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As notícias publicadas podem interferir na prescrição e consumo de medicações?

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Os fatos ocorridos e noticiados desde 2020 mostram que a realidade mundial mudou bastante. Hoje é muito fácil divulgar qualquer informação seja ela verdadeira ou falsa. Com embasamento científico ou não. Isso é algo sem controle e tem criado situações inesperadas na área da saúde.

Quantas pessoas não se automedicaram com medo de uma infecção viral? Quantas pessoas não estão tomando medicação para emagrecer devido a alguém famoso divulgar que está tomando? Quantas notícias que vão chocar a internet e divulgar um segredo você já viu nos últimos meses?

Mudanças na prática clínica e nos hábitos dos pacientes podem estar ligadas à cobertura da mídia sobre notícias relacionadas à saúde.

Em 18 de agosto de 2022, o The New York Times publicou um artigo descrevendo as experiências benéficas de tratamento de vários dermatologistas e as descobertas de uma análise observacional em pequena escala de mulheres com alopecia que receberam minoxidil oral em baixa dose em vez da aplicação tópica do medicamento.

O que será que aconteceu com a prescrição do minoxidil oral após esta publicação?

Em um estudo recente publicado no JAMA, os pesquisadores investigaram mudanças na prescrição de minoxidil oral após este artigo descrevendo o tratamento bem-sucedido da alopecia (perda de cabelo) com minoxidil oral em vez de minoxidil tópico.

“No estudo, os pesquisadores investigaram mudanças na prescrição de minoxidil oral após extensa cobertura da mídia de um artigo relatando os benefícios do minoxidil oral no tratamento da alopecia por agências de notícias e mídias sociais, usando dados de prescrição de medicamentos não identificados. O estudo incluiu indivíduos adultos que receberam minoxidil por via oral entre 1º de janeiro de 2021 e 31 de dezembro de 2022, de acordo com os registros médicos eletrônicos no sistema de dados Truveta dos Estados Unidos (EUA). Os resultados impressionam.” – Aponta o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).

Dos 6.541 indivíduos que receberam minoxidil oral pela primeira vez, 41% eram do sexo masculino e 37% tinham de 45 a 64,0 anos.

As taxas semanais de prescrições de minoxidil oral pela primeira vez foram significativamente maiores oito semanas depois versus oito semanas antes da publicação do artigo. Aumentou 2,4x nos homens e 1,7x nas mulheres!

Após um aumento precoce nas prescrições orais relacionadas à publicação do artigo, a prescrição oral de minoxidil foi reduzida para homens e mulheres. Elevações semelhantes não foram observadas na prescrição de anti-hipertensivos ou finasterida pela primeira vez.

Os resultados do estudo mostraram um aumento imediato na prescrição de minoxidil oral após um artigo de jornal relatando a administração oral de minoxidil de baixa dosagem para tratamento de alopecia.

Notavelmente, o artigo de notícias não relatou novas observações científicas ou descobertas de grandes ensaios clínicos randomizados. Os resultados do estudo indicaram que o aumento da cobertura da mídia, mesmo sem apresentar pesquisas inovadoras ou apoiadas por evidências científicas fracas, pode alterar instantaneamente a prescrição de medicamentos; no entanto, as alterações podem não persistir por longos períodos.

“Temos visto efeitos semelhantes com remédios para emagrecer, hormônios, chips, tratamento tdah, etc. As pessoas precisam checar a fonte da informação antes de fazer qualquer tratamento. A divulgação de informação de qualidade é fundamental. Procurar um profissional com boa formação é o primeiro passo para não cair em tratamentos que podem causar efeitos colaterais. E nunca se automedicar.” – Afirma.

Indivíduos que consumiram baixas doses de minoxidil por via oral após a publicação do artigo podem ser influenciados por características socioeconômicas, incluindo acesso a serviços de saúde, nível educacional e renda familiar anual.

As limitações do estudo incluem a incapacidade de generalizar os achados para populações que não foram incluídas. Mas seus resultados precisam ser valorizados.

Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.

Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.

Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:

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