Todo mundo sabe hoje a importância de aquecer os músculos antes do treino. Mas pouca gente sabe que Hungria já foi uma potência do futebol mundial pois eles simplesmente aqueciam antes de iniciar o jogo de futebol. Por entrar em campo com os músculos aquecidos, eles já começavam o jogo com toda potência e abriam o placar dos jogos. Quando os outros times descobriram isso o cenário mudou…
Mas o que realmente acontece quando aquecemos nossos músculos? Todos os músculos são iguais? Você pode se surpreender ao descobrir que a ciência por trás dessa atividade rotineira nem sempre foi clara.
Agora, num estudo publicado recentemente no Journal of General Physiology, uma equipa de investigação multi-institucional, liderada pela Universidade de Osaka, revelou como o aquecimento afeta a contração de diferentes músculos, e como isso pode beneficiar as populações que necessitam de melhor desempenho no exercício.
O músculo esquelético se contrai em resposta a sinais elétricos do sistema nervoso, que ativam proteínas nas células musculares e nos permitem mover-se. A equipe explorou anteriormente como as contrações do músculo cardíaco são afetadas pela temperatura, determinando que o nosso coração pode contrair-se eficientemente dentro da faixa de temperatura corporal.
Em seguida, usando proteínas musculares e microscopia avançada, a equipe de pesquisa quis determinar como a temperatura afeta o músculo esquelético: os músculos esqueléticos têm sensibilidade à temperatura semelhante ou são diferentes dos músculos do coração?
A equipe de pesquisa descobriu que algumas das proteínas nas células musculares atuam como sensores de temperatura e que o aquecimento afeta os sistemas contráteis esquelético e cardíaco de maneira diferente.
“Essa descoberta evidenciou diferenças na sensibilidade à temperatura das proteínas responsáveis pela contração nos músculos esqueléticos e cardíacos. Basicamente, o músculo esquelético que movimenta nosso corpo é mais sensível ao aquecimento do que o coração. Isso aumenta ainda mais a evidência de uso de roupas de compressão para realizar atividade física de esforço. Uma ajuda a mais para as mulheres com lipedema.” – Explica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
O significado fisiológico desses achados ficará claro quando a diferença funcional entre o músculo esquelético e o cardíaco for considerada. Embora o músculo esquelético gere apenas uma certa quantidade de força quando necessário, o coração deve bater continuamente.
A maior dependência do músculo esquelético com a temperatura pode permitir que ele se contraia de forma relativamente rápida durante o aquecimento, mesmo com um leve aquecimento devido a movimentos leves ou exercícios. Isso significa que o músculo pode economizar energia e descansar quando não for necessário. Em contraste, a temperatura mais baixa a sensibilidade do coração pode ser benéfica para manter um batimento contínuo, independentemente da temperatura.
Este estudo fornece novos insights sobre como, no nível da proteína, o aquecimento antes do exercício melhora o desempenho muscular. A descoberta de que algumas proteínas musculares atuam como sensores de temperatura pode levar a uma nova estratégia de hipertermia, na qual o desempenho do músculo esquelético é melhorado através do aquecimento do músculo. A incorporação de rotinas de aquecimento adequadas na vida diária dos indivíduos, particularmente da população idosa, poderia melhorar o seu desempenho muscular e de exercício, reduzindo assim o risco de lesões e ajudando a manter a sua independência.
Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
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