Mais de 55 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de demência e espera-se que os números, bem como o custo econômico dos cuidados de saúde, aumentem significativamente na próxima década devido ao envelhecimento da população global. A previsão é de que a prevalência aumente para 78 milhões, com um custo de cuidados estimado em mais de 2 trilhões de dólares até 2030
A demência é responsável por uma parcela significativa dos gastos em saúde e da mortalidade relacionados com incapacidades, uma vez que afeta não só a memória e o comportamento, mas também a maioria das capacidades cognitivas, incluindo a capacidade de realizar atividades diárias, como o autocuidado. Além disso, desestabiliza toda a família e pessoas ao redor. Hoje não temos um tratamento efetivo para demência e por isso devemos encontrar formas de prevenção.
Num recente estudo cientistas nos Estados Unidos conduziram uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados e estudos baseados em coortes para examinar se várias medidas dos níveis de magnésio, tais como biomarcadores, ingestão alimentar ou suplementos, foram associados à saúde cognitiva e ao funcionamento neurológico em adultos.
Os pesquisadores conduziram uma revisão sistemática com mais de 3800 artigos de estudos de coorte e ensaios clínicos randomizados sobre o papel do magnésio na saúde cognitiva. Eles também realizaram uma meta-análise para determinar como várias formas de magnésio, como a ingestão alimentar, suplementos e biomarcadores, estavam associadas a resultados cognitivos.
“Embora os mecanismos precisos permaneçam obscuros, sabe-se que o magnésio apoia a saúde neuronal, reduzindo a inflamação e o dano oxidativo e preservando a integridade da barreira hematoencefálica. O magnésio também inibe a atividade do receptor N-metil-D-aspartato e reduz o influxo de cálcio, reduzindo os danos excitotóxicos. Também desempenha um papel na manutenção dos axônios mielinizados e das bainhas de mielina nos neurônios. Praticamente todas as pessoas com mais de 30 anos são deficientes de magnésio e deveriam pensar mais nesse cátion essencial para manter a função celular e orgânica.” – Pondera o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
O estudo descobriu que os ensaios clínicos randomizados existentes e os estudos baseados em coortes só foram capazes de fornecer evidências moderadas de uma associação em forma de U entre os níveis séricos de magnésio e deficiências cognitivas e demência.
Um nível sérico ideal de magnésio de 0,85 milimoles por litro foi associado ao menor risco de demência.
Além disso, a associação entre a ingestão dietética de magnésio e o risco de demência permaneceu obscura devido a inconsistências nos resultados de vários estudos e à ausência de uma relação dose-resposta clara.
As descobertas sobre associações entre outras formas de exposição ao magnésio e resultados cognitivos também não foram claras. Os resultados da revisão e da meta-análise indicaram uma escassez de evidências claras sobre o impacto das várias formas de exposição ao magnésio nos resultados cognitivos. Portanto, mais ensaios clínicos randomizados e estudos de coorte longitudinais precisam ser realizados para determinar o impacto de várias fontes de magnésio nos resultados cognitivos ao longo do tempo.
Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
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