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Esperança para as mulheres com endometriose?

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Image by Freepik

A Organização Mundial de Saúde estima que a endometriose afeta cerca de uma em cada dez mulheres durante a sua vida e este número pode estar subestimado. Mas a compreensão da endometriose ainda carece bastante.

As coisas estão começando a mudar. Um ensaio clínico do primeiro tratamento não hormonal e não cirúrgico para a endometriose, iniciado em 2023 na Escócia, está a mostrar resultados promissores. O estudo surgiu de exames mais detalhados de como as lesões de endometriose se formam. Ao coletar amostras de pacientes durante laparoscopias diagnósticas, descobriu-se que aquelas com endometriose peritoneal – ou seja, doença no revestimento da cavidade pélvica, que representa cerca de 80% dos casos – tinham níveis significativamente mais elevados de uma substância química chamada lactato na pélvis do que aquelas sem.

O lactato é produzido quando o corpo decompõe a glicose de uma forma menos eficiente d ponto de vista energético. A sua presença aumentada sugere uma ajuda no desenvolvimento de lesões de endometriose, possivelmente semelhante ao papel que o lactato desempenha na ajuda à proliferação das células cancerígenas. Os cientistas procuraram então um medicamento que já tivesse sido testado em pacientes com câncer, optando eventualmente pelo dicloroacetato (DCA). Também é usado para tratar tipos raros de distúrbios metabólicos em crianças, nos quais o excesso de ácido láctico se acumula no sangue.

“Um pequeno grupo de pacientes humanos tratados com DCA relatou menor dor e qualidade de vida. Um ensaio com uma coorte maior, além de um braço placebo, é o próximo. Se o medicamento for aprovado, o que poderá ser possível nos próximos cinco a sete anos, o DCA será o primeiro novo tratamento para endometriose descoberto em quatro décadas. Embora ainda vejam a endometriose como uma dominância estrogênica, bloquear o estrogênio não é o caminho do tratamento. O mesmo vejo no lipedema, pessoas que não compreendem a inflamação e colocam a culpa no hormônio e na gordura. Lipedema é uma inflamação sistêmica com manifestação no tecido adiposo.” – Relata o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

Um relatório divulgado no mês passado pela consultoria McKinsey concluiu que a “falta sistemática de compreensão da doença” levou a uma perda anual de 40 milhões a 45 milhões de anos de vida ajustados por incapacidade para as mulheres, totalizando quatro dias perdidos de “vida saudável” por ano em todo o mundo.

Em termos de endometriose, a falta de conhecimento médico impede o diagnóstico e também o tratamento. O diagnóstico de endometriose, assim como o do lipedema, demora em média 10 anos.

Muitas mulheres recebem como resposta que seus sintomas são considerados como dores menstruais normais, resultado de fatores de estilo de vida, como excesso de peso, ou como psicológicos. Uma razão pela qual o diagnóstico da endometriose é um processo tão demorado e cansativo. Para acelerar as coisas, os cientistas têm procurado “biomarcadores” – as assinaturas de proteínas ou processos relacionados com uma doença, que aparecem em algum local fácil de testar, como o sangue ou a urina de um paciente.

Um recente estudo sugere um teste que procura microRNAs específicos – pequenos filamentos de material genético – em exame de sangue de mulheres com endometriose.

Ainda vamos ver avanços maiores no tratamento e diagnóstico da endometriose que cada vez mais está fugindo de uma doença hormonal para um quadro inflamatório no qual a cirurgia não irá resolver o problema.

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

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