A nutrição é um fator crítico na otimização da recuperação muscular pós-exercício e na adaptação ao treino. Portanto, aqueles que praticam exercícios físicos têm regularmente utilizado a suplementação como parte de sua rotina de treinamento.
Dentre os métodos nutricionais, a suplementação antioxidante é a mais popular na população geral e nos atletas para reduzir o estresse oxidativo durante o exercício. O estresse oxidativo é definido como um desequilíbrio entre espécies reativas de oxigênio (ROS) e defesa antioxidante. O estresse oxidativo induzido pelo exercício pode melhorar os sistemas de defesa antioxidante endógenos naturais, bem como levar a danos musculares e fadiga, o que pode causar redução do desempenho.
Entre os tecidos do corpo humano, os músculos esqueléticos estão altamente correlacionados com o desempenho atlético. Assim, a resposta ao estresse oxidativo e o controle dos músculos esqueléticos são importantes na adaptação ao treinamento.
A suplementação antioxidante é essencial para reduzir o estresse oxidativo induzido pelo exercício, e os suplementos mais consumidos são as vitaminas C e E. Em um estudo com triatletas, descobriu-se que mais de 60% dos atletas tomavam suplementos vitamínicos, dos quais as vitaminas C e E representaram 97,5% e 78,3%, respectivamente. Estudos também relataram que a suplementação antioxidante poderia efetivamente reduzir o estresse oxidativo e os danos musculares durante o exercício. Por outro lado, outros estudos relataram resultados contrastantes que sugerem que a suplementação de vitaminas C e E não contribui para a redução do estresse oxidativo, do dano muscular e do desempenho.
Uma recente revisão relata que os efeitos negativos da suplementação de vitaminas C e E em altas doses reduzem o desempenho e a hipertrofia ao prejudicar a adaptação do músculo esquelético, ao mesmo tempo em que destaca o papel indispensável do estresse oxidativo no processo de adaptação celular exibido pelos músculos esqueléticos. A maioria das evidências científicas atuais indicam que a alta suplementação de vitaminas C e E enfraquece a hipertrofia muscular ao longo do tempo sem facilitar o crescimento muscular, uma vez que a suplementação não tem efeito na produção de força muscular após treinamento de força crônico.
“O desempenho (ou seja, força ou resistência) ou a hipertrofia muscular podem ser melhorados através de exercícios de longa duração. A adaptação ao treinamento é a base de tais melhorias e uma parte essencial para atingir com sucesso as metas de exercício. No entanto, a suplementação com altas doses de vitamina C e E perturba os fenômenos fisiológicos necessários para a adaptação ao treinamento e potencialmente enfraquece a força ou a hipertrofia muscular no longo prazo. Pouco e muito fazem mal. Entender isso é fundamental para tudo na vida.” – Indica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
A literatura mais recente destaca que o estresse oxidativo induzido pelo exercício desempenha um papel importante na regulação dos mecanismos intracelulares e contribui marcadamente para a diversidade da sinalização celular associada à adaptação ao treinamento.
A suplementação com altas doses de vitamina C e E não é recomendada para indivíduos saudáveis que praticam exercícios regularmente.
“A dose de vitamina C não deve ser maior que 1g por dia e de vitamina E 200mg por dia. Infelizmente encontramos diversos produtos com venda livre para as pessoas comprarem e consumirem.” – Informa.
Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
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