Cientistas de Cambridge podem ter descoberto uma nova maneira pela qual o jejum ajuda a reduzir a inflamação!
Em um estudo que será publicado em fevereiro, a equipe descreve como o jejum aumenta os níveis de uma substância química no sangue conhecida como ácido araquidônico, que inibe a inflamação.
Os cientistas já sabem há algum tempo que a nossa alimentação, principalmente a dieta ocidental rica em calorias, pode aumentar o risco de doenças como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardíacas, que estão ligadas à inflamação crônica no corpo.
A inflamação é a resposta natural do nosso corpo a uma lesão ou infecção, mas este processo pode ser desencadeado por outros mecanismos, incluindo o chamado “inflamassoma”, que atua como um alarme dentro das células do nosso corpo, desencadeando a inflamação para ajudar a proteger o nosso corpo quando sente dano.
Mas o inflamassoma pode desencadear inflamação de forma não intencional – uma das suas funções é destruir células indesejadas, o que pode resultar na libertação do conteúdo da célula no corpo, onde desencadeia inflamação.
“O que se tornou evidente nos últimos anos é que um inflamassoma em particular – o inflamassoma NLRP3 – é muito importante numa série de doenças importantes, como a obesidade e a aterosclerose, mas também em doenças como a doença de Alzheimer e a doença de Parkinson, muitas das doenças dos idosos. O jejum pode ajudar a reduzir a inflamação, isso provavelmente abre um caminho para o tratamento do lipedema.” – Analisa o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
O estudo analisou amostras de sangue de um grupo de 21 voluntários, que comeram uma refeição de 500 kcal e depois jejuaram durante 24 horas antes de consumirem uma segunda refeição de 500kcal.
A equipe descobriu que restringir a ingestão de calorias aumentava os níveis de um lipídio conhecido como ácido araquidônico e diminuía os níveis de uma interleucina pró-inflamatório IL-1β.
Os lipídios são moléculas que desempenham funções importantes em nosso corpo, como armazenar energia e transmitir informações entre as células.
Assim que os indivíduos comeram novamente, os níveis de ácido araquidônico caíram.
Quando os pesquisadores estudaram o efeito do ácido araquidônico em células imunológicas cultivadas em laboratório, descobriram que ele diminui a atividade do inflamassoma NLRP3.
“Isto surpreendeu a equipe, já que se pensava anteriormente que o ácido araquidônico estava associado ao aumento dos níveis de inflamação, e não à diminuição. É muito cedo para dizer se o jejum protege contra doenças como a doença de Alzheimer e a doença de Parkinson, uma vez que os efeitos do ácido araquidónico são apenas de curta duração, mas vemos uma quantidade crescente de literatura científica que aponta para os benefícios para a saúde da restrição calórica e jejum em períodos controlados de tempo.” – Explica
Limitações do Estudo
Nosso estudo demonstra um mecanismo de inibição do inflamassoma mediado por ácido araquidônico in vitro. Embora os dados in vivo de voluntários humanos tenham observado ácido araquidônico elevado e IL-1β reduzida, de acordo com os dados in vitro, esta evidência é indireta. Mais estudos são necessários para vincular inequivocamente o ácido araquidônico à redução da inflamação in vivo e validar os mecanismos propostos pelo artigo.
Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:
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