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Medicações para emagrecer. Elas são perigosas?

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Hoje é muito comum o uso de medicações para emagrecimento. Muitas delas tiveram o seu uso inicial para tratamento da diabetes.

Apenas 7% das pessoas obesas tomam alguma medicação para auxiliar no emagrecimento. Isso deve-se ao preconceito dos médicos e dos pacientes

As medicações podem e devem ser usadas, mas é fundamental entender o efeito de cada medicação e seus possíveis efeitos colaterais para serem evitadas em grupos específicos de pacientes.

Os inibidores do cotransportador de sódio-glicose-2 (SGLT2) são uma classe relativamente nova de medicamentos orais para o tratamento do diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Seu uso aumentou recentemente devido aos seus resultados renais e cardiovasculares benéficos,. Ao aumentar a excreção de glicose na urina, elas literalmente estão jogando calorias fora e esse é um dos motivos que são utilizadas para auxiliar emagrecimento.

Um efeito colateral muito conhecido é o aumento do risco de infecções do trato gênito urinário devido ao aumento da excreção de glicose na urina que irá propiciar um ambiente favorável ao crescimento bacteriano.

No entanto, existe também risco de cetoacidose diabética (CAD) com valores de glicose normais ou levemente elevados, denominados CAD euglicêmica (euCAD).

“Dietas cetogênicas e low carb são muito utilizadas no tratamento das pacientes com lipedema e são muito boas no controle da inflamação e perda de peso. No entanto este grupo de pessoas não deveria utilizar esta classe de medicação devido ao risco de apresentar cetoacidose diabética. Infelizmente, poucos médicos sabem desse risco e o fato de não apresentar ou apresentar pouca alteração da glicemia faz o diagnóstico ainda mais difícil em uma situação que pode ser fatal.” – Comenta o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

Os principais mecanismos para explicar este fenômeno é que ao induzirem glicosúria e, consequentemente, redução na glicemia, ocorre uma diminuição dos níveis de insulina e aumento dos níveis de glucagon plasmáticos. Com isso, há um aumento na lipólise e produção de ácidos graxos e seus metabólitos, os corpos cetônicos.

Por essa razão, pode haver uma relação entre o uso de inibidores de SGLT2 e cetoacidose diabética, porém com uma apresentação atípica, com valores de glicemia menores ou mesmo normais, mas com sinais e sintomas similares à apresentação clássica.

É muito importante evitar uma dieta cetogênica ou low carb se estiver em uso de um inibidor de SGLT2. Se um paciente apresentar sintomas de CAD e estiver ingerindo uma dieta livre de carboidratos enquanto estiver tomando um inibidor de SGLT2, deve haver um limiar baixo para rastrear CAD e qualquer sintoma deve ser valorizado.

Os principais sintomas de cetoacidose diabética são

  • Sede intensa e boca seca;
  • Aumento da frequência das micções e da quantidade da urina;
  • Altos níveis de corpos cetônicos na urina;
  • Pele seca;
  • Fadiga intensa;
  • Respiração rápida e superficial;
  • Náuseas, vômitos e dor abdominal;

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

 

 

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