Um recente estudo investigou se a administração da bactéria não patogênica e imunomoduladora Mycobacterium vaccae (ATCC 15483), conhecida por seus efeitos anti-inflamatórios e de resiliência ao estresse, poderia prevenir:
Induzidos por uma dieta ocidental rica em gordura e açúcar em camundongos adolescentes.
🧪 Métodos
- Modelo: Camundongos C57BL/6N, machos, adolescentes
- Grupos:
- Dieta padrão + placebo (BBS)
- Dieta padrão + M. vaccae
- Dieta ocidental + placebo (BBS)
- Dieta ocidental + M. vaccae
- Duração: 10 semanas de dieta + 11 injeções semanais de M. vaccae (subcutânea, 0,1 mg)
- Avaliações:
- Peso corporal
- Peso de gordura visceral (VAT)
- Expressão gênica (leptina, marcadores inflamatórios)
- Perfil do microbioma intestinal
- Biomarcadores de inflamação no cérebro (hipocampo e hipotálamo)
- Comportamento ansioso (open field e labirinto em cruz elevado)
🔍 Resultados principais
🔥 Efeitos no peso corporal:
- A dieta ocidental causou aumento expressivo de peso.
- M. vaccae preveniu completamente o ganho de peso, mesmo com dieta ocidental.
- O peso dos animais tratados com M. vaccae + dieta ocidental foi semelhante ao dos animais com dieta padrão.
⚖️ Gordura visceral (VAT):
- A dieta ocidental elevou significativamente o peso da gordura visceral.
- M. vaccae reduziu significativamente essa adiposidade, mesmo sob dieta obesogênica.
🧪 Leptina (tecido adiposo e plasma):
- A dieta ocidental aumentou expressão de leptina e seus níveis plasmáticos.
- M. vaccae reduziu significativamente a leptina no tecido adiposo e no sangue, reduzindo o sinal inflamatório e metabólico associado à obesidade.
🦠 Microbioma intestinal:
- A dieta ocidental reduziu a diversidade do microbioma, aumentou o índice Firmicutes/Bacteroidetes (Bacillota/Bacteroidota) e promoveu disbiose.
- M. vaccae não alterou diretamente o microbioma, sugerindo que seus efeitos atuam a jusante do eixo intestino-imune, não por alterar diretamente as bactérias intestinais.
🧠 Neuroinflamação e comportamento:
- A dieta ocidental aumentou marcadores de inflamação no hipotálamo e hipocampo.
- M. vaccae reduziu a expressão de genes inflamatórios cerebrais (Nfkbia, Nlrp3, Tnf) e biomarcadores associados à ativação microglial.
- Também reduziu comportamentos ansiosos, medidos pelo open field e labirinto em cruz.
💡 Conclusões
“ Mycobacterium vaccae oferece um efeito protetor significativo contra os efeitos metabólicos e neuroinflamatórios de uma dieta rica em gordura e açúcar. Atua reduzindo inflamação sistêmica e cerebral, gordura visceral, leptina e estresse comportamental, sem atuar diretamente no microbioma intestinal. É uma evidência robusta de que bactérias ambientais com propriedades imunorreguladoras podem ser ferramentas futuras na prevenção da obesidade e de doenças metabólicas associadas à inflamação crônica como lipedema.” – Finaliza o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema.
Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
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