1. Estrogênio é o Verdadeiro Vilão? A Nova Perspectiva sobre o Risco de Câncer de Mama
Estudos recentes sugerem que as progestinas sintéticas podem ser os principais responsáveis pelo risco aumentado de câncer de mama, e não os estrogênios diretamente.
O papel dos estrogênios no câncer de mama pode ser indireto, amplificando os sinais da progesterona por meio da indução do receptor de progesterona.
Estudos com terapia hormonal combinada (estrogênio + progestina) demonstram um aumento no risco de câncer de mama entre mulheres pós-menopáusicas, enquanto a terapia com estrogênio isolado apresenta pouco impacto ou até benefícios na redução do risco.
A Terapia de Reposição Hormonal (TRH) apenas com estrogênio pode ser segura e benéfica para mulheres pós-menopáusicas, especialmente para sobreviventes de câncer de mama e mulheres com mutação BRCA1/2 que realizaram ooforectomia (remoção dos ovários).
2. O Papel da Progesterona e dos Progestágenos Sintéticos no Câncer de Mama
O que mostram os estudos?
Anticoncepcionais hormonais combinados (estrogênio + progestina) estão associados a um pequeno aumento no risco de câncer de mama, mas o principal fator parece ser a progestina, e não o estrogênio.
Estudos com grandes populações indicam que os progestágenos são os principais agentes hormonais associados ao aumento do risco.
Terapias com apenas estrogênio foram associadas a menos casos de câncer de mama e até mesmo redução do risco.
O bloqueio do receptor de progesterona pode ser um mecanismo-chave na prevenção e tratamento do câncer de mama, sugerindo que a progesterona pode ser mais relevante do que o estrogênio na carcinogênese mamária.
Conclusão: Progestinas sintéticas parecem desempenhar um papel muito mais significativo no risco do câncer de mama do que os estrogênios.
3. Estrogênios e Tratamentos de Fertilidade (IVF/ART)
Aumento transitório dos níveis de estrogênio em mulheres submetidas à fertilização in vitro (IVF) não parece aumentar o risco de câncer de mama.
Estudos indicam que, mesmo com níveis elevados de estrogênio durante tratamentos de reprodução assistida, o risco de câncer de mama não se altera significativamente e pode até ser reduzido.
Além disso, mulheres que passaram por estimulação ovariana para congelamento de óvulos apresentaram uma redução no risco de recorrência e mortalidade por câncer de mama.
Conclusão: O estrogênio isolado, mesmo em níveis elevados induzidos por tratamentos de fertilidade, não parece ser um fator determinante para o desenvolvimento ou progressão do câncer de mama.
4. Reposição Hormonal (TRH) e Câncer de Mama em Mulheres Pós-Menopáusicas
O que dizem os estudos?
Estrogênio isolado (sem progestina): Não há aumento do risco e pode até reduzir a incidência de câncer de mama.
Estrogênio + Progestina: Aumenta o risco de câncer de mama em mulheres pós-menopáusicas.
Estrogênio para mulheres com BRCA1/2 pós-ooforectomia: Pode ser seguro e até protetor contra câncer de mama.
Conclusão: Mulheres que necessitam de terapia de reposição hormonal podem considerar estrogênio isolado como uma opção mais segura, evitando o uso de progestinas.
“As pessoas aprenderam a demonizar o estrogênio e isso acontece muito nas mulheres com lipedema que recebem muitas informações sem fundamento na internet. O hormônio mais sagrado e benéfico para as mulheres é o estradiol .O estradiol nunca é o vilão e sempre devemos identificar o motivo do aumento do estradiol e não sair bloqueando ele como alguns têm defendido. O corpo aumenta o estradiol para tentar defender ele. Se o corpo estiver bem, o estradiol sempre ficará em equilíbrio. Simples assim.” – Enfatiza o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
5. Progesterona: O Fator Oculto no Risco de Câncer de Mama
A progesterona tem um forte papel na proliferação das células mamárias, especialmente em combinação com estrogênio.
Estudos com modelos animais e humanos mostram que bloquear a sinalização da progesterona pode reduzir o crescimento tumoral.
Mulheres que usam apenas estrogênio na TRH apresentam menor incidência de câncer de mama do que aquelas que usam estrogênio + progestina.
Conclusão:A inibição da progesterona pode ser um alvo terapêutico eficaz no tratamento e prevenção do câncer de mama.
6. Considerações Finais
O que aprendemos com esse estudo?
O risco de câncer de mama pode estar mais relacionado aos progestágenos do que ao estrogênio. O estrogênio isolado pode ser uma opção segura na TRH, especialmente para mulheres pós-menopáusicas. A terapia combinada com progestinas aumenta o risco de câncer de mama. Mulheres com mutação BRCA1/2 podem se beneficiar do uso de estrogênio após ooforectomia. Bloquear a progesterona pode ser um mecanismo-chave para a prevenção e o tratamento do câncer de mama.
Perspectivas futuras: Mais pesquisas são necessárias para compreender melhor os impactos hormonais e desenvolver terapias mais seguras e eficazes.
Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
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