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Smartphones, internet e mídia social

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A cracolândia que ninguém percebe e está englobando o mundo!

“Sinto uma culpa tremenda”, admitiu Chamath Palihapitiya.

Ele estava respondendo a uma pergunta sobre seu envolvimento na exploração do comportamento do consumidor. “Os ciclos de feedback de curto prazo e impulsionados pela dopamina que criamos estão destruindo a forma como a sociedade funciona.”

Embora pareça um absurdo para você, plataformas como Facebook, Snapchat e Instagram utilizam os mesmos circuitos neurais usados por máquinas caça-níqueis e cocaína para nos manter usando seus produtos o máximo possível. Observar mais de perto a ciência subjacente pode fazer com que você faça uma pausa na próxima vez que pensar em desbloquear a tela do seu celular.

Já existe nome para a dependência de celular: nomofobia

As pessoas não percebem mas passam em média de 2 a 4 horas por dia tocando, digitando e deslizando o dedo em seus dispositivos celulares. Isso soma mais de 2.600 toques diários! Se a pessoa fica 4h por dia no celular, ela passa 30% do seu tempo com os olhos abertos olhando para a tela de um celular!

A maioria de nós se tornou tão intimamente envolvida com nossas vidas digitais que às vezes sentimos nossos telefones vibrando em nossos bolsos quando eles nem estão lá.

“Nenhum smartphone em si é viciante, os verdadeiros impulsionadores de nossos apegos a esses dispositivos são os ambientes hipersociais que eles fornecem. Graças aos likes e curtidas do Facebook, Snapchat, Instagram e outros, os smartphones nos permitem carregar imensos ambientes sociais em nossos bolsos em todos os momentos de nossas vidas. Embora os humanos tenham evoluído para serem sociais – uma característica fundamental para nosso sucesso como espécie – as estruturas sociais nas quais prosperamos tendem a conter cerca de 150 indivíduos. Esse número é muito menor do que os 2 bilhões de conexões em potencial que carregamos hoje em nossos bolsos. Não há dúvida de que os smartphones trazem imensos benefícios para a sociedade, mas seu custo está se tornando cada vez mais aparente. Estudos estão começando a mostrar ligações entre o uso de smartphones e o aumento dos níveis de ansiedade e depressão, má qualidade do sono e aumento do risco de acidentes no trânsito com mortes. Muitos de nós gostaríamos de passar menos tempo em nossos telefones, mas achamos incrivelmente difícil desconectar.” – Explica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

Dopamina

A dopamina é uma substância química produzida pelo nosso cérebro que desempenha um papel importante na motivação do comportamento. Ela é liberada quando damos uma mordida em uma comida deliciosa, quando fazemos sexo, compras, após nos exercitarmos e, mais importante, quando temos interações sociais bem-sucedidas. Num contexto evolutivo, recompensa-nos por comportamentos benéficos e motiva-nos a repeti-los.

Cada vez que uma resposta a um estímulo resulta em uma recompensa, essas associações se tornam mais fortes por meio de um processo chamado potencialização de longo prazo.

Embora não sejam tão intensos quanto a cocaína ou crack, os estímulos sociais positivos também resultarão na liberação de dopamina, reforçando qualquer comportamento que o tenha precedido. Neurocientistas cognitivos mostraram que recompensar estímulos sociais – rostos sorridentes, reconhecimento positivo de nossos colegas, mensagens de entes queridos – ativam os mesmos caminhos de recompensa dopaminérgicos. Os smartphones nos forneceram um suprimento virtualmente ilimitado de estímulos sociais, tanto positivos quanto negativos.

Semelhante às máquinas caça-niqueis, muitos aplicativos implementam um padrão de recompensa otimizado para mantê-la envolvido o máximo possível.

Se percebermos que uma recompensa será entregue aleatoriamente e se a verificação da recompensa tiver um custo baixo, acabamos verificando habitualmente. Se você prestar atenção, poderá verificar seu telefone ao menor sentimento de tédio, puramente por hábito. Os programadores trabalham muito atrás das telas para mantê-la fazendo exatamente isso.

“Os algoritmos de notificação do Instagram às vezes retêm ‘curtidas’ em suas fotos para entregá-las em rajadas maiores. Portanto, quando você fizer sua postagem, poderá ficar desapontada ao encontrar menos respostas do que esperava, apenas para recebê-las em um grupo maior mais tarde. Seus centros de dopamina foram preparados por esses resultados negativos iniciais para responder de forma robusta ao súbito influxo de avaliação social. Esse uso de uma programação de recompensa variável tira proveito de nosso desejo de validação social impulsionado pela dopamina e otimiza o equilíbrio dos sinais de feedback negativo e positivo até que nos tornemos usuários habituais.” – Informa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

Questione seus hábitos

Smartphones e aplicativos de mídia social não vão a lugar nenhum tão cedo, então cabe a nós, como usuários, decidir quanto do nosso tempo queremos dedicar a eles. A menos que o modelo de lucro baseado em anúncios mude, empresas continuarão a fazer tudo o que puderem para manter seus olhos grudados na tela sempre que possível. E usando algoritmos para alavancar nosso circuito de recompensa movido a dopamina, eles jogam as cartas – e nossos cérebros – contra nós. É uma luta desigual e você irá perder.

Mas se você quiser passar menos tempo no telefone, existem várias estratégias para alcançar o sucesso:

  •  Desabilitar suas notificações para aplicativos de mídia social
  •  Manter sua tela em preto e branco reduzirá a capacidade do seu telefone de atrair e prender sua atenção.
  • Bloquear o tempo de uso. Não permita usar mais de 1 hora por dia de qualquer aplicativo!
  • Pergunte-se sempre: “Isso realmente vale o meu tempo?”

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

 

 

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