Um recente estudo espanhol avaliou os efeitos antiobesidade de um colágeno bovino modificado tecnologicamente para apresentar baixa digestibilidade e alta capacidade de expansão (swelling) em meio ácido, simulando o estômago. A hipótese é que ele induz saciedade e reduz o apetite ao aumentar de volume no estômago.
Métodos
- Estudo duplo-cego randomizado com 64 adultos com sobrepeso ou obesidade (IMC 25–34,9).
- Intervenção por 12 semanas:
- Grupo colágeno: 2 barras por dia (20g de colágeno/dia) + recomendações alimentares.
- Grupo controle: só água antes das refeições + mesmas recomendações.
- Avaliações: peso, IMC, composição corporal (DEXA), pressão arterial, índice de fígado gorduroso (FLI), leptina, saciedade (QSA), e ghrelina em ratos.
Resultados principais
In vitro:
- Digestibilidade < 45%
- Capacidade de expansão em pH ácido: ~1917%
Em humanos:
Parâmetro | Grupo Colágeno | Grupo Controle | Diferença significativa |
Peso ↓ | −3,0 kg | −1,5 kg | ![]() |
IMC ↓ | −1,2 kg/m² | −0,6 kg/m² | ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() |
Circunferência abdominal ↓ | maior redução | menor redução | ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() |
Massa livre de gordura ↑ | aumento significativo | estável | ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() |
FLI (fígado gorduroso) ↓ | sim | leve ou nenhum efeito | ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() |
PA sistólica ↓ | −8,6 mmHg | −0,3 mmHg | ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() |
Leptina ↓ | sim | sim | semelhante |
Apetite ↓ | sim | não | ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() |
Saciedade e satisfação ↑ | sim | não | ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() |
- Colágeno reduziu significativamente os níveis pós-prandiais de ghrelina comparado à caseína (p < 0.01)
“O colágeno incha em meio ácido, gerando sensação mecânica de estômago cheio. A baixa digestibilidade prolonga a permanência gástrica, prolongando saciedade. Houve aumento da da leptina que é um hormônio relacionado à saciedade. O aporte proteico (20g/dia) a mais contribuiu para evitar perda muscular. Além disso, provavelmente ocorreu uma modulação do microbioma pelo aumento do aporte proteico e isso gerou a diminuição da inflamação hepática e pressão arterial sistêmica. Esses resultados são promissores e facilmente colocados em prática. Gosto muito de associar colágeno na alimentação das mulheres com lipedema.” – Comenta o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
A suplementação diária com 20g de colágeno com baixa digestibilidade e alta capacidade de expansão promoveu perda de peso, redução de gordura visceral, melhora da composição corporal, menor apetite, redução da pressão arterial sistólica e potencial efeito hepatoprotetor — mesmo sem dieta hipocalórica.
Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:
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