação olfativa melhora a memória em adultos saudáveis, especialmente adultos mais velhos, por meio da exposição diária a óleos essenciais ao longo de meses. O enriquecimento olfativo noturno mínimo (2 horas/noite por 6 meses) melhorou significativamente as pontuações de memória em adultos mais velhos.
Em pacientes com demência, estudos descobriram que a exposição olfativa frequente ajuda a melhorar a memória, os sintomas de depressão, a atenção e as habilidades de linguagem. Um ambiente olfativo rico, combinado com educação e atividades sociais, pode promover a reserva cognitiva, potencialmente protegendo contra os sintomas de demência, mesmo se a doença em si estiver presente.
Os pesquisadores levantam a hipótese de que esses benefícios podem ser devidos a três mecanismos.
Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
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