Um recente estudo investigou a relação entre os níveis de carnitina livre mitocondrial e o risco/desenvolvimento de Alzheimer (AD), com foco nas diferenças entre os sexos.
Métodos:
- Participantes: 125 indivíduos de dois grupos independentes, incluindo controles saudáveis, pacientes com déficit cognitivo leve amnésico (aMCI) e Alzheimer.
- Medidas: Níveis de acetil-L-carnitina (LAC) e carnitina livre no plasma, além de biomarcadores como β-amiloide (Aβ) e proteína Tau no líquido cefalorraquidiano (LCR).
Resultados:
- Mulheres com aMCI e Alzheimer apresentaram níveis significativamente mais baixos de carnitina livre do que controles saudáveis, enquanto nos homens essa diferença não foi observada.
- Deficiência de carnitina livre correlacionou-se com maior acúmulo de β-amiloide e níveis elevados de Tau, ambos marcadores da doença de Alzheimer.
- A gravidade do déficit cognitivo foi maior nas mulheres com baixos níveis de carnitina.
- Medições no plasma de LAC e carnitina livre mostraram-se tão eficazes quanto os biomarcadores de LCR para identificar o estágio da doença, sugerindo uma alternativa menos invasiva para o diagnóstico.
Conclusão:
Níveis reduzidos de carnitina livre em mulheres com aMCI ou Alzheimer sugerem uma vulnerabilidade maior ao declínio cognitivo nesse grupo. A suplementação de carnitina pode ser explorada como uma estratégia terapêutica, já que estudos anteriores indicaram benefícios no metabolismo cerebral e na desaceleração do declínio cognitivo.
Importância Clínica:
- O estudo sugere que diferenças metabólicas entre os sexos podem influenciar o risco e a progressão do Alzheimer, e que o metabolismo mitocondrial pode ser um alvo para tratamentos preventivos e personalizados.
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