A autoimagem negativa é associada a vários comportamentos problemáticos e sintomas psiquiátricos na adolescência inclusive transtornos de ansiedade e depressão.
Modelos cognitivo-comportamentais de transtornos alimentares destacam a baixa autoestima como fator de gatilho e manutenção. O impacto da autoimagem positiva e negativa impacta também em aspectos no trabalho em indivíduos com alta insatisfação corporal.
Em um estudo pré-pandemia com mais de 1000 estudantes eles evidenciaram que um quarto dos estudantes relatou altos níveis de ansiedade social. As análises estatísticas mostraram diferenças significativas entre esses alunos e os demais alunos em todas as subescalas de autoimagem. Várias dimensões da autoimagem prejudicada (tom emocional, atitudes sociais, objetivos vocacionais e educacionais, relacionamentos familiares, domínio externo e saúde psicológica) foram associadas a altos níveis de ansiedade social, com algumas diferenças de gênero sustentando esses relacionamentos. As mulheres representavam 53% dos estudantes.
Manter uma autoimagem negativa em mente tem um efeito negativo na autoestima explícita, enquanto manter uma autoimagem positiva tem um efeito benéfico. Manter uma imagem negativa em mente leva a uma redução significativa na clareza do autoconceito; no entanto, a autoimagem positiva não afeta a clareza do autoconceito. Manter uma autoimagem negativa em mente leva a uma diminuição na satisfação corporal e no estado de afeto. O oposto é encontrado para o grupo de autoimagem positiva.
“A autoimagem da mulher com lipedema é um assunto muito importante. A maioria das mulheres com lipedema se considera inferior as outras mulheres e têm vergonha de terem lipedema. Isso causa um impacto enorme na vida pessoal, conjugal, profissional e social. Mais da metade das mulheres com lipedema tem ansiedade, depressão, distúrbios alimentares e consideram que o lipedema impacta a vida profissional delas. Não é possível mudar o lipedema mas é possível mudar como enxergamos o lipedema. O impacto disso é capaz de mudar uma vida inteira e precisamos falar mais sobre o assunto.” – Explica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
Técnicas imagéticas que promovem autoimagens positivas podem ajudar a melhorar aspectos do auto conhecimento, satisfação corporal e afeto em pessoas com altos níveis de insatisfação corporal. Como tal, essas técnicas de imagens justificam uma investigação mais aprofundada em uma população como as mulheres com lipedema. Entender que amor próprio é diferente de narcisismo pode mudar uma vida e uma geração.
Aqui listamos algumas dicas para ajudar a construir uma imagem corporal melhor
1 Se elogie
Uma boa maneira de começar o dia é conversando com si mesma. Elogie o seu corpo. Em vez de procurar defeitos na aparência do seu corpo, tente reconhecer e apreciar as coisas incríveis que ele faz diariamente para você.
2 Registre seus pontos positivos
Aqui está uma pequena tarefa: escreva cinco coisas que você ama na sua personalidade. Fácil né?
Agora liste cinco coisas que você ama no seu corpo. Essa tarefa não vai ser tão fácil. Mas todo mundo tem o seu ponto forte. Valorize-o. Colocar seus sentimentos em palavras escritas (à moda antiga!) Ajuda a processar seus pensamentos e a memorizar as coisas.
3 Faça coisas que você gosta
A vida é muito mais do que nossa aparência. No entanto, como nos sentimos sobre nossos corpos pode ditar nosso humor e nossos comportamentos.
Dedique 30 minutos do seu dia a você. Se você não consegue fazer isso. A sua vida está completamente errada. 30 minutos não são nada em 24h.
Estudos mostram que exercícios, ioga e ajudar os outros são grandes impulsionadores da autoestima.
4 Ocupe sua mente
Um exercício muito interessante é pensar o que você faria se tivesse 12 meses, 5 dias, 1 hora ou 30 segundos de vida?
Nessas circunstâncias, você provavelmente se concentraria nas pessoas, lugares e coisas que ama e que fazem você se sentir bem e não na aparência do seu corpo!
5 Não tema a sua imagem
Se você tiver pensamentos negativos sobre sua aparência, poderá se esquivar de qualquer coisa que mostre seu reflexo ou sua imagem. Mas evitar gera evasão. Ignorar esses sentimentos negativos não os fará desaparecer. Encare a sua imagem e veja seus pontos positivos.
6 Fuja de comparações
Comparar seu próprio corpo com os outros pode ser a maneira mais rápida de despencar sua auto-estima. Em vez disso, admire objetivamente as boas qualidades que você percebe em outras pessoas e faça questão de elogiá-las. Isso fará com que vocês se sintam bem.
7 Fuja dos padrões de beleza
É benéfico amar o seu corpo e apreciar o corpo, independentemente da sua forma ou tamanho.
“Isso é ainda mais importante para as mulheres com Lipedema. Por acumular a gordura nas pernas e quadril, as mulheres com lipedema tem uma depreciação da própria imagem devido aos padrões de beleza. Isso é ainda mais visível nas mulheres com lipedema que estão no peso ideal e não conseguem emagrecer nas pernas.”
De fato, se você está acima do peso e está adotando um estilo de vida mais saudável, estudos sugerem que esse é um motivo ainda mais importante para criar uma imagem corporal saudável.
Em um estudo de meninas com excesso de peso, aquelas com os mais altos níveis de satisfação corporal ganharam menos peso após 10 anos do que aquelas que estavam menos satisfeitas com seus corpos. Outro estudo descobriu que mulheres obesas que melhoraram sua imagem corporal também foram mais capazes de autorregular sua alimentação.
Lembre-se que o seu corpo é a sua casa. Cuide bem dele. Não somente com atividade física e dieta balanceada, mas também elogiando e aceitando ele.
No entanto, se você sentir que sua imagem corporal está afetando você de uma maneira perturbadora o ideal é procurar ajuda especializada.
Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
Caso prefira, entre em contato diretamente com ele via e-mail:
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