De acordo com o entendimento atual, as cólicas menstruais só acontecem em ciclos em que um óvulo é liberado, ou em um ciclo ovulatório. As cólicas menstruais transformam o dia e o período da menstruação em um transtorno muitas vezes incapacitando as atividades do dia-a-dia da mulher.
No entanto, um novo estudo da Universidade da Colúmbia Britânica (UBC) está a desafiar entendimento que a cólica somente ocorre quando existe a ovulação.
As descobertas revelam que algumas mulheres não só sentem cólicas quando nenhum óvulo é liberado, mas que as cólicas podem ser mais intensas e durar mais tempo durante esses ciclos anovulatórios.
“As cólicas menstruais são muito comuns, mas nem sempre são bem tratadas com as medicações atualmente recomendadas e podem fazer com que adolescentes e mulheres adultas faltem à escola ou ao trabalho. Vejo muito as mulheres com lipedema apresentarem cólicas menstruais intensas. Quando elas passam por período de estresse prolongado, elas comumente entram em ciclos anovulatórios e apresentam sangramento intenso e cólicas. Isso prejudica muito a qualidade de vida, mas agora podemos enxergar e abordar de uma forma mais completa.” – Avalia o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular médico especialista em Lipedema que atende em São Paulo, Campinas e a distância (online).
Há muito se acredita que as cólicas menstruais são desencadeadas pela queda dos níveis de progesterona no final dos ciclos ovulatórios, o que estimula a liberação de substâncias semelhantes a hormônios, as prostaglandinas, que causam contrações musculares uterinas.
Para o estudo, os pesquisadores monitoraram 75 mulheres com idades entre 19 e 35 anos durante um único ciclo menstrual. As mulheres registraram suas experiências com presença e intensidade de cólicas em um diário.
No estudo foram comparadas cólicas nos 35 ciclos sem ovulação com 40 ciclos que eram normalmente ovulatórios. Foi evidenciado que as cólicas eram mais dolorosas, duravam mais e tinham uma pontuação mais alta em ciclos anovulatórios. A duração dos ciclos era a mesma.
Os pesquisadores também analisaram vários estudos anteriores sobre cólicas que monitoravam a ovulação. Em uma meta-análise dos quatro estudos elegíveis, todos encontraram cólicas nos ciclos ovulatórios e anovulatórios. No entanto, em apoio ao entendimento atual, as cólicas tinham duas vezes mais probabilidade de ocorrer nos ciclos ovulatórios.
Os pesquisadores dizem que esta nova informação sobre cólicas menstruais e ovulação tem várias implicações importantes:
Não podemos mais presumir que um ciclo é ovulatório só porque tem cólicas menstruais.
É improvável que sejam os níveis decrescentes de progesterona antes do fluxo, como se sabe atualmente, que desencadeiam cólicas menstruais.
Novas pesquisas são necessárias para entender quais outras alterações desencadeiam cólicas.
Aprender mais sobre por que ocorrem as cólicas ajudará no tratamento de cólicas graves ou que causam afastamento da escola ou do trabalho.
Para consulta e agendamento com o Dr. Daniel Benitti em Campinas, ligue para (19) 3233-4123 ou (19) 3233-7911.
Para consultas com o Dr. Daniel Benitti em São Paulo, ligue para (11) 3081-6851.
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